O Despertar do Apocalipse: A Guerra entre o Amor e o ódio
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O Despertar do Apocalipse - Ricardo Alves de Souto
Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
Apocalipse 1:3
Neste momento, o dia se fez noite; o sol subitamente desapareceu e meteoros de fogo cruzaram a atmosfera em direção à terra e muitos anjos do céu caíram mortos sobre a terra. Naquele momento parecia que toda forma de fé e esperança tinha se esvaído; muitos se prostraram no solo e desejaram a morte, mas nada havia a se fazer; à todos só restavam aguardar, esperar pela morte, pela vida, pela condenação ou absolvição que jamais viria
Jamais, Caros Leitores essa obra tem por objetivo ingressar no mundo das ciências aceitas pelo homem como verdades quase irrefutáveis e muito menos adentrar na história da humanidade, seja em que época for, mesmo naqueles momentos onde o uso da razão e de uma leitura apurada nas principais bibliotecas do mundo vão apontar inúmeras inverdades.
A questão que aqui se coloca é se esta obra tem por fulcro desmascarar a verdade criada por interesse políticos, sociais, econômicos e religiosos. A resposta é um claro e imenso não. Se nosso cerne fosse desmascarar vários fatos históricos isso seria feito sem maiores esforços. Todavia a citada obra tem por fulcro mostrar acontecimentos, cabendo ao leitor tirar as conclusões que entender pertinentes, mas desde já salientamos que se trata de uma obra ficcional em seus mais amplos aspectos.
Colocando o Leitor ciente de tais argumentos e já relatados os fatos que trouxeram o mal com toda a sua força para nosso pequenino mundo, isto mesmo Caros Leitores, este é o menor dos planetas com vida, agora vamos adentar, sem nos prender à datas, como o Rei do Mal ou como é tradicionalmente conhecido Lúcifer começou a agir ao chegar no nosso mundo.
Milhões de anos atrás, antes de Jesus vir à terra, antes mesmo de Moisés e até mesmo precedendo a existência da vida humana no universo como ela se mostra hoje, só havia no céu um Deus e seus comandados.
O poder do Pai, como Deus é carinhosamente e respeitosamente chamado por todos é extraordinário, ultrapassando o aferível pela capacidade humana ou de qualquer outro ser em todas as dimensões.
O Grande Mestre teve um único filho celestial, a quem este o chamou de Jesus Cristo. Quase tão poderoso quanto o Pai, Jesus tinha na sua concepção o único poder que, em tese, jamais era passado para os servidores de Deus: O livre Arbítrio.
Da mesma forma que concebeu Jesus o Pai Celestial usando o maior poder existente na imensidão das galáxias criou criaturas a luz e semelhança do homem, todavia apresentando algumas diferenças e peculiaridades: os anjos. Extremamente bonitos, inteligentes e dotados de uma força descomunal à cada um desses seres foi atribuída uma função por seu Preceptor.
Ao longo dos milênios cada um desses seres foram treinados e desenvolvidos. Para cada função a ser desempenhada no universo havia um Anjo designado. Para proteção da vida vários deles foram enviados aos mais diversos mundos, onde agiam sempre conforme as instruções recebidas pelo Deus.
Para a morte, função tão árdua O Pai criou o único e um dos seus mais belos anjos, o Ceifador. Este exercia sua atribuição conforme o desempenho das pessoas e outros seres do universo. De cor negra na sua integralidade, era um anjo belíssimo, todavia, amedrontador haja vista suas funções e pela sua vestimenta típica: uma capa e uma foice preta.
Conforme a hora da morte dos seres iam chegando o Ceifador a marcava e nas quatro horas subsequentes ele desencadearia o resultado morte. Após aplicação da citada função o Anjo Negro, de acordo coma sua lista, previamente elaborada por Deus, entregava a alma nas mãos de Lúcifer ou dos Anjos condutores do reino do Céu.
Além dos tradicionais anjos condutores e mensageiros, haviam aqueles especializados em guerras que recebiam o nome de Arcanjos. Estes eram anjos maiores e mais poderosos que os comuns, por assim dizer. Sua função precípua era proteger o reino celestial de qualquer invasão, o que obviamente era algo raríssimo.
