O Segredo dos Segredos (Traduzido): Sua chave para o poder subconsciente

De Uell S. Andersen e David De Angelis

O que é este Segredo? E como se pode descobrir o que é e aprender a usá-lo?

U. S. Andersen o chama de O SEGREDO DOS SEGREDOS porque, estranhamente, ele está dentro de cada homem e ainda assim pode libertá-lo. É um segredo que se faz conhecido sobre a face da terra. Ele se tornou o ponto de encontro comum de todas as religiões. Sri Aurobindo diz: "É a única verdade segura e reconciliadora que é o próprio fundamento do universo". "É esta verdade e sua aplicação a sua própria vida que é o tema do SEGREDO DOS SEGREDOS".

Há no homem, abaixo do nível de sua consciência, uma mente mais vasta, uma mente de enorme poder e conhecimento, uma mente de alcance universal, comum a todos os homens, mas exclusiva a nenhum. U. S. Andersen fornece ampla prova de que esta mente existe e que você pode tocá-la. Os sábios aprenderam que a mente humana é uma máquina magnífica com um reservatório infinito de poder ainda inexplorado pela massa dos homens.

O momento mágico em que você aprende a se ligar a este poder é o momento em que o segredo da abundância se torna seu. . o equivalente espiritual de ter uma árvore do dinheiro em seu próprio quintal.

• Idioma: Português
• Editora: Stargatebook
• Data de lançamento: 22 de jan. de 2022
• ISBN: 9791220892193

Pré-visualização do livro

PREFÁCIO

Quatro anos antes da publicação deste livro, U. S. Andersen deu a milhares de leitores uma mensagem tremendamente vital em seu primeiro livro inspirador, Três Palavras Mágicas: A chave para o poder, a paz e a abundância. E literalmente milhares de leitores lhe escreveram para dizer que haviam mudado o tom de suas vidas de negativo para positivo, seguindo seus ensinamentos. Minha vida inteira mudou. É o livro mais inspirador que possuo, foi uma carta típica.

Agora em O Segredo dos Segredos ele entrega outra mensagem tremendamente vital, uma que levará ao domínio sobre as circunstâncias e a vida. Às três palavras mágicas de seu primeiro livro ele agora acrescenta os quatro passos do método para converter a realização de um Deus residente em uma vida mais rica e plena.

Uell Stanley Andersen desenvolveu sua filosofia inspiradora e dinâmica durante uma vida muito ativa. Ele aprendeu sobre a psicologia de vencer quando era um grande jogador de futebol. Na Segunda Guerra Mundial ele serviu como oficial da Marinha e no calor da batalha aprendeu que o mal é a grande ilusão e que o pecado é o erro. Em anos posteriores, como empresário bem-sucedido de Los Angeles, ele aprendeu que o segredo do sucesso é criar e não competir.

Três Palavras Mágicas deram a chave do poder, da paz e da abundância. Seu segundo livro inspirador, O Segredo dos Segredos, mostra como usar os poderes místicos da mente para ganhar domínio sobre si mesmo e sobre o próprio ambiente.

Este livro esclarecedor do autor das Três Palavras Mágicas mais vendidas transporta a mensagem esperançosa desse livro inspirador: Não é mais necessário que o homem moderno leve uma vida de desespero silencioso. Ele pode fazer algo a respeito de seu dilema. O segredo espera....

Que segredo é esse? E como se pode descobrir o que é e aprender a usá-lo?

U. S. Andersen o chama de SEGREDO DOS SEGREDOS porque, estranhamente, ele está dentro de cada homem e ainda assim pode libertá-lo. É um segredo que se faz conhecido sobre a face da terra. Ele se tornou o ponto de encontro comum de todas as religiões. Sri Aurobindo diz: É a única verdade segura e reconciliadora que é o próprio fundamento do universo. É esta verdade e sua aplicação a sua própria vida que é o tema do SEGREDO DOS SEGREDOS.

