Cairbar Responde

De Cairbar Schutel

O benfeitor Cairbar Schutel, através do médioum Altivo C. Pamphiro, fez entrevistas como as instruções ao trabalho do grupo (IRC-Espiritismo, hoje Espiritismo.net) de divulgadores doutrinários, pioneiros, na internet.Os temas são sobre O Evangelho..., a Doutrina Espírita e outros. Não só para o grupo, mas servindo a qualquer grupo de trabalho dentro de uma casa espírita, e aos iniciantes, provando como o Espírito Cairbar Schutel é rico de conhecimento doutrinário.'Quando ele analisa esses temas, o respeito por esse 'bandeirante do Espiritismo' se agiganta, pois sabe analisar com sabedoria cristã cada tema, principalmente os relacionados à homossexualidade, onde, em geral, vemos tantos julgamentos e críticas, e ele, com a sabedoria que já conquistou, analisa sem julgar, mostrando-nos como a Doutrina Espírita consegue abranger qualquer área da psicologia humana, trazendo luz e paz àqueles que a utilizam como filosofia moral.'Mário Coelho

• Idioma: Português
• Editora: CELD
• Data de lançamento: 16 de jan. de 2023
• ISBN: 9788572976084

Pré-visualização do livro

CIP - BRASIL - CATALOGAÇÃO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

S422c

Schutel, Cairbar, 1868-1938 (Espírito)

Cairbar Responde / Pelo Espírito Cairbar Schutel; psicofonia do médium Altivo Carissimi Pamphiro; organização Mário Coelho. — 1. ed. — Rio de Janeiro: CELD, 2017.

216p.; 21 cm.

Inclui índice

ISBN 978-85-7297-608-4

1. Espiritismo. I. Pamphiro, Altivo Carissimi.

II. Coelho, Mário III. Título.

17-39505

CDD 133.9

CDU 133.9

CAIRBAR RESPONDE

Cairbar Schutel (Espírito)

Altivo Carissimi Pamphiro (médium)

Organizado por Mário Coelho

1ª Edição: março de 2017;

1ª tiragem, do 1º ao 3º milheiro.

Revisão:

Teresa Cunha

Diagramação:

Roberto Ratti

Capa:

Marcelo Domingues

Ilustração de capa:

By Freepik

Produção de ebook:

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Todo produto desta edição é destinado à manutenção das obras sociais do Centro Espírita Léon Denis.

          

Cairbar Schutel

(1868-1938)

Sobre o médium

Altivo Carissimi Pamphiro, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de março de 1938.

Sua vida junto à Doutrina começou por volta de 1954. Em 1959 já atuava como médium no Centro Espírita José o Carpinteiro; trabalhava também na assistência social, que atualmente é a Obra Social Antonio de Aquino, com diversas atividades sociais que continuam a ser desenvolvidas no dia de hoje.

Fundou o Centro Espírita Léon Denis em agosto de 1961, com apenas 23 anos, tendo reuniões públicas e cursos das obras básicas e evangelização infantil; orientou os cursos e a parte mediúnica, trabalhando na psicografia, psicofonia, desobsessão e cura. Em 1983, instituiu nos trabalhos do Centro os Encontros. Atividade esta que veio, ainda mais, divulgar a obra de grandes vultos do Espiritismo.

Desencarnou em 17 de fevereiro de 2006.

Altivo Carissimi Pamphiro, um marco na divulgação doutrinária! Para a causa espírita, um exemplo de trabalho, renúncia e estudo.

Sumário

Capa

Ficha catalográfica

Folha de rosto

Créditos

Sobre o médium

Prefácio

Capítulo I. Reunião realizada em 20 de agosto de 1998

Capítulo II. Reunião realizada em 6 de novembro de 1998

Capítulo III. Reunião realizada em 2 de janeiro de 1999

Capítulo IV. Reunião realizada em 26 de julho de 1999

Capítulo V. Reunião realizada em 8 de janeiro de 2000

Capítulo VI. Reunião realizada em 1 de maio de 2000

Capítulo VII. Reunião realizada em 13 de janeiro de 2001

Capítulo VIII. Reunião realizada em 18 de maio de 2001

Capítulo IX. Reunião realizada em 30 de novembro de 2001

Prefácio

Após ter terminado a organização dos cinco livros Instruções dos Espíritos, achei que tinha terminado minha tarefa neste campo, até porque, conversando com um ou com outro, percebi que haviam pessoas com muito mais capacidade para realizar este tipo de trabalho.

