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Ore pelas nações
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E-book787 páginas17 horas

Ore pelas nações

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Sobre este e-book

O ambiente de razoável liberdade religiosa impede a muitos de conceber que em diversas regiões do planeta ser cristão é uma opção de alto risco. A perseguição é uma realidade para milhões de irmãos e irmãs. Relatos assustadores de execuções tornaram-se frequentes, remetendo-nos às barbáries registradas pela história nos primeiros anos do cristianismo. E, a julgar pelo cenário geopolítico mundial e a tendência à secularização cada vez maior das sociedades e a consequente intolerância aos valores cristãos, a Igreja precisa decidir sobre que atitudes tomar.

Sem desprezar ações de caráter jurídico, político ou diplomático, cabe a todo cristão orar pelas nações, mesmo por aquelas que não enfrentam questões de perseguição religiosa.Todo país tem o seu desafio único, e estabelecer uma dinâmica de oração em favor de cada um deles é um sinal de que nos importamos com todos que fazem parte desta grande família de filhos e filhas de Deus.

Ore pelas nações ajudará você, seu pequeno grupo e sua igreja a identificar países e suas necessidades, ao mesmo tempo queos juntará a centenas de milhares de cristãos mundo afora que se conectam ao Criador clamando pela Igreja de Cristo e seus desafios nos dias atuais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de set. de 2022
ISBN9788543301860
Ore pelas nações

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    Pré-visualização do livro

    Ore pelas nações - Operation World WEC

    caparosto

    Copyright © 2015 por Operation World, um ministério da WEC International

    Versão condensada da 7ª edição de Operation World, editada por Jason Mandryk.

    Consultoria editorial de Molly Wall.

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.

    É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por escrito, da editora.

    CIP-Brasil. Catalogação na publicação

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    O77

    Ore pelas nações [recurso eletrônico] : um guia completo de missões e intercessão pelo mundo / organização Jason Mandryk ; tradução Emirson Justino , Molly Wall. - 1. ed. - São Paulo : Mundo Cristão, 2017.

    recurso digital

    Tradução de: Pray for the world

    Formato: epub

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-85-433-0186-0 (recurso eletrônico)

    1. Cristianismo. 2. Vida cristã. 3. Livros eletrônicos. I. Mandryk, Jason.

    16-35268

    CDD: 248.4

    CDU: 248.4

    Equipe MC

    Daniel Faria

    Heda Lopes

    Natália Custódio

    Diagramação

    Triall Editorial

    Preparação

    Esther Alcântara

    Revisão

    Josemar de Souza Pinto

    Diagramação para e-book

    Marina Timm

    Publicado no Brasil com todos os direitos reservados por:

    Editora Mundo Cristão

    Rua Antônio Carlos Tacconi, 69

    São Paulo, SP, Brasil

    CEP 04810-020

    Telefone: (11) 2127-4147

    www.mundocristao.com.br

    Categoria: Igreja

    1a edição: janeiro de 2017

    1a edição eletrônica: setembro de 2022

    SUMÁRIO

    Índice de países

    Uma nota de Patrick Johnstone

    Prefácio

    Introdução

    O éthos da Operation World

    Como usar Ore pelas nações

    O mundo e suas regiões

    O mundo

    África

    Américas

    Ásia

    Europa

    Pacífico

    Agradecimentos do editor

    Apêndice 1: Dados e fatos globais

    Apêndice 2: Explicação das fontes, estatísticas e abreviações

    Apêndice 3: Definições

    Calendário de oração diária

    Índice de países

    Afeganistão

    África do Sul

    Albânia

    Alemanha

    Andorra

    Angola

    Anguilla

    Antígua e Barbuda

    Antilhas Holandesas, veja países separadamente

    Arábia Saudita

    Argélia

    Argentina

    Armênia

    Aruba

    Austrália

    Áustria

    Azerbaijão

    Bahamas

    Bangladesh

    Barbados

    Barein

    Bélgica

    Belize

    Benin

    Bielorrússia (Belarus)

    Birmânia, veja Myanmar

    Bolívia

    Bósnia

    Botsuana

    Bougainville, veja Papua Nova Guiné

    Brasil

    Bretanha, veja Reino Unido

    Brunei

    Bulgária

    Burkina Faso

    Burundi

    Butão

    Cabo Verde

    Camarões

    Camboja

    Canadá

    Caribe, veja Américas

    Catar

    Caxemira, veja Índia e Paquistão

    Cazaquistão

    Chade

    Chile

    China, Hong Kong

    China, Macau

    China, República Popular da

    China, Taiwan

    Chipre

    Cidade do Vaticano, veja Santa Sé

    Colômbia

    Congo, República Democrática do (Também Congo-RDC ou RDC) (Kinshasa)

    Congo, República do (Brazzaville)

    Coreia do Norte, veja Coreia, República Popular Democrática da (norte)

    Coreia do Sul, veja Coreia, República da (sul)

    Coreia, República da (sul)

    Coreia, República Popular Democrática da (norte)