Há no homem, abaixo do nível de sua consciência, uma mente mais vasta, uma mente de enorme poder e conhecimento, uma mente de alcance universal, comum a todos os homens, mas exclusiva a nenhum. U. S. Andersen fornece ampla prova de que essa mente existe e que você pode explorá-la. Os sábios aprenderam que a mente humana é uma máquina magnífica com um reservatório infinito de poder ainda inexplorado pela massa dos homens.

O momento mágico em que você aprende a se ligar a este poder é o momento em que o segredo da abundância se torna seu. . o equivalente espiritual de ter uma árvore de dinheiro em seu próprio quintal.

Este livro está dividido em doze capítulos. Cada capítulo está repleto de histórias de casos esclarecedores para deixar cada idéia clara. Ao final de cada capítulo, há uma Meditação. . belamente redigido e meticulosamente compacto, resumindo o que acaba de ser discutido.

Cada capítulo faz uma leitura emocionante. Saúde e Bem-Estar é um ataque aos alertas negativos que fazem os egos adoecer... os alertas que fazem as pessoas dizerem: Eu não me sinto bem, Eu não sou muito inteligente, Eu sou feio, Eu sou solitário. Cada enfermidade física e mental tem sua contraparte em uma enfermidade espiritual, mostra o autor; cura isso e a enfermidade física e mental também é curada.

O capítulo Amar e ser amado é uma das discussões mais sábias e francas sobre este importante assunto que apareceu na imprensa.

O capítulo sobre os poderes místicos da mente trata da transferência do pensamento e outras manifestações da Mente Universal ou o que é conhecido pela ciência como percepção extra-sensorial.

Estes são apenas três dos doze capítulos que podem ajudá-lo a retomar o controle sobre sua vida interior e exterior. As sementes de todas as possibilidades existem dentro de você se você só aprendesse este SEGREDO DE SEGREDOS.

CONTEÚDO

PREFÁCIO

PREÂMBULO

Capítulo 1 O NÚCLEO DO PROBLEMA

Capítulo 2 O SEGREDO DOS SEGREDOS

Capítulo 3 O VERDADEIRO PRINCÍPIO DE AÇÃO

Capítulo 4 UM MÉTODO PARA O DOMÍNIO

Capítulo 5 PAZ DA MENTE

Capítulo 6 SAÚDE E BEM-ESTAR

Capítulo 7 AMAR E SER AMADO

Capítulo 8 SUCESSO E REALIZAÇÃO

Capítulo 9 CRIATIVIDADE

Capítulo 10 PERMANECER JOVEM PARA SEMPRE

Capítulo 11 PODERES MÍSTICOS DA MENTE

Capítulo 12 MESTRIA SOBRE A VIDA

PREÂMBULO

Este livro pretende mostrar como a realização espiritual de um Deus residente pode ser aplicada aos vários problemas da vida cotidiana. Meu livro anterior, Três Palavras Mágicas, terminou com a revelação de que a consciência do homem é a consciência de Deus em processo de se tornar. O Segredo dos Segredos começa com esta premissa, depois estabelece um método pelo qual tal consciência pode ser usada para o fim prático de uma vida mais rica e plena.

Este método é um pouco como a ioga. Foi indicado por Sri

Aurobindo, resumindo o Bhagavad-Gita quando escreveu: O segredo da ação é um com o segredo da vida. A vida não é apenas pela vida, mas por Deus. A ação é para a autodescoberta e não para seus frutos externos. Há uma lei interior de todas as coisas que dependem tanto da natureza suprema quanto da natureza manifestada do eu; a verdade das obras está lá. A maior lei de ação é, portanto, encontrar a verdade de sua mais alta e íntima existência e viver nela. Somente descobrindo seu verdadeiro eu é que seus atos podem ser aperfeiçoados em uma ação divinamente autêntica. Conheça então a si mesmo. Conheça seu verdadeiro eu para ser Deus e um com o eu de todos os outros.

