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O Inferno De Serafins
O Inferno De Serafins
O Inferno De Serafins
E-book286 páginas3 horas

O Inferno De Serafins

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Sobre este e-book

Enquanto Lúcifer reina no inferno, algo inesperado acontece: sua filha, um anjo, dá à luz a Rael que a pedido dela, fica aos cuidados de Lúcifer. Ao completar 25 anos, Rael recebe uma grande missão: matar um humano que possui um poder não despertado. Ao chegar na terra, Rael conhece Haru, um humano peculiar e misterioso com uma vida dupla que acaba se tornando seu melhor amigo. com o passar do tempo os sentimentos de Rael e Haru se tornam mais intensos. Uma série de eventos emocionantes acontece graças a esse encontro: Traumas são revelados, mentiras são descobertas, guerras e perseguições surgem, tanto na terra quanto no inferno. A lenda do Serafim Dourado retorna de forma real para Rael e Haru, provocando uma batalha que pode exterminar a vida no Inferno e na Terra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de dez. de 2020
O Inferno De Serafins

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    O Inferno De Serafins - Laís Basillie

    O Inferno de Serafins

    Laís Basillie

    O Inferno de Serafins

    Laís Basillie

    1ª Edição

    Clube dos Autores

    Todos os direitos autorais de texto e imagem reservados à autora com respaldo da lei n⸰ 9.610/98. Nenhum conteúdo do livro pode ser copiado, distribuído e/ou vendido sem a plena autorização da autora, configurando crime de plágio e pirataria.

    Oinfernodeserafinsobra@outlook.com

    2020

    BASILLIE, Laís.

    REVISÃO: Reginaldo

    ARTE: Laís, Anne e Rafael

    O Inferno de Serafins/ Laís Basillie – 2020

    1ª Edição

    ISBN: 978-65-88367-74-2

    Literatura/ Ficção/ Drama/ Sobrenatural/ Ação/ Guerra.

    Esta obra é puramente fictícia, qualquer semelhança com pessoas, acontecimentos ou lugares é mera coincidência.

    ATENÇÃO:

    ESTE LIVRO NÃO É RECOMENDADO PARA PESSOAS SENSÍVEIS, POR APRESENTAR CONTEÚDO DE VIOLÊNCIA EXPLÍCITA E PALAVRAS OFENSIVAS.

    A melhor felicidade é aquela que você recebe quando se está no fundo do poço, por isso, não me arrependo.

    Haru

    PRÓLOGO: QUEM É ESTA CRIANÇA?

    Desde o nascimento, Lúcifer foi visto como o filho favorito de Deus, era exaltado como o mais lindo e mais próximo da perfeição; mais tarde, foi pai de dois anjos fêmeas de exuberante beleza e viveu bem no céu durante vários milênios. Em certa data, o céu foi atacado por um ser extremamente forte, tal força que nem mesmo Deus poderia inibir.

    Deus, vendo o céu decair, ofereceu toda a sua força e vitalidade para, ao menos, selar esse ser que mais tarde recebeu o nome de Serafim Dourado, por apresentar asas de ouro. Mas só a vitalidade de Deus não seria suficiente, era necessário um receptáculo e um só anjo não seria capaz de suportar todo o poder selado em seu corpo e poderia ser rapidamente corrompido.

    Deus tinha dois filhos que se destacavam entre os demais: Lúcifer, o mais velho, e Jesus, o mais novo. Esses dois filhos tinham poder suficiente para servirem de receptáculo do Serafim, desde que ele fosse separado em duas partes. Vendo o sacrifício que seria, Deus fez uma oferta aos dois: o que aceitasse receber a parte menos má e conflituosa do Serafim seria o segundo maior do reino, enquanto aquele que recebesse a parte mais cruel e miserável poderia governar, desde que fosse sob supervisão do segundo.