    Costa do Marfim

    Costa Rica

    Côte d’Ivoire, veja Costa do Marfim

    Croácia

    Cuba

    Curaçao

    Dinamarca

    Djibouti

    Dominica

    EAU, veja Emirados Árabes Unidos

    Egito

    El Salvador

    Emirados Árabes Unidos

    Equador

    Eritreia

    Escócia, veja Reino Unido

    Eslováquia

    Eslovênia

    Espanha

    Estados Federados da Micronésia, veja Micronésia

    Estados Unidos da América

    Estônia

    Etiópia

    EUA, veja Estados Unidos da América

    Faixa de Gaza, veja Palestina

    Fiji

    Filipinas

    Finlândia

    França

    Gabão

    Gâmbia

    Gana

    Geórgia

    Gibraltar

    Grã-Bretanha, veja Reino Unido

    Granada

    Grécia

    Groenlândia

    Guadalupe

    Guam

    Guatemala

    Guiana

    Guiana Francesa

    Guiné

    Guiné-Bissau

    Guiné Equatorial

    Haiti

    Holanda

    Honduras

    Hong Kong, veja China, Hong Kong

    Hungria

    Iêmen

    Ilha de Man, veja Reino Unido

    Ilhas de Barlavento, veja países separadamente

    Ilhas de Natal, veja Austrália

    Ilhas do Canal, veja Reino Unido

    Ilhas Canárias, veja Espanha

    Ilhas Carolinas, veja Micronésia

    Ilhas Cayman

    Ilhas Cocos, veja Austrália

    Ilhas Comores

    Ilhas Cook

    Ilhas Falkland, veja Ilhas Malvinas

    Ilhas Faroé

    Ilhas Gilbert, veja Kiribati

    Ilhas Jan Mayen, veja Noruega

    Ilha Johnston, veja Guam

    Ilhas Leeward, veja estados separadamente

    Ilhas Malvinas

    Ilhas Marianas do Norte, veja Micronésia

    Ilhas Marshall, veja Micronésia

    Ilha Midway, veja Guam

    Ilha Norfolk, veja Austrália

    Ilhas Pitcairn, veja Ilhas Cook

    Ilhas Salomão

    Ilhas Turcas & Caicos

    Ilhas Virgens Americanas

    Ilhas Virgens Britânicas

    Ilhas Virgens, veja Ilhas Virgens Britânicas

    Ilha Wake, veja Guam

    Ilhas Wallis e Futuna

    Índia

    Índias Ocidentais, veja países separadamente

    Indonésia

    Inglaterra, veja Reino Unido

    Irã

    Iraque

    Irian Jaya (hoje Papua Ocidental), veja Indonésia

    Irlanda

    Irlanda do Norte, veja Reino Unido

    Islândia

    Israel

    Itália

    Jamaica

    Japão

    Jordânia

    Kiribati

    Kosovo, veja Sérvia

    Kuwait

    Laos

    Lesoto

    Letônia (Latvia)

    Líbano

    Libéria

    Líbia

    Liechtenstein

    Lituânia

    Luxemburgo

    Macau, veja China, Macau

    Macedônia

    Madagascar

    Malásia

    Malawi

    Maldivas

    Mali

    Malta

    Marrocos

    Martinica

    Maurício

    Mauritânia

    Mayotte

    México

    Micronésia

    Moçambique

    Moldávia (Moldova)

    Mônaco

    Mongólia

    Montenegro

    Montserrat

    Myanmar

    Namíbia

    Nauru

    Nepal

    Nicarágua

    Níger

    Nigéria

    Niue, veja Ilhas Cook

    Noruega

    Nova Caledônia

    Nova Guiné, veja Papua Nova Guiné e Indonésia (Papua Ocidental)

    Nova Zelândia

    Omã

    País de Gales, veja Reino Unido

    Palau, veja Micronésia

    Palestina

    Panamá

    Papua Nova Guiné

    Paquistão

    Paraguai

    Peru

    Polinésia Francesa

    Polônia

    Porto Rico

    Portugal

    Quênia

    Quirguistão

    Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

    República Centro-Africana

    República Dominicana

    República Tcheca

    República Turca de Chipre do Norte, veja Chipre

    Reunião

    Romênia

    Ruanda

    Rússia

    Saara Ocidental, veja Marrocos

    Samoa

    Samoa Americana

    Samoa Ocidental, veja Samoa

    Samoa Oriental, veja Samoa Americana

    San Marino

    Santa Helena

    Santa Lúcia

    Santa Sé (Cidade do Vaticano)

    São Bartolomeu

    São Cristóvão e Nevis

    São Tomé e Príncipe

    São Vicente

    Senegal

    Serra Leoa

    Sérvia

    Seychelles

    Singapura

    Síria

    Somália

    Sri Lanka

    St. Maarten

    St. Martin

    St. Pierre & Miquelon

    Suazilândia

    Sudão

    Sudão do Sul

    Suécia

    Suíça

    Suriname

    Svalbard, veja Noruega

    Tailândia

    Tajiquistão

    Tanzânia

    Território Britânico no Oceano Índico

    Tibete, veja China, República Popular da

    Timor-Leste

    Timor Lorosae, veja Timor-Leste

    Togo

    Tokelau, veja Ilhas Cook

    Tonga

    Trinidad e Tobago

    Tunísia

    Turcomenistão

    Turquia

    Tuvalu

    Ucrânia

    Uganda

    UK, veja Reino Unido

    Uruguai

    USA, veja Estados Unidos da América

    Uzbequistão

    Vanuatu

    Vaticano, veja Santa Sé

    Venezuela

    Vietnã

    Zaire, veja Congo – RDC

    Zâmbia

    Zimbábue

    Notas:

    1. Territórios sem habitantes permanentes não foram citados, incluindo a Antártida.

    2. Estados sob ocupação ou jurisdição de outros estados são incluídos sob estes últimos. Por exemplo: Saara Ocidental está sob o Marrocos; Tibete está sob a China; Kosovo está sob a Sérvia. Isso representa a situação de facto, e não uma expressão de opinião política.

    UMA NOTA DE PATRICK JOHNSTONE

    Escrevi a primeira edição de Operation World em 1964, e ela foi seguida por seis edições subsequentes. A edição de 2010 foi a primeira realizada por meus sucessores. A primeira edição tinha apenas trinta páginas, mas a quantidade de informação apresentada aumentou a cada edição. Em sua edição de 2010, a Operation World tinha quase mil páginas e havia deixado de ser apenas um guia! Molly Wall e sua equipe assumiram corajosamente a tarefa de preparar uma edição parafraseada. Acreditamos que ela permitirá que muitas outras pessoas obtenham uma cópia e que seja traduzida para vários outros idiomas. O objetivo é multiplicar orações apaixonadas e repletas de informação para a evangelização de nosso mundo necessitado e para que a Igreja, a Noiva de Cristo, se prepare para o breve retorno de nosso Rei Jesus.

    Com deslumbramento e surpresa diante de tudo que Deus tem feito por meio das orações de seu povo, olho para esses cinquenta anos passados. Quando saí para a África, em 1962, os cristãos evangélicos eram uma minoria marginalizada da Igreja mundial. Houvera cinquenta anos de plantação das sementes do evangelho em tempos de guerra e de dificuldade, mas não se iniciara de fato a colheita global. Então, seguiram-se outros cinquenta anos de crescimento impressionante, com início na África, durante a década de 1960, depois na América Latina, nos anos 1970, e no Leste da Ásia, nos 1990; nos últimos anos, ocorreram os primeiros movimentos populares significativos na direção de Cristo em partes do mundo muçulmano. Poucos percebem que esse foi um despertamento global de tamanho e extensão incríveis, porque foi também um tempo de estagnação e declínio, especialmente na Europa e também no mundo ocidental de maneira geral. Creio que o aumento maciço da intercessão pelo mundo vinda da África, da Ásia e da América Latina é um fator preponderante nesse Avivamento. O cristianismo evangélico assumiu o centro do palco no mundo do século 21.