O método oferecido para o domínio da vida é fazer um sacramento de cada pensamento e ação, dando cada um ao Senhor e Mestre da criação sem apego aos resultados. Com tal procedimento, um homem se liberta gradualmente das limitações do ego pessoal e chega a compreender que um poder maior, um eu maior pode ser desprendido através de sua própria natureza. Ele vê que é Deus que pensa nele, Deus que quer nele, Deus que age através dele, e um novo centro de gravidade espiritual é estabelecido. O ego se dissolve, a consciência de Deus vem, e a paz e o poder do homem são imensamente aumentados porque ele se move em sintonia com o infinito.

Na superfície, isto parece uma contradição à premissa geralmente aceita de que o pensamento positivo pode mudar a própria vida, mas na verdade essa premissa é desenvolvida aqui muito além de tais limitações psicológicas. O pensamento positivo por si só não é a chave para a realização, caso contrário, nunca haveria um fracasso confiante. O homem não é maior do que Deus e, no final, só lhe resta o coração para impor sua vontade egoísta à vontade de Deus. No entanto, o homem é muito mais que um fantoche; ele é o próprio Deus em processo de se tornar, e é buscando a natureza deste eu real que ele prospera. Isto, no entanto, ele não pode fazer sem antes ter um ponto de vista positivo da vida. Ele deve acreditar em sua própria imortalidade, nos fins assegurados da verdade, justiça, beleza e fraternidade na Terra; e quando finalmente ele deixou de lado o ego e vislumbrou as dimensões ilimitadas de seu verdadeiro ser espiritual, então ele vê que nada é impossível para ele. Ele alcança a consciência divina, sua palavra é lei, seus pensamentos governam o universo.

Tal é seu destino. Para isso, que este livro o conduza.

Capítulo 1

O NÚCLEO DO PROBLEMA

Deus habita sempre onde tu estás. Derrama teu ego e logo verás escondido dentro de teu coração mais secreto um plano que é perfeito para ti.

CASTIGAMO-NOS A NÓS MESMOS

Alex era um homem de meia-idade em uma cidade do centro-oeste. Sua história foi um espantoso registro de fracasso. O que quer que ele tenha virado sua mão, acabou se desmoronando sobre ele. Chegou um momento em que ele não conseguia sequer encontrar um emprego. Ele e sua família estavam desamparados.

Sua esposa disse: Eu não consigo entender. Alex é o homem mais bondoso que eu já conheci. Ele é um trabalhador duro, e sei que é inteligente. Outros homens, menores e mais maus, são bem-sucedidos, mas pobre Alex, toda a sua sorte é ruim".

Ele acha que sim? ela foi perguntada.

Ela acenou com a cabeça. Ele acredita que Deus o está castigando.

Demorou muito tempo para convencer Alex de que Deus não castiga ninguém. Seu complexo de culpa estava tão profundamente enraizado que ele era perigosamente passivo. Ele se sentiu obrigado a ser gentil com os outros por causa desta culpa, mas ele não esperava nada além de infortúnio em troca. Sua personalidade era tão involutiva que ele vivia como se estivesse em um funil; ele estava todo voltado para si mesmo. Somente quando ele começou a sentir finalmente a infinita presença espiritual de Deus, seu ego começou a se dissolver. Então ele começou a ver outras pessoas pela primeira vez, não como extensões de sua própria personalidade, mas como encarnações vivas de Deus. Seu senso de valor pessoal cresceu à medida que ele ganhou humildade. Um dia foi-lhe oferecido um emprego por um conhecido casual; hoje ele é vice-presidente naquela empresa. O presidente diz dele: Alex inspira confiança. Algo lhe sai dos olhos e diz: Eu gosto de você. Vamos ser parceiros. A consciência de Deus realmente refez a vida deste único fracasso".

