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Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir
Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir
Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir
E-book192 páginas1 hora

Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir

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Sobre este e-book

como acolher uma ferida quando se está sangrando?
Sofia Oliveira, a @sofidisse, escreve sobre sentimentos, vulnerabilidades e reflexões presentes na contemporaneidade.
neste livro delicado e potente, a autora nos conduz pelo processo de cura que todos enfrentamos quando nossos planos não saem como esperamos. afinal, a vida é assim: muitas vezes, o que sonhamos dá errado, a pessoa que amamos nos decepciona e as promessas que pareciam sinceras são quebradas.
aqui, por meio de reflexões sobre afetos, comportamentos e cotidiano, Sofia, autora e criadora de conteúdo que compartilha seus textos diariamente com milhares de seguidores, nos leva a um mergulho ainda mais profundo em seu coração – e no do leitor também. acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir é como um aconchego de um amigo, que nos tranquiliza e assegura de que não estamos sozinhos.
IdiomaPortuguês
EditoraPlaneta
Data de lançamento1 de abr. de 2024
ISBN9788542226409
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    Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir - Sofia Oliveira

    PARTE 1.

    gaiola

    aqui são palavras-alívios. estou quebrando todos os cadeados dessas gaiolas. elas podem ser grandes ou minúsculas, mas sempre estão nas mãos de alguém de quem nunca desconfiamos – às vezes, de nós mesmos. quantas vezes já me vi presa quando eu mesma tranquei o cadeado?

    essas gaiolas são invisíveis, e talvez seja por isso que elas machuquem tanto.

    não nasci pra ficar presa. a liberdade é o meu sobrenome. as cicatrizes existem, mas não me definem. quem eu sou e do meu passado, somente eu posso dizer.

    TODO FIM É O INÍCIO

    DE UMA HISTÓRIA QUE

    VOCÊ AINDA VAI CONHECER

    Eu só quero que você se encontre

    Sonhos – Caetano Veloso

    essa história se finda para que a minha comece

    você me deixa na corda bamba. não é como se eu gostasse de estar aqui, mas, por alguma razão, ainda fico. essa corda bambeia para todos os lados; não é agradável, mas ela é a sua zona de conforto. você sabe que, se a segurarmos de mãos dadas, ela se sustenta por mais uns segundos. mas até quando? eu não queria que fosse assim. qualquer deslize meu – ou seu –, caímos. estamos por um fio.

    se quando começamos o fim não era uma possibilidade, uma tragédia menos ainda. eu não quero que a nossa história se torne silêncio ao ouvir o seu nome. eu preciso nos convencer do nosso fim.

    o meu sorriso desperta ao te ver chegar na mesma intensidade que minhas lágrimas se derramam quando você parte. quando estamos juntas, sinto que já não somos nós. não como antes, não como casal, e não sei se como amigas, pelo menos por ora.

    mas eu também te pergunto: por que você não me deixa ir? por que sempre me faz acreditar que é possível, se você nem se movimenta pra fazer diferente? eu tô cansada de tentar sozinha.

    você diz que outros ares estão te encantando, e eu juro – pela minha felicidade – que isso não me machuca. me machuca a sua indecisão sobre ir ou ficar. você quer tudo com tanta sede que eu não quero mais ser uma das suas fontes.

    não adianta você ir viver um novo ciclo com a sua cabeça presa aqui. você paralisa o meu movimento e o seu.

    eu só estou desistindo de nós juntas, mas torço por nossa alegria igual. no fundo, você também já desistiu, só não quer assumir pra mim – e pra você – que sim. preciso partir para não me machucar mais. você já foi, só não percebe.

    "Se há deserto em seu coração

    O que eu posso fazer?"

