Os erros de amar

De Adiomar Luiz Nolte

Amor, o sentimento mais forte e verdadeiro que sentimos como seres humanos, você ama alguém hoje? Se sente amado? Demonstra o amor? Seu relacionamento ainda rende aqueles momentos dignos do primeiro encontro? Temos que cuidar para não deixar a relação esfriar, diminuir, se perder... Eu fiz de tudo pelo meu relacionamento, e ainda assim, ele se perdeu. Eu errei em pequenos e cruciais pontos, que me levaram a não perceber a gravidade dos mesmos e consequentemente perder meu grande amor. Existe um lado bom para tudo, no meu caso foi ter realmente analisado meu relacionamento depois que acabou. E com isso pude ver erros de ambos os lados, erros que devem ser evitados para a felicidade do casal. E você não vai acreditar no quão fácil eles podem ser evitados. Conheça, identifique e trate os erros de amar.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Dialética
• Data de lançamento: 28 de jan. de 2021
• ISBN: 9786586897654

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evitar.

CAPÍTULO 1. DIFERENÇAS

Pela manhã

Despertador tocando, já é de manhã de novo, me levanto do sofá, vou ao banheiro da suíte, lavo o rosto, uso o banheiro, vou ao guarda roupas e abro a porta esquerda, pego uma camisa e uma calça, abro a segunda gaveta, nada de útil ali, as meias estão na primeira agora...

Saio do quarto com estas roupas e me dirijo a sala, dou um beijo de bom dia em minha mãe, ficamos ali, assistindo o jornal, calados, minha mãe puxa um assunto aqui e ali, eu respondo, nada muito sério, tomo um remédio anti depressivo, me arrumo, escovo os dentes e penteio o cabelo, pego a mochila e vou ao trabalho, pego o elevador em silêncio, seleciono o andar da garagem, entro em meu carro, ligo ele, desligo o rádio e vou até o estacionamento da empresa. Deixo o carro ali e caminho para a empresa em si, uns 100 metros, ando de cabeça baixa, cumprimento alguns conhecidos no caminho, na entrada da empresa dou bom dia aos presentes, pego o elevador e vou até o andar de trabalho. No caminho para minha baia, vou cumprimentando em voz baixa um aqui e outro ali, chego em minha mesa e começo a trabalhar.

Ao meio dia saio para almoçar em casa, ando os 100 mts, pego o carro e vou para casa. Ao chegar na garagem, desligo o carro e saio lentamente para o elevador, aperto o botão do meu andar, quando chego, abro a porta e olho para o sofá, as vezes vejo minha mãe, as vezes um gato. Entro, penduro a chave, guardo a carteira e celular e me sento a mesa para comer. Almoçamos, a tv está ligada no jornal, conversamos um pouco e me retiro para trabalhar de novo.

Repito a parte até na empresa da mesma forma.

Trabalho normalmente até as 18:00, aí vou para casa e até aqui, nada mudou.

Chegando em casa, olho novamente ao Sofá, agora é certeza que minha mãe estará lá, tricotando enquanto a Tv está ligada em algum canal de notícias. Eu entro, dou um beijo nela, pergunto como foi o seu dia, e me atiro no sofá esperando o tempo passar.

Apago por alguns minutos, nessa hora minha mãe está esquentando a comida para nós, estou indo tomar banho para jantar. Depois do jantar, lavamos a louça, e novamente arrumo o sofá para ir dormir, normalmente são 21:00. Minha mãe vem me dar boa noite pelas 21:30. Ligo a TV em algum canal de filme ou documentário e fico assistindo até pegar no sono. Se tudo corre bem, durmo até o outro dia sem nenhum problema, caso contrário acordo chorando e gritando no meio da madrugada. Levando horas para dormir de novo.

Essa foi a descrição de meu dia normal algumas semanas após perder o meu Amor. Parece triste não é? Então vamos comparar com um dia igual com o meu Amor.

Pela manhã

Despertador toca, eu o desligo rapidamente para não acordar ela, me viro em meu lado da cama, olho para o lado e lá está ela dormindo ainda, saio devagar da cama, enquanto dou um beijinho na parte descoberta de seu pescoço, depois ajeito a coberta para que não passe nenhum ventinho. Após isso fico alguns segundos olhando ela dormir, com um sorriso embasbacado no rosto, pensando na sorte que tenho. Naquele momento, tenho energia para ir trabalhar.

Vou ao banheiro da suíte, lavo o rosto e uso o banheiro.

Abro o lado direito do guarda roupas, pego uma camisa, uma calça, fecho esta porta e abro a outra, na segunda gaveta pego um par de meias. Fecho a porta bem devagar para não acordar ela.

Ao sair do quarto olho que minha filha ainda está em casa e dorme profundamente, por alguma razão não foi para a escola, isso explica porque minha esposa estava dormindo tão profundamente. Vou até o quarto dela e me aproximo da cama, ajeito sua coberta e travesseiros, sempre com cuidado para não acordar, gosto que ela durma de manhã, quando é feriado ou final de semana, ou não vai a aula, não há porque acordar cedo.