SEMENTES DO DESTINO

Cada um de nós carrega dentro de si as causas espirituais que determinam seu destino. Às vezes estas causas não são tanto espirituais, mas sim psicológicas, e quando se tornam distorcidas por medo, ódio, amargura ou ressentimento, nossas vidas podem ser conduzidas de forma calamitosa. Mas os prompters psicológicos, não importa quão profundamente enterrados no subconsciente, podem ser superados pela subconsciência espiritual. Esta compreensão pode ser alcançada pela compreensão intelectual, pelo sofrimento, ou simplesmente pela humildade, muitas vezes por todos os três, mas uma vez alcançada é como um novo nascimento da alma. O que você se imagina nunca foi, pois é uma coisa que muda com as estações e se altera com as marés. O que você realmente é é uma coisa permanente, imutável, com suas fundações plantadas na eternidade. Deixar o antigo eu e apegar-se ao novo é a essência do crescimento espiritual. Este novo nascimento, sem o qual, disse Jesus, um homem não pode entrar no Reino do Céu, altera completamente o mundo.

Aquele que vê o mundo através do ego vê todas as coisas como existentes fora dele mesmo. Ele se sente separado, isolado, e o mundo lhe aparece como uma série de coisas e objetos não relacionados, todos possuindo certos perigos inerentes ao seu próprio ser. Ele se sente pequeno, assediado, não amado, para ele o mundo parece cruel e injusto. Contudo, quando ele desperta para seu verdadeiro eu espiritual, todos os velhos medos e odios e ressentimentos se dissolvem. Ele então vê seu parentesco com todas as coisas, alcança a identificação espiritual com elas, cresce em uma unidade espiritual com toda a criação que não mais deixa espaço para seu ego pessoal e suas feridas e vaidades. Ao deixar de lado seu pequeno eu, ele alcança um vasto eu, um eu que engloba todas as coisas.

Finalmente ele reconhece com Walt Whitman: Toda a teoria do universo é dirigida a um único indivíduo - o senhor.

RENASCIMENTO ESPIRITUAL

É através do renascimento espiritual que superamos todas as coisas. É através do nosso crescimento à imagem espiritual de Deus que o propósito da própria vida é cumprido. Para esse fim o espírito se envolveu primeiro na matéria, para que um dia ele seja livre.

Somos tão materialistas nesta era da eletrônica e das bombas atômicas que muitas vezes há muito escárnio sobre a existência espiritual do homem. Muitos afirmam que o homem é apenas corpo, que ele vem à existência como uma máquina destinada a funcionar por um certo tempo, que o aparente diretor dentro dele é apenas uma ilusão fomentada pela aquisição de padrões de hábitos racionais pela máquina. Que deserto de mente e alma tal crença deve ser! O que mais pode fazer o detentor de tal crença a não ser girar sua existência fútil em uma teia de frustração e ressentimento? Olhe nos olhos de seus entes queridos e você sabe imediatamente a presença viva do espírito. Ela não precisa ser pesada, medida e contada; ela está lá, e você a reconhece. Toda a matemática e lógica do mundo não pode provar nem desmenti-la, mas você a conhece da mesma forma. O espírito reconhece o espírito, pois ele é o mesmo em cada um de nós, invisível e indivisível.

Este conhecimento, embora exista no centro intuitivo de cada homem, necessita, no entanto, de alguma justificação lógica antes de poder romper as barreiras mentais desta era materialista. Tudo está bem e bom, diz o materialista, falar de sentimentos e intuições, mas é preciso admitir que eles não podem ser provados ou desmentidos. O que a religião precisa é algo concreto, um fato, algo provável". Bem, os sentimentos são prováveis". Todos nós reconhecemos um ato de bravura, um ato de amor, um ato de bondade, por que então deve haver sempre tanta dúvida sobre a validade da conduta de um homem que afirma conhecer a Deus? Todas as ações brotam dos sentimentos, muitas delas dos sentimentos mais espirituais, e se não fossem estes intangíveis, que ninguém pode pesar, medir ou mesmo classificar adequadamente, este mundo seria tão quieto e silencioso como um túmulo.