    Enquanto durmo – Luedji Luna

    carta para um amor redemoinho (você precisa se lembrar disso.)

    vi uma foto sua sorrindo, com aquele mesmo riso largo de anos atrás, mas, dessa vez, você não estava só. quando nos conhecemos, uma das suas promessas – dentre milhares – era não deixar que o riso se tornasse algo raro nos nossos dias, e eu suponho que você ainda faça as mesmas promessas, mas agora com outras pessoas.

    você permanece com o mesmo vício de depositar a sua felicidade em alguém, em uma história. e todas as vezes que você faz isso, não é apenas você que se machuca.

    para ser sincera, não me assusta o fato de você fazer as promessas, repetir os mesmos clichês. essa é uma forma de acreditar que está sempre no controle.

    vamos ser honestas, você não lida bem com o fim porque não o vive.

    e eu consigo imaginar cada detalhe dos seus novos romances. consigo descrever o seu roteiro óbvio, os seus sonhos prévios e as mesmas frases prontas, rodeada de festas, para disfarçar a escuridão que existe em você.

    mas se todos nós temos um lado obscuro, por que o esconder?

    você não conversa sobre as suas sombras para não lembrar que elas existem. no fundo, esse redemoinho sufoca todos à sua volta, inclusive você. e, cá entre nós, quanto mais você insiste em reviver essas histórias, em repetir que tudo isso é em nome do amor, menos você o sente.

    você não vive o amor para você, vive para os outros.

    e eu só queria te falar que o amor não tem história pronta. enquanto você cria suas fantasias, as pessoas que estão ao seu lado são reais.

    e é injusto feri-las por não corresponderem às suas expectativas. quando algo foge do seu roteiro, você simplesmente desiste. é como se você gostasse de contar histórias, mas não estivesse pronta para vivê-las.

    SENTIR SUA FALTA,

    MAS SABER QUE A SUA

    PRESENÇA ME CUSTA AR

    "Eu vi que tudo que eu

    tentava era tentar te entender."

    Lembrete – Fabiô

    aposto que você lerá este texto (e, sim, foi pra você.)

    eu chorei muito quando você se foi. eu derramei mais lágrimas do que no último filme a que assistimos juntas. sabe a cena da protagonista atônita na cama, sem saber o que fazer? eu me sinto assim e o meu receio é perceber que você desejava exatamente isso, que eu ficasse desse jeito. abandonada. sozinha.

    você acabou de descer a escada da minha casa levando as suas coisas, e eu já queria te escrever para dizer como tudo está me machucando. mas o que eu posso esperar de você?

    eu vi a mentira na sua fala e a sua naturalidade me apavora. no meu momento mais difícil, você me mostrou o seu pior lado. isso não é amor.

    eu tô chorando em velocidade tão rápida que não consigo acessar os meus pensamentos tanto quanto gostaria. tô com medo de transferir tudo o que eu vivi com você para outra pessoa, e essa pessoa pode ser, inclusive, eu mesma.

    será que existe algum modo de eu me provar que para amar não é preciso mentir? será que eu vou conseguir me amar da forma que eu sou, quando você nem sequer tentou? não tenho dúvidas de que será um desafio, mas tô disposta a segurar esses e muitos outros por mim.

    você saiu batendo a porta tão forte que eu anotei: jamais permitir que o barulho do outro me impeça de expandir. nenhum barulho pode ser mais alto do que a minha felicidade. você não soltou a minha mão, você me fez cair enquanto eu pedia socorro.

    e agora há uma nuvem de dúvidas, inseguranças e lágrimas na minha cabeça. tem um monte de palavra presa no meu coração e saudade também. mas acho que não é saudade sua.

    tô sentindo a minha falta. passei tanto tempo observando as suas mentiras que esqueci das minhas verdades.

    não será fácil esquecer quem você foi, porque mesmo as suas inverdades não excluem o que eu senti, não desmerecem o meu amor. as mentiras são parte de você, elas me machucam, mas não fazem parte de quem eu sou.

    a verdade é sempre um caminho para o amor. se você não quis segui-lo, eu continuo. sem você eu aprendo mais sobre o amor do que ao seu lado.

    RESSIGNIFICAR OS

    BARULHOS DO PASSADO

    "O que me importa seu carinho agora

    se é muito tarde para amar você..."

    O que me importa – Marisa Monte

    mais um que te dedico

    eu senti sua respiração nessa última noite. um segundo de devaneio e achei que você estivesse ao meu lado. despertei três vezes abraçando o cobertor, implorando que os

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