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Deus e a ética
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E-book43 páginas33 minutos

Deus e a ética

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Sobre este e-book

A partir de uma reflexão filosófica sobre a existência de Deus e sua relação com a humanidade, este texto delineia uma ética independente de dogmatizações religiosas e radicada na dignidade humana, por meio da explicitação de uma estrutura moral formada pelos valores do respeito, do cuidado e da justiça, que nos orientam na incessante busca da felicidade. O padrão ético apresentado caracteriza-se pelo apego ao essencial para a convivência pacífica e pela tolerância em relação à pluralidade de filosofias de vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526015396
Deus e a ética
Autor

Tarcísio Bráulio

Cristão sem domicílio eclesiástico, herege das religiões sem amor, ateu dos deuses tiranos, poeta da alegria e da dor.

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    Deus e a ética - Tarcísio Bráulio

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    Introdução

    As linhas seguintes expressam inquietações e problemáticas universais numa ótica bastante pessoal, moldada a partir da vivência religiosa e da especulação filosófica presentes na vida do autor, com as mudanças por ele experimentadas no correr dos anos. Tais mudanças são sinais inequívocos da relação paradoxal que fé e razão podem assumir num coração sempre ansioso por respostas e repleto de dúvidas.

    Mais do que apresentar soluções, o objetivo deste texto, enquanto defesa argumentada de um ponto de vista, é refletir despretensiosamente sobre as relações interpessoais, numa humilde tentativa de propor critérios objetivos e racionalmente fundados, capazes de nortear eticamente a conduta humana, excluída toda limitação aos questionamentos intelectualmente honestos.

    Para vivermos bem, precisamos, em algum momento, indagar-nos acerca do sentido da vida, nem que seja de maneira indireta, implícita, sem qualquer sofisticação analítica. Isso só será existencialmente relevante se for enfrentada a pergunta sobre o papel que o próximo desempenha na nossa história e como devemos comportar-nos diante dele.

    1. O sentido da vida em perspectiva ética

    Qual o sentido da vida? Faz sentido perguntar-nos por isso? Quem sabe seja melhor contentar-nos com apenas viver, sem ilusões acerca de respostas a indagações mais profundas. Renunciar à abordagem, entretanto, equivaleria a aniquilar a pretensão de validade da própria filosofia, a qual não é tanto ciência de respostas acabadas, mas de perguntas inquietantes. Mesmo que se negue a possibilidade de resolver a questão, é preciso enfrentá-la, refletir sobre ela.

    O problema envolve muitos aspectos e proporciona aproximações as mais diversas. Pode-se falar do assunto do ponto de vista psicológico, por exemplo. Aliás, isso é demandado numa sociedade em que o vazio de sentido parece ocupar maior espaço nas análises das atitudes e das relações, como consequência de um modo de vida pouco afeito a abstrações exigentes e mais inclinado a guiar-se pela superficialidade do imediatismo consumista.

    Já o estudo filosófico do agir humano, com todos os infindáveis matizes que consiga assumir, constitui espaço privilegiado de abordagem do tema, haja vista tratar-se de tentativa de formulação teórica voltada para a finalidade última do real. Nesta seara, investiga-se o porquê das coisas, exclusivamente à luz da razão, mas com procedimento distinto em relação às demais ciências, tendentes a desvendar apenas as causas próximas dos fenômenos. Enquanto esforço reflexivo de tal natureza, a ética volta-se para a conduta humana à procura de uma resposta racional convincente à simples e provocadora dúvida: como devemos conviver?

    Vincular a questão filosófica do sentido da vida à reflexão ética, enquanto esclarecimento racional da moralidade, constitui tentativa de apresentar ao homem contemporâneo subsídios coerentes para harmonizar sua existência e seu comportamento, sua identidade e seu agir, por meio da retidão frente a determinado padrão de

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