    A oferta de ser o novo Deus era atrativa aos olhos de Lúcifer, pois almejava poder e tinha demasiada ganância. Por fim, ficou resolvido que Lúcifer carregaria a parte mais cruel do Serafim. Depois que foi selado, Lúcifer reivindicou o trono junto com os seus apoiadores, mas o céu não estava de acordo, era perigoso aquele com a parte mais miserável do anjo Serafim governar o céu e o posto de novo Deus foi dado a Jesus. A cada ano Lúcifer nutria mais ódio e ressentimento junto com seus apoiadores, que não concordavam que alguém tão jovem, como Jesus, governar o céu.

    A dor e o sofrimento de carregar a parte mais maldosa do Serafim era insuportável, Lúcifer não dormia e nem conseguia viver bem. Num dia chuvoso, o anjo deixou-se ser controlado pelo Serafim, iniciando uma grande revolta e guerras no céu que terminaram em massacres e prisões de Lúcifer e seus asseclas. Jesus nutria afeto por Lúcifer e a ideia de aprovar uma pena de morte era inaceitável. Por isso aquele jovem Deus retirou o Serafim de Lúcifer e o selou na filha mais velha de Lúcifer e logo depois expulsou o anjo e seus apoiadores do céu. Com o apoio dos caídos, Lúcifer se autodeclarou demônio e passou a governar seu próprio reino – o Inferno.

    Em 1995 houve uma visita inesperada para o dito rei do inferno, Lúcifer. Sua majestade estava sentada em sua mesa discutindo negócios importantes sobre a administração e futuro do inferno com lordes demônios, quando um general de elite apareceu empurrando as portas da sala com grande violência; ele parecia assustado e respirava com dificuldade, o homem se dirigiu a Lúcifer e exclamou curvando-se:

    – Senhor, me perdoe o incômodo, mas aconteceu algo muito estranho e precisamos que o senhor resolva agora mesmo!

    Lúcifer se levantou de sua cadeira com rosto de irritação e perguntou:

    – É tão importante a ponto de interromper esta reunião? Você sabe bem o quanto é importante o que fazemos aqui.

    O general baixou a cabeça, franziu as sobrancelhas e disse em tom sério:

    – Talvez seja até uma catástrofe...

    Lúcifer rapidamente mostrou-se surpreso. Aquele general não exagerava nunca no que falava, e as vezes se mostrava até incrédulo. O rei do inferno dispensou todos os que estavam ali no local e se retirou. No caminho virou o rosto para o general que o havia contatado e perguntou com expressão preocupada:

    – O que aconteceu, Asberat? É tão grave assim?

    O general respondeu:

    – Majestade, um anjo invadiu o inferno e ele exige falar com o senhor.

    Lúcifer arregalou os olhos, não querendo acreditar naquela afirmação. Anjos não conseguiam invadir as barreiras do inferno, somente aqueles vindos do próprio sangue dele. Quando Lúcifer entrou em sua sala, avistou o que parecia ser um anjo mulher com um longo manto e asas brancas gigantes; seus cabelos eram negros e longos, chegavam a brilhar, ela tinha um rosto pálido e olhos prateados – os quais combinavam com a espada que ela trazia consigo. O anjo se virou, caminhou ao encontro de Lúcifer e rapidamente foi barrado por seus guardas. E então ela proferiu, com lágrimas ao rosto, uma simples palavra que desestabilizou o rei do inferno: Pai!

    Lúcifer, que não havia chorado desde a sua queda do céu, quase deixou lágrimas correrem em seu rosto. A figura autoritária e temida agora parecia frágil e emotiva, mesmo tentando manter a compostura, fato este que surpreendia a todos. Lúcifer dirigiu o olhar aos soldados que estavam lá, e todos entenderam a necessidade de se retirar do local. O ambiente estava quieto e uma fresta de luz aparecia e desaparecia com o mover das cortinas, iluminando em tom branco brilhante as asas daquele anjo, até que um choro de bebê ecoou naquelas paredes. O manto que protegia as roupas do anjo se abriu e Lúcifer pode ver um bebê recém-nascido. A moça olhou para rei do inferno aos prantos e disse:

    – Pai, ajuda-me!

