Abraço Sincero

De S.F.

Você aceita um abraço? Um abraço quente, confortante e reflexivo. Um abraço que tenta mostrar o quão especial, suficiente e único você é. Que mostra que o processo de aceitação vale a pena, mas, para isso, é preciso ser sincero com você mesmo. 
Ao mesmo tempo, esse abraço sincero, franco e talvez dolorido, traz verdades que não queremos acreditar, mas que lá no fundinho sabemos que são realmente verdades, saiba que aceitá-las só irá deixar sua vida mais fácil.
Um abraço que quer mostrar que seu futuro só depende de você e não é necessário se assustar com isso. Que cada vida é diferente e não precisamos nos comparar. Que somos capazes de conquistar o que queremos quando temos uma fé inabalável no próprio potencial e lutamos para alcançar nossos objetivos porque sabemos que vale a pena.
Coloquei nestas páginas tudo aquilo que eu queria e precisava ouvir nos meus momentos de dificuldade. Espero que minhas palavras consigam te conquistar, te acolher e ao mesmo tempo lhe dar um choque sincero de realidade.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 22 de ago. de 2022
• ISBN: 9786525423326

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Dedicatória

Dedico este livro a todos os ansiosos que têm vozes insuportáveis e incontroláveis dentro de suas mentes. Você não está sozinho e iremos vencer esse pesadelo.

Agradecimentos

Não quero parecer clichê, mas quero agradecer primeiramente e acima de tudo a Deus. Por ter colocado as devidas circunstâncias na minha vida para que eu pudesse obter o conhecimento necessário para completar esta obra que chamo de Abraço Sincero. Sou eternamente grata por cada momento de dificuldade e pelas adversidades que passei até o dia de hoje, que me deixaram cada vez mais forte e confiante para continuar.

Quero agradecer aos meus pais, primeiro, porque se minha mãe não tivesse me parido, eu nem teria escrito este livro, mas quero agradecer por tudo. Por estarem sempre ao meu lado e me apoiarem neste projeto. Por serem meus maiores exemplos e inspirações diárias. Por serem meus heróis e meus portos seguros.

Também quero agradecer a minha psicóloga e minha nutricionista, que estiveram do meu lado durante todo o meu processo de dificuldades e sempre me ajudaram. Foram duas mulheres incríveis que fizeram e fazem parte da minha vida, e eu sou muito grata por isso.

Prefácio

Dentro de um abraço recebemos afeto e confiança. No silêncio, quando nenhuma palavra precisa ser dita, apenas o simples ato carinhoso, puro e verdadeiro de abraçar alguém já basta, aquele toque quente e acolhedor de ficar confortável nos braços do outro. Um abraço aproxima corações e ajuda a curar a alma. Abraço é um remédio natural. O remédio mais gostoso que existe. Aquele remédio que todo mundo precisa às vezes, que qualquer um pode dar e receber e que nunca perde a validade. Um abraço pode ser sinal de muitas coisas, como saudade, alegria, pêsames, compreensão, empatia, e por aí vai. Com este livro que você tem em mãos, quero te abraçar com minhas palavras.

Desde sempre eu vivi uma vida baseada em outras pessoas. O que vão dizer? O que vão pensar? Será que irão rir de mim? Por que eu falei isso? Deveria ter ficado quieta. Além desses pensamentos, outras dúvidas que invadiam a minha cabeça eram sobre a minha capacidade. Enquanto já estava insegura quanto ao que os outros poderiam falar sobre mim, também vivia insegura quanto ao meu futuro. Tinha medo de não alcançar nada. A famosa frase: seu futuro só depende de você me assustava da mesma maneira que assusta muita gente por aí. Me sentir incapaz era um grande obstáculo. Mas eu nunca me dei conta de que esse obstáculo era eu mesma. Não me achava boa o bastante. Não me achava inteligente, bonita, engraçada e nem capaz o suficiente. Sentia um vazio, não tinha rumo. Não sabia o que fazer da minha vida.

A partir disso, descobri o que eu tinha em excesso e em falta na minha vida. Havia um excesso de autopiedade comigo mesma. Eu me fazia de vítima, tinha pena de mim mesma e colocava a culpa dos meus problemas em fatores externos. Enquanto existia falta de sinceridade. Quando comecei a ser sincera comigo mesma. Me ouvir mais. Ser eu mesma. Dar valor às minhas opiniões e preferências. Diferenciar os momentos em que sou vítima de verdade dos que estou passando por tais circunstâncias porque eu mesma me coloquei nelas e estou simplesmente aceitando permanecer dessa forma.

