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Uma introdução aos livros sapienciais - Nilo Luza
LIVRO DE JÓ
1. Introdução
O livro de Jó é considerado a obra-prima da literatura sapiencial bíblica. É o livro que abre o bloco dos livros sapienciais da Bíblia Católica. Na Bíblia Hebraica, faz parte dos chamados Escritos (Ketuvim). É construído a partir de um antigo conto folclórico (Jó 1-2; 42,7-17), do qual o autor teria redigido uma série de diálogos entre Jó e os seus amigos. A data de sua redação se dá em tempos diferentes (talvez séculos), e são diversos também os seus autores. Há um redator final, provavelmente vivia em Jerusalém, mas é resultado de vários sábios desconhecidos. Os autores (poetas de Israel) se inspiraram numa antiga narrativa sobre certo Jó natural de Hus (sul de Edom) para construir a narrativa. Talvez essa personagem tenha existido no tempo patriarcal e fosse familiar aos contemporâneos do redator.
Jó é mencionado pelo profeta Ezequiel (Ez 14,14.20) como exemplar de retidão. A carta de Tiago (Tg 5,11) lembra Jó como homem paciente e perseverante. O legendário Jó, homem justo, é tentado por Satã e perde tudo que possuía: bens, família, saúde, mas sempre se manteve fiel às suas convicções. Três amigos – Elifaz, Baldad e Sofar – chegam para o consolar e compadecer-se dele. Como recompensa pela sua fidelidade, Deus o abençoa e lhe devolve todos os seus bens. A redação final do antigo conto de Jó pode ser datada durante os períodos persa e grego (após o exílio babilônico, 586-539 a.C.), mais precisamente, por volta de 350 a.C.
Por trás do texto, podemos perceber a resistência popular da narração, que questiona o Deus da instituição dominante (Jó 15,4) e apresenta nova visão do divino. É a experiência de Deus de quem sofre por causa da miséria, da doença, da opressão. Talvez os autores sejam as vítimas apresentadas por Neemias (Ne 5,1-5). Jó seria, assim, uma voz de oposição a Esdras e Neemias (ROMER, 2010, p. 607). Jó vê na exploração a causa principal da pobreza e do sofrimento (Jó 24,1-12; 30,3-8): estes não são castigo de Deus, mas consequência da injustiça. Em Jó tudo é tão humano, expressão máxima da paixão da dor (ROSSI, 2018, p. 19). Jó é retrato desse povo
