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O Segundo Jardim
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E-book205 páginas2 horas

O Segundo Jardim

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Sobre este e-book

O Segundo Jardim é uma linda e trágica história de amor entre um jovem bem sucedido e uma moça que cruza muitas vezes o seu caminho e sempre toca profundamente seu ser. Depois de desilusões, perdas e um brutal assassinato, sua vida é colocada de cabeça para baixo. Para tentar amenizar sua dor e solidão, ele cria uma maneira de não se sentir sozinho. Apaixonado por plantas, cria um novo jardim repleto de coisas bizarras.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jul. de 2021
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    O Segundo Jardim - Jan Oliveira

    O Segundo Jardim

    Jan Oliveira

    Contato com o autor:

    Janser_arte@hotmail.com

    Imagem de capa: Jan Oliveira

    Imagens com domínio público retiradas do site internacional PIXABAY.COM

    Revisão: Clédson Miranda

    2

    Capítulo 1 ............................................................................ 12

    Capítulo 2 ............................................................................ 24

    Capítulo 3 ............................................................................ 52

    Capítulo 4 ............................................................................ 60

    Capítulo 5 ............................................................................ 68

    Capítulo 6 ............................................................................ 79

    Capítulo 7 ............................................................................ 92

    Capítulo 8 .......................................................................... 100

    Capítulo 9 .......................................................................... 109

    Capítulo 10 ........................................................................ 118

    Capítulo 11 ....................................................................... 125

    Capítulo 12 ....................................................................... 144

    Capítulo 13 ....................................................................... 154

    Agradecer e dar graças à Deus a cada vitória alcançada na vida é reconhecer que existem forças maiores que nos levam tanto para frente quanto para trás. Depende de nós a direção que queremos ser impulsionados nesta nossa jornada.

    Obrigado a Diu Filho pela atenção e crença nesse meu projeto e um beijo no coração de todos e boa leitura!

    Janser Oliveira

    4

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira Cotidiano

    Todos nós estamos cansados de ouvir que a vida é uma caixa de surpresa. Mas nos falta a informação de como agir diante de tais imprevistos que permeiam o nosso cotidiano cada vez menos humano e mais tecnológico.

    Muitas vezes nos deixamos levar por sentimentos ruins que tentam tirar nosso ânimo de viver. Jogando-nos para baixo e fazendo-nos abraçar a solidão. Uma depressão que pode começar amena e aos poucos ficar profunda e grave.

    Mas o que precisamos para nos defender dos problemas do dia-a-dia?

    Precisamos buscar o autoconhecimento. Sem o autoconhecimento ficamos a mercê dos nossos mais primitivos instintos, com os alicerces frágeis e a mostra. A ideia não é escondê-los, mas fortificá-los. Protegendo nossas emoções para driblarmos as dificuldades e consequentemente criar uma armadura de conhecimento contra o estresse psíquico: carga emocional que ocorre no cérebro e que dificulta o raciocínio, fazendo o indivíduo sair do espaço da razão e andar, em segundos, por caminhos irracionais. É como se cada trauma correspondesse a uma janela. Durante o estresse psíquico, várias janelas são abertas gerando uma carga emocional muito forte que leva o individuo a perder o controle.

    Viver é estar exposto a tudo que o mundo oferece.

    Momentos felizes e tristes compõem nossa jornada. Mas é 5

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira através de como você os ver que tudo fará a diferença para a sua vida.

    Passamos por um momento de introspecção social favorecido pela tecnologia. Está cada vez mais normal sairmos com os amigos e nos depararmos em determinados momentos, todos voltados para os seus celulares, deixando de fora cada membro presente. A conversa muitas vezes é interrompida ou a pessoa fica dispersa quando o celular vibra ou soa uma chegada de mensagem. O que pode parecer algo simples e sem devida atenção, nada mais é que uma nova síndrome onde o paciente fica dependente do telefone ou da internet, chamada nomofobia. Pesquisadores afirmam que ela não costuma aparecer sozinha. Ela está associada aos transtornos da ansiedade (síndrome do pânico, estresse pós-traumático, etc.). Ou seja, é uma doença que veio para ficar. Pois a ansiedade já se tornou nossa fiel companheira de cada dia.