MESTRE DA CRIAÇÃO

É o espírito, a alma, a consciência que é a primeira causa, mestre e impulsionador da criação, alfa e ômega da existência. São coisas de Deus, infinitas, eternas, imutáveis, presas, mas um momento na forma, manifestando suas inúmeras aparições como dançarino, pode exibir um número infinito de trajes, mas permanecendo sempre um, indivisível e imutável.

Este é Deus, não um homem de tamanho gigantesco, nem mesmo um deus como poderíamos imaginar em nossas mentes e fazer uma imagem, mas um poder, uma presença, um ser, uma inteligência infinita permeando tudo e criando tudo, mas permanecendo inalterado entre os sempre em mudança.

Um professor de uma universidade ocidental estava ilustrando para sua classe exemplos de raciocínio dedutivo e indutivo. O raciocínio dedutivo, afirmou ele, é raciocinar de um efeito para uma causa. Por exemplo, eu sei que existo. Eu não me fiz nem ao mundo em que vivo, portanto deduzo que outra pessoa o fez. Esse alguém que eu chamo de Deus. Agora, o raciocínio indutivo, por outro lado, é raciocinar de um efeito a uma causa. Por exemplo, sei que penso e que este raciocínio aumenta meu conhecimento. O raciocínio indutivo, portanto, me diz que eu posso aumentar o conhecimento do meu Criador através do pensamento. Isso, senhores, em poucas palavras, é tudo o que está acontecendo no mundo. Sábio, ele conhecia Deus através da mente, mas verdade para dizer, ele também o conhecia através de seu coração.

DERRAMANDO O EGO

Agora, o cerne do problema da existência é este: A maioria de nós acredita que somos criaturas de circunstâncias, empurradas pelos caprichos do destino e fustigadas de todos os lados por forças sobre as quais não temos controle. Quando conseguimos nos convencer de que podemos exercer controle sobre nossas vidas internas e externas, freqüentemente o fazemos com um ego ampliado que nos convenceu de nosso poder através do fomento da ilusão de que somos melhores do que os outros. Obviamente, tal ilusão está condenada à vida curta. Não alcançamos o domínio nem através de um ego ampliado (a pior de todas as soluções possíveis) nem através de um ego involuído que traz uma sensação de inutilidade pessoal. Damos o primeiro e mais importante passo para a maestria, derramando o ego por completo e nos identificando com Deus.

Embora o precedente possa ser lido por muitos, será o raro leitor que ao mesmo tempo penetrará em seu significado. Pois deixar de lado o eu pessoal é sofrer uma espécie de morte. Abandonar o ego significa atingir um estado de abstração pessoal em que podemos nos ver com desprendimento, sem condescendência nem condenação, conscientes de nossa existência pessoal nem mais nem menos do que estamos conscientes da existência de nossos semelhantes. É este estado de consciência que nos ensina a amar o próximo como a nós mesmos, não necessariamente através de um maior amor ao próximo, mas mais através de uma consideração menos personalizada e mais desprendida de nós mesmos. Neste estado, aprendemos a nos identificar com uma consciência maior, uma vasta inteligência. Sentimos isso por trás de nossa existência, nos animando, nos apoiando, nos dando nossa consciência. Pouco a pouco vamos nos expandindo para encontrá-la, até que aquilo que éramos, nosso ego, começa a retroceder, até que finalmente vemos nossa existência pessoal como através da extremidade invertida de um telescópio. Agora começamos a ver o que realmente somos e a nos desapegar do que nunca fomos. Agora o mundo está mudado. Não tem mais semelhança com o que era antes do que nós temos com o que éramos antes, pois, nas palavras de Evelyn Underhill, Contemplamos em qualquer momento específico não aquilo que é, mas aquilo que somos.

