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Invista depois de ler: Tudo o que você queria saber sobre investimentos, mas não tem ninguém para explicar
Invista depois de ler: Tudo o que você queria saber sobre investimentos, mas não tem ninguém para explicar
Invista depois de ler: Tudo o que você queria saber sobre investimentos, mas não tem ninguém para explicar
E-book234 páginas2 horas

Invista depois de ler: Tudo o que você queria saber sobre investimentos, mas não tem ninguém para explicar

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Sobre este e-book

Finalmente, um guia de investimentos que você entende!

Em Invista depois de ler, Ana Laura Magalhães – especialista em investimentos e sócia do Grupo XP – desmitifica tudo o que você precisa saber para tirar o dinheiro da poupança e fazê-lo render mais! De maneira didática, Ana nos ensina como funciona a jornada de investimentos de forma acessível para todos os que já investem ou querem começar a investir.
A partir de três perguntas muito simples, estas páginas transformaram seu sonho de liberdade financeira em realidade. Neste verdadeiro guia, você aprenderá seu perfil de investidor, passará pelos produtos disponíveis no mercado e, por fim, será convidado a montar a sua própria carteira. OK, ainda parece difícil? Você já leu vários livros sobre investimentos e, mesmo assim, ainda acha tudo muito confuso?
Não se preocupe: para facilitar ainda mais, ao longo do livro, você encontrará QR Codes com vídeos exclusivos que explicarão de maneira ainda mais descomplicada e simples tudo o que você precisa saber! E não se esqueça de fazer parte da comunidade de mais de 300 mil seguidores nas redes sociais que acompanham e tiram suas dúvidas relativas a dinheiro direto com a Ana. Tá com dúvida? Manda lá que a Ana explica!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mai. de 2021
ISBN9786555353181
Invista depois de ler: Tudo o que você queria saber sobre investimentos, mas não tem ninguém para explicar

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    Invista depois de ler - Ana Laura Magalhães

    INTRO DUÇÃO

    Se este livro chamou sua atenção, então você já deu o primeiro passo para se tornar um investidor. E, se você está lendo estas linhas, deu o passo número dois. Tenho certeza de que, até finalizar estas páginas, você vai ter começado sua longa jornada no mundo dos investimentos.

    E o que você vai encontrar aqui para te ajudar nessa caminhada? Três perguntas e tudo o que precisa saber para respondê-las! Elas fazem parte de um método que desenvolvi ao longo da minha carreira como assessora de investimentos, tendo administrado uma carteira de cerca de R$ 400 milhões.

    Você vai entender o cenário de investimentos no Brasil de uma maneira clara e didática. Se você quer um livro cheio de termos técnicos e todo o blá-blá-blá que mais assusta que ajuda, melhor deixar este manual de lado ou trocá-lo por outra coisa. Aqui, nós vamos falar de finanças e economia em português descomplicado.

    Antes de chegarmos lá, primeiro gostaria de lhe contar um pouco da minha história. Eu me apaixonei por política monetária na faculdade de Relações Internacionais (que eu cursava para virar diplomata, imagina!), lá na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ainda nesse curso, comecei a puxar matérias de Economia e, ao terminar a graduação, emendei um mestrado em Relações Internacionais, com foco em Economia Política Inter-nacional, para entender como todas as políticas monetárias de todos os países poderiam se encaixar.

    Mas, Ana, o que isso tem a ver com investimentos?, você deve estar querendo saber. Tudo! Se este livro tivesse uma personagem principal, ela seria a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, que é um dos indicadores mais utilizados em política monetária e que impacta todos os tipos de investimento. E, como ela caiu muito nos últimos anos aqui no Brasil e está em um patamar muito baixo, o cenário de investimentos mudou completamente, tornando-se mais complexo e exigindo que você estude mais! Ao longo dos próximos capítulos, você vai entender tim-tim por tim-tim o que precisa ser feito para seus investimentos.

    Para ajudar as pessoas a investirem melhor o seu dinheiro nesse novo cenário, criei o canal Explica Ana. Ele nasceu dentro de uma das maiores instituições financeiras do Brasil, a XP Investimentos, onde eu tive todo o respaldo para levar esse conhecimento a todos que dele precisassem, disseminando informação por meio das redes sociais.

