Lendo a Carta aos Gálatas: Em defesa da liberdade cristã

De Jonas Machado

"Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vocês são um só em Cristo Jesus... É para a liberdade que Cristo nos libertou..." Frases como essas colocam a carta aos Gálatas entre as mais importantes e mais citadas cartas paulinas. Ao enfrentar a situação pontual de uma comunidade cristã primitiva que ele considerava que se desviava do Evangelho – seus filhos na fé que residiam na Anatólia setentrional, hoje território da Turquia –, o Apóstolo lidou com a igualdade e a liberdade entre os seres humanos, ideais que são caros para a humanidade desde sempre. Como um pai que vê seus filhos em perigo e tenta a todo custo salvá-los, o apóstolo Paulo escreveu essa carta repleta de afirmações sucintas e pungentes, que marcam as histórias do cristianismo e do mundo.

• Idioma: Português
• Editora: Paulus Editora
• Data de lançamento: 27 de jul. de 2021
• ISBN: 9786555622843

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COMENTÁRIO AO TEXTO

Vamos, então, olhar o texto propriamente dito mais de perto, acompanhando a estrutura que apresentamos acima junto com a tradução da NBP. A já mencionada transliteração de termos gregos em itálico entre parênteses ajuda a deixar mais claro, para quem tiver interesse, quais são os termos gregos do original que estão em questão. Mas esses parênteses não atrapalham o fluxo normal da leitura. Quem estiver lendo, se preferir, poderá desprezar essas transliterações entre parênteses e, mesmo assim, terá uma leitura fluente natural.

INTRODUÇÃO (1,1-10)

A introdução dessa carta se enquadra no hábito antigo de começar as cartas com uma apresentação do autor e endereçados. Entretanto, como também é comum nas cartas de Paulo, essa também apresenta já no início alguns aspectos do que o apóstolo deseja desenvolver no corpo da carta. Por outro lado, peculiarmente, no lugar dos costumeiros elogios iniciais aos endereçados, há uma dura exortação