Poderá existir momentos neste livro, principalmente na segunda parte, em que você se zangue comigo e discorde daquilo que eu digo, mas lembre-se de ser sincero com você mesmo. A verdade dói, ainda mais quando não queremos aceitá-la, justamente porque lá no fundinho sabemos que ela é verdade. A partir do momento que você aceitar a autossinceridade em sua vida, as coisas andarão de forma mais simples, pois você saberá que está em suas mãos mudar essa circunstância ou não. Ou a forma como você se sente em relação às determinadas situações.

Em uma época de constantes mudanças e novidades, viver fica cada vez mais duvidoso. Não sabemos o que fazer nem para onde ir. As inseguranças crescem cada dia mais, e a ansiedade afeta mais pessoas. O coração dispara, as mãos suam, a voz falha, enfim, o nervosismo toma conta. Tanta coisa para pensar. Tantas definições do que é certo ou errado, feio ou bonito. Estamos sendo lev

ados por uma onda que nos faz viver de forma a agradar os outros e acabamos esquecendo do que nós realmente queremos. Por conta disso, temos que aprender a nadar contra a maré. É impossível nunca ter tomado uma decisão com base em crenças do que vimos na internet ou pensando nos outros. Podemos nos arrepender de situações do nosso passado, isso é normal, é aceitável, mas desde que isso vire um aprendizado, e não algo para ficarmos remoendo e nos torturar.

Meus medos, além desses que já citei, me faziam ir do passado para o presente constantemente. Remoendo situações do passado em que eu me arrependia de coisas que fiz ou falei, mas que no momento presente não tinha mais o que fazer. E o futuro me deixava ansiosa, me amedrontando quanto às minhas conquistas, projetos de vida e a minha capacidade para alcançá-los. Mas, das duas formas, permaneço no presente. Permaneço no presente em corpo físico, mas não com a alma. Dessa forma, nunca aproveitava de verdade os momentos únicos e irrepetíveis que vivenciei até hoje.

Meu objetivo com esta obra é fazer com que as pessoas pensem, reflitam, questionem e sigam a vida mais confiantes. Que criem certeza ao terem dúvidas e tomem atitudes mesmo com medo, mas com determinação. Que tenham uma nova visão, uma nova percepção.

Espero que com este livro você possa receber meu abraço e dessa forma olhar para sua vida com mais carinho. Ao mesmo tempo que receberá informações que podem ser brutas como um choque de realidade. A melhor definição para aquilo que quero que você sinta é que se sinta acolhido com um tapa na cara.

Parte 1

1. Crises

Quando o indivíduo tenta viver de acordo com ideias preconcebidas de como o mundo ‘deveria’ ser, ele se afasta dos próprios sentimentos e necessidades.

(Perls)

Vivemos em um mundo de inseguranças. Nunca somos bons o suficiente. Nunca temos o suficiente. Nunca somos o suficiente. Sempre falta algo. Sempre estamos em busca de algo. Algo que, obviamente, não temos ainda e que, quando conquistamos, não queremos mais e nem damos mais o mesmo valor. Por exemplo, os tão sonhados e desejados presentes de Natal na infância. Tente se lembrar da euforia do presente recém-ganhado: Os olhos brilham e o coração quase salta pela boca por ter finalmente nas mãos o brinquedo que tanto sonha. Você não larga o presente por nada e o leva para todos os lugares. Dias se passam e você já brincou bastante com ele, percebeu que nele nem tinha tanta graça quanto parecia, o encanto não é mais o mesmo. Meses depois, a magia acaba e já surgem brinquedos mais interessantes que chamam sua atenção, fazendo com que o antigo seja só mais um entre os outros, que hoje não significam mais nada, estão guardados e esquecidos acumulando poeira dentro de uma caixa que nem se sabe em que cômodo da casa está.

Temos um grande desejo por aquilo que nos faz falta. Aprendemos desde cedo a ir atrás do que não temos. Vivemos uma busca incessante atrás desse algo como se ele fosse a resposta para a felicidade. Mas e o que seria esse algo tão incrível que exige uma busca tão desesperada? Pode ser um amor, um trabalho, uma faculdade, o carro do ano, uma casa melhor, um celular mais moderno, ou simplesmente a garantia de um prato de comida no fim do dia. Enfim, já posso te adiantar que: a felicidade está nesse algo, que até então é tratada como algo material.

Nós somos seres completos que vivem em busca de algo a fim de preencher vazios que não existem. Queremos sempre mais conquistas que sirvam de símbolo para nossa felicidade. A vida inteira, desde a infância até nossos últimos dias de vida procuramos a felicidade em algo tangível, palpável ou visível a olhos nus. Mas essa felicidade