    Contudo, como um livro deste tipo é necessário! Ainda existe muito a fazer se quisermos ver o cumprimento das palavras do Senhor Jesus, segundo quem o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, a todas as nações, de modo que ele possa voltar tendo a Igreja global completa, com pessoas de toda raça, tribo, povo e língua que o adorarão. Jamais alcançaremos toda a humanidade, a não ser que haja oração apaixonada, urgente e capaz de prender Satanás, que levante, sustente e permita que os ceifeiros tenham as estratégias corretas e uma caminhada próxima com Cristo para trazer os perdidos. Este livro apresenta um retrato de cada país do mundo e a situação da Igreja e dos perdidos. Que ele possa estimular as orações cheias de embasamento que recebem respostas!

    Patrick Johnstone

    12 de junho de 2014

    PREFÁCIO

    Mesmo antes de a última edição de Operation World ser mandada para impressão, o autor Jason Mandryk já tinha dentro de si uma visão cada vez maior de poder colocar estas informações nas mãos da Igreja, que tão rapidamente se expande pelo mundo.

    Ele sabia que, durante seus cinquenta anos de existência, Deus havia usado o livro Operation World (OW) para transformar a vida de oração de pessoas, famílias e igrejas. Muitos foram chamados a uma vida de ministério e missão à medida que oravam com base no que viam em suas páginas. As primeiras edições de OW desempenharam papel significativo na formação e no crescimento dos movimentos protestantes de envio de missionários em países como Brasil e Coreia do Sul.

    Seria possível que este livro tivesse impacto similar, ou mesmo maior, se mais pessoas tivessem acesso a ele em seu próprio país ou idioma? Ousaríamos crer que Deus pudesse usá-lo para dar combustível às chamas de intercessão ao redor do mundo e até mesmo para dar surgimento a uma nova onda de missão global?

    A visão de Jason para o livro Ore pelas nações impressionou a equipe do OW. Imaginamos um livro de orações, uma versão parafraseada ou resumida da edição de 2010 de Operation World. O tamanho menor, o texto mais simples, seria planejado especificamente para pessoas para quem o inglês não fosse a primeira língua e para tradução. Como projeto editorial, OW é grande, complexo, técnico e custoso. Ore pelas nações poderia permitir que editoras cuidassem de impressão, distribuição e vendas dentro de seus próprios mercados.

    Escrevo isso no momento em que estamos prestes a enviar Ore pelas nações para impressão. Estamos alegres porque Deus mais uma vez sustentou nosso ministério e nossa equipe, e atendeu a nossas necessidades à medida que preparávamos esta edição mais recente de recursos para a família do OW. Oramos na expectativa de que Deus use esta nova versão de Operation World para informar e inspirar a oração de milhões, para mobilizar sua Igreja a completar sua Grande Comissão, bem como para prepará-la para a volta de Jesus!

    Molly Wall

    Bulstrode, Reino Unido

    Junho de 2014

    INTRODUÇÃO

    Na Igreja primitiva, o apóstolo Paulo e sua pequena equipe compartilhavam as notícias e as necessidades das igrejas conforme viajavam de um lugar para outro. Os crentes conseguiam se regozijar e agradecer a Deus juntos pelas respostas às orações, e também compartilhar os fardos e desafios enfrentados por seus irmãos e irmãs em Cristo por toda a região. Isso continua a acontecer hoje, visto que o corpo global de crentes se regozija junto e compartilha seus fardos em oração. Assim como na Igreja primitiva, essa oração leva a ação e ajuda prática.

    Milhões de cristãos, particularmente das igrejas da América Latina, África e Ásia, reúnem-se regularmente em âmbito local para orar. Hoje podemos nos conectar pela internet para reuniões de oração em todo o mundo. E podemos orar com mais união, uma vez que a tecnologia permite que nos conectemos e compartilhemos informações de maneiras que nem sequer imaginávamos dez ou vinte anos atrás! Dezenas de milhares de pessoas podem agora seguir o calendário de oração da Operation World (OW), o que significa que, a cada dia, uma onda de oração concentrada e conjunta é erguida — de todas as partes do globo — por uma nação específica.

    Encontros de oração costumam juntar seguidores de Cristo de diversas denominações de uma cidade ou país. Onde um dia existiram divisões, os cristãos costumam descobrir que Deus constrói unidade e confiança entre eles à medida que oram, seja pelos crentes em sofrimento da Igreja perseguida ao redor do mundo, seja por uma nação em um momento de necessidade, seja para que Deus revele o amor de Cristo e seu cuidado pelas pessoas.

    Não devemos subestimar a obra unificadora e mesmo reconciliadora dos encontros de oração!

    Algumas das maiores reuniões de oração da história acontecem na Nigéria, em nossos dias. Redes na Indonésia e na Índia se esforçam bastante para estabelecer grupos de oração em pequenas vilas de um estado ou até por todo o país. Redes de oração, especialmente entre mulheres, são a espinha dorsal e a força de uma vibrante igreja brasileira. O movimento de oração 24/7 (correntes de oração ou salas dedicadas à oração em todas as horas do dia, todos os dias) têm se espalhado por muitas das maiores cidades do mundo, com casas de oração em campi universitários, igrejas ou outros locais criativos. E as pessoas dão prosseguimento às tradições de tantos séculos de reunir pessoas para vigílias de oração por toda a noite, ou grupos de oração — agora bastante comuns — para focalizar a oração em uma área geográfica ou em problemas específicos.

    O livro que você tem em mãos pesa menos de um quilo, mas, se todos os desejos, pedidos e objetivos expressos nele fossem postos em prática, transformariam radicalmente as nações do mundo inteiro! Deus está chamando você e eu para um ministério de oração pelas nações. As páginas a seguir apresentam alguns dos desafios de nosso mundo necessitado e doente por causa do pecado. O inimigo tentará nos amedrontar com isso e nos afastar da visão de um Reino celestial e eterno, cheio de pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas (Apocalipse 7.9-12). Em alguns momentos, talvez nos voltemos a Jesus em agonia, mas devemos entender nossa verdadeira posição: estamos olhando para baixo com ele, orando com a autoridade que ele concedeu a todos os cristãos.

    Nós não simplesmente oramos sobre os muitos pontos deste livro, mas oramos na direção de algo: o cumprimento dos propósitos do Pai e para que seu Reino venha. Que nos tornemos intercessores com uma visão mundial que ora pela derrota de Satanás, para o estabelecimento do Reino, para que as pessoas sejam alcançadas, para a libertação dos cativos, com orações por avivamento e pela glorificação de Cristo!

