O Clube Das Amigas Inseparáveis
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O Clube Das Amigas Inseparáveis - Antonio Dos Anjos
O CLUBE DAS AMIGAS INSEPARÁVEIS
Sementes do A manhã Antonio dos Anjos
O Clube das Amigas Inseparáveis
Copyright ©2018 Antonio dos Anjos
Nenhuma parte desta publicação pode ser armazenada, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos, eletrônicos ou outros quaisquer sem a prévia autorização o autor.
antoniodosanjos11@outlook .com
www.antoniodosanjos.com
Editora
Clube de Autores
www.clubedeautores.com.br
Produção editorial
Clube de Autores
Revisão
Dênis Venceslau
Capa & Diagramação
Antonio dos Anjos
C apa
Foxlune Designer
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) dos Anjos, Antonio
O Clube das Amigas Inseparáveis/Antonio dos Anjos ISBN: 978.85.85330-10- 1
Literatura. I. Título. II. Romanc e
1ª Edição-201 8
Clube de Autores Publicações S/A-CNPJ: 16.779.786/0001- 27 Rua Otto Boehm, 48 Sala 08, América
Joinville/SC, CEP 89201- 700
AGR ADECIMENTOS
Aos meus familiares e amigos.
Aos internautas do mundo inteiro que contribuíram para a realização deste trabalho. Não podendo esquecer os membros efetivos da Academia Afogadense de Letras – AAL – e todos os leitores e amantes dos livros.
Em especial ao meu pai, João Mendes da Silva, e minha mãe, Maria José dos Anjos, pelos pilares de minha educação.
À minha companheira, Adriana do Nascimento, pelos ajustes e ideias que enriqueceram este livro .
Ao professor e escritor Dênis Venceslau pela parceria.
E não podendo esquecer minha filha Maria Kaline e sua s amigas: Ana Clécia, Luana, Tamires e Clarisce que foram a inspiração do tema central deste livro.
E por último, mas não menos importante, ao professor e poeta Jailson Nascimento pelas dicas.
O INÍCIO
Deve haver dentro de cada coração a semente da esperança, por menor que seja a fé, todos nós acreditamos em alguma coisa para continuarmos a viver sem culpa. O dia acordara cinzento. Chuviscos deixaram sua marca nas calçadas. Kaly estava sentada no banco de cimento no fundo do pátio. Esperava pacientemente pela chegada da amiga. Havia um pacto entre elas, quem primeiro chegasse só entrava na sala com a presença da outra. O vento gélido a fazia voltar no tempo.
A blusa rosa com corações brancos protegia seu corpo contra o frio. Parecia que os pequenos olhos haviam crescido de tanto chorar na noite anterior. Sua pequenina mão se esc ondia dentro da mão crespa do pai que a conduzia para o primeiro dia de aula. Estava sendo empurrada para um território estranho. Pedira diversas vezes ao pai que a deixasse estudar mais um ano 7
com a tia Luciana, única professora de sua vida. Quando se despediu do pai, lágrimas banharam sua face. Prometeu nun ca esquecer a tia.
− Você vai conhecer novas amiguinhas e novas professoras – dissera seu pai enquanto eles caminhavam rumo à nova escola .
− Porque não posso continuar com tia Luciana? − Ela só pode ensinar até o pré- escolar.
− Eu não ligo, estudo tudo de novo.
O pai sorriu, pela rapidez da resposta da filha. Afagou os cabelos da pequena. Gostaria que ela tivesse razão, mas ela precisava ir para outra escola.
O pátio estava tomado por crianças de várias cores, estilos e idades. Ela se agarrou na perna do pai. Chorava descontroladamente pedindo que não a deixasse ali. Ele se agachou até ficar a altura dos olhos da filha. Deu-lhe beijos nas bochechas e falou: – Eu vou estar aqui fora caso você precise do p apai.
− Jura que não vai embora?
− Juro – respondeu o pai.
