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O garoto pobre
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O garoto pobre
E-book80 páginas55 minutos

O garoto pobre

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Sobre este e-book

Tommy e sua mãe mudaram-se para uma casa nova e todos os vizinhos parecem ser melhores do que eles. As outras crianças do local sentem enorme prazer em provocar Tommy e em lembrá-lo constantemente de como ele e sua mãe são pobres. Tommy consegue a ajuda de um estranho garoto que costuma aparecer quando ele precisa. Com o novo amigo, ele começa a se vingar da criançada esnobe ao seu redor. Mas de onde vem esse misterioso amigo? E por que ele ajuda Tommy?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mar. de 2021
ISBN9786555007053
O garoto pobre

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    O garoto pobre - Edgar J. HydeEdgar

    Capítulo 1

    Um Garoto Novo na Cidade

    Lancei no tabuleiro os dados que estavam na minha mão. Essa não, um quatro e um seis! Contei dez espaços em volta do tabuleiro. Fui parar na rua mais cara, e nela havia um hotel! Contei os espaços novamente, mas continuava parado lá.

    – Pode contar quantas vezes quiser, Tommy, mas você está na minha propriedade. Vamos ver agora, com um hotel, vai ficar uma fortuna! – ela comemorou com prazer.

    Um rápido olhar em volta do tabuleiro do Banco Imobiliário e para a pilha de dinheiro da minha mãe confirmou o que eu temia: eu havia perdido para ela novamente.

    Olhei para a minha magra pilha de dinheiro e disse: – Esse aí sou eu, estou zerado.

    – Ganhei! – gritou a mamãe, enquanto batia palmas acima da cabeça para comemorar a vitória.

    Eu podia ser um mau perdedor, mas ela era uma ganhadora pior ainda.

    – O que vai fazer agora, Tommy? – ela perguntou. – Está um lindo dia lá fora. Por que não sai para brincar? – ela acrescentou.

    – É que estou bem aqui – expliquei com um sorriso tímido.

    Mamãe franziu a testa e disse: – Olhe, Tommy, garotos com 13 anos de idade não devem ficar dentro de casa fazendo companhia para a mãe num belo dia como o de hoje.

    – Eu sei – repliquei. – É que… – não consegui encontrar as palavras para concluir a resposta.

    Ela colocou o braço em volta do meu ombro e disse calmamente: – Você ainda continua com dificuldade para fazer amigos por aqui?

    Acenei com a cabeça, constrangido pelo meu fracasso em fazer novos amigos. Eu tentava, mas por aqui não era nada fácil. As crianças (e até os pais) me chamavam de pobretão.

    Tínhamos nos mudado para a parte mais rica da cidade alguns meses antes, logo depois que minha irmã, Emma, nasceu.

    Nosso pai nos deixou antes do nascimento dela, e não entrara em contato desde então. Eu sempre me perguntava como ele podia ter sido tão cruel para nos tratar desse jeito. Minha mãe explicava que estávamos melhor sem ele.

    Meu pai deixou a mamãe com muitos problemas financeiros. Ela não conseguia continuar pagando o aluguel e nem trabalhar, porque precisava cuidar de Emma. Por fim, tivemos que nos mudar e fomos parar em um albergue, o que foi horrível. A acomodação do albergue era minúscula e fedorenta. Minha mãe não conseguia dormir à noite com medo de ser roubada, e os outros ocupantes do albergue nos assustavam.

    Mas nossa sorte mudou e terminamos aqui na parte próspera da cidade. Fomos morar no apartamento do porão da imensa casa da senhora Benson, na Rua Montague. Meu avô era o caseiro da senhora Benson e eles se davam muito bem. Ele faleceu há alguns anos, mas, por acaso, a senhora Benson ficou sabendo da nossa situação e nos ofereceu o apartamento.

    A mamãe não podia recusar uma chance dessas. Em troca de ficar no apartamento, ela limpava a casa da senhora Benson. A casa tem três andares, mais o apartamento. Isso significa muita coisa para limpar, mas é bom para a minha mãe, pois ela pode levar a Emma junto com ela conforme cumpre suas obrigações. Então, embora tenhamos um lugar para ficar, ainda assim temos muito pouco dinheiro. A senhora Benson paga bem pouco, já que desconta o aluguel do salário da mamãe. É aí que os meus problemas começam.

    O lugar onde agora estamos é muito rico. Todos têm casas imensas e carrões luxuosos. As crianças só andam com sapatos e roupas da última moda. Seus pais as levam ao clube de tênis ou à academia de ginástica. Só andam de bicicleta nas mais modernas mountain bikes e todas parecem ter os mais caros patins que o dinheiro pode comprar. Aposto que todas elas também têm computadores e videogames. Francamente, elas me fazem sentir mal. Mas devo admitir que sinto inveja.

    Tentei ser amigável assim que cheguei, mas eles simplesmente me ignoraram. A minha mãe me explicou que isso era absolutamente normal e que com o tempo as coisas melhorariam. Semanas, e depois meses se passaram e a minha situação só foi piorando, não melhorava nunca. O que havia de errado comigo? Eu andava limpo, não cheirava mal e não procurava encrenca.

    Então, um dia descobri o que estava errado. Era tudo por causa do dinheiro. Eles tinham, e eu não. Aos olhos deles isso me tornava inferior. O que eu podia fazer?

    Como eu só tinha sapatos e calças jeans velhas e puídas, eles riam de mim. Então, um dia, James Dixon, que morava do

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