    O ÉTHOS DA OPERATION WORLD

    Nosso objetivo é colocar os crentes diante de Deus em oração e ver o Reino de Deus avançar em todos os países do mundo. A Operation World existe por duas razões principais:

    Fornecer motivos de oração. Este livro foi desenvolvido para servir como um diário de oração, com motivos de gratidão e de súplica para cada dia do ano.

    Mobilizar para o ministério. Fornecemos informações e estatísticas relevantes, as quais esperamos que venham encorajar o ministério nas áreas e entre as pessoas menos alcançadas e mais necessitadas.

    Para muitos cristãos, Operation World é sua única fonte de informação sobre oração global, e as edições anteriores se tornaram uma fonte essencial de movimentos missionários em desenvolvimento ao redor do mundo (em particular as edições em outros idiomas que não o inglês).

    As pessoas diretamente envolvidas na preparação da 7a edição de Operation World (a base para a obra Ore pelas nações) representam mais de dez nacionalidades, três gerações e vinte denominações. E ainda assim representam apenas uma pequena proporção da enorme diversidade do corpo de Cristo. Nossas próprias perspectivas influenciam naturalmente o material selecionado e as opiniões expressas. Confiamos que fomos sensíveis a outros pontos de vista além dos nossos. Valorizamos a crítica construtiva para revisões futuras e sempre tentamos nos envolver em discussões proveitosas com nossos críticos. Muitas delas se tornaram interações bastante úteis!

    Seguimos estas decisões orientadoras à medida que preparávamos esta obra:

    Público leitor. Escrevemos para cristãos dedicados que querem obedecer às instruções de Jesus por meio da evangelização do mundo e a realização da Grande Comissão. Muitas dessas pessoas serão evangélicas (veja a definição aqui). Mas muitos que se identificam de maneira diferente também usarão este livro. Esperamos que tenhamos sido sensíveis a vocês e à diversidade da família de Deus.

    Teologia. A Operation World assume uma posição amplamente evangélica, um panorama profundamente associado ao assumido pelo Pacto de Lausanne. Com relação a questões teológicas secundárias que dividem os evangélicos (como governo da igreja, batismo, soberania de Deus, os dons e a obra do Espírito Santo), tentamos escrever de maneira a possibilitar interpretações diversificadas.

    Política. Muito embora nossa equipe seja diversificada, somos na maioria ocidentais e sabemos que nossa visão é afetada por nossas culturas e nossa bagagem histórica. Objetivamos o equilíbrio e a justiça, mesmo quando escrevemos sobre o que há de errado no mundo. Mas às vezes podemos não alcançar o resultado que esperávamos, e algumas pessoas podem interpretar nossas palavras como julgadoras.

    Pesquisa. Observação cuidadosa e verificação de fatos, quando feitas com discernimento e confiança em Deus, possuem base nas Escrituras. Algumas pessoas associam erroneamente a pesquisa estatística ao julgamento feito por Deus em relação ao censo promovido pelo rei Davi em 2Samuel 24. Mas Deus também permitiu, e até mesmo ordenou, o uso de estatísticas por Moisés, Josué, o Cronista, Esdras, Ezequiel, Lucas, João e outros personagens das Escrituras.

    Tempo de validade. As estatísticas usadas neste livro, assim como quaisquer outros dados estatísticos usados em publicações, estão desatualizadas antes mesmo de serem enviadas para impressão. O mundo muda constantemente. Ore pelas nações é um resumo da 7a edição de Operation World (2010), e quase todas as estatísticas e motivos de oração vêm dessa obra. Concentramos os motivos de oração em questões estratégicas de longo prazo. Estas não mudam da noite para o dia! Às vezes elas exigem décadas de intercessão contínua. Mudanças acontecerão em todos os países (eleições, desastres naturais, guerras e outros), mas a maioria desses motivos de oração exigirá nosso empenho em oração por muitos anos à frente.

    Ênfase na Igreja. Concentramos nossa informação em torno da Igreja em cada país. Contudo, outras organizações cristãs costumam ser a melhor fonte de informação, o que explica a menção delas no texto. As centenas de pessoas com que nos correspondemos e que nos fornecem informações sobre cada país geralmente representam uma boa mistura de líderes eclesiásticos e missionários, assim como um equilíbrio eficiente dos líderes cristãos nacionais e trabalhadores cristãos estrangeiros.

    Recursos. Ore pelas nações é um ato de fé. Nenhum membro da equipe recebe salário do ministério Operation World. Nossos equipamentos não são caros e nosso escritório é gentilmente cedido por cortesia da WEC International. Os royalties de todos os nossos recursos vão para um fundo que paga o ministério e as despesas de produção para projetos futuros da Operation World. Essa é uma das muitas razões pelas quais nem Ore pelas nações nem Operation World sejam disponibilizados de forma integral e gratuita na internet.

    A responsabilidade por orar. Nossos recursos são ferramentas para oração, mais que qualquer coisa. Tudo o mais sobre nossa obra é secundário em relação a isso. Seguindo tudo aquilo que vemos no caráter de Deus, ansiamos que a pobreza acabe, que a justiça flua, que o cego veja e o aleijado ande, que viúvas e órfãos sejam cuidados, que os cativos sejam libertos, que a terra seja tratada adequadamente, que as guerras cessem, que inimigos se reconciliem e que perdidos sejam achados por Jesus e pela salvação que ele traz. Muitos crentes (e muitos que não o são) trabalham fielmente para ver essas coisas acontecerem.

    O mandato que recebemos é ver igrejas se multiplicando entre todos os povos, de acordo com a ordem do Senhor. Essa é a preparação da Noiva, a fim de que esteja pronta para seu Noivo. Mas nosso objetivo supremo é ainda mais elevado: a glória de Deus. Um anseio pela glorificação de Deus e pelo retorno de Jesus como Rei é o que move nossas orações. Ecoamos as palavras de Apocalipse 22.17-20: O Espírito e a noiva dizem: ‘Vem!’ E todo aquele que ouvir diga: ‘Vem!’ [...] Amém. Vem, Senhor Jesus!.

    COMO USAR ORE PELAS NAÇÕES

    Ore pelas nações é um livro para ser usado, não para ficar guardado numa prateleira. Recorra a ele constantemente. Use-o com aqueles a quem você lidera ou com quem passa tempo. Você pode encorajar e inspirar outras pessoas com aquilo que Deus está fazendo ao redor do mundo.

    Para uso em sua casa

    Ore pelas nações fornece encorajamento e trata das áreas onde a Igreja tem crescido de maneira impressionante. Isso pode nos dar esperança nos momentos em que enfrentarmos nossas próprias dificuldades.