Sempre entre os Arcanjos, quem sempre destacou foi Miguel, guerreiro forte e impiedoso quando no desempenho da sua atividade. Miguel, Michael ou mesmo Michelangelo, eram alguns dos seus nomes mais conhecidos. Líder dos Arcanjos, este exercia uma dos mais prestigiosos cargos do Céu, por assim descrever.
Entre os comandados de Michael haviam diversos outros Arcanjos, porém o mais conhecido deles recebia o nome de Gabriel. Apesar de sua atribuição típica de Defesa, além de ser o anjo das revelações, este era meigo, doce e gentil, sendo incapaz, salvo se necessário, de ferir qualquer ser vivo.
Loiro, com enormes e belos olhos azuis e deslumbrantes cachos cintilantes, Gabriel sempre foi um dos Arcanjos mais conhecidos do universo.
Indubitavelmente, todos os anjos tinham poderes enormes e apesar de terem comportamento similar, cada um deles exercia suas peculiaridades, conforme se poderá constatar adiante.
Entre todos os anjos criados pelo Todo Poderoso Lúcifer era o que mais se destacava. Dono de uma beleza imensurável este anjo foi criado por Deus para ser o mais belo e atraente. Durante milênios este serviu à Deus, que de uma forma ou de outra o tinha como o seu anjo predileto e assim continuou durante séculos, até que por uma razão desconhecida, Lúcifer começou a agir como se fosse superior aos seus demais irmãos.
Advertido e reprendido pelo Pai, Lúcifer fingiu concordar com as determinações de Deus, mas no fundo, não mais aceitava tal igualdade com os irmãos e já planejava meios de se colocar acima de todos, no mesmo patamar do Supremo.
Contrariado por Deus, haja vista que não aceitava tamanha ingerência, Lúcifer decidiu não mais acatar ordens e por uma vaidade imensurável, cuja origem era até aquele momento desconhecida, o anjo do mal se insurgiu contra os irmãos e necessariamente contra o Pai.
Acreditando que Deus lhe conduziria ao comando, ao lado do senhor supremo, aquele se frustrou e passou a não aceitar ser mais um anjo comum, ocasião em que, por pura vaidade, mandou o ultimato para Deus reivindicando sua posição ao lado do Senhor, o Grande Mestre, aquele, responsável pela existência de todas as formas de vida no universo como conhecemos.
Dotado de uma beleza estonteante e de um poder de convencimento extraordinário Lúcifer recrutou inúmeros anjos condutores que passaram à tê-lo como mestre e logo se opuseram à seu Pai.
Estupefato, mas pronto para reagir a tal insubordinação, Deus convocou Miguel e os demais arcanjos: pela primeira vez em milhares de anos haveria uma batalha no céu.
No solstício de verão, um grupo de trinta Arcanjos, comandados por Miguel, se reuniram em frente ao lago celestial. No mesmo local, mas em sentido absolutamente oposto, Lúcifer lá estava com mais de cento e vinte anjos celestiais.
Tentando equilibrar as forças com os arcanjos, Lúcifer forjou no fogo do Céu, espadas absolutamente proibidas por Deus no reino celestial. Assim, naquele momento, os Arcanjos estavam em desvantagem em número e armas, pois, conforme já fora dito, estas não podiam ser usadas pelos anjos do Senhor.
Numa tentativa de solucionar tais conflitos, sem que houvesse o derramar de sangue celestial, Miguel informou à Lúcifer que se acaso ele se entregasse, juntamente com seu exército de anjos, o Supremo iria puni-los apenas medianamente.
Sorrindo e desdenhando da proposta de acordo, o líder da rebelião não a aceitou e por via de consequência a guerra principiou.
Durante trinta dias e 29 noites a batalha se seguiu ininterrupta, ocasião em que houveram muitas mortes de seres que sequer sabiam que poderiam falecer. O Ceifador, anjo da morte e um dos mais fortes e antigos do reino celestial, diante da surpreendente e inusitada situação, estava à esperar para cumprir sua função.
Na tarde do vigésimo nono dia a luta estava chegando ao fim. Mais de 90 aliados de Lúcifer estavam mortos e outros 30 estavam feridos. Da parte dos arcanjos houveram apenas quatro perdas, o suficiente para Miguel entender que o agora anjo do mal deveria ser seriamente punido.