O PODER INFINITO

Deus, primeira causa, consciência ilimitada, inteligência infinita, envolve-se na matéria e manifesta-se em inúmeras formas, não para provar nada, não para lutar contra nada, não para superar nada, não para separar o certo do errado, mas apenas para a pura alegria da expressão; e isto, como sabemos, é o começo das coisas, do mundo manifesto, das estrelas, dos planetas, da vida. O próprio Deus se envolve na matéria, e o que Ele se torna, enquanto infinitamente menos do que Ele mesmo na forma e substância, no entanto, é Ele mesmo, verdadeiro e inteiro, em potencial espiritual. Nada pode se tornar isto ou aquilo além de Deus; Deus é tudo, não há mais nada.

E assim a consciência é presa na forma, no ser, girada no espaço e no tempo como um homem ou uma mulher, chamando-se por um nome, espreitando para fora em um mundo que parece anão, superado por problemas porque se assume contida dentro daquele mundo em vez de perceber a verdade, que é que o mundo está contido dentro dele. Este é o homem, que se isolou com seu ego em desenvolvimento, se cortou das raízes de seu poder que estão firmemente colocadas nos limites do espaço e do tempo.

Forte é a alma, e sábia e bela As sementes do poder divino ainda estão em nós;

Deuses somos nós, Bardos, Santos, Heróis, se quisermos.

-Matthew Arnold

ALGO NO FUNDO

Joe McAdams era um jovem forte e rouco, um panfleto na Segunda Guerra Mundial. Joe tinha um grande apetite pela vida. Ele brincava, brigava, ria e brincava e, em geral, se apoiava como um filhote de urso entusiasmado. Então, um dia, seu avião foi abatido. Joe foi ferido em ambas as pernas, mas conseguiu saltar de pára-quedas do navio em chamas. Ele pousou no mar, onde flutuou por horas em seu colete salva-vidas. Os tubarões o atacaram. Joe lutou contra eles com sua faca. Quando finalmente foi pego, ele mal estava consciente e quase sangrara até a morte. Ambas as pernas estavam tão danificadas que tiveram que ser amputadas. Joe, intensamente físico, alegre Joe, enfrentou a vida como um aleijado. Ele entrou em um estado de choque. Embora consciente, ele não falava com ninguém. Ele teve que ser alimentado à força.

O fato simples era que Joe não queria mais viver. Ele aparentemente tinha tomado a posição mental de que se não pudesse estar inteiro no corpo, ele não queria mais ter nada a ver com a vida. Ele ficou mais pálido e pálido. Sua pele ficou pendurada sem vida em seu corpo mutilado. No entanto, ele não morreu. Algumas centelhas dentro dele resistiram. Durante muitos meses ele pareceu pairar à beira da morte, então ele começou a se recuperar. O primeiro sinal foi um retorno de cor ao seu rosto, depois seus olhos ficaram mais brilhantes, depois um dia ele sorriu; depois disso ele rapidamente recuperou suas forças. Com um pouco de entusiasmo, ele entrou no programa de reabilitação, aprendeu a ser especialista com suas novas pernas artificiais, começou a estudar muito, de modo que acabou sendo aceito em uma das melhores escolas de engenharia do Oriente. Hoje Joe tem um trabalho responsável com um dos principais fabricantes do país. Aqueles que o conhecem e o amam percebem que uma grande mudança foi feita neste jovem, uma mudança muito maior e mais profunda do que aquela sofrida por seu corpo marcado por cicatrizes. Houve uma mudança sutil, mas profunda em toda sua personalidade, em seu próprio caráter. Ele ainda é o Joe vital e enérgico que todos conheciam, mas agora em torno de todas as suas ações e palavras há uma nova aura, uma espécie de alteridade, uma qualidade espiritual que o velho Joe McAdams nunca demonstrou. Joe foi questionado sobre isso.