    Eu entrei na XP Investimentos no dia 4 de julho de 2016 (sempre me lembro da data por causa da Independência dos Estados Unidos; tendo estudado Relações Internacionais, eu considero essa uma data notória), para tratar diretamente com os clientes. E foi lá que aprendi tudo sobre finanças. Meu trabalho era atender o cliente final e ajudá-lo a investir melhor e, para isso, tirei todas as certificações oficiais necessárias para me tornar apta a realizar essa tarefa.

    Só que essas certificações são teorias e mais teorias. E a prática do dia a dia com os investidores é que me ensinou muito. Era uma rotina muito cheia, em que eu ficava pelo menos oito horas seguidas ao telefone, de uma média de doze horas trabalhadas diariamente, atendendo clientes finais. Desligava o telefone, ligava para outro, e assim por diante. Tinha investidores de todos os perfis, desde aqueles com pouquíssimo dinheiro para investir até gente muito rica. Então eu descobri muito sobre quais eram as principais dúvidas dos investidores que nunca tinham lidado com finanças – e até dos mais experientes –, quais eram as preocupações em relação ao resgate de seus patrimônios e as indecisões sobre o que é melhor para cada cenário.

    Essa experiência me fez perceber que não importava quanto a pessoa tinha de patrimônio alocado, as dúvidas e os medos eram muito parecidos, pois o conhecimento básico de finanças era muito limitado. Eu sentia necessidade de entender melhor cada cliente, para que eles pudessem confiar em mim!

    Eram questões muito básicas: Ah, mas não tenho dinheiro para investir!. Errado. Você pode começar a investir com praticamente qualquer quantia. Mas investimento? Eu preciso desse dinheiro em breve – outro erro. Investimento não é exclusivamente para o longo prazo. Era muito comum que as pessoas gostassem de ter investimentos que fossem palpáveis. Muita gente me falava: Ah, mas o meu dinheiro eu vou colocar em um apartamento. Ou: Ele está há anos na poupança do banco, pois sei que ele não vai quebrar. Esses mitos estavam fortemente presentes na cabeça dos clientes – mesmo para aqueles que já tinham dado um passo importante abrindo conta em uma corretora e, portanto, estavam na lista de quem eu ajudava.

    Lembra-se de que eu disse que precisava conhecer melhor o cliente? Muita gente não confia em quem lhe dá orientação gratuita sobre investimentos. Em outros países, como nos Estados Unidos, é natural ter confiança nesses profissionais. Mas o brasileiro é desconfiado. A profissão de Agente Autônomo de Investimentos (AAI) é relativamente nova no Brasil.

    Outra questão também chamava atenção: o investidor queria ter certeza quanto à rentabilidade, e isso é muito difícil (e até antiético) prometer. Além disso, muita gente associava investimento com pirâmide financeira e com promessas mentirosas que, vez ou outra, surgem, como dobre seu capital em seis meses.

    Havia medo generalizado de perder todo o valor investido ou de ser enganado – justamente porque não entendiam direito no que estavam colocando seu dinheiro. E tem investimento de todo o tipo, inclusive aqueles que são muito mais seguros que a poupança do seu banco.

    O brasileiro ainda tem muita resistência para investir e costuma associar essa palavra a risco. Entende que o ato de poupar é ter dinheiro nas mãos, pronto para ser usado (como a própria poupança), que investimentos são arriscados demais – praticamente apostas –, e que, portanto, devem ser evitados.

    Eu percebia isso tudo na minha própria família. Minha mãe, por exemplo, tinha dinheiro na poupança, e meu pai preferia investir em imóveis. Esses medos e dúvidas ficavam aparentes em todas as reuniões familiares. Tem parente meu que morre de medo de investimento até hoje por ter vivido o confisco da poupança no começo dos anos 1990 ou que ficou traumatizado pela mudança de moedas!

    Um dia, nessas reuniões familiares, minha mãe me chamou de canto e disse: Olha, sua tia está superchateada com você. Tomei um susto! Você sabia que ela ia viajar, mas não disse que o dólar ia subir. Ela não comprou e agora vai pagar supercaro! Nesse dia percebi que as pessoas precisavam se aproximar do assunto de mercado financeiro de maneira mais fácil.

    Mas a culpa não é só do investidor brasileiro, não. Muita gente que trabalha com investimento faz questão de falar mais complicado para fazer as pessoas sentirem que precisam desses profissionais. Isso está errado e ajuda a construir mais barreiras, mais dúvidas, mais insegurança.