    Lúcifer curioso perguntou:

    – Quem é esta criança?

    O anjo respondeu com um sorriso no rosto: "Este é Rael, meu filho e seu neto. O céu o rejeitou por ser filho de uma união entre um anjo puro e um caído. Me disseram para abandoná-lo na Terra, mas eu não pude! Por favor, cuide dele!

    Lúcifer com bastante satisfação perguntou:

    – Você e meu neto voltaram para mim?

    A mulher não proferiu uma só palavra, e o silêncio tomou de conta do local. Lúcifer levantou a voz:

    – O que está fazendo aqui então?! Já não bastava ter me traído na guerra do céu?!

    O anjo gritou com desespero:

    – Você sabe, você sabe que estava errado o tempo todo! Você foi egoísta, queria tomar o lugar de Jesus como novo Deus.

    Lúcifer respondeu aos gritos:

    – Eu egoísta?! Meu pai me prometeu o trono do céu e depois os anjos declararam Jesus como o novo rei! Sabe o que fizeram comigo e com os meus apoiadores?

    A moça balançou a cabeça em negação. Lúcifer abriu seu manto e mostrou um símbolo de selamento vermelho em suas costas e disse em tom exaltado:

    – Sabe o que é isso, Maria?

    A moça não disse nada, o demônio continuou:

    – Isso é um selo e todos os meus demônios têm, isso é uma marca que nos impede de sair do inferno e nos causa uma dor horrível a cada 100 anos, muitos dos meus demônios morreram por conta dela.

    Com um olhar triste e voz abafada, o anjo disse:

    – Pai, meu filho herdou o selo dourado.

    Lúcifer cerrou os dentes e num ato de fúria arrancou a criança dos braços do anjo dizendo:

    – Rael é meu! Vou cuidar dele e vou dar a melhor educação possível. Se é sobre esse ponto que você está preocupada, não precisa se exaltar. Cuidarei dele e ele será meu sucessor. Agora por favor, se retire.

    O anjo saiu da sala sem dizer nada. Os demônios estavam perplexos e, quando entraram na sala ocupada por Lúcifer, não puderam acreditar no que viram: o grande rei do inferno estava sentado em sua cadeira dourada com um bebê em seus braços, e a emoção de ter aquela criança consigo era facilmente notada por todos.

    CAPÍTULO 1: EU VOU TE DAR UMA MISSÃO MUITO IMPORTANTE

    Se passaram 25 anos desde que Rael foi entregue aos cuidados de Lúcifer. O rapaz havia se tornado um belo homem alto, com cabelos negros e olhos prateados, assim como sua mãe. Numa manhã ele foi chamado para encontrar sua majestade. Chegando à sala onde estava Lúcifer, ficou surpreso ao ver o rosto do demônio tão sério e perguntou:

    – Senhor, me procurava?

    Lúcifer deu ordem para todos saírem e respondeu a Rael:

    – Sim, eu vou te dar uma missão muito importante. Você é muito jovem, mas só você pode fazer o que eu vou te pedir.

    Rael ficou surpreso, Lúcifer parecia muito sério, seus cabelos negros e curtos pairavam com a leve brisa que entrava pela janela, seus olhos negros pareciam tristes. Diante daquele episódio, Rael perguntou:

    – O que seria, Majestade?

    Lúcifer o chamou para perto e explicou a situação:

    – Não sei se você sabe, mas demônios não podem sair do inferno sem a permissão dos anjos, assim como anjos não podem entrar no inferno, mas você não é um demônio, ou pelo menos não é um, totalmente.

    Rael não compreendeu bem e perguntou:

    – O que eu sou, então?

    Lúcifer respondeu com um olhar triste:

    – Isso não é importante agora, mas fique ciente de que só você é capaz de entrar e sair do inferno sem ser percebido por anjos ou demônios, e é por isso que só você pode fazer o que eu vou te ordenar. Quero que vá à Terra e encontre um humano, provavelmente é uma mulher, e ela tem a sua idade; quando encontrá-la, mate-a!