Novamente instigado a fazer a organização de mais um livro, com o material que na Casa existe, muito material e, nesse mesmo período, o amigo Jailton Pinheiro me fala sobre as aulas dadas pelo benfeitor Cairbar Schutel, através do médium Altivo Pamphiro (realizadas como instruções para o trabalho de um grupo de trabalhadores pioneiros na internet, na época chamado de IRC-Espiritismo e hoje chamado de Espiritismo.net); a amiga Vera Sá forneceu o material impresso e deixei tudo guardado por uns dois anos, até que lutas de todos os tipos começaram a surgir, e sempre soubemos que na hora das lutas o trabalho no Bem é nosso maior socorro e aí tomamos a iniciativa da organização das aulas para montar o livro. Fi-lo debaixo de muitas provações, mas posso afiançar-lhes que não me faltou estímulo dos benfeitores espirituais, mesmo quando pensava que meu corpo físico não aguentaria tamanha cota de trabalho, tendo mais de uma vez adoecido pela fadiga dentro daquilo que me disciplinei fazer.

Como nos livros Instruções dos Espíritos, tive que selecionar os textos, retirando aquilo que era de cunho particular e direcionado para um ou outro componente do grupo; retirando também o que fosse repetitivo; retirando elementos de identificação de alguns companheiros ou de outros grupos espíritas para que não fossem identificados. Busquei tornar o texto bem agradável de ser lido e acrescentei bastantes notas explicativas.

No primeiro momento, ao iniciar as aulas, pensamos que as instruções iriam apenas servir para aqueles que fizeram as perguntas sobre Espiritismo e o trabalho na internet, mas logo no início fomos vendo que as instruções dadas pelo benfeitor serviam para qualquer grupo de trabalho dentro da Casa Espírita e para qualquer trabalhador espírita, e vi como o Espírito Cairbar Schutel é rico neste tipo de conhecimento.

No decorrer das aulas, os entrevistadores, aproveitando a sabedoria do benfeitor, deliberam por fazer perguntas sobre temas diversos de O Evangelho..., da Doutrina Espírita e sobre homossexualidade.

Quando ele analisa tais temas, o meu respeito por esse bandeirante do Espiritismo se agiganta, pois sabe analisar com sabedoria cristã cada tema, principalmente sobre homossexualidade, onde, em geral, vemos tantos julgamentos e críticas, e ele, com a sabedoria que já conquistou, analisa sem julgar, mostrando-nos como a Doutrina Espírita consegue abranger qualquer área da psicologia humana, trazendo luz e paz para aqueles que a utilizam como filosofia moral.

Muito aprendi com ele nesses meses de organização, e, apesar de todo o esforço despendido, saio com a alma renovada.

Agradeço à minha esposa Sheila e às filhas Eneida e Dayane pela renúncia delas para que eu pudesse, muitas vezes, abrir mão do pouco tempo com elas para realizar tal obra.

Meus agradecimentos ao insígne codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, ao patrono do CELD, Léon Denis, ao benfeitor Cairbar Schutel e ao querido médium e amigo Altivo C. Pamphiro, por nos possibilitar o acesso a essas lições tão valiosas que, tenho certeza, servirão de roteiro para muitos.

Disse-nos o Espírito Lacordaire, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. XVI, item 14, Edições CELD: Nós nos devemos uns aos outros, e somente por uma união sincera e fraterna entre os espíritos e os encarnados é que a regeneração será possível.

Este livro é mais uma materialização desta união sincera e fraterna entre os espíritos e nós; aproveitemos e valorizemos este esforço por parte do plano espiritual que visa a nossa regeneração.

Mário Coelho

Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2016.

Capítulo I

Reunião realizada em 20 de agosto de 1998

Meus queridos filhos, que Jesus Cristo esteja presente junto a todos nesta reunião provocada pelo nosso sentimento e dirigida a todos os corações presentes.