Assim que o restante do exército de Lúcifer se rendeu já era noite no reino celestial. Naquele momento, Miguel pediu à todos que se afastassem, pois haveria um duelo específico entre este e Lúcifer, os quais os arcanjos foram proibidos de interferir.
Ferido no seu orgulho e completamente insano, Lúcifer partiu imediatamente, com a mais poderosa das espadas e dos escudos para cima de Miguel. A batalha foi sendo conduzida no mais belo local do universo e por dois dos seres mais poderosos, que ombro a ombro de digladiavam numa batalha sobrenatural entre gigantes. Inicialmente Lúcifer atravessou o ombro do arcanjo com a espada mágica, mas este, em um só golpe quebrou o escudo do anjo do mal no meio.
Agora sozinho e com uma única arma, Lúcifer continuou lutando até que recebeu no centro da face, um golpe de tamanha intensidade, proferido por Miguel, que quebrou os ossos angelicais do rebelde. Depois disso, bastaram apenas cinco minutos para Lúcifer ser abatido pelo citado Arcanjo.
Com o corpo atirado ao chão, totalmente ferido e desfigurado, lágrimas desciam dos olhos de Lúcifer, não de dor ou de arrependimento, mas sim, do ódio de um derrotado sem causa, que agora jamais o largaria novamente. Quando finalmente Miguel se aproximou do anjo derrotado, juntando fortemente suas mãos para finalizar a batalha com um golpe único que dividiria o corpo de Lúcifer ao meio, Deus chega e profere com a autoridade que lhe era inerente, as seguintes palavras:
- Miguel, não mais se faz necessário essa violência. Pegue, juntamente com os demais arcanjos, os corpos dos anjos condutores e atire na terra, local de onde os mesmos jamais voltarão. Seguindo expressamente as ordens de seu Pai, Miguel e os demais Arcanjos arremessaram Lúcifer e os anjos condutores do Céu.
Enquanto os anjos derrotados caiam do céu, o Supremo pronunciava as palavras, que trariam aos mesmo, uma nova forma de vida, haja vista que grande parte dos mesmos estavam, em tese, mortos.
Para quem estava na terra a visão era fascinante, algo humanamente indescritível, como uma chuva de energia que se estendia de forma análoga aos rabos de cometas. Todos os seres vivos, outrora já existentes na terra, pararam para contemplar tamanho espetáculo, sem sequer ao menos saber do que se tratava.
Aos quatro Arcanjos mortos foram dadas as merecidas honrarias e a solenidade serviu para exemplificar como coisas ruins ocorrem ao se desobedecer à Deus. Contudo, para o Supremo eles seriam os cavaleiros do apocalipse.
Nessa época, seja em qual universo fosse não havia morte e o povo de cada mundo vivia em harmonia e tinha seu local reservado apenas no seu mundo de origem, pois o Céu era apenas a casa de Deus, de seu filho unigênito que tinha o poder do livre arbítrio e dos anjos, que apesar de imensamente fortes, ao que todos sabiam, não tinha poder de decisão, sendo comandados pelo pai supremo.
Naquele momento, quando por ocasião da maior batalha da história do universo que havia sido travada entre o bem e o mal, uma nova lição foi compreendida: para que todos os universos funcionassem e vivessem em harmonia era imprescindível haver a junção de vários elementos criados pelo Pai, não só a vida, o fogo, o ar e terra.
Já recuperado e inconformado com o ocorrido, Lúcifer começou a invadir cada mundo existente e usando sua magia e poder de convicção, começou a persuadir os seres vivos que existiam enormes prazeres em desobedecer ao Pai, pois teriam a liberdade de escolha, e por consequência tudo podiam conseguir, quebrando, desta forma, uma igualdade entre os seres universais e dando origem ao que hoje nós conhecemos como pecado.
Obviamente, depois da imensurável derrota ocorrida no Reino celestial, ao ser vencido pelo Arcanjo Miguel, e com a expulsão para a terra colocada em prática, Lúcifer passou a dominar este mundo, haja vista que continuava forte e agora colocar o mal em prática seria seu propósito. Se havia algo que certamente o demônio não gostava era de ser visto como um derrotado. Seu orgulho, em muito ultrapassava os limites da realidade, a ponto de criar uma casa específica, voltada exclusivamente para o mesmo.