Ela ainda permaneceu agarrada ao pescoço do pai, seu ídolo. Amava-o sem limites. E sabia que o pai também a amava da mesma forma. Aliás, era amada também pela mãe que ficara cuidando da casa. Ainda chorava quando viu no lado oposto do pátio sua amiga Lua. Elas estudaram juntas com a tia Luciana, e desde que se conheceram no primeiro dia de aula nunca mais se largaram. Com dedo indicador apontou ela ao pai. Um abraço duradouro marcou o reencontro. Ela acompanhada do pai, e Lua agarrada à irmã mais velha. Sabia que o pai precisava ir trabalhar, mas prometera ficar até ela sair da aula. O medo ainda persistia, mas com menor intensidade. A presença de Lua deixara Kaly um pouco tranquila.
8
− Todos os alunos em fila – gritara uma mulher negra . Viria saber mais tarde que era a diretora Gorete .
– Os pais podem guiar seus filhos às salas.
O primeiro dia de aula não foi ruim como pensava Kaly. Sentara ao lado de Lua. No final das aulas, procurou pelo pai. Ela estava quase chorando quando o enxergou encostado ao portão de saída. Correu entre os outros alunos até encontrar os braços paternos. Foi recebida por um beijo. Acenou para Lua em sinal de despedida. Os dias seguintes tiveram o mesmo ritual. Não sabia se o pai realmente esperava lá fora ou se ele voltava antes das aulas terminarem. Saberia mais tarde que ele trabalhava enquanto ela estava na aula.
A sirene apagou as lembranças. Lua acabava de chegar. Era hora de estudar.
9
UMA TERCEIRA GARO TA
Estava no começo do segundo semestre. As notas eram motivo de elogios dos pais. Fazia o possível para nunca decepcionar nem ao pai e nem a mãe. Kaly já estava habituada com o novo ritmo escolar de sua vida. Quase não se lembrava da tia Luciana. A amizade com Lua continuava firme. O nome de registro era Luana, mas, desde que se conheceram a chamava de Lua, assim também a chamavam os outros colegas e os professores. Geralmente as amigas passavam o recreio conversando debaixo da sombra de uma acácia no lado sul do pátio. Eram fãs de Isa Tkm, novela de destaque entre os adolescentes e O Sítio do Pica Pau Amarelo, de Monteiro Lobato. Todas as noites assistiam a seus programas favoritos na TV. Elas tinham a mesma idade, estudavam na mesma sala. A rotina foi alterada quando Guto, estudante do 7º Ano B e líder do grupo Os Feras, empurrou Anne, recém-chegada ao colégio. Havia sido transferida de uma escola particular. Enquanto a menina chorava, Guto e os amigos estavam às gargalhadas. A
10
multidão dissipou com a chegada do porteiro Geraldo. Kaly e Lua correram ao local e ajudaram Anne a se levantar. O joelho esquerdo sangrava. Levaram-na ao banheiro.
− Porque não a levamos para a secretaria? – comentou Lua.
− Não – gritou Anne – Se eu for pra secretaria meus pais serão chamados. Tenho medo da reação deles. Meu pai é capaz de me matar se um dia souber que fui parar na Secretaria – as palavras foram engolidas pelo soluço do choro. As amigas a abraçaram.
− Vamos dar o troco a Guto e sua turma – comentou Kal y.
− Como vamos fazer isso? – quis saber Lua.
Lua era uma menina de olhos castanhos, cabelos lisos e curtos. Franzina, com aspecto de inofensiva. Kaly se destacava pela beleza ímpar. Seus longos cabelos encaracolados balançavam no mesmo ritmo dos seus passos. Era atenciosa e aplicada em sala de aula. Nunca se envolvia em bagunça. Anne era loira, olhos verdes e pele clara. Corpo modulado como se fosse uma modelo infantil.
Os dias se passaram. Guto evitava se aproximar de Anne ,