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Paixão imprevista: A história de Alice Beact
Paixão imprevista: A história de Alice Beact
Paixão imprevista: A história de Alice Beact
E-book186 páginas1 hora

Paixão imprevista: A história de Alice Beact

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Sobre este e-book

Quando Alice Beact recebe uma carta da universidade, descobre que terá que enfrentar muitos desafios até chegar lá.
Ela se sente pronta para viver fora do país mas o medo ainda percorre suas veias.
Será que Alice Beact conseguirá seguir seu sonho?
O que estaria esperando por ela na Coreia do Sul?

***
Quando a pandemia começou, o meu sonho, de certa forma, também começou... Acordei em uma manhã de chuva com um desejo enorme de escrever um romance. O mais surpreendente é que eu já tinha a história e todos os personagens montados em minha mente.
Escrevi esse livro quando estava gostando de uma pessoa, no final acabei me machucando e é o que acontece com muitas pessoas. Por esse motivo, muitas desistem de se apaixonar novamente.
Pensando nisso, escrevi Paixão Imprevista, para que as pessoas pudessem voltar a sentir o amor ao lado delas.
Espero que a história de Alice Beact te ajude a amar novamente!
O amor é como uma rosa com espinhos e, até aprendermos a passar por eles sem se ferir, acabamos nos machucando por tentar. Mas, quando o verdadeiro amor chega, os espinhos acabam se tornando apenas detalhes...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de jan. de 2021
ISBN9786586055320
Paixão imprevista: A história de Alice Beact

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    Paixão imprevista - Vanessa Mendes Andrade

    *Aceno*

    1

    Minha mãe entrou em choque quando pegamos a carta no correio.

    Ela já tinha decidido que eu não iria para a universidade, o grande problema era fazer com que ela mudasse de ideia.

    Ela não queria me deixar ir para a Coreia do Sul por ser longe de Quênia, país onde morávamos.

    Mas não vou desistir do meu sonho tão facilmente e, mesmo que ela não me deixe ir, vou do mesmo jeito, sem a permissão dela.

    Ela não poderia deixar sua filha feliz? Era apenas dizer sim, é tão difícil concordar comigo?

    Minha mãe é atenciosa e muito coruja, eu entendo que ela não queira me ver longe.

    Não me considero uma filha desobediente mas também não sou uma santa. Não queria desobedecê-la, mas não quero desistir da universidade.

    Escondi-me no meu quarto, o único lugar em que poderia pensar. Procurava um argumento que fizesse ela mudar de ideia, mas tudo que tinha era uma coletânea de opiniões sinceras... Não me parecia que ela iria dar ouvidos a nenhuma delas.

    Eu não conseguiria escapar da minha mãe por muito tempo. Era quase a hora do jantar e eu, como filha mais velha que ainda morava com os pais, tinha que ajudar nos afazeres. Pulei da cama e caminhei até a cozinha.

    Minha mãe me recebeu com um olhar furioso e não disse nada.

    Nós duas nos movíamos pela cozinha sem falar – como numa dança silenciosa – enquanto preparávamos o frango, o macarrão e púnhamos a mesa para cinco pessoas. Bastava eu desviar os olhos do que eu estava fazendo para ela me corrigir com um olhar severo, como se assim fosse me deixar constrangida para querer as mesmas coisas que ela. Minha mãe usava essa tática às vezes.

    Quando ela queria que eu fizesse uma faxina pesada ela usava essa tática. Nós tínhamos dinheiro para pagar alguém para fazer a limpeza da casa, mas minha mãe sempre me ensinou a me virar sozinha.

    Às vezes eu ajudava mas nem sempre dava certo, minha mãe não tinha o que fazer quando eu teimava. Puxei à ela, de modo que ela não poderia ficar surpresa com meu gênio difícil. Mas o problema não era só eu, ela andava tensa, não sei o porquê... talvez fosse pela universidade?

    O verão chegava ao fim e logo viria os tempos de frio e as preocupações.

    Minha mãe colocou a jarra de suco na mesa com raiva.

    Fiquei com a boca cheia d’água só de imaginar o suco gelado. Mas eu tinha que esperar, seria um desperdício eu beber meu copo de suco agora e depois ter que beber água durante o jantar.

    — Mas você vai morrer se estudar em uma universidade perto de mim? Fique perto, eu posso ir visitá-la sempre.

    Suspirei alto, pensando que se eu não fosse para a Coreia do Sul, iria ser como a morte para mim.

    Essa universidade era muito importante para mim pelo fato de ser bastante popular e muito boa na área de tecnologia. E também porque eu gostava muito desse país. Não conseguia esconder meu sorriso ao pensar em todas as coisas que aprenderia, sem falar nas amizades, nos coreanos, nas comidas...

    — Os últimos anos que se passaram foram muitos difíceis para mim. – Minha mãe respirou cansada. – Tenha um pouco de compaixão!

    Não queria que ela ficasse triste. Eu não tinha como sorrir diante da maneira como ela expôs essa situação. Eu também estava pensando em como meu pai Joseph, Gerald meu irmão e Emile minha avó, reagiriam a essa novidade.

    O que eu deveria fazer?

    Minha cabeça estava tão longe deles, meus pensamentos eram tão positivos que não imaginaria que tudo isso se tornaria uma tempestade.

    Em breve as folhas mudariam de cor e o meu mundinho iria ficar balançado de novo.

