Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Guia Apologético
Guia Apologético
Guia Apologético
E-book86 páginas51 minutos

Guia Apologético

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Esse é o primeiro volume de uma séria de guias apologéticos católicos sobre os temas mais falados nos fóruns e redes sociais. Neste volume o autor trata sobre o tema das imagens sacras, sagradas relíquias e intercessão dos Santos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de fev. de 2015
Guia Apologético

Relacionado a Guia Apologético

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Guia Apologético

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Guia Apologético - Frei Prudente Matamouros Oaao

    Parte I - Imagens

    Parte I

    Imagens

    72 Em senso comum, envolve tanto o conceito de imagem adquirida como a gerada pelo ser humano, em muitos domínios, quer na criação pela arte, quer como simples registro fotomecânico, na pintura, no desenho, na gravura, em qualquer forma visual de expressão da ideia.

    Visão Católica

    Quem vos pintará tão belo como sois?

    Santa Faustina Kowalska

    Para nós, católicos, a imagem não é unicamente aquilo que mostra a visão aristotélica (registo fotomecânico da realidade), mas também a visão platônica (de que a imagem é a expressão da ideia) por isso não há tanta importância se São Paulo é representado careca e com pouca barba ou se é representado cabeludo com uma barba enorme, importa as referências que já me trazem a mente a ideia de quem estou a tratar, me perder em demais detalhes não acrescenta em nada ao sentido teológico que a vida de São Paulo representa.

    Podemos ver isso muito bem no relato de Santa Faustina Kowalska (Diário, 313):

    Quando fui à casa daquele pintor que estava pintando a Imagem, e vi que ela não era tão bela, como o é Jesus, fiquei muito triste com isso, mas escondi essa mágoa no fundo do meu coração. … Imediatamente dirigi-me à capela e chorei muito. Eu disse ao Senhor: Quem vos pintará tão belo como sois? Então ouvi estas palavras: O valor da imagem não está na beleza da tinta, nem na habilidade do pintor, mas na minha graça."

    Mas que valor teológico teria uma imagem?

    O movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela.

    São Tomás de Aquino

    São Tomás de Aquino esclareceu com perfeição em sua Suma Teológica Parte II-II, questão 81, artigo 3, resposta a objeção 3:

     "O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem."

    Exemplo:

    Encontrei com a mãe de um colega de infância, que agora mora fora da cidade. Enquanto conversávamos, ela tomou de uma foto sua, e se dirigia a ela e a beijava. Ora, nem ela e nem ninguém é tão estúpido de não saber que a foto é apenas papel e pigmento, não entende e nem sente o gesto, então por que fazê-lo? Espero que ninguém seja estúpido também de não entender que não é ao objeto que se dirige o gesto, mas àquele ali representado, na incapacidade de fazê-lo pessoalmente.

    Assim, para os católicos, é claro que a reverência que se dá a uma estátua de gesso, não é dada a estátua em si, mas ao que ela representa, e para saber o que elas representam basta ler a hagiografia do santo e ver o testemunho de sua vida, dificilmente você não se emocionará, não se envolverá. Ao nos recordarmos dos santos (e as imagens deles nos recorda) vemos que eles foram Santos de Deus, que viveram uma vida aqui na terra, sujeitos as coisas que nós também estamos sujeitos, fracos e pecadores como nós, e mesmo assim conseguiram vencer o mundo, conseguiram romper com o pecado, perseverar na fé até o fim, como disse Santo Agostinho: Si isti et istae, cur non ego? (Se estes e estas podem, porque não eu?), esses homens que esvaziaram suas vidas de si, se esvaziaram para se encher de Cristo, e assim como São Paulo disse, eles também podem dizer: Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim (Gálatas 2,20). E por isso, como eu não me envergonharia de, se os visse pessoalmente, abraça-los, beija-los, querer ouvi-los, etc... não me envergonha, nem me escandaliza, beijar uma imagem desses santos, trata-la com carinho e respeito, pois tal reverência não é à imagem e sim ao que ela representa (como no exemplo da fotografia). E há uma grande diferença entre essa demonstração de amor fraternal, de carinho, de veneração, de respeito e de honra com o que seria idolatria, adoração.

    Gestos de veneração

    Saul compreendeu que era Samuel, e prostrou-se com o rosto por terra

    Primeiro Livro de Samuel 28,14

    Há quem ligue alguns gestos corporais com o ato de adoração,

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1