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Não pise no meu vazio: Ou o livro do vazio - Semifinalista do Prêmio Jabuti 2024
Não pise no meu vazio: Ou o livro do vazio - Semifinalista do Prêmio Jabuti 2024
Não pise no meu vazio: Ou o livro do vazio - Semifinalista do Prêmio Jabuti 2024
E-book139 páginas1 hora

Não pise no meu vazio: Ou o livro do vazio - Semifinalista do Prêmio Jabuti 2024

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  • Love

  • Self-Discovery

  • Love & Relationships

  • Identity

  • Relationships

  • Power of Love

  • Love at First Sight

  • Inner Turmoil

  • Love Triangle

  • Soulmates

  • Love-Hate Relationship

  • Star-Crossed Lovers

  • Inner Demons

  • Love Hurts

  • Emotional Baggage

  • Self-Reflection

  • Emotions

  • Writing

  • Communication

  • Loneliness

Sobre este e-book

Uma nova edição de Não pise no meu vazio, sucesso da mesma autora de A gente mira no amor e acerta na solidão.
"Este é um livro escrito por gente. Gente de verdade. Gente incompleta, que se descompleta a todo instante no contato com o outro. Gente que frequenta o feminino e tem intimidade com o real. É um livro sobre excessos, sobre faltas, sobre o vaivém da vida, sobre o amor, o ódio e a dor... É um livro que acolhe o vazio com carinho, como condição necessária e fundamental da existência" – RITA MANSO, psicanalista.
"Com uma linguagem simples e profunda, cotidiana e inédita, leve e marcante, pontilhada e bem contornada, os poemas de Ana Suy percorrem caminhos sobre o que preenche, o que esvazia e o que preenche e esvazia a alma ao mesmo tempo" – DANIELLE BARRIQUELLO, psicóloga.
IdiomaPortuguês
EditoraPlaneta
Data de lançamento26 de jun. de 2023
ISBN9788542222555
Autor

Ana Suy

Ana Suy é é psicanalista, professora, escritora e doutora em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela UERJ. Autora de Amor, desejo e psicanálise; Não pise no meu vazio; As cabanas que o amor faz em nós; A corda que sai do útero; coautora de O infamiliar na contemporaneidade: o que faz família hoje?; organizadora de Como amam as crianças? – Sobre psicanálise e amor; e autora do fenômeno A gente mira no amor e acerta na solidão, publicado em Portugal, México e em toda a América Latina. Idealizadora do Lendo Freud Hoje e do Clube de Palavras, onde coordena grupos de estudos em psicanálise.

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Avaliações de Não pise no meu vazio

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4.5/5

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  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5

    Nov 1, 2024

    Reflexões maravilhosas! Amei trechos que se identificam tanto com os meus próprios vazios.

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Não pise no meu vazio - Ana Suy

Do que preenche

Buracos

Era uma menina cheia de buracos tampados. A mãe enfiava a linha na agulha e fazia um nó na ponta. Enfiava a agulha numa narina e tirava pela outra, enfiava a agulha na ponta da língua e depois no olho direito dela. Então passava a agulha pelo olho esquerdo e o ligava ao lábio superior. Aí pensava que a menina sentia dor, coitadinha, e era assaltada por um desejo irresistível de se conectar com a criança para sentir a dor dela. Já se sabia conectada pela alma, mas a alma ela não podia ver, então ligava o ponto do lábio inferior da menina ao seu próprio lábio superior, e costurava buraco por buraco seu aos buracos por buracos dela. E assim ela renovava o cordão umbilical que um dia as uniu. E assim elas não tinham buracos que não fossem possíveis de serem tampados. Um buraco que está sempre tampado ainda seria um buraco?

Caí

Sou tão você que me confundo comigo.

Meu corpo não tem fronteiras e só quer sentir com o seu corpo.

O toque se faz insuficiente, quero me fundir a você, quero que meu corpo coincida com o seu para que eu possa descansar a minha existência.

Silêncio... está ouvindo? É a minha intuição me dando bronca.

Ela manda que eu me cale. Disse que já estamos fundidos. Aliás, você não. Eu estou fodida.

Foi naquele dia, há anos, eu sei exatamente quando. Eu estava ali com você, te olhando, você evitava meu olhar como quem sabe o risco que corre. Eu disfarçava a minha ânsia de decorar a diferença entre cada poro da sua pele, mas de repente seu olhar manteve-se no meu por mais do que um instante e eu senti um frio na barriga. Não foi um frio na barriga dessas borboletas que o povo diz que sente no estômago. Foi um frio na barriga do tipo que eu sentiria se eu pulasse de paraquedas, foi um frio na barriga do tipo neve no estômago. Um frio na barriga que é absolutamente

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