    Rael perguntou perplexo:

    – Mais alguma informação?

    Lúcifer negou com a cabeça e Rael começou a gargalhar, seu rosto ficou vermelho, suas bochechas ficaram marcadas e falou em meio aos risos:

    – Lu, você quer que eu encontre uma humana de 25 anos dentre 7 bilhões de pessoas com somente essas informações?

    Lúcifer em tom zangado, gritou:

    – Ei! Você se acha muito engraçado, não é?!

    Lúcifer cerrou os punhos, parecia se segurar. No entanto, não demorou para o grande rei do inferno cair na gargalhada também, tentava parar de rir para manter sua figura autoritária, mas não conseguia; depois de vários risos ele afirmou em tom agradável:

    – Isso é incrível! Eu te dou a liberdade de ser debochado comigo. Bom... sinta-se honrado! Você é o único que eu dou tal permissão!

    Rael ainda sorrindo, falou:

    – Certo, certo! Aquela foi uma piada muito boa, seu velho!

    Lúcifer ficou sério novamente e afirmou em voz alta:

    – Rael, não foi uma piada, eu realmente quero que você faça essa missão.

    Rael respondeu com vasta seriedade:

    – Não posso.

    Lúcifer, tomado de ódio, perguntou:

    – Como assim, não pode?! Você esqueceu que eu sou seu rei?

    Rael implorou curvando-se:

    – Por favor, não me ordene fazer tal coisa! Ouvi falar que aquele lugar é assustador.

    Lúcifer intrigado perguntou:

    –Você tem medo de humanos?

    O rapaz afirmou com a cabeça, Lúcifer o abraçou e disse:

    – Rael, esse humano têm um poder não despertado, e se os anjos conseguirem esse poder, eles podem libertar um grande mal. Todos os demônios vão enfraquecer, e esse poder vai nos massacrar. Eu te imploro, vá até a Terra e faça o que eu digo. Você o reconhecerá à primeira vista, porque ele é diferente fisicamente dos outros humanos; você tirará a certeza quando ver um símbolo de lótus no corpo dele, um bem parecido com o seu selo.

    Rael respirou fundo, concordou com a missão e se dirigiu à Terra.

    CAPÍTULO 2: ENTÃO A MORTE É ASSIM?

    Em sua jornada Rael chegou à cidade da profecia. Na escuridão da floresta conseguiu avistar as luzes da cidade em tons amarelos, e elas o encantaram profundamente. Com um sorriso no rosto, Rael disse para si mesmo: Apesar do que aquele velho de 1 trilhão de anos falou ser caduquice, tenho que admitir... Aqui é realmente lindo, essas luzes são tão perfeitas

    Durante a sua caminhada, Rael notou a presença de duas pessoas e não demorou a perceber a situação: havia alguém para ser morto lá. Um homem estava mirando o outro com uma pistola em meio à escuridão. Rael não conseguia ver seus rostos porque estavam de costas e, ainda por cima, o ambiente estava mal iluminado; então, o demônio pensou: Humanos são tão desprezíveis! Será que devo interferir?

    A dúvida tomou de conta dele, mas ele sabia que não tinha muito tempo e, em uma ação quase instintiva, se aproximou e gritou:

    – Ei! O que pensa que está fazendo?!

    O homem, que estava segurando a arma, virou-se e por um susto, apertou o gatilho e uma bala acertou o abdômen do dito demônio. Rael sorriu com deboche, mas não demorou muito para sua vista embaçar e a dor tomar conta do seu corpo. A dor era tão tremenda que Rael caiu de sua própria altura e gritou em desespero:

    – O que está acontecendo? Isso... Isso é impossível, eu não deveria sentir tanta dor! Merda!