Acho que é bastante óbvio que eu mudei, disse ele, por dentro, quero dizer, onde realmente conta. E é mais do que uma simples mudança. O velho Joe McAdams morreu lá fora naquele atol do Pacífico onde ele perdeu as pernas. Eu sou o novo Joe, e nasci naquele mesmo atol do Pacífico. Nasci um dia quando percebi que tudo na vida muda e desaparece e a única coisa que fica é algo dentro de você, algo que é você e ainda assim não é você e é grande e poderoso e está sempre lá. É Deus, eu acho. Isso é o que realmente me mudou".

REALIZAÇÃO ESPIRITUAL

Você assume por um momento que alguma aberração das circunstâncias, algum arranjo coincidente de átomos e moléculas, alguma chance bizarra de entre um número infinito de chances causou a sua existência? Você não olhou para dentro de si mesmo e se assustou além de qualquer possibilidade de recuperação pela tremenda e repentina consciência de que você é você? Não há palavras para expressar o verdadeiro milagre desta autodescoberta. Que o mundo existe, os planetas, as estrelas, as montanhas, os oceanos, os mares, é uma coisa do dia-a-dia, a substância da vida, o pano de fundo contra o qual a peça é encenada. Mas, de repente, para perceber que você, que único e individual você, está aqui, é testemunha, é chamado a ser, isto é, conhecer Deus, plena e seguramente. Tal realização repousa para sempre em toda filosofia materialista, todo ateísmo, todo agnosticismo. Deus está, você está, Deus está em você.

Uma noite, um professor de matemática, um forte experimentador e um homem de busca, foi informado de tal revelação espiritual. Você diz que experimenta esta coisa, respondeu ele, então eu acredito em você. Muito bem, vamos aceitá-lo. Deus se manifesta em miríades de formas através da mera alegria de seu ser, e o que Ele se torna é menos que Ele mesmo por um momento, mas verdadeiramente Ele mesmo na eternidade. Qual é o objetivo? Certamente você reconhece que as pessoas sofrem. Muitas pessoas que você deve ter conhecido devem ter passado por angústias porque não tinham recursos para lidar com alguma situação mundana e, portanto, foram forçadas a sofrer. Quem sofreu então, essas pessoas ou Deus, e se um ou ambos, por quê? Certamente Deus não é masoquista, desfrutando de autopunição, mas por que Ele se torna menos do que Ele mesmo e literalmente se frustra e se tortura?".

Não é Deus quem sofre, nem mesmo o povo, foi-lhe dito. É somente a máscara que Deus fez que sofre e isto não existe verdadeiramente, mas é apenas ilusão.

É ilusão quando um homem está morrendo de câncer e ele não pode nem mesmo reter seus gritos de dor?

O que sofre é uma ilusão, ligada a ilusões, alimentada por ilusões. Isto é o ego, a sensação de isolamento pessoal de Deus. Quando um indivíduo entrega seu ego, ele então se identifica com Deus e não pode mais sofrer, nem pode morrer. O câncer não pode matá-lo, pois o câncer é uma ilusão, mesmo que aquilo de que ele se alimenta seja uma ilusão.

Você teria muita dificuldade para explicar isso à Associação Médica Americana, respondeu o professor. Há até mesmo um momento difícil para explicar isso àqueles já convencidos de que as causas espirituais precedem as causas físicas. Mas isso não altera sua validade. Pode ser feito um apito que soa uma nota tão estridente que somente o raro ouvido humano pode ouvi-la. Para a grande maioria da humanidade, o apito é silencioso, mas isso não significa que não soe sua nota. Há aqueles que ouvem o apito; há aqueles que percebem Deus e, portanto, estão livres dos sofrimentos do ego.

Então é sua crença que a doença é apenas um dos sofrimentos do ego?

Sim.

O que, em sua opinião, causa doenças?

