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Depois é nunca
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E-book87 páginas1 hora

Depois é nunca

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Sobre este e-book

Nova obra do premiado autor Fabrício Carpinejar, Depois é nunca retrata a despedida e o luto em forma de crônicas sensíveis e emocionantes.
 
Depois de focar na relação entre amigos, entre pais e filhos, entre marido e mulher, é chegada a hora de falar sobre aquela que é a única certeza que temos nessa vida: a morte. Em seu novo livro, Depois é nunca, Carpinejar tece envolventes e delicadas narrativas sobre o luto. 
Em crônicas que falam sobre o quanto não sabemos reagir ao luto, Carpinejar encontra palavras que possibilitam o fluxo nítido de pensamentos junto dos sentimentos, com a sabedoria de quem sabe mexer com a magia das palavras. Ele escreve como quem te escuta. As dores de amores perdidos, reparados, disfarçados, contidos, escondidos.
Em Depois é nunca sua escrita é norteada pelo luto, pela saudade e pela esperança. Carpinejar trata dos sentimentos e das angústias de uma maneira tão única e leve que até assuntos considerados tabu, como a morte, ganham um significado especial em linguagem simples.
Seus textos ponderam sobre a intuição de que a morte vai chegar, e sobre o esforço feito para evitar as duas: a intuição e a morte. As memórias guardadas do derradeiro momento em que chega a notícia da morte de alguém. A incredulidade daquilo que já aconteceu e se demora a aceitar. A gratidão pela companhia dos momentos em vida, da memória boa que resta em quem fica.
Depois é nunca é uma leitura emocionante e leve que acompanha a saudade de quem perdeu alguém querido. É uma reflexão sobre a importância de não adiar afetos, afinal, depois é nunca.
IdiomaPortuguês
EditoraBertrand
Data de lançamento4 de out. de 2021
ISBN9786558380658
Depois é nunca

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    Depois é nunca - Fabrício Carpinejar

    Índice

    Capa

    Obras do autor

    Rosto

    Créditos

    Epígrafe

    Sumário

    Livro

    Sobre o autor

    Colofon

    Depois é nunca

    Guide

    Sumário

    Do Autor:

    As Solas do Sol

    Um Terno de Pássaros ao Sul

    Terceira Sede

    Biografia de Uma Árvore

    Cinco Marias

    Como no Céu & Livro de Visitas

    Meu Filho, Minha Filha

    O Amor Esquece de Começar

    Canalha!

    Mulher Perdigueira

    www.twitter.com/carpinejar

    Borralheiro

    Ai Meu Deus, Ai Meu Jesus

    Espero Alguém

    Para Onde Vai o Amor?

    Me Ajude a Chorar

    Felicidade Incurável

    Todas as Mulheres

    Amizade é Também Amor

    Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde

    Minha Esposa Tem a Senha do Meu Celular

    Família é Tudo

    Carpinejar

    Copyright © Fabrício Carpi Nejar, 2021

    Texto revisado segundo o novo

    Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

    2021

    Produzido no Brasil

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    Carpinejar, 1972-

    C298d

    Depois é nunca [recurso eletrônico] / Carpinejar. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 2021.

    recurso digital

    Formato: epub

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-65-5838-065-8 (recurso eletrônico)

    1. Crônicas brasileiras. 2. Livros eletrônicos. I. Título.

    CDD: 869.8

    CDU: 82-94(81)

    21-73071

    Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439 02/09/

    Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, sem a prévia autorização por escrito da Editora.

    Direitos exclusivos de publicação adquiridos pela:

    EDITORA BERTRAND BRASIL LTDA.

    Rua Argentina, 171 – 3º andar – São Cristóvão

    20921-380 – Rio de Janeiro – RJ

    Tel.: (21) 2585-2000 – Fax: (21) 2585-2084

    Atendimento e venda direta ao leitor:

    sac@record.com.br

    Nunca nos sentimos tão vivos quanto na hora da morte.

    Sumário

    Livro

    Sobre o autor

    Você não sente que algo quebrou no interior de si? Um elástico se soltou? Uma inteireza desapareceu? Uma sensação de pertencimento não foi mais recuperada? Como se a sua vida não pudesse ser a mesma em linha reta, porém em zigue-zague, aos trancos, aos empurrões?

    Você não tem notado essa ruptura de naturalidade: você ri com culpa, chora do nada sem saber o motivo? Está evitando o contato mais intenso para não se afogar na saudade? Tornou-se alguém com menos palavras do que antes? Parece que alguns sinônimos foram cancelados, que não tem mais o dicionário emocional de sempre, que ele encolheu pela falta de uso? Até tem vontade de telefonar para os amigos, mas para ficar em silêncio? E não o faz pelo medo de suspirar em excesso?

    Por mais que alguém negue a realidade, não assuma a grandeza da tragédia, não compreenda o que significa milhões de vítimas de uma pandemia, acabará atingido pelo mal-estar em sua rotina.

    Se não for pelo luto por tantas mortes, acontecerá pela inflação, pela recessão, pela falta de gasolina nos postos, pela ausência de trabalho.

    Ainda que seja por uma hora, por um minuto, por um flash. Não existem paredes que nos isolem definitivamente dos outros.

    Mesmo que não tenha nenhum parente falecido, nenhum amigo, nenhum conhecido mais direto, ainda que não se assuste com os gemidos e tosses ao redor, faça pouco caso e se veja dotado da onipotência da saúde, ficará, pelo menos, incomodado que não se fala de outro assunto.

    Quem não enxerga os urubus e corvos sobrevoando o céu ainda verá as suas sombras pelo solo.

    A verdade é que, por dentro, ninguém mais será igual. Não haverá a normalidade costumeira. Amores e amizades não serão mais iguais. Nossa família não será mais igual. Nosso emprego não será mais igual.

    Não tem como fingir que nada aconteceu. Todos cairão em si, inevitavelmente. Todos perceberão, em algum momento, que o modo de enfrentar a morte é somando as partes quebradas dentro de nós.

    O pior não é perder o olfato, e sim o tato.

    A morte não leva tudo.

    Há algo que não daremos. Uma manta com o cheiro da pessoa, uma carta com a caligrafia, uma fotografia com a data rascunhada atrás. Pode ser um pijama ou um casaco. Um travesseiro ou um relógio. Pode ser uma xícara lascada ou

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