Tal local, conhecido como INFERNO, muito bem retratado por Dante na divina comédia, era o lar do Senhor das Trevas, que naquele momento, já dava início aos seus planos abomináveis e monstruosos, objetivando, com isso, levar os humanos para o caminho do mal.
Não pensem vocês, Caros Leitores, que o Anjo do Mal começou com essa imagem devastadora e horripilante, capaz de conduzir qualquer pecador ao reino das trevas. O primeiro erro de tal concepção é acreditar que Lúcifer é um ser repulsivo, preto e vermelho, bebedor de sangue e com chifres na testa. Tal imagem nunca foi real e é apenas produto da imaginação das criativas mentes produtoras de livros de terror.
Se voltarmos ao início desta obra, veremos uma descrição de Lúcifer e é exatamente assim como ele é. Com suas asas ou sem as mesmas haja vista ser um anjo criado por Deus, o Mestre das Trevas tem aparência impecável, muitas vezes estando no meio de celebridades e artistas que vendiam suas almas para o demoníaco anjo. A beleza de Lúcifer era tamanha, que chegava a encantar não só mulheres, mas também os homens. Além de irremediavelmente belo, o Anjo do Mal tinha o poder de atrair à todos conduzindo-os às orgias sexuais impregnadas de drogas, sangue e magia negra.
É praticamente impossível à um humano reconhecer o Senhor das Trevas quando disfarçado. Irrepreensivelmente bem vestido, sempre usando marca famosas de alguns de seus afilhados, Lucífer andava no meio social como quaisquer um de nós, sempre elegante e bem vestido. Suas cores favoritas sempre foram o preto e o vermelho, mas se pode vê-lo de azul marinho e outras cores não chamativas.
O beijo de Lúcifer leva qualquer mulher não ligada à Deus para a perversão sexual. Assim, se o Mestre do Mal estiver numa festa ou ocasião semelhante e beijar a boca de uma mulher, ela se apaixonará e em dez minutos ele a conduzirá para um local de extremo luxo e bem decorado onde irá praticar as mais variadas espécies de posições sexuais, proporcionando à sua companheira os mais intensos orgasmos
Destarte, é totalmente incorreto o pensamento dos humanos sobre como se apresenta o rei das trevas. Lúcifer é um anjo e como todos eles é belíssimo, além do fato que ele foi concebido pelo criador como o mais belo dos anjos já nascidos no reino celestial.
Durante séculos Lúcifer preparou seu lar: o inferno. Neste local é possível ver tudo de ruim que uma mente humana esteja apta a imaginar: pessoas chorando, gritando, desesperadas, implorando mais uma chance, são rotinas no citado lugar.
No Reino do Inferno pessoas são cozinhadas como animais e dadas à monstros que delas se alimentam e que depois as vomitam, recomeçando o processo. Mestres do açoite passam o dia espancando as almas perdidas, que gritam incansavelmente e desesperadamente.
O odor da carne podre, do enxofre, de ossos queimando e do espírito cozinhando é comum e faz parte da rotina do inferno a qual Lúcifer adora.
Foi construindo esse mórbido ambiente que o Rei do Inferno passou séculos até sua inauguração oficial seguida de duas datas comemorativas: a primeira e a Segunda guerra mundial.
Quando da inauguração do inferno Lúcifer fez da terra seu mundo, vivendo do luxo, do sexo, da orgia, da beleza, do conforto dos mais deslumbrantes ambientes aonde bebia o melhor e transava com as mais belas das mulheres e, obviamente criou seu exército do mal.
Lúcifer pode se tele transportar, voar, enfim, pode ir de um país à outro em um, dois minutos, mas o que ele adora é algo em comum com os humanos ricos: jatinhos luxuosos, carrões, caviar, lagosta e belas mulheres.
Na concepção humanística do ser quem pode dizer que o Rei das Trevas tem mal gosto? Obviamente haverão opiniões divergentes, mas a que prevalece é a do mundo do luxo. Na verdade, o Maligno tem um gosto refinado, paladar apurado e olhos para beleza. Alguns dos mais belos castelos do mundo foram construídos a mando do Rei, pois riqueza nunca lhe faltou.
Todavia a vida do Tinhoso não consistia apenas nisto, afinal seu maior desiderato é mentir, roubar e principalmente matar. Para este, a concepção