As distorções do ego - medo, ódio, amargura, ressentimento, ciúme, culpa e seus primos. Estes trabalhos no subconsciente, chamam a existência de contrapartidas físicas para corresponder ao ego sofredor".

E qual é a cura?

Desprender o ego e fazer uma identificação espiritual com Deus.

Se isso falhar, consulte seu médico".

Ele riu. Verei o meu primeiro, obrigado. No entanto, ele não o fez. Desde aquela noite, nosso professor percorreu um longo caminho na descoberta espiritual. Sua mente naturalmente inquisitiva o levou por muitos caminhos, mas agora ele é vigoroso em sua afirmação de que toda manifestação física tem uma causa espiritual e que a própria doença é apenas mais uma evidência de que o homem está fora de sua fonte espiritual.

VIDA CONTRA VIDA

De fato, é difícil derramar sentimentos de separação e isolamento, pois quase parece que estes nos são impingidos pela própria natureza da vida. Olhamos à nossa volta e, de todos os lados, vemos seres vivos a se alimentarem de seres vivos. O quadro muitas vezes repetido de um número de peixes, cada um sucessivamente maior que o próximo e simultaneamente engolindo um ao outro, parece nos dar nossa imagem mais adequada da vida: O comedor, comedor, é comido. É a partir desta observação do que Darwin chamou de a sobrevivência do mais apto, que talvez desenvolvamos nossas hostilidades submersas e cinismo geral em direção ao amor subjacente de Deus. É a partir desta observação que talvez até desenvolvamos nosso ateísmo, nossa desesperança espiritual, nosso existencialismo, nossos sentimentos de que a vida está contra nós. O que falhamos em perceber é que Deus é tudo, que nada está perdido, perdido ou não redimido. Ninguém cai a não ser o que o outro toma seu lugar, e ninguém cai verdadeiramente e ninguém ganha verdadeiramente, pois cada um é Deus.

Você pensa por um momento que Deus ganha vitórias sobre si mesmo?

No entanto, o fato simples e irrevogável é que esta vida se alimenta de vida. No drama desdobrado pela inteligência mestre que se manifesta em miríades de formas através da mera alegria da existência, a procissão do movimento através do tempo e do espaço e da matéria é realizada através de uma forma sendo destruída e substituída por outra forma melhor e mais útil e, portanto, mais verdadeira. Assim, a vida se alimenta da vida. É quase como se Deus estivesse pensando e cada um de seus pensamentos manifestasse uma forma e então outro pensamento mais verdadeiro absorve o antigo, fazendo uma nova forma, e assim por diante.

DEUS BECOMING

Agora, é claro, chegamos ao grito padrão de consternação. Como pode ser, o egoísta humanhado, que um Deus justo e amoroso concebesse tal método de desdobramento de si mesmo, ; método que visita incalculáveis sofrimentos sobre Seus filhos enquanto são forçados a lutar, a sofrer dor, a ser derrotados, e finalmente morrer? E a resposta a esta pergunta é que é ilusão que somos separados de Deus, é ilusão que somos filhos de Deus, pois cada um de nós em sua verdadeira natureza é o próprio Deus, inteiro e inteiro, e Deus não sofre dor, derrota ou morte. Somente o ego sofre dor, é derrotado e morre. E o ego é apenas ilusão e nunca existe de todo.

Então por que Deus não tem essa ilusão? Por que, em cada uma de Suas existências separadas, Ele não se conhece a si mesmo como Deus em vez de como alguma pessoa individual? A resposta a isso é a resposta ao enigma da existência. Quando o infinito se torna o finito, ele abandona a percepção inerente do infinito, e sua compreensão se torna a do que ele se tornou. Assim, Deus, tornando-se uma coisa, não se conhece mais como Deus, mas apenas como a coisa que Ele se tornou. A coisa em que Ele se tornou é o ego da coisa. Ele não altera em nada a natureza de Deus, nem sequer é