A ciência do bem viver: Manual, fragmentos e sentenças - Conselhos sábios para viver melhor
De Epiceteto
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Sobre este e-book
O autor nos orienta a refletir sobre a nossa vida para que possamos aceitar o que não podemos mudar e não sofrer pelo que não conseguimos controlar. Perceber o que podemos modi¬ficar e o que é importante transformar se faz necessário para obter uma visão realista da vida. Essa transformação nos permite evoluir e praticar virtudes que proporcionam o engrandecimento dos valores humanos, necessários à conquista de uma vida harmoniosa.
Apesar de a vida nos confrontar com desafios¬, não devemos nos revoltar, pois de nada adianta. Ao contrário, nos furta a paz e a paciência. Desse modo, precisamos aceitar de forma compreensiva o que recebemos e o que não conseguimos modi¬ficar, tendo o entendimento de que a mudança principal que o ser humano pode promover é em si mesmo.
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A ciência do bem viver - Epiceteto
1.
De tudo o que há na existência, existem coisas que são de nosso encargo, e há outras coisas que não são. Por exemplo, as coisas que são de nosso encargo são nossos juízos 1, nossos impulsos, nossos desejos, nossa repulsa, em resumo, as coisas que estão ao nosso alcance. E há aquilo que está além de nosso controle: nosso corpo, nossas posses, nossa reputação, os cargos públicos, ou seja, essas coisas não são encargos nossos.
De forma que as coisas que estão sob nosso encargo são, naturalmente, livres, desobstruídas, sem impedimentos; ao passo que aquelas que não estão ao nosso encargo são frágeis, dependentes, restritas, alheias a nós. Lembre-se, então, de que, se você assumir coisas que são, por natureza, dependentes e tomar o que pertence a outros como seu, você criará entraves para si mesmo: você irá se afligir, você ficará perturbado, você encontrará falhas tanto nos deuses quanto nos homens. Mas, se você tomar para si próprio apenas o que é seu e ver aquilo que pertence a outro como realmente é, ou seja, pertencente a outro, então ninguém jamais irá constrangê-lo, ninguém irá lhe criar obstáculos, você não encontrará nada a censurar em ninguém, você não acusará quem quer que seja, não fará nada contra a sua vontade; ninguém vai magoá-lo, não terá inimigos, nem sofrerá nenhum tipo de dano.
Lembra-te, enfim, de que aspirando coisas de tal tamanho não é preciso se mover moderadamente para alcançá-las, mas umas abandonar completamente, e outras abandonar ante o presente para se dedicar depois. Mas, se queres também essas coisas (isto é, as elevadas e grandes) e mandar e enriquecer, talvez não obtenhas dessas mesmas (riqueza e autoridade), por também demandares as primeiras (as elevadas e grandes), errarás o alvo totalmente, pelo menos daquelas (coisas) através das quais, tão somente, dominarias a liberdade e a felicidade
Procure, pois, poder dizer a todas aquelas coisas de aparência desagradável: Você é apenas uma aparência e de modo algum a coisa real
. E, então, examine-as por aquelas regras que você possui; e primeiro e principalmente por isto: se elas são coisas de nosso encargo, ou aquelas que não são; e caso seja algo além do nosso encargo, esteja preparado para dizer que nada disso é para você.
1. Juízo
aqui significa algo que vai além do simples julgar
, pois se trata da faculdade de distinguir e avaliar ou o produto ou o ato desta faculdade, bem como sua expressão; uma parte da lógica; o ato de assentir, discordar, afirmar ou negar; operação intelectual de síntese que se expressa naquilo que está sendo proposto; é sobre avaliar e escolher. Dicionário de Filosofia NlCOLA ABBAGNANO, Editora Martins Fontes, 2007.
2.
Lembre-se de que o propósito do desejo exige atenção àquilo que se deseja conseguir; e a aversão exige evitar aquilo a que você tem repulsa; porque aquele que falha em concretizar o objeto de seus desejos fica desapontado; e aquele que incorre no objeto de sua aversão é desafortunado. Se, então, você apenas evita as coisas indesejáveis que pode controlar, nunca irá se deparar com nenhuma das coisas que evita; mas, se rejeitar a doença, a morte ou a pobreza, correrá o risco de cair no infortúnio. Elimine, então, o hábito da aversão a todas as coisas que não estão ao nosso alcance, e transfira-o às coisas indesejáveis que estão ao nosso alcance. Mas, por enquanto, refreie totalmente o desejo; pois, caso deseje alguma dessas coisas que não sejam de nosso encargo, você irá necessariamente ficar desapontado; e aquelas coisas que são legítimos objetos do desejo ainda não estão ao seu alcance. Quando for necessário que você persiga ou evite qualquer coisa, faça isso com discrição, com reserva e moderação.
3.
Com relação a qualquer coisa que te agrade, que te seja útil, ou é ternamente amada, lembre-se de qual qualidade ela dispõe, começando com as mais insignificantes: se você tem uma taça favorita, ela é apenas uma taça da qual você gosta muito – pois assim, se um dia ela se quebrar, você poderá suportar a perda; se você abraçar alguém da sua família, lembre-se de que está abraçando um ser humano, e assim, se perder um deles, você não te inquietarás.
4.
Quando for iniciar qualquer ação, lembre-se de qual natureza é essa ação. Se você for ao banho, rememore os incidentes usuais nos banhos públicos — roubos, discussões, brigas, comportamentos inadequados. E, assim, você realizará essa ação com mais segurança ao dizer a si mesmo: "Agora vou ao banho e vou manter