Amelie e Amós precisam ficar em casa

De Eva Markert

Um vírus perigoso deixa muitas pessoas doentes. Por isso nada mais é como antes. A maioria das lojas estão fechadas. Aquelas que ficam abertas não têm o suficiente de algumas mercadorias. Escolas, pré-escolas e parquinhos também fecham e por esse motivo Amelie e Amós precisam passar quase todo o dia em casa. Apesar de ser um tempo difícil para muitos, também há experiências agradáveis. E uma coisa é certa: Alguma hora as coisas melhoram.

• Idioma: Português
• Editora: BadPress
• Data de lançamento: 9 de mar. de 2021
• ISBN: 9781071591710

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Bolinhas malvadas

É domingo. Amelie não sabe por que, mas desde o momento que acordou tem a sensação de que alguma coisa está errada.

No final de semana Papai e Mamãe gostam de dormir até mais tarde. Então Amelie e sua irmã mais nova Mariana brincam em suas camas com cuidado para não fazer barulho. Hoje também brincaram em silêncio e mesmo assim os pais acordaram cedo. Eles olham de um jeito como se estivessem preocupados.

No café da manhã Papai não está tão divertido como de costume e no rosto de Mamãe dá para ver preocupação.

‒ O que está acontecendo? ‒ questiona Amelie.

‒ Talvez você não possa ir à pré-escola por algum tempo.

‒ Por que não? E Amós?

Amós é primo de Amelie.

‒ Ele igualmente não – confirma Mamãe. – Todas as crianças precisam ficar em casa. As escolas também ficarão fechadas.

‒ Mas não é tempo de férias – se espanta Amelie.

‒ Há um motivo sério para isso ‒ explica Papai. – Acontece que surgiu uma doença. Não só aqui, mas no mundo inteiro.

Amelie não acha ruim se ela e Amós precisam ficar um tempo sem ir à pré-escola.

‒ Então Amós e eu podemos brincar muitos dias juntos em casa.

‒ Infelizmente isso não vai ser possível – explica Papai. – A doença é muito contagiosa. E para que não aconteça de muitos ficarem doentes, e também não ao mesmo tempo, as crianças precisam ficar em casa e também não podem se encontrar com outras.

‒ Só as crianças ficam doentes? ‒ Amelie quer saber ansiosa.

‒ Não. Qualquer pessoa pode ser contagiada.

Amelie sente um nó no estômago.

‒ Essa doença mata? – sussurra com leve tremor no lábio inferior.

‒ Não tenha medo, querida. A doença é mais perigosa para quem já tem problemas de saúde e para pessoas idosas.

Por um momento Amelie se tranquiliza. Seus pais e também os de Amós ainda são relativamente jovens. Amós, Mariana e ela com certeza. E todos estão saudáveis.

Mas então se lembra da senhora Rodrigues, sua vizinha da casa em frente, que já é um tanto idosa. Sua saúde também não é das melhores. Muitas vezes ela sente dores em todo o corpo: ombros, mãos, dedos, braços, pernas, pés e dedos dos pés. Isso deve ser horrível. Ela tem reumatismo, assim contou certa vez. Mas ao menos tem bons remédios para combater as dores. Amelie gosta muito da vizinha. Não quer que lhe aconteça algo ruim.

‒ O que acontece quando alguém pega a doença? – ela quer saber.

É parecido com uma gripe. A pessoa geralmente tem febre, tosse seca e dor de garganta.

Amelie assusta.

‒ Eu não sabia que alguém pode morrer de tosse e dor de garganta!

‒ Isso não acontece no caso de um resfriado. Mas quando a tosse é causada pelo Coronavírus, pode se tornar algo sério.

‒ O que é um Cornoravírus?

‒ Corona – Mamãe corrige.

E o que é Conrona? – Amelie não consegue memorizar a palavra.

‒ Imagine um vírus como uma bolinha minúscula, que invade o corpo. Lá dentro ele se multiplica, vai aumentando sempre mais a quantidade, até a pessoa ficar doente.

‒ Como a bolinha entra no corpo?

‒ Quando, por exemplo, alguém tosse ou espirra e gotas minúsculas de saliva voam pelo ar.

‒ Mas podemos tomar remédio quando ficamos doentes.

‒ Infelizmente ainda não existe remédio para combater o Coronavírus. Leva algum tempo até que seja encontrado algo que ajude.

‒ Talvez isso não seja tão ruim – Amelie pensa. – Remédio sempre tem um gosto tão horrível.

‒ E vacina? – pergunta em seguida.

‒ Isso seria algo bom. Nesse caso as pessoas nem chegariam