    Ore pelo mundo inteiro em um ano! O Calendário de Oração apresenta um país pelo qual orar para cada dia do ano. Ao voltar-se para um país, esteja ciente de que está se unindo a um grande coro de oração ao redor do mundo por aquele país específico. Talvez seja melhor concentrar-se em apenas um ou dois itens que o Espírito Santo coloque em seu coração. Por que não marcar os itens cobertos em oração e, mais tarde, tomar nota das respostas de Deus?

    Mantenha o livro perto do televisor, do rádio, do jornal ou do computador. Quando surgirem notícias sobre eventos de maior destaque em algum país distante, procure descobrir qual é o aspecto espiritual daquilo. Transforme as notícias do mundo em oração espiritual bem embasada!

    Use-o com pedidos de oração missionários ou com revistas e sites de organizações missionárias. Este livro fornecerá um contexto e uma perspectiva mais amplos para as histórias e as atualizações compartilhadas nesses recursos valiosos.

    Leia um pequeno trecho durante momentos de reunião com a família (devocionais, refeições, durante viagens e deslocamentos) e ore pelo país do dia.

    Use o livro como recurso para jogos de perguntas divertidos e informativos. Esta é a atividade favorita da equipe da OW!

    Para uso em sua igreja

    Missões e oração pelo mundo devem estar no centro de toda reunião. Use Ore pelas nações com todas as idades, em grupos grandes e pequenos, sempre que possível.

    No pequeno grupo ou na reunião de oração. Leia antecipadamente a informação sobre determinado país e escolha apenas algumas peças de informação para compartilhar com os outros. Você pode, por exemplo, compartilhar sobre a população, a principal religião, o número de cristãos e um ponto fundamental de oração.

    Durante o culto. Quando oramos com outras pessoas, a concordância é poderosa! Incentive todos a valorizarem a importância da oração. Não é uma tarefa árida, mas um privilégio imenso. Como filhos do Deus vivo, podemos nos colocar diante dele em favor das nações do mundo e esperar que ele aja! Forneça alguma informação básica para definir o contexto e, em seguida, concentre-se em alguma área especial para a oração.

    No boletim e em outros informativos. Use citações de trechos relevantes do livro nas publicações da sua igreja para despertar interesse e estimular a oração. Por favor, cite a fonte! Faça uso de mapas, imagens, vídeos e materiais de apresentação relacionados a determinado país.

    Para uso em dias de oração, conferências, concertos de oração, jornadas de oração e outros eventos relacionados à oração

    O propósito original de Operation World era fornecer informação para conferências de oração que se concentravam no mundo como um todo. Veja a seguir algumas orientações para os líderes de eventos ligados à oração.

    Seja breve. Lembre-se de que as pessoas estão reunidas para orar. O objetivo não é impressionar os outros com informações nem compartilhar tanta coisa a ponto de deixar as pessoas confusas sobre o que devem orar.

    Seja pessoal. No livro não mencionamos indivíduos pelos quais orar, mas, por outro lado, apresentamos a situação geral de um país. Informação pessoal sobre trabalhadores individuais que você conheça ou apoie, assim como situações específicas ligadas a seu grupo de oração, devem ser usadas também com os motivos de oração de Ore pelas nações.

    Seja seletivo. Pode ser difícil lembrar de um número excessivo de fatos. Escolha cuidadosamente apenas alguns poucos itens pelos quais orar que ainda sejam lembrados pelos crentes muito tempo depois da reunião.

    Seja cuidadoso com as estatísticas. Números em excesso tornam qualquer relatório muito frio! É por isso que as seções estatísticas estão em uma fonte menor. Escolha as estatísticas que se aplicam especificamente aos motivos de oração que você mencionar.

    Seja dependente do Espírito Santo. As cargas colocadas pelo Espírito Santo inspiram outros a orar no Espírito e leva as pessoas na direção da vontade de Deus para a vida delas. Isso pode significar compromisso por intercessão, doação financeira ou a ida a uma área particular ou a alguma população pela qual orações foram feitas. O Espírito Santo tem guiado muitos cristãos a um serviço missionário específico como resultado de orações feitas com base no Operation World.

    Para a glória de Deus

    Eis a suprema motivação missionária. Não é nem obediência à Grande Comissão, nem compaixão pelo perdido, nem entusiasmo pelo evangelho, mas zelo (até mesmo ‘preocupação’) pela honra do nome de Cristo. [...] Nenhum incentivo é mais forte do que desejar que Cristo receba a honra devida a seu Nome (John Stott).

    rosto

    O MUNDO

    População 6,9 bilhões.

    Cristãos 2,2 bilhões. Cristãos evangélicos 545,9 milhões.

    Maior religião Cristã.

    Religião que mais cresce Muçulmana.

    487 das cidades do mundo têm mais de 1 milhão de habitantes e 21 cidades têm mais de 10 milhões. A população urbana chegou a mais de 50% pela primeira vez na história em 2009.

    Povos O Projeto Josué contabiliza 16.350 povos diferentes. O World Christian Database registra 13.674 povos. Ambos se baseiam em seus próprios números com base etnolinguística, tendo povos contados diversas vezes entre os vários países onde vivem.

    Idiomas Os maiores idiomas do mundo (em número de falantes para os quais é o primeiro idioma) são: chinês (1,2 bilhão), espanhol (329 milhões), inglês (328 milhões), árabe (221 milhões), híndi (182 milhões), bengali (181 milhões), português (178 milhões), russo (144 milhões), japonês (122 milhões) e alemão (90 milhões).

    Todos os idiomas Os números podem variar de acordo com a definição de idioma e dialeto. O Ethnologue (2009) conta 6.909 idiomas. A World Christian Encyclopedia conta 13.511, com 30.000 dialetos. A Global Recordings Network estima mais de 10.000 idiomas e dialetos falados.

    Idiomas com Bíblia A Wycliffe Bible Translators relaciona 6.909 idiomas, dos quais apenas 662 possuem Escrituras adequadas. Outros 2.582 idiomas possuem parte das Escrituras (457 possuem Bíblias, 1.202 possuem o Novo Testamento e 953 possuem porções do Antigo ou do Novo Testamento). Registram que 2.252 idiomas talvez ainda precisem de tradução da Bíblia (e 1.363 projetos estão em andamento). A quantidade de pessoas pertencentes a grupos étnicos sem a Bíblia, que ainda aguardam que o trabalho seja iniciado, é de 200 milhões.