Vou até a sala e lá está minha mãe no sofá, dou a ela um alto bom dia e lhe beijo e abraço, ficamos depois durante um tempo conversando e rindo enquanto comentamos o que passa na TV.

Percebo que estou atrasado, me arrumo rapidamente e corro para o banheiro para escovar os dentes e pentear o cabelo, após isso, minha hora favorita. Vou até nossa cama onde meu amor dorme e procuro sua boca por baixo do cobertor, lhe dou um beijo seguido de um bom dia e um tchau, e ela me responde ainda entre o sonho e a realidade, novamente a cubro e saio, as vezes me pede algo, mas neste dia não pediu.

Novamente, como um ninja entro no quarto de minha filha e roubo um beijo de sua testa enquanto ainda dorme.

Saio correndo pois estou atrasado, mas ainda tenho que dar um beijo em minha minha mãe após achar ela na sacada fumando seu cigarrinho, pego minhas coisas e corro.

Espero o elevador enquanto fico cantarolando, o elevador chega eu entro, pressiono o botão da garagem freneticamente, entro em meu carro, torço para ele pegar de primeira, ele liga, ligo o som e saio para trabalhar enquanto canto a musica que estiver tocando no pen drive.

Chego ao estacionamento da empresa, deixo o carro e vou até a empresa, por onde passo vou cumprimentando as pessoas que estão por ali todos os dias.

Chegando na empresa, cumprimento a todos que posso, pego o elevador e lá vou eu para o andar de trabalho.

Passando pela cozinha em direção minha baia solto um alto bom dia para todos que estão na cozinha, alguns respondem, outros não, isso não me importa, chegando a baia vou dando bom dia para todos no caminho. Sento em minha cadeira, ligo o pc e começo a trabalhar.

Mas antes, vou a cozinha, coloco a máquina para fazer um café e enquanto isso mando uma mensagem de Lindo dia para ela, o meu amor. Normalmente algo assim.

Bom dia meu Amor, lhe desejo um lindo dia, te amo

Bom dia Amor, que seu dia seja tão lindo quanto você, te amo

Isso tudo seguido de corações e beijinhos e emoticons apaixonados.

Começo a trabalhar quando de repente vem a resposta

Para você também amor. Também te amo

Mais ícones apaixonados.

E assim vou até de meio dia, e lá vamos nós para casa.

Saio da empresa e vou rapidamente em direção ao carro, com muita pressa pois quero chegar em casa logo. Chego na garagem e praticamente corro em direção ao elevador, aperto o botão para o andar que moro umas 30 vezes...

Chegando lá, abro a porta com força apenas para ver o sofá, ninguém nele? Ok entro pela casa e na cozinha dou um beijo em minha mãe, corro como o vento pelo corredor para ver o meu Amor ajeitando as coisas em nosso quarto.

- Oi Amor – Ela diz, enquanto seu nariz sofre com a rinite.

- Oi Amor – Eu digo enquanto a envolvo em meus braços e lhe dou um beijo.

Então vejo nossa filha em nossa cama e pergunto...

- E você? Por que não foi pra aula? - Com tom sério, afinal tenho que parecer responsável.

- Não sei. – Ela dizia enquanto se levantava da cama.

Nos sentávamos para comer, falávamos de como estava o dia, depois disso me sentava no sofá, ao lado do meu Amor, curtia aqueles minutos até a hora de levantar e ir de novo ao trabalho.

E lá vou eu pro trabalho, primeiro coleto beijos de todos, aquele especial dela, e depois lá vou eu. Desço a garagem e vou com o carro até o estacionamento da empresa.

De lá para minha baia de trabalho, onde passo o resto da tarde trabalhando e esperando por mensagens dela, e sempre vem algo, seja um boa tarde, um o que vamos jantar hoje, um vou ao mercado, ou um inusitado eu te amo.

Chega a hora de voltar para casa, melhor hora do dia. Enfrento o trânsito com alegria, pois estou indo para seu braços.

Chego no elevador cantando, e ao abrir a porta com toda a força que tenho vejo as 3 no sofá, isso facilita a coleta de beijos, após isso vou ao quarto para trocar de roupa e meu Amor vem atrás de mim.

- Como foi o seu dia – Ela pergunta interessada.

- O de sempre – Falo um pouco do dia, não muito.

Quando olho para trás, vejo ela sentada na cama, olho bem fundo em seus olhos verdes, dou um beijo e vou empurrando suas costas para a cama, nesse momento encarno o zumbi mordedor¹ e ela tenta se desvencilhar, enquanto grita de agonia e damos risadas. Após isso ficamos ali deitados olhando um para o outro, eu olhando sério, quando ela levanta a sobrancelha e faz um huh? e eu digo Nada.

Assim ficamos um pouco depois vamos a sala, se minha filha tiver tarefa de matemática é comigo, mas as vezes fazia as outras também. E lá ficamos nós, minha filha no celular jogando e nós assistindo coisas aleatórias na TV, ou jogando no computador.

