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Eu, A Vovó E As Formigas
Eu, A Vovó E As Formigas
Eu, A Vovó E As Formigas
E-book142 páginas1 hora

Eu, A Vovó E As Formigas

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Sobre este e-book

É uma graciosa história sobre o convívio de uma avó com sua neta. Encantadoras formigas desaparecem e reaparecem no decorrer dos fatos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de fev. de 2016
Eu, A Vovó E As Formigas

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    Eu, A Vovó E As Formigas - Lucyana Mutarelli

    Eu, a

    Vovó e as

    Formigas

    Lucyana Mutarelli

    Eu, a

    Vovó e as

    Formigas

    1a Edição - 2016

    Preparação do original

    Lucyana Mutarelli

    Revisão

    Lucyana Mutarelli

    Projeto gráfico e diagramação

    Lucyana Mutarelli

    Capa

    Lucyana Mutarelli

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução do todo ou

    qualquer parte deste sem autorização prévia.

    Copyright®2015 by Lucyana Mutarelli

    "Dedico este livro a todos que tiveram ou

    ainda tem uma avó muito especial."

    Capítulo I

    Férias

    -Letícia! Letícia – chamava vovó em voz baixa.

    — Hã?

    — Levante, querida! Já é tarde!

    Abro os olhos vagarosamente e vejo vovó de pé em frente

    a minha cama. Ela sorri:

    — E então? Dormiu bem? — perguntou ela de maneira

    amável.

    — Sim. Muito. Gostaria de dormir mais – respondi

    sonolenta.

    — Mas escuta! Já são dez horas! — exclamou ela

    admirada, mas sem perder a cordialidade.

    — Já!!! Nossa!!! Parece que dormi só cinco minutos!

    — É assim mesmo, querida! Quando dormimos, parece

    que o tempo voa! Passa muito depressa! Mas agora,

    7

    levante. Preciso arrumar sua cama. Já pensou se sua mãe

    chega e você ainda não levantou?

    — Está bem, vovó. Deixe só eu me espreguiçar – falei

    esticando-me toda.

    — Isso! Espreguice! Faz bem! E hoje? Você fez xixi na

    cama?

    — Claro que não, né vó!

    - Ha, ha, ha, ha,ha! Eu sei! Estou brincando! Mas a pouco

    tempo atrás, você fazia sempre. Lembra?

    — Lembro! Respondi levantando vagarosamente.

    — Vou buscar sua roupa – disse ela.

    Vovó abriu o guarda-roupa e tirou dele um lindo conjunto

    de short e blusa.

    — Quer ajuda para se vestir? — perguntou ela.

    — Obrigada, vó. Não precisa.

    — Então, enquanto você se veste, eu vou estender a roupa

    que estava na máquina de lavar. Depois eu volto para

    arrumar a sua cama e as das suas irmãs.

    Enquanto eu me vestia, ouvia vovó descendo as escadas

    vagarosamente. Ela sempre teve um jeito vagaroso e

    calmo. Mesmo assim, era difícil vê-la parada. Estava

    quase sempre cozinhando, estendendo roupas, lavando a

    louça... Terminei de me vestir e fui ao quintal. E lá estava

    ela estendendo as roupas. Estava um sol de rachar!

    Vovó virou-se para mim sorridente.

    — Negra! Já se vestiu?

    8

    Negra era um apelido carinhoso que minha avó deu a mim

    e à minha irmã mais velha.

    Vovó estava com uma bacia cheia de roupas. Estendia

    peça por peça pacientemente.

    — Vamos brincar, vovó?

    — Depois, querida. Agora tenho que terminar de estender

    essas roupas.

    Enquanto vovó estendia as roupas, fui caminhando pelo

    quintal. Era um local muito amplo, gostoso de caminhar.

    Antigamente aquele chão era de terra, mas não é mais. Foi

    coberto por placas de cimento. Entre uma placa e outra,

    ficou um pequeno vão de terra. Nesses espaços, era

    comum haver formigueiros. Caminhei observando essas

    curiosas moradias de formiga. Como era possível animais

    tão pequenos construírem aqueles montes? As entradas

    daqueles diminutos castelos eram tão redondinhas que

    pareciam furadas por palitos de dente.

    As formigas entravam e saíam daquelas colônias.

    Carregavam folhas, farelo de pão, mais grãos de terra...

    Agachei-me para observar melhor todo o trabalho

    daqueles curiosos insetos.

    Logo em seguida, vovó acabou de estender as roupas:

    — Bem, agora subirei para arrumar as camas. Quer vir

    comigo? — perguntou vovó de maneira doce.

    — Vou! Mas depois nós vamos brincar, né? — perguntei.

    — Querida! Eu adoraria. Mas não posso! Tenho que

    preparar o almoço.

    — Ah, vó! Que pena!

    9

    Vovó ao notar minha expressão de tristeza, aproximou-se:

    — Não fique triste. Vou preparar um almoço delicioso

    hoje! Terá bolinho de arroz, torta de presuntada...

    — Oba! — comemorei.

    — Então vamos comigo arrumar as camas. Enquanto isso,

    a gente vai conversando.

    O quintal tinha uma porta que dava acesso à cozinha.