    Desde criança somos ensinados a ser competitivos.

    Ser bom é ter as melhores notas da classe, receber elogios por ser exemplar. Mesmo com tantos estudos afirmando que cada ser humano é diferente do outro, que trazemos traumas (doenças psíquicas) que podem prejudicar nossa aprendizagem nas escolas, ainda tratamos nossas crianças como todas iguais. Pois ainda não temos suporte técnico para dar em nossos âmbitos pedagógicos e somos obrigados a tratá-los e avaliá-los como se não houvesse diferença. Infelizmente, existe uma ideia (mesmo que inconsciente) na sociedade que a faz perpetuar o culto ilusório de que ser diferente é anormal.

    Tudo que sai do padrão é visto com maus olhos e é 6

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira duramente julgado. Ainda não aprendemos a respeitar as diferenças por que não acreditamos (ou não queremos enxergar) que elas existam. Mas isso será debatido em outra ocasião.

    A cada dia o sistema impregna mais e mais fundo no nosso ser a necessidade de não perder tempo e fazer dinheiro. Corremos atrás do vento para chegarmos a lugar nenhum. Pois quem garante que há uma chegada? O

    nosso querer parece um poço sem fundo: Nós nunca estamos satisfeitos.

    Induzimos e somos induzidos ao consumo incontrolável de coisas que não são necessárias para nossa existência. Para o sucesso de tal ato demos um significado de curto prazo para a palavra existência.

    Tornamos a desinteressante para a nova geração e passamos a vê-la como o agora, o momento que vivemos somente, sem nos preocuparmos com o futuro de fato.

    Em lugares com a tecnologia avançada, como o Japão, por exemplo, o índice de pessoas solteiras é alarmante, crescente os jogos de namoro virtual e envolvimentos amorosos com bonecas eróticas.

    O que quero deixar claro com tudo isso é que nosso cérebro é um mundo ainda a ser descoberto. Ele é capaz de alterar a realidade para trazer conforto ao indivíduo. Porém, essa realidade alterada na verdade é um grande abismo. Um mundo imaginário que serve de gaiola para uma mente que acha que é um pássaro. A mente cria ideias, julgamentos e até faz a pessoa ver o que acreditamos ser impossível ver.

    Na idade média a igreja separou a mente do corpo.

    Pois acreditava que a mente condizia com as coisas 7

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira sagradas e o corpo com as coisas do mundo. Levando ao atraso do conhecimento relacionado à mente e a morte de muitos pobres coitados que apresentavam apenas problemas psicológicos (atribuído pela igreja ao fato de ser possessão diabólica).

    Atualmente, ainda trazemos enraizadas em nossa sociedade a não aceitação do diferente. E mesmo que não o matamos fisicamente (como fez a igreja na época), o massacramos psicologicamente ao tentar padronizar uma verdade que não existe. Nietzsche, filósofo alemão, dizia que o adulto maduro era aquele que não negava, mas que olhava a verdade de frente.

    É necessário ajuda psicológica para levar ao autoconhecimento. É através dele que valorizaremos o que somos e aprenderemos a gerenciar as janelas dos traumas e ansiedades surgidas durante a vida.

    Permitindo-nos a escolha de fechá-las sempre que algo as abrir e torná-las consciente. Negligenciar a ajuda profissional é decidir viver sobre os trilhos de um trem em pleno funcionamento. Uma hora o trem passará e você terá que decidir: desviar ou ficar e arcar com as consequências, mesmo sendo as ultimas?

    8

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira Despedimo-nos das pessoas diariamente, sem acreditar que possa haver, em um futuro próximo, a falta de um segundo reencontro. Somos feitos de carne e osso, e, de brinde, ganhamos algo que dizem que nos tornam diferentes: a capacidade de raciocinar. Porém quanto mais os anos passam, parece que nos afastamos das coisas que nos caracterizam como seres humanos, seres racionais. Estamos perdendo a lógica da importância do sentimento da arte, do amor, da simplicidade, da generosidade e das coisas sagradas. Descaracterizamo-nos do que somos e nos tornamos o que o mundo quer que sejamos: pessoas frias e de negócios. Nunca foi tão fácil perder e se conformar com a perda, mesmo que essa perda seja outra pessoa a qual um dia foi merecedora de sua atenção, de seus sentimentos. Ao que tudo demonstra, há mais respeito e cumplicidade entre uma alcateia de leões que entre muitos seres humanos.