    Deus continua soberano em nosso mundo hoje, tanto agora quanto sempre foi. Contudo, a oração pode ser um ato difícil para os cristãos. Deus faz diversas promessas a seu povo, mas o mundo, a carne e o diabo nos colocam em dúvida. Os noticiários se concentram em guerras, desastres, escassez de alimento, escândalos, tragédias e toda forma de mal. As coisas belas, sadias e boas — como as obras de Deus e de seus servos — costumam passar despercebidas ou mesmo ser ignoradas. Nossa visão espiritual não está perfeitamente clara. Neste mundo, vemos apenas um reflexo obscuro (1Coríntios 13.12).

    Tal como os discípulos na estrada de Emaús (Lucas 24), precisamos que Jesus nos abra os olhos para a verdade oculta. Deus está respondendo a orações e fazendo coisas maravilhosas no mundo! Esta tem sido uma geração notável na história da Igreja. Quem entre nós, trinta anos atrás, poderia imaginar a existência de 100 milhões de cristãos chineses, ou movimentos populares imensos na direção de Cristo no Irã e na Argélia, ou avanços no Camboja e no Nepal? Somente Deus! Assim, começamos aqui com respostas a orações, com toda a gratidão e todo o louvor ao nosso Senhor. E persistimos em oração pelas coisas que, a nossos olhos, parecem impossíveis, porque com Deus nada é impossível.

    A maravilhosa colheita de novos crentes continua pela África, Ásia e América Latina. Em contraste, a Igreja cresce muito lentamente ou até declina no restante do mundo. Embora às vezes em pequeno número, ou longe da visão pública, cristãos agora vivem e se reúnem em todos os países. Missões mundiais, migração e globalização, tudo isso espalha a Igreja. Não é a religião do homem branco europeu, mas uma fé global, para todas as pessoas. A maioria de cristãos hoje é de africanos, asiáticos e latino-americanos.

    O cristianismo evangélico cresceu mais rápido que qualquer outra religião mundial ou movimento religioso global. A maior parte desse crescimento aconteceu por meio de movimentos locais, em lugares onde a igreja evangélica era nova. Os evangélicos somavam 89 milhões (2,9% da população mundial) em 1960, mas em 2010 eram 546 milhões (7,9%)! Grande parte desse crescimento se deu por meio de conversão, e não apenas por índices de natalidade. A Igreja cresce em terras onde a perseguição passada ou atual de cristãos é bastante forte. Mas, assim como o crescimento populacional continua a diminuir, o crescimento evangélico também diminuirá.

    Pentecostais e outros movimentos carismáticos cresceram além da expectativa. O movimento pentecostal começou mais de cem anos atrás. A renovação carismática teve início sobretudo nas denominações históricas nas décadas de 1950 e 1960; mais tarde, já no final do século 20, chegou a Terceira Onda. O movimento de renovação carismática tocou muitas partes da Igreja, em milhares de denominações, em praticamente todos os países! Todo movimento tem as falhas humanas, mas a renovação carismática reviveu ou renovou a fé de quase meio bilhão de pessoas.

    Muitos dos povos menos alcançados receberam as boas-novas! Em muitos casos, povos entre os quais não se tinha notícia de crentes há dez ou vinte anos possuem, hoje, igrejas que crescem e vicejam! O trabalho de pesquisa da década de 1990 ajudou a Igreja global a orar e a adotar e concentrar esforços missionários nos povos não alcançados. Hoje temos uma compreensão ainda maior da necessidade, porém muito do trabalho pioneiro ainda continua. Mas glória seja dada a Deus pelas portas abertas e pessoas que responderam ao evangelho entre centenas de grupos populacionais — até mesmo entre grupos que eram considerados impossíveis de ser alcançados!

    O povo de Deus se reuniu para orar junto em maior quantidade e com maior foco do que jamais aconteceu! Movimentos populares em nível local, nacional e internacional oram por suas comunidades, por países e grupos de pessoas, assim como por questões globais importantes (como a Igreja perseguida, crianças em situação de risco e vítimas de tráfico humano). Vá e conecte-se a outros ao redor do mundo em oração pelo país, pela região ou por alguma questão pela qual você é apaixonado!

    Os trabalhos de ajuda, desenvolvimento e caridade aumentaram no mundo inteiro no decorrer das décadas de 1980 e 1990, entrando na década de 2000. Glória a Deus porque, mais do que nunca, pessoas estão procurando suprir as necessidades dos mais vulneráveis e carentes do mundo. O ministério que se importa com o necessitado e que traz justiça ao oprimido reflete tanto o coração de Deus como os mandamentos das Escrituras. Também abre muitas portas para a mensagem do evangelho. Os cristãos podem entrar em países, regiões e comunidades difíceis por meio de serviço prático, onde os missionários tradicionais não conseguem chegar.

    A globalização do movimento da Grande Comissão mudou a face das missões. Muitas nações da Ásia, África e América Latina têm movimentos de trabalho missionário (como Etiópia, Nigéria, Brasil, Filipinas, Coreia do Sul). Hoje, os países emergentes enviam mais missionários que os países ocidentais. Essa entusiasmante realidade do século 21 também apresenta desafios únicos. Novos movimentos missionários ainda cometerão velhos erros, e trabalhadores do Norte Global agora trabalharão ao lado — ou mesmo atuarão debaixo — da liderança do Sul Global. Agências internacionais recebem mais participantes dos países. Glória a Deus pela força global de missões, que é mais multicultural e multinacional do que jamais foi!

    A Igreja deve encontrar novas maneiras de treinar, enviar e sustentar missionários, especialmente trabalhadores não ocidentais. As agências missionárias protestantes tradicionais continuarão a servir no movimento global, mas mudanças na política e na economia globais exigem novos modelos e padrões de trabalho missionário.

    Agências missionárias trabalham cada vez mais por meio de redes de parceria, com base em áreas ou grupos de pessoas específicos não alcançados. As redes compartilham recursos e até trabalhadores, e colaboram em iniciativas.

    Cristãos com mentalidade missionária servem no exterior em diversas vocações, como ajuda humanitária, desenvolvimento, negócios, educação, esportes, artes ou outros. Alguns servem por meio de agências, mas outros vão sozinhos ou mantêm poucos vínculos com uma comunidade missionária.

    Grupos que migraram por diversas partes do mundo (como os filipinos, chineses, coreanos, nigerianos) têm se tornado forças ainda maiores para a missão à medida que veem oportunidades para serviço no Reino no exterior.