    As luzes da cidade estavam se apagando da vista do demônio, a escuridão e tontura tomavam conta dos seus olhos e do seu corpo. Em meio a procura da luz, ele conseguiu enxergar um vulto se aproximando. Naquele momento Rael sentiu medo, muito medo, até que uma voz doce e calma falou próximo a seu ouvido:

    – Vai ficar tudo bem, eu estou aqui, já chamei uma ambulância.

    Rael estava confuso e, gaguejando, perguntou:       

    – Q... Quem é você?

    O rapaz respondeu, em tom calmo:

    – Eu sou enfermeiro, não se preocupe, eu vou cuidar de você.

    Em seus braços Rael perguntou, soluçando:

    – Então a morte é assim?

    O enfermeiro respondeu:

    – Você não vai morrer, provavelmente a bala não atingiu os órgãos vitais.

    Rael só conseguia sentir dor, mas aquela voz o acalmava completamente. Quando sentia que não iria mais suportar, o barulho de uma ambulância se aproximando o deixou mais tranquilo e, em uma última fala, ele disse para aquela voz:

    – Eu vou viver?

    Antes daquele enfermeiro que estava com ele responder, Rael desmaiou.

    CAPÍTULO 3: QUER MORAR COMIGO?

    Quando Rael abriu os olhos, ele já não estava mais naquele lugar e a dor havia desaparecido. Ele perguntou a si mesmo, ainda confuso e tonto: Onde estou? Eu morri? 

    Ele estava sozinho, tudo a sua volta brilhava em tom branco neve, havia outro leito vazio ao seu lado e o barulho das máquinas da UTI o atormentavam. Quando finalmente conseguiu ver o ambiente com clareza, havia máquinas ligadas a ele e cateteres perfuravam sua pele. Então, em um ato desesperado, Rael arrancou as agulhas e os marcadores cardíacos de sua pele. A máquina sugeriu parada cardíaca por não estar mais conectada a seus batimentos. Era possível notar vozes abafadas que diziam: Tragam o carrinho de parada! Código azul! O bip está vindo da sala 4! Vamos, rápido!

    Quando os enfermeiros e médicos chegaram à sala, se depararam com Rael acordado e perturbado, ele se debatia muito e os profissionais tentavam acalmá-lo, ninguém conseguia fazer progresso, até que um enfermeiro se dirigiu com um rosto acolhedor, segurou os braços de Rael e o empurrou contra a cama, dizendo: Está tudo bem! Eu estou aqui!

    Rael não pôde acreditar, era aquela voz, eram as mesmas palavras. Sim! Sim! Era ele! Rael se acalmou, o olhou com admiração. Ele era diferente da maioria, talvez até estranho. Tinha cabelos brancos, mas não era velho e nem albino, suas sobrancelhas eram médias e um pouco mais escuras que seu cabelo, e seus olhos eram tão negros quanto uma noite sem lua no inferno. Sim, com certeza era uma beleza bem estranha. Além de tudo isso, algo perturbava Rael: o demônio acreditou sentir algum elo com aquele rapaz de rosto pálido, isso o assustava, pois nunca sentira isso por ninguém. Os profissionais arrumaram a bagunça causada pelo demônio e aquele estranho iniciou uma conversa:

    – Você está bem?

    Rael não falou nada. Enquanto fazia os curativos no braço do demônio, o rapaz falou:

    – Se não quer conversar agora, tudo bem.

    Virando o rosto para não encarar o rapaz, Rael respondeu envergonhado:

    – Obrigado!

    O rapaz sorriu e falou humildemente:

    – De nada! Meu nome é Haru! Qual o seu nome?"

    Rael respondeu frio:

    – Rael.

    Haru se dirigiu:

    – É um nome bem bonito, mas me diga o que você viu naquela noite?

    Rael, atordoado, respondeu:

    – Naquela noite? Eu não me lembro direito.

    Após uma pequena pausa, o demônio continuou:

    – Espera... Eu me lembro de algumas coisas, foi você que salvou minha vida, não foi?

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