    Depois da cozinha, tinha a sala que dava acesso aos

    quartos. Era toda forrada com carpete marrom e o

    corrimão era todo entalhado em madeira formando lindas

    esculturas. Vovó foi subindo as escadas à frente e eu fui

    seguindo.

    Ao entrarmos no quarto, vovó começou a arrumar minha

    cama. Ela esticava tão bem os lençóis que se jogasse uma

    moeda em cima, essa era capaz de pular. Mamãe também

    tinha esse mesmo carinho ao arrumar a cama.

    Depois, vovó começou a arrumar as outras camas. Fazia a

    tarefa com muita destreza. Eu observava:

    — E então? Gostaria de aprender a arrumar a cama assim?

    — perguntou vovó sorrindo.

    — É muito difícil, vovó. Acho que não conseguiria nunca

    – respondi.

    — Não se preocupe, negra. Um dia você aprende.

    Fez-se um breve silêncio. Em seguida, vovó perguntou:

    — Está gostando das férias?

    — Estou. É muito chato ter que ir à escola.

    10

    — Ha, ha, ha, ha, ha! Você é bem sincera! Se dissesse que

    estava com saudades da escola, eu não acreditaria! Não

    acredito que exista alguma criança que goste de ir às

    aulas.

    — Tem algumas que parecem gostar, vovó – indaguei.

    — Não acredito! As crianças que dizem gostar da escola

    fingem muito bem! Criança gosta de brincar, não de

    estudar – enfatizou vovó.

    E, de fato, vovó tinha uma certa razão. Era difícil uma

    criança gostar de estudar.

    Assim que vovó terminou de arrumar as camas, virou-se

    para mim e disse:

    — Vamos fazer o seguinte: enquanto você fica assistindo

    aos seus desenhos animados favoritos, eu vou preparando

    o almoço. Os primeiros bolinhos de arroz que eu fritar,

    trarei para você comer à frente da TV!

    Era tudo tão bom que parecia um sonho! Fui para a sala e

    liguei a televisão. Não havia controle remoto. Para ligar,

    desligar e mudar de canal era tudo feito no painel da TV.

    Liguei num canal e estava passando um desenho

    divertidíssimo do Tom e Jerry.

    Jerry é um rato e Tom, um gato. E o ratinho só aprontava

    para o gato. Estava tão divertido que nem via o tempo

    passar. Logo vovó aparece de avental com uma travessa

    cheia de bolinhos de arroz. Tudo para mim!

    — Olha que delícia – disse ela entusiasmada.

    Peguei a travessa com vontade.

    — Cuidado! Está quente – alertou ela.

    11

    Com a travessa no colo, peguei um bolinho com o

    guardanapo e comecei a soprá-lo para esfriar. Olhei para

    aquele quitute de formas irregulares. O cheiro estava

    maravilhoso! Não resisti e dei a primeira mordida. Estava

    bem quente, mas delicioso! Olho para vovó e ela estava

    em pé parada observando o desenho animado.

    — Sente-se no sofá, vovó. Vamos ver o desenho juntas –

    sugeri.

    — Não posso, querida. Preciso terminar o almoço. Daqui

    a pouco chega os seus pais do trabalho.

    — Poxa, vovó! Hoje você não brincou comigo, não

    assistiu desenhos – lamentei.

    — Tive uma ideia – disse ela sorrindo.

    — Que ideia? — perguntei.

    — Hoje à tarde você irá comigo para a minha casa.

    Passará a tarde lá. Quer?

    — Claro que quero!

    — Quando sua mãe chegar, vamos pedir para ela.

    — E ela, com certeza, deixará! Mamãe é maravilhosa –

    comentei.

    — Claro! E lá em casa tem umas balas e uns bombons

    maravilhosos! Você vai adorar!

    — OBA!

    — E os bolinhos de arroz? Estão bons? — perguntou ela

    — Deliciosos!

    — Que bom! Vai comendo aí. Quando sua mãe chegar, o

    almoço estará pronto.

    12

    — Vovó foi voltando para a cozinha enquanto eu comia os

    bolinhos olhando a TV.

    13

    Capítulo II

    Uma Amiga

    Chocante!

    Mamãe autorizou que eu fosse à casa de vovó à

    tarde. Quando estávamos próximas a ir, vovó trouxe-me

    um casaco:

    — Coloque essa blusinha, querida – pediu ela.

    — Mas está tão calor, vovó!

    — Só aqui dentro, negra. Lá fora está um vento muito frio.

    Vesti o casaco apressadamente. Vovó sorriu e disse:

    — No caminho, quero lhe mostrar uma criança linda!

    — É mesmo? Quem? — perguntei curiosa.

    — É uma surpresa! Você verá!

    Vovó segurou meu braço e atravessou a porta e os portões

    apressadamente. Fomos descendo a rua. Num determinado

    ponto, alertou:

    14

    — Agora você já está prestes a ver essa linda criança que

    lhe falei!

    Olhei adiante e não avistei ninguém.

    — Onde ela está, vó? — perguntei.

    — Naquela próxima casa – respondeu vovó sorrindo.

    Era uma pequena casa com um portãozinho.

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