    Áreas que aparecem no noticiário por causa de tragédias ou conflitos costumam tornar-se foco de oração intensa e esforços missionários relacionados. Nos últimos vinte anos, mais muçulmanos vieram a Cristo que em qualquer época passada, e há mais obreiros servindo em países onde essa religião é predominante. À medida que o mundo ficou mais consciente do tamanho, da complexidade e dos desafios do mundo muçulmano, muitos crentes desenvolveram um anseio de compartilhar Jesus com aquelas pessoas. As crises políticas nas fortalezas budistas (Tibete, Tailândia, Camboja) despertaram um interesse similar no mundo budista, e a situação difícil dos dalits/intocáveis (Índia, Nepal) atraiu oração e ministérios de todas as partes do mundo.

    Movimentos globais moldaram o curso da missão mundial na última geração. O Movimento de Lausanne, a Aliança Evangélica Mundial, o Dia Mundial de Oração e o Movimento AD2000 e Além ajudaram a mobilizar diferentes partes da Igreja global para trabalhar com os não alcançados.

    Deus usa muitas ferramentas para ministrar tanto a cristãos como a não cristãos (testemunho pessoal, literatura, tradução da Bíblia, recursos cristãos em áudio, TV, internet e muito mais). Ore para que os novos esforços ministeriais combinados na tradução da Bíblia (Vision 2025), em recursos de áudio (The 10k Challenge), rádios cristãs (World by Radio) e outros possam aumentar grandemente a oportunidade de não cristãos ouvirem o evangelho e responderem a ele! Contudo, mesmo com toda essa atividade, é provável que 24% a 27% da população mundial não tenha as boas-novas apresentadas de maneira que possa entender e receber.

    ÁFRICA

    População 1 bilhão.

    Cristãos 503,7 milhões. Cristãos evangélicos 182,4 milhões.

    Maior religião Cristã.

    Religião que mais cresce Sem religião.

    Os 57 países da África abrigam 15% da população mundial e sua população cresce praticamente o dobro da média mundial. Dos 33 países menos desenvolvidos do mundo, 32 estão na África.

    Total de idiomas 2.110. Idiomas com as Escrituras 173 Bíblias, 335 Novos Testamentos, 223 Antigos Testamentos ou porções do Novo Testamento (dados fornecidos pela United Bible Society). Há trabalho sendo realizado em 693 projetos. Pelo menos 225 idiomas (e possivelmente algo em torno de 925!) ainda precisam das Escrituras. A África continua sendo um dos maiores desafios na tradução da Bíblia!

    Quase todos os países da África tornaram-se independentes apenas depois de 1957. A democracia e a política multipartidária começaram a tomar conta do continente, embora lentamente. Nem todos os africanos acreditam que a política no estilo ocidental funcione bem no contexto africano. Muitos líderes provocam pobreza ainda maior e levantes por meio de corrupção, favoritismo tribal, políticas econômicas ruins e recusa em deixar o poder. Alguns construíram fortunas pessoais de bilhões de dólares por meio da corrupção e do roubo.

    A África é o continente com maiores necessidades humanas e pobreza mais disseminada. Nem mesmo décadas de ajuda e desenvolvimento resultaram em progresso significativo. Muitos defendem que menos ajuda e mais livre comércio global serão mais úteis para a África.

    As fronteiras nacionais traçadas cem anos atrás pelos poderes coloniais do Ocidente ainda causam problemas hoje e levam à violência e até mesmo à guerra em mais de uma dúzia de países. Movimentos islâmicos violentos geram terror e guerra em vários pontos ao longo da grande linha demarcatória entre maiorias muçulmanas e cristãs que corre do oeste para o leste por todo o continente.

    África do Sul África

    População 50,5 milhões. Capital Cidade do Cabo (legislativa, 3,4 milhões), Pretória (administrativa, 1,4 milhão), Bloemfontein (judiciária, 443.000).

    Cristãos 38 milhões. Cristãos evangélicos 10,6 milhões.

    Maior religião Cristã.

    Religião que mais cresce Sem religião.

    Maiores grupos étnicos Nguni (46,4%), sotho-tswana (24,3%), brancos/caucasianos (8,9%), negros/mestiços (8,9%), asiáticos (2,8%).

    Idioma oficial 11 idiomas (todos os principais idiomas étnicos). O inglês e o africâner são os idiomas da educação superior. Total de idiomas 40.

    Economia País mais rico e industrializado da África. Agricultura com base forte, grandes depósitos de ouro, platina e cromo. Desemprego alto, com enorme separação entre ricos e pobres. A corrupção e o impacto da aids limitam o progresso. Muitos profissionais e camponeses brancos estão deixando o país.

    Política União da África do Sul formada em 1910. República parlamentarista (minoria branca) criada em 1961. O apartheid limitou os direitos políticos e econômicos dos não brancos e trouxe grande dor e sofrimento à maioria. O governo baniu as últimas leis que permitiam o apartheid em 1991, sendo realizadas em seguida eleições nacionais democráticas em 1994. O governo de Nelson Mandela esforçou-se bastante por um governo livre e não racial, e deu início ao longo processo de cura com algum sucesso. Os governos e os líderes depois de Mandela desapontaram a muitos.

    Programas de oração iniciados na África do Sul causaram impacto no mundo inteiro! O Dia Global de Oração teve início na Cidade do Cabo (2001), e hoje cristãos de praticamente todos os países se unem para observar esse evento no domingo de Pentecostes a cada ano. Outros movimentos de oração, como Transformação África e Muralhas de Jericó, também influenciam muitas nações. O cristianismo bíblico é forte nesse país. Muitas agências cristãs ministram às áreas necessitadas da sociedade. Belas histórias falam de cristãos que mostram amor a vítimas de estupro, crime e aids, assim como a prisioneiros, moradores de favelas e pessoas muito pobres.

    Ore por todos que estão no governo e na liderança, para que as prioridades sejam a justiça, a retidão e a melhoria econômica para todos. Maior transparência, uma democracia mais madura e imprensa livre ajudariam todos a combater a corrupção e o engano. A nação enfrenta altas taxas de estupro e de crimes violentos. Ore para que o espírito de violência, tanto física como sexual, possa ser detido sob a autoridade de Cristo.

    Os efeitos do apartheid ainda tensionam a nação. Ore por reconciliação entre todas as raças. Muitos chamam a África do Sul de nação arco-íris, e todas as raças (negros, brancos, mestiços, sul-asiáticos) devem agora trabalhar para superar a desconfiança, as feridas profundas e os medos. Os evangélicos foram lentos em se colocar contrários ao apartheid, e isso feriu muitas denominações. Ore para que a Igreja como um todo deixe para trás os conflitos do passado e demonstre o poder de união em Jesus.