As 20:00, lembro minha filha de tomar banho, nem sempre o momento mais fácil, e as 20:30 ela me dá um beijo e vai se deitar, meu Amor lhe faz companhia, até que pegue no sono.

Neste meio tempo minha mãe já tomou banho também e se prepara para dormir, me dá boa noite e vai para o quarto.

Quando meu Amor vem em minha direção, estou deitado no sofá e sabemos que vamos assistir tv, nosso momento... Relaxar e ver um bom filme de terror, que nem sempre é fácil... Tem uns muito ruins. Mas o importante é ficarmos deitados de pés um para o outro, enquanto faço carinho em seus pés e ela nos meus, as vezes estalo seus dedos, apenas para dar agonia, as vezes beijo seus pezinhos apenas para ver seu rostinho de relaxada.

Após o filme, fazemos uma breve discussão sobre o mesmo, enquanto vamos tomar banho, e nos arrumar para dormir, se minha barba está grande, ela pega o barbeador elétrico e faz o trabalho de tosa, tanto na barba, quanto nas costas" depois de pronto reclama dos cabelos em seu lado da cama. Pegamos garrafas de água da geladeira.

Nos deitamos, mas não antes do momento passar o creme dela, uma dança feita enquanto espalha o creme por seu corpo, depois apaga a luz e vem correndo para a cama, medo de algo puxar o pé.

Nos aninhamos embaixo das cobertas, conversamos um pouco, namoramos, com beijos e olhares, as vezes algo mais. Depois tomamos água das garrafas que trouxemos eu sempre tento derramar um pouquinho de água nela, apenas para incomodar. Depois disso, ela fica um pouco no celular ainda, jogando alguma coisa e eu me viro para dormir. Se tudo correr bem, acordo no outro dia com o despertador, se acordar no meio da noite, apenas me viro para ela e dou um apertado abraço, quase a ponto de acordar, sinto seu cheirinho e volto a dormir.

Agora, provavelmente o dia retratado anteriormente está ainda mais triste, e explica o motivo desta tristeza. Se você que está lendo pode estar passando por esta fase, eu sinto a sua dor, mas lhe asseguro que irá melhorar. Não posso te dar um tempo de quando, afinal o tempo de cura é diferente para cada um de nós, podemos imaginar o exemplo abaixo.

Dois soldados de mesmo peso e tamanho são baleados por uma pistola calibre 9mm no mesmo lugar do corpo, felizmente o projetil atravessou e não atingiu nenhum órgão vital, deixando os mesmos apenas a se recuperar do ferimento de entrada e de saída do projetil. Apesar do calibre ser o mesmo, os dois irão se comportar de forma diferente, possivelmente haverão diferenças nos ferimentos de ambos, e apesar do tratamento ser o mesmo, um deles irá cicatrizar mais rápido que o outro. Algumas características físicas podem influenciar nisso, de forma que mesmo sendo iguais em peso e tamanho.

O mesmo ocorre se duas pessoas forem baleadas pelo calibre do Amor, podemos ambos ter amado nossas esposas por 10 anos, se acabar, ainda que pelos mesmos motivos, nossas dores serão diferentes, nossas reações serão distintas e assim também será o tempo de cura.

As diferenças irão existir, afinal mudou-se uma variável importante na equação de sua vida. E aqui vem o primeiro erro de amar, o quase inevitável, e por favor, não se culpe por ele.

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1 Zumbi mordedor – Brincadeira que consiste em fingir ser um zumbi e tentar morder o outro, meio obvio mas agora está explicado.

CAPÍTULO 2. O PRIMEIRO ERRO DE AMAR.

Amar demais sem retorno! Sem companheirismo.

Esse é um erro facilmente cometido, onde criamos a sensação de dependermos física e psicologicamente de nosso grande Amor, como um viciado em busca de uma dose não controlada e intensa de nossa Paixão², aquela que se faz necessária para você ser feliz. Esqueça serotonina, o que me faz feliz é um beijo dela. Eu mesmo disse isso inúmeras vezes.

Lembra que eu disse que o Amor não tem uma fórmula matemática? E não tem, mas podemos usar como exemplo aqui, um pouco de matemática simples.

Vou usar alguns exemplos, mas pode ser adequado a qualquer um de nós, vamos dizer que é mais fácil que matemática em si, basta identificarmos um pouco nossa atual situação e seguir a regrinha abaixo.

Eu+El=S

Eu+Ela=Satisfação do casal

Simples não é? Mas vamos acrescentar outra variável. Ela será dificuldade, que terá como valor padrão 4.

Eu+El = S

D

Eu+Ela = Satisfação do casal

Dificuldades

Agora temos uma nova situação, adicionamos as Dificuldades como um divisor da soma em cima, então vamos brincar um pouco com números agora sim? Prometo não te manter muito tempo aqui.

Exemplo a)

Eu = 100 (Nivel de amor e esforço na relação)

Ela =100