    A boa notícia é que a maneira mais fácil de quebrar todas essas barreiras é por meio do conhecimento. Então eu come-cei a fazer alguns vídeos educativos para ganhar escala. Em vez de passar oito horas seguidas ao telefone explicando tudo para cada cliente, passei a gravar vídeos que explicassem essa ideia, e isso resultou no nascimento do canal Explica Ana no YouTube e do @explicaana no Instagram. A ideia é educar para que as pessoas percam os medos e saibam exatamente no que estão investindo.

    Nos últimos anos, o Brasil passou por um forte processo de democratização dos investimentos, principalmente fora dos grandes bancos, e minha missão é ajudar as pessoas a entenderem essa mudança e tratarem melhor o dinheiro. Com essa expertise, portanto, vinda dessa experiência, criei um manual que ajuda aqueles que pretendem investir de acordo com seus objetivos – e isso é o que eu vou compartilhar com você neste livro.

    Mesmo que, depois de ler esta obra, você decida fazer seus investimentos com assessoria, é muito importante que saiba o básico para poder investir melhor e não ser ludibriado pelos maus assessores – sim, infelizmente eles existem. Você precisa estar no controle e entender exatamente o que está fazendo e onde está alocando os seus recursos. Pense que esse assessor precisa ser igual a um arquiteto que você contrata para reformar sua casa: ele pode fazer sugestões, mostrar coisas que você provavelmente não imaginou, mas você precisa se sentir confortável para dar o ok final. Afinal, é você quem vai morar nessa casa.

    Eu não quero, porém, que a nossa relação acabe por aqui. Você pode (e deve) me procurar no site www.explicaana.com.br e em todas as redes sociais para tirar suas dúvidas, além de entrar no nosso grupo do Telegram, interagindo comigo e com outros investidores, e se tornar um Expliker!

    A caminhada só está começando. Não precisa ter medo. Você já é um investidor!

    A PERSONAGEM PRINCIPAL DESSA HISTÓRIA: A SELIC

    Para qualquer história que você vai contar para o seu filho antes de dormir, para qualquer livro que vai ler, você precisa de um personagem principal. E se você quer aprender sobre investimentos, essa protagonista é a Selic, a taxa básica de juros do Brasil definida pelo Banco Central. Se você mora no Brasil, precisa saber que tudo o que acontece com ela acaba impactando seus investimentos, pois essa taxa influencia diretamente outras taxas de juros no mercado financeiro nacional, funcionando como um índice de controle de inflação.

    Se você nunca ouviu esse termo, tudo bem. É muito comum ver matérias sobre investimentos e economia que mencionam a Selic, mas que não te explicam o quão importante ela realmente é para seus investimentos. Certamente você já quis ganhar na loteria e viver de juros, não é mesmo? E o que são esses juros? Todos eles têm a ver com a taxa Selic, e, quanto mais alta ela estiver, mais o seu dinheiro vai render nominalmente. Quanto mais baixa, menos ele renderá. É uma relação simples, sobretudo quando não levamos em consideração a inflação do período.

    E existe algo que mudou muito nos últimos anos. Desde que o Plano Real foi criado até o momento em que estou escrevendo este livro, no começo de 2021, a taxa média da Selic foi de 14,25% ao ano. Isso significa que seus investimentos no banco renderam, em média, algo muito parecido com isso, o que é significativo. Quando falamos sobre a poupança, um investimento isento de Imposto de Renda e de baixo risco, temos a rentabili-dade nos últimos anos de pouco mais que 0,5% ao mês, o que representa 6% de rentabilidade ao ano. O que aconteceria, então, se tivéssemos nos bancos uma rentabilidade expressiva de aproximadamente 1% ao mês, valor muito parecido com a média da taxa Selic que vimos anteriormente? As pessoas deixariam o dinheiro lá, pois teriam uma rentabilidade elevada para um investimento de baixo risco. Isso afeta o ciclo econômico como um todo, pois o dinheiro fica parado, controlando a inflação e criando um perfil de investidor chamado rentista, que deixa o dinheiro parado e rendendo com a intenção de gerar um ideal de segurança.

    Se temos a contenção da inflação por um lado, temos também empréstimos e financiamentos caros na outra ponta. Isso acontece por um motivo simples: o banco usa a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como referência para determinar os empréstimos entre bancos todos os dias, e essa taxa, por sua vez, é praticamente colada na Selic. Por isso, só faz sentido para os bancos emprestarem a juros maiores do que o CDI e a Selic – você vai ler muito esses dois termos aqui neste livro. Então, quando ler CDI, lembre-se de que ele é quase correlato à Selic, a diferença é na casa dos centésimos de

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