    O cristianismo enfrenta desafios. Como uma nação em que 75% das pessoas se dizem cristãs pode ser assolada por tamanha pobreza, violência, crime, aids e divisões raciais? Ore para que a igreja tenha uma voz profética numa sociedade que já abandonou absolutos morais. Alguns estimam que a África do Sul precisa de 30.000 novas igrejas para poder alcançar e discipular de maneira eficiente os milhões de não alcançados. O treinamento de liderança desafia toda igreja e denominação.

    A África do Sul envia muitos missionários. Todas as raças e denominações enviam e apoiam alguns missionários. Cerca de 2.000 sul-africanos servem no exterior em missões, e uma quantidade semelhante serve dentro da África do Sul. Ore por sua provisão, especialmente com relação aos missionários enviados aos mestiços, aos sul-asiáticos e às comunidades africanas. Ore também por mais trabalho missionário realizado pelas igrejas negras.

    Os desafios ministeriais para a Igreja se baseiam na história problemática do país, em sua grande diversidade de pessoas e no amplo abismo que separa ricos e pobres.

    Mais de 60% dos sul-africanos moram em cidades. As políticas do apartheid reforçaram a pobreza rural entre os africanos. Isso continua hoje nas favelas, nas terras griladas e nas periferias. As condições de vida variam de ruins a terríveis. A maioria não tem emprego. Ore pelas igrejas, pelos cristãos e pelo testemunho deles como luz de Cristo nesses lugares difíceis.

    Imigrantes, legais e ilegais, transbordam pelas fronteiras da África do Sul. É possível que 5 milhões de imigrantes tenham chegado de outros países africanos para fugir da guerra e da pobreza que enfrentavam em sua terra natal. Alguns estimam que o número é muito maior. Por vezes, o ressentimento em relação aos imigrantes explodiu em revoltas e violência. Ore para que a nação, sendo um país africano poderoso, reconheça sua responsabilidade para com essas pessoas necessitadas.

    Grupos étnicos e religiosos que necessitam de oração específica:

    Os muçulmanos são menos de 2% da população da África do Sul, e um número muito pequeno de muçulmanos decidiu seguir abertamente ao Senhor Jesus. Os malaios do cabo (260.000 muçulmanos) vivem principalmente ao redor da Cidade do Cabo como parte da comunidade mestiça de falantes de africâner. Uma união de agências busca testemunhar a eles e discipulá-los. Existe algum fruto, mas novos crentes enfrentam grande pressão. Cerca de 300.000 muçulmanos asiáticos vivem principalmente na área de Durban chamada KwaZulu-Natal. A maioria é de gujaratis, urdus e outros grupos étnicos indianos. Poucas igrejas os alcançam. Mais de 100.000 africanos negros se tornaram muçulmanos nos últimos anos. O islã é um dos movimentos religiosos de crescimento mais rápido na África do Sul.

    Os hindus são 50% da população asiática. Um fluxo contínuo de pessoas indianas veio a Cristo e, agora, 19% da população asiática é cristã! A demonização é um problema muito sério, e muitos precisam de libertação.

    Leste-asiáticos possuem algum trabalho cristão entre eles. Entre os chineses há residentes de longa data, imigrantes de Taiwan na década de 1980, e os recentes imigrantes da China continental. Também existe uma grande comunidade vietnamita. Os chineses continentais são mais receptivos ao evangelismo.

    Angola África

    População 19 milhões. Capital Luanda (4,8 milhões).

    Cristãos 17,9 milhões. Cristãos evangélicos 4,3 milhões.

    Maior religião Cristã.

    Religião que mais cresce Islã.

    Maiores grupos étnicos Ovimbundo (25,5%), mbundu (22,9%), kongo (12,9%), luvale (8,1%), chokwe (5,0%), mestiços (1,2%), khoisan (0, 6%).

    Idioma oficial Português. Total de idiomas 41.

    Economia É um dos países mais ricos em recursos naturais (petróleo, diamantes, minerais, terras cultiváveis), mas a pobreza é generalizada. Sua infraestrutura foi devastada pela guerra, mas está agora em reconstrução.

    Política Antiga colônia portuguesa (450 anos). Um golpe marxista pôs fim ao governo colonial (1975). A guerra civil desalojou milhões de pessoas, com 900.000 mortes. Houve um acordo de paz em 1990, mas a luta retornou entre 1998 e 2002. Eleições no parlamento (que escolheram o presidente) foram feitas em 2008. Algumas lutas separatistas ainda acontecem em Cabinda.

    Quarenta anos de guerra praticamente constante (1962-2002) devastaram Angola. Civis inocentes foram os que mais sofreram. A luta destruiu estradas, escolas, hospitais, casas e igrejas. Milhões fugiram de seus lares. Minas terrestres aleijaram mais de 80.000 pessoas. De 70% a 90% da população vive na pobreza. Profundas feridas psicológicas, sociais e espirituais levarão anos para serem curadas. Louve a Deus pela paz e pelo retorno de muitos a seus lares. A ajuda da Igreja leva ao caminho da reconciliação à medida que o país trabalha na reconstrução.

    O cristianismo bíblico cresceu, mesmo em meio à guerra e à pobreza! O primeiro presidente, um marxista, prometeu erradicar o cristianismo em vinte anos. Ele fracassou! O número de evangélicos cresceu quatro vezes de 1990 a 2010. A Igreja precisa de muita oração para superar as feridas do conflito. Ore por perdão e amor em ação. Apenas algumas congregações possuem pastores bem preparados. Crenças falsas, desconhecimento da Bíblia, feitiçaria e práticas animistas poluem muitas vidas e igrejas. O islã cresce, com sua mensagem simples e apoio financeiro estrangeiro. Ore por unidade cristã, vida santificada e fé bíblica.

    Jovens e crianças. O marxismo e a guerra deixaram uma geração cheia de cicatrizes, privada de oportunidades de educação e segurança física. Esta geração é a primeira em décadas a conhecer a paz. A maioria dos cristãos angolanos tem menos de 25 anos. Ore para que escolas fundamentais e de ensino médio sejam reconstruídas, recebam profissionais e fiquem cheias.

    A presença missionária estrangeira foi um bom testemunho durante os anos de sofrimento. Ministérios devem agora passar da ajuda humanitária para o desenvolvimento, e do evangelismo para o discipulado e o preparo formal. A maioria das missões trabalha de maneira holística

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