O garoto pobre
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Edgar J. Hyde Edgar
O piano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO escritor fantasma Nota: 3 de 5 estrelas3/5O espantalho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO poço dos desejos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEspelho meu Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Autores relacionados
Relacionado a O garoto pobre
Ebooks relacionados
Pardal Negro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - Sangue na torneira Nota: 5 de 5 estrelas5/5Box hora do espanto - Série III Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - O mistério da carroça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - Beijo sinistro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBox hora do espanto - Série I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - A fuga de Edgar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - O Soldado fantasma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sítio sangrava Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs caçadores de lendas: Darkmouth Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu vejo Kate: o despertar de um serial killer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - O coveiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5O cisne de prata Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBox - O mágico de Oz + O maravilhoso mundo de Oz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Horror De Dunwich Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPortas entre Mundos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs aventuras de Huckleberry Finn Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma visita da morte Nota: 0 de 5 estrelas0 notasH. G. Wells - Coleção I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRio vermelho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do Espanto - A colheita das almas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInvisível Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA ciclista solitária e outras histórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBox hora do espanto - Série II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPhobia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA casa dos ganchos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - Bilhete do além Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFlora: o despertar Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Terror para adolescentes para você
Afrohorror Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - Bilhete do além Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBox hora do espanto - Série II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO vale dos mortos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Hora do espanto - Feliz dia das bruxas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Hora do espanto - O teatro das bruxas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - O Soldado fantasma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Clube Mary Shelley Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do Espanto - A colheita das almas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPhobia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElevador 16 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHora do espanto - A cadeira de balanço Nota: 1 de 5 estrelas1/5A batalha dos mortos Nota: 3 de 5 estrelas3/5A senhora dos mortos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Dama de negro: Os JOCAS - Caso 3 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMonster Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Homem da areia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Despertos: Série Academia dos Caídos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antes do alvorecer Nota: 5 de 5 estrelas5/5O livro do cemitério Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Avaliações de O garoto pobre
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
O garoto pobre - Edgar J. HydeEdgar
Capítulo 1
Um Garoto Novo na Cidade
Lancei no tabuleiro os dados que estavam na minha mão. Essa não, um quatro e um seis! Contei dez espaços em volta do tabuleiro. Fui parar na rua mais cara, e nela havia um hotel! Contei os espaços novamente, mas continuava parado lá.
– Pode contar quantas vezes quiser, Tommy, mas você está na minha propriedade. Vamos ver agora, com um hotel, vai ficar uma fortuna! – ela comemorou com prazer.
Um rápido olhar em volta do tabuleiro do Banco Imobiliário e para a pilha de dinheiro da minha mãe confirmou o que eu temia: eu havia perdido para ela novamente.
Olhei para a minha magra pilha de dinheiro e disse: – Esse aí sou eu, estou zerado.
– Ganhei! – gritou a mamãe, enquanto batia palmas acima da cabeça para comemorar a vitória.
Eu podia ser um mau perdedor, mas ela era uma ganhadora pior ainda.
– O que vai fazer agora, Tommy? – ela perguntou. – Está um lindo dia lá fora. Por que não sai para brincar? – ela acrescentou.
– É que estou bem aqui – expliquei com um sorriso tímido.
Mamãe franziu a testa e disse: – Olhe, Tommy, garotos com 13 anos de idade não devem ficar dentro de casa fazendo companhia para a mãe num belo dia como o de hoje.
– Eu sei – repliquei. – É que… – não consegui encontrar as palavras para concluir a resposta.
Ela colocou o braço em volta do meu ombro e disse calmamente: – Você ainda continua com dificuldade para fazer amigos por aqui?
Acenei com a cabeça, constrangido pelo meu fracasso em fazer novos amigos. Eu tentava, mas por aqui não era nada fácil. As crianças (e até os pais) me chamavam de pobretão
.
Tínhamos nos mudado para a parte mais rica da cidade alguns meses antes, logo depois que minha irmã, Emma, nasceu.
Nosso pai nos deixou antes do nascimento dela, e não entrara em contato desde então. Eu sempre me perguntava como ele podia ter sido tão cruel para nos tratar desse jeito. Minha mãe explicava que estávamos melhor sem ele
.
Meu pai deixou a mamãe com muitos problemas financeiros. Ela não conseguia continuar pagando o aluguel e nem trabalhar, porque precisava cuidar de Emma. Por fim, tivemos que nos mudar e fomos parar em um albergue, o que foi horrível. A acomodação do albergue era minúscula e fedorenta. Minha mãe não conseguia dormir à noite com medo de ser roubada, e os outros ocupantes do albergue nos assustavam.
Mas nossa sorte mudou e terminamos aqui na parte próspera da cidade. Fomos morar no apartamento do porão da imensa casa da senhora Benson, na Rua Montague. Meu avô era o caseiro da senhora Benson e eles se davam muito bem. Ele faleceu há alguns anos, mas, por acaso, a senhora Benson ficou sabendo da nossa situação e nos ofereceu o apartamento.
A mamãe não podia recusar uma chance dessas. Em troca de ficar no apartamento, ela limpava a casa da senhora Benson. A casa tem três andares, mais o apartamento. Isso significa muita coisa para limpar, mas é bom para a minha mãe, pois ela pode levar a Emma junto com ela conforme cumpre suas obrigações. Então, embora tenhamos um lugar para ficar, ainda assim temos muito pouco dinheiro. A senhora Benson paga bem pouco, já que desconta o aluguel do salário da mamãe. É aí que os meus problemas começam.
O lugar onde agora estamos é muito rico. Todos têm casas imensas e carrões luxuosos. As crianças só andam com sapatos e roupas da última moda. Seus pais as levam ao clube de tênis ou à academia de ginástica. Só andam de bicicleta nas mais modernas mountain bikes e todas parecem ter os mais caros patins que o dinheiro pode comprar. Aposto que todas elas também têm computadores e videogames. Francamente, elas me fazem sentir mal. Mas devo admitir que sinto inveja.
Tentei ser amigável assim que cheguei, mas eles simplesmente me ignoraram. A minha mãe me explicou que isso era absolutamente normal e que com o tempo as coisas melhorariam. Semanas, e depois meses se passaram e a minha situação só foi piorando, não melhorava nunca. O que havia de errado comigo? Eu andava limpo, não cheirava mal e não procurava encrenca.
Então, um dia descobri o que estava errado. Era tudo por causa do dinheiro. Eles tinham, e eu não. Aos olhos deles isso me tornava inferior. O que eu podia fazer?
Como eu só tinha sapatos e calças jeans velhas e puídas, eles riam de mim. Então, um dia, James Dixon, que morava do