    Não me preocupo com dinheiro, não somos ricos mas temos como nos sustentar. Eu indo embora ficariam quatro bocas para serem sustentadas mas sei que eles iriam conseguir, pois meu pai trabalha em uma empresa e minha mãe é costureira. Meu irmão tem apenas quatorze anos então não descobriu ainda o seu talento, minha avó trabalhou muito na vida mas, depois que se aposentou, ela começou a ficar um pouco doente, não é nada grave mas mesmo assim temos que cuidar dela.

    Quando eu vejo as coisas desse jeito, penso logo na universidade, para mim estudar na Coreia do Sul seria maravilhoso mas para eles nem tanto. Aquela carta é a minha única chance mas não posso obrigá-los a ter a mesma opinião que eu tenho.

    Eu observava minha mãe, para uma mulher forte e guerreira até que ela estava inteira, com quarenta anos ainda era linda. Seus cabelos eram loiros, como os meus, por isso seus cabelos brancos quase nem apareciam. Umas ruguinhas apareciam no canto dos olhos, embora ainda fosse jovem para mim.

    Eu sabia que minha mãe sentia um grande peso nas costas. E sabia que era por isso que ela tentava me manipular sempre que podia. Já brigávamos bastante antes dessa tensão extra mas, conforme se aproximava o dia da minha mudança, ela ficava cada vez mais nervosa. E eu sabia que minha mãe estava triste por eu ter recebido aquela carta.

    Mas havia coisas – coisas importantes - que eu amava aqui também.

    Aquela carta se erguia como um muro entre mim e a minha família. Talvez eu precisasse ouvir apenas meu coração. Não estava a fim de desistir do meu sonho, independentemente do quanto minha família fosse importante. E, além do mais, nesses últimos anos, dei o meu melhor a eles.

    Eu era a filha mais velha em casa, fazia o que podia para ajudar, estudava em casa nos horários que arranjava entre o trabalho, que tomava maior parte do meu dia. Por não estudar em uma escola não imaginei que conseguiria ganhar uma bolsa de estudos mas, para minha surpresa, consegui!

    Mas, na cabeça da minha mãe, eu não tinha feito nada por eles.

    Se eu fosse mais esperta teria pegado aquela carta primeiro que ela, mas ela foi mais rápida que eu.

    Ela aproveitou o jantar e sacou de dentro do seu bolso a carta.

    — Olhem isso – disse, chamando a atenção de todos.

    Tentei pegar o papel da mão dela, mas era rápida demais para mim. Mas, cedo ou tarde, todo mundo acabaria descobrindo, só queria que fosse pela minha boca e não pela dela.

    — Mãe, não. – Implorei.

    — Eu quero ver! – gritou Gerald, o que não me surpreendeu.

    Meu pai ouvia com atenção, enquanto Gerald pulava de alegria. Emile continuava comendo.

    Minha mãe limpou a garganta e continuou:

    Carta de aceitação, eu abaixo assinada Elisabeth Marques da Universidade Sul confirmo que a estudante Alice Beact foi aceita na nossa universidade, parabéns.

    Enquanto ela falava eu olhava para o teto, eu queria muito ir, mas não dependia só de mim.

    — E, é claro que ela não vai.

    — Mãe, por favor!

    — Vai sim! – disse Gerald.

    Ele deu um sorriso tão largo que não pude deixar de sorrir.

    — Pai, o que você acha sobre isso?

    Todos os olhos caíram sobre o membro mais sábio da casa.

    — Eu só quero que você seja feliz minha filha. – Disse com um sorriso no rosto.

    — Querido, por favor! – minha mãe soltou um suspiro irritado. – Alice, você sabe que eu só quero o seu bem.

    — Já que quer o meu bem me deixe ir.

    — Não! – disse sem piscar.

    — Mãeeeee.

    — Vá. – Disse minha avó. Foi seu primeiro comentário desde o começo da história, eu e ela somos muito próximas. Ela olhou para o copo em sua mão, queria entender o que estava se passando em sua cabeça. Quando ela olhou para mim pude entender que ela queria que eu fosse mas ao mesmo tempo, não.

    Minha mãe afastou a cadeira da mesa, levantou-se e depois se inclinou sobre a mesa, na minha direção.

    — Você não vai e pronto!!! – disse gritando.

    Seu olhar dizia tudo o que estava sentindo. Isso me comoveu, apesar de estar brava comigo, pude ver que estava apenas escondendo seus verdadeiros sentimentos.

    Não iria desistir do meu sonho mesmo que fosse difícil, sabia que minha mãe se importava comigo e me amava mas eu também sabia o que era melhor para mim.

    Ela atirou o guardanapo na mesa e saiu bufando.

    Comecei a tirar a mesa assim que se retiraram, menos meu pai, que se levantou tirando as migalhas da camisa.

    — Obrigada, pai – murmurei enquanto retirava os pratos.

    — Não seja boba querida! – ele sorriu e passou seus braços por mim.

    — Eu só...

    — Eu sei que você quer muito ir. Eu sei – ele beijou minha testa.

    Voltei à cozinha para terminar a limpeza, cobri meu prato com um guardanapo – não tinha comido muito, na verdade quase nada - e o escondi na geladeira. No prato dos outros não havia nada além de migalhas.

    Fui para o meu quarto me preparar para dormir. Tudo aquilo me deixou nervosa.

    Por que minha mãe não me deixava ir? Ela não me ama o bastante? Não queria ver a minha felicidade?

    Deitada em minha cama eu pensava e repensava sobre a universidade, não sabia que decisão tomar... sem falar que havia outro problema.

    A meia-noite demorou uma eternidade para chegar. Antes de descer as escadas me olhei no

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