Que é a Divulgação Espírita? É o esforço que se faz em torno da difusão de uma ideia. Essa ideia, que nos parece boa em seu princípio, em sua base, em seus objetivos, deve ser estendida a todos aqueles que buscam encontrar a verdade. Se o espiritista já é possuidor de conhecimento básico que o levará a Jesus, existem milhões de outros seres que estão longe de adquirir ou ter este conhecimento. A difusão espírita é justamente o esforço no qual todos os homens de boa vontade devem estar engajados, tornando o conhecimento de leis básicas, como a sobrevivência do espírito após a morte, a manutenção de sua individualidade, a sua possibilidade de comunicar-se e o retorno numa futura reencarnação. Esses princípios básicos que devem ser difundidos, explicados, tornados práticos para todos aqueles que não os conhecem; essa força enfim, que tornará o homem mais feliz, essa base principal é a que necessita ser sempre divulgada. Por isso o homem que está encarregado da difusão doutrinária será sempre aquele ser que conheça a Doutrina, que a ame a ponto de difundi-la e que esteja sempre preparado para fazê-lo. Amar uma Doutrina é ter por ela o prazer de estar junto, de viver os seus conceitos, de entendê-la, tornando-a imanente. E difundir essa mesma Doutrina é torná-la compreensível aos outros.

Meus irmãos, o esforço que fazem todos os que divulgam só deve partir daqueles que amem a Doutrina. E vocês que estão aqui iniciando uma tarefa nova — para vocês — devem procurar sempre amar a Doutrina e entendê-la para poder difundi-la. Sois ainda uma vara que formais um feixe. Esse feixe vai se tornando cada vez mais forte na medida em que agregarem outras criaturas a vocês. A difusão da ideia pelos instrumentos modernos, mecânicos, deve ser cada vez mais estimulada. Pelas máquinas, pela internet, vocês atingem a população anônima que não pode ou nem sempre vai à casa espírita de onde eles estão ou até mesmo de onde vocês estão. Por isso, o trabalho que fazem é principalmente dirigido àqueles seres que vocês nem sempre verão. É um trabalho, assim como se diz, falar para pessoas a quem vocês não veem. E isso traz uma responsabilidade de manter sempre o padrão elevado, espiritualmente falando. Nunca abram para qualquer comentário que possa tornar a atividade de vocês menosprezada. Sempre estejam atentos ao que fazem. Crescer, compreender, caminhar...

Disse eu que o sentimento do amor pela Doutrina deve torná-la imanente, isto é, tão agregada a vocês que sejam uma só pessoa.

Então, meus irmãos, não esqueçam nunca que o estudo deve ser seguido da prática, e a prática da Doutrina que esposam indica a caridade como veículo em pé de igualdade com o amor, devendo ser bem vivenciada por vocês. Então, junto à tarefa que fazem, não esqueçam de praticar a caridade onde e como estiverem, tornando-a também fonte de boas lembranças, de sentimentos enobrecidos e de paz para o seu espírito.

Finalmente queremos dizer que se os trabalhadores primeiros da Doutrina Espírita sofreram, fisicamente, nas suas próprias carnes ataques, prejuízos materiais, dores morais, hoje vocês somente sentem as dores morais. Mesmo essas são forças que burilam o seu ser.

Disse eu antes que o amor e a caridade devem fazer parte das suas vidas. O burilamento que a dor provoca ajuda que todos entendam melhor esta situação. Entendam em cada pedrada, em cada atitude inesperada, em cada forma de agressão, uma espécie de burilamento e a plantação de sentimentos novos em seus espíritos. Entendam que todos os que agridem são somente aqueles que ignoram.

Assim, porfiem, porfiem muito, acreditando que Deus, o Pai, há de protegê-los, mas certamente não tirará de vocês nenhuma cota de responsabilidade. São espíritos treinados para esse envolvimento. Não esqueçam disso.

Que Deus abençoe a todos vocês.

E: — Uma mensagem a ser divulgada aos operadores do Canal poderia ser essa mensagem inicial?

Cairbar: — Será essa mensagem, naturalmente escoimada das palavras que são ditas verbalmente, e que o texto será passado para um texto escrito. Mas pode ser essa mensagem.

E: — E essa mensagem poderia ser assinada?

Cairbar: — Cairbar Schutel![1] é o meu nome.

E: — Deveriam ser estabelecidos critérios mínimos para a entrada de novos operadores?