    Era um dia cinza. Dois de novembro, dia de finados, no Brasil. Nuvens carregadas. Chuviscos caiam lentamente e obrigavam o uso de guarda-chuva para quem ousava sair de casa a pé. Os carros passavam calmamente, sem pressa, pelas ruas. Tudo parecia um filme a passos lentos. Enquanto uma mulher que aparentava ter 32 anos de idade, usava um lenço preto na cabeça encharcado pela chuva (que escondiam seus cabelos loiros), olhos azuis, 1,75 de altura, magra, andava desnorteada pelas calçadas como se tivesse procurando por alguém. Com olhos avermelhados, demonstrava ter chorado por horas. Ao chegar perto de um muro com 9

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira portões de ferro retorcidos, avistou o que tinha sido, um dia, um jardim: plantas secas, galhos quebrados e muitas folhas ao chão. Ela diminuiu os passos, até tocar delicadamente suas mãos molhadas e frias sobre o portão gelado. Abriu - o. Caminhou pelo grande jardim destruído e abandonado, em direção à porta principal de entrada da casa a qual estava entre aberta.

    Ao chegar à varanda, tudo se fez silêncio. Seu coração entrou em batimentos incansáveis. Sua respiração acelerou e seus olhos pareciam saltar para fora das 10

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira órbitas. Ao entrar, deparou-se com uma sala revirada.

    Tudo parecia quebrado, bagunçado, não se podia diferenciar o que era móvel do que eram pedaços. Então, suas lágrimas vieram como gotas de orvalho a cair vagarosamente pelo seu rosto. Em instantes, seus prantos entoaram pela casa revirada e sem vida. Seu corpo frio se deixou cair sobre o piso cheio de destroços e cacos de vidro e um grito aterrorizante saiu de sua garganta rouca e ecoou por toda a vizinhança.

    Após ficar alguns minutos deitada, aos prantos, ergueu sua cabeça e olhou para uma grande porta em madeira escura, toda entalhada com anjos, vestes drapeadas e figuras humanas expressivas com dramaticidade encantadora (própria do estilo barroco).

    Esta porta majestosa e imponente dava para um dos os fundos da casa a qual escondia um grande segredo que por muito tempo foi guardado.

    Então a mulher se levantou e tropeçou sobre os objetos quebrados. Ao chegar perto da porta, levou suas mãos vorazes para abri-la, mas estava trancada.

    Desesperada, chorou e gritou por um nome chamado Alexandre.

    Minutos depois, de cabeça baixa e ajoelhada sobre a porta, ao som da chuva que caia sem timidez do lado de fora, percebeu, pela sua visão lateral, a presença de um homem que entrara na casa, pela porta da frente, a qual estava aberta.

    – Dona Ana! – o homem falou com voz trêmula.

    A mulher levantou seu olhar triste, murmurou algo e, em seguida, desmaiou como se tivesse sido vencida pela dor que estrangulava seu frágil corpo.

    11

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira Capítulo 1

    Viver é respirar profundamente o ar, encher o peito como se quisesse dizer estou aqui! Usa-me, vida. É

    contemplar o agora, unicamente, e deixar para depois o que realmente não fará falta atualizar no presente. Havia uma pessoa que traduzia tudo isso e representava, sem ensaios, o viver. Seu nome era Alexandre Nóbrega. Um rapaz de 35 anos, alto, loiro, olhos azuis, ombros largos, corpo atlético, atraente. De personalidade encantadora, gentil, dedicado ao trabalho e aos amigos, inteligente, sempre bem humorado, apaixonado pelos negócios, pela vida e pelas pessoas ao seu redor.

    Alexandre possuía uma grande empresa de geradores e exportava muitos de seus produtos. Doutor em relações públicas. Era inteligente, excelente empreendedor e seu olhar sempre estava voltado para o 12

    O Segundo Jardim, por Jan Oliveira futuro, sem

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