Cairbar: — O que vocês chamam de operadores?

E: — São os trabalhadores que têm uma responsabilidade de estarem presentes no Canal em horários específicos.

Cairbar: — Então vocês têm um critério somente que se desdobra em três. Primeiro: ser espírita; segundo: ter responsabilidade de horário; terceiro: conhecer a Doutrina Espírita. Bastam esses critérios. Quando vocês conversarem com alguém que se candidate a ser operador busque vê-lo, senti-lo, pelo menos pelo próprio Canal. Busquem falar com ele dessa responsabilidade, estabeleçam um pequeno manual de poucos itens para todos aqueles que queiram participar. Então, estabelecido este manual, que será aprovado por todos, (desejando que vejamos, tragam-no e o faremos) e este pequeno manual, este pequeno roteiro seria a base para qualquer pessoa que desejasse integrar a tarefa de difusão pela internet.

E: — O que o amigo orienta para melhorar o trabalho desenvolvido pela administração atualmente?

Cairbar: — A nosso ver o trabalho está bem feito. As alterações virão como decorrência do crescimento. Cresce-se, melhora-se. Melhorando-se, novas exigências surgem. Novas exigências surgindo, novo ampliar de métodos. E por aí vai. Então, apesar do trabalho estar bom, nunca temam, nunca temam qualquer mudança. Nunca! A mudança faz parte do ser humano. Parafraseando o Evangelho, direi: Ai daqueles que digam que não vão mudar! O próprio trabalho de vocês é uma mudança nos métodos de divulgação, não substituindo outros, mas é uma mudança.

E: — Sobre os operadores que assumam postura que se distancie da Doutrina Espírita quanto a opiniões...

Cairbar: — Devem ser retirados desta função. Antes de vocês estabelecerem novas bases, passem as bases estabelecidas nesse pequeno manual e não hesitem em pedir que aqueles que desejam fazer parte do Canal assinem o compromisso de que vão seguir aquelas regras básicas. Eles não estão obrigados a prestar obediência a ninguém, entendam bem isso, mas eles têm um compromisso moral em seguir aquelas regras. Não há prestação de contas, não há prestação de compromissos, mas há uma regra. Exatamente como o Espiritismo faz. Não se pode dizer a ninguém que assine um compromisso de ser espírita, mas pode-se dizer às pessoas que há um compromisso a ser seguido e esse compromisso não pode ser esquecido, deixado de lado, senão a pessoa não é mais espírita, então não será mais o operador. Ficou claro isso? Ou ficou confuso?

E: — Ficou claro!

Sobre o espaço que teremos no Congresso Espírita Mundial, que vai ser um pequeno espaço de tempo para expor alguma mensagem, qual deverá ser o foco dessa mensagem? Será o de estimular a replicação desse trabalho?

Cairbar: — Com toda certeza. Vocês estão ocupando os espaços que a Divulgação moderna permite. E vocês têm que estar presentes. Não se atolem! Estejam presentes! Há chance, sigam, participem, estejam presentes. Muitos dirão assim: Não tivemos retorno! — se vierem falar ou não. Não fiquem preocupados com isso não, mas não fiquem preocupados mesmo. Muita gente ouve ou vê o Canal e não fala.

E: — Nós estamos pretendendo editar um livro e já falamos com o médium Altivo, que nos incentivou a fazê-lo. Seria sobre o trabalho da internet, com uma introdução, as atividades do Canal e o básico do livro as Palestras Virtuais realizadas...[2]

Cairbar: — Então, não é um manual de eficiência; é sim já o resultado. Muito bom!

E: — Alguma observação sobre o livro? Podemos seguir esse caminho?

Cairbar: — Eu não tenho conhecimento dele, mas isto é uma excelente ideia.

E: — Poderíamos pedir ao amigo uma introdução para esse livro?

Cairbar: — Se acharem que eu posso fazê-la, claro que farei. Não há dúvida nenhuma disso.

E: — Estamos para implementar dentro do trabalho perguntas e respostas; abrir espaço para que as pessoas possam perguntar livremente sobre as suas dúvidas. Já estamos pensando em escolher uma equipe para trabalhar. Podemos escolher essa equipe além das pessoas ligadas à internet, já que hoje há