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Feel the future: A revolução digital não tem surpresa, tem surpreendidos
Feel the future: A revolução digital não tem surpresa, tem surpreendidos
Feel the future: A revolução digital não tem surpresa, tem surpreendidos
E-book173 páginas1 hora

Feel the future: A revolução digital não tem surpresa, tem surpreendidos

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Sobre este e-book

Todos sabemos – ou sentimos – que a tecnologia, a ciência e a inovação imprimem, de maneira cada vez mais acelerada, mudanças profundas em nossas vidas.
Em Feel The Future, Francesco Farruggia nos convida a observar tais fenômenos de um ponto de vista privilegiado: se, por um lado, nosso cicerone acumula mais de duas décadas na organização e gestão do Campus Party – o mais importante evento de tecnologia e cultura geek do mundo –, por outro, oferece a sagacidade de um experiente empreendedor do mundo analógico. É desse lugar que somos instigados a conhecer, de maneira descomplicada e com linguagem acessível, o que está por vir.
Na primeira parte do livro, entendemos como a revolução digital impactou – e continuará impactando – os mais variados campos da vida humana. Transporte, energia, educação, saúde, finanças, justiça, entre outras áreas, nada passa incólume à análise franca e bem-humorada do autor.
Na segunda parte, o autor nos dá as chaves para decifrar as grandes disrupções da atualidade. Blockchain, inteligência artificial, deep fakes, realidade virtual são alguns dos conceitos abordados. Em seguida, uma breve análise da aceleração digital imposta pela guerra e pela pandemia. E, para fechar, um resumo do belíssimo programa Include e da Campus Party, pedras fundamentais da trajetória de nosso narrador.
Mais do que um futurologista, Farruggia se posiciona como um provocador, um contador de histórias passadas e vindouras, desmontando defesas e preconceitos e oferecendo uma linha de pensamento para lidarmos com o futuro que bate à nossa porta. Como diz no título, a revolução digital não tem surpresas, mas sim surpreendidos!
Chegou a hora de tocar o futuro com as mãos. Fell The Future.
Clayton Quandt Dick
Empreendedor na área de educação e tecnologia
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento22 de nov. de 2022
ISBN9788584743094
Feel the future: A revolução digital não tem surpresa, tem surpreendidos

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    Feel the future - Francesco Farruggia

    Francesco Farruggia

    FEEL THE FUTURE

    A REVOLUÇÃO DIGITAL NÃO TEM SURPRESA, TEM SURPREENDIDOS

    Tradução de Yuri Martins

    Ilustração de Rafael Campos Rocha

    Para minha esposa, Sidiane — sem seu apoio, este livro nunca teria sido escrito; e para meus queridos filhos, Nicolas, Ana e Francisco.

    Sumário

    Introdução

    Antes de tudo, uma história

    Uma segunda história

    A REVOLUÇÃO DIGITAL

    Introdução

    Na energia

    No transporte

    Na justiça e nas leis

    O juiz virtual

    Resistência do aparelho judiciário

    O advogado robô

    Elementar, meu caro watson

    Não pague!

    Nas finanças

    O Bitcoin

    Na saúde

    Na agricultura

    Na indústria

    O que é um nerd ou um geek?

    Na educação

    Uma especialista em concentração do conhecimento

    Os velhos já não são os sábios

    Não é mais de cima para baixo

    O futuro da educação

    E-commerce

    Os vendedores ressuscitam

    Quem decide hoje sobre a compra familiar?

    No trabalho

    Falta trabalho? Faltam competências

    Não será uma guerra entre homem e máquina

    Os celulares deixarão de existir

    Algoritmos já fazem as entrevistas de trabalho

    UM NOVO MUNDO

    Introdução: o descobrimento

    Blockchain

    Inteligência artificial

    Realidade virtual

    As GAFA

    Os supercomputadores

    Os computadores quânticos

    As nanotecnologias

    5G

    Quando chegará o 6g?

    WEB3

    IOT

    Big data

    O que é o PNR?

    A importância dos municípios

    O metaverso

    Os NFTs

    Por que tantos NFT’S são vendidos?

    Características dos NFTS

    Inovação ou disrupção

    As Sandboxes

    IRRUPÇÃO DO INESPERADO

    Introdução

    A guerra

    A pandemia

    O aplicativo conecta sus

    Evento digital Reboot the World

    INCLUDE

    Introdução

    Como nasceu o programa Include

    O milagre

    Da Índia ao sertão baiano: Canudos

    Objetivos do Include

    Laboratório Include

    Missão do Instituto Campus Party

    Condições das instalações

    Pré-requisitos do local

    Patrocinadores

    GOIÁS

    UFRN

    CONIF E Institutos Federais

    CAMPUS PARTY

    História da Campus Party

    O que é uma Campus Party?

    Curadores de conteúdo

    Os objetivos da Campus Party

    As comunidades

    Uma Campus Party nunca é igual à outra

    Embaixadores da Campus Party

    Nosso parceiro Gouvêa

    Minhas conferências Feel The Future

    FIM

    Sobre o autor

    Créditos

    INTRODUÇÃO

    Decidi escrever este livro por duas razões principais: a primeira é que há muitas pessoas que ainda não entenderam a revolução digital, a segunda é que há um oceano de informações, nos mais diferentes níveis, que pode ser um entrave ao entendimento.

    Nos anos em que fui presidente do maior evento de tecnologia digital do mundo, a Campus Party[1], percebi que havia a necessidade de um ignorante digital e analógico funcional, como eu, que interpretasse este mundo para aqueles que nada sabem sobre tecnologia digital, ou para quem quer saber um pouco mais sobre a economia que ela movimenta e o futuro da sociedade que ela vai criar.

    1 Sobre a Campus Party e sua história, veja pp. 132-147 deste livro.

    ANTES DE TUDO, UMA HISTÓRIA

    Só isso?

    O Marajá

    Diz a lenda que, há cerca de mil e quinhentos anos, um marajá indiano paralítico estava terrivelmente entediado. Os reis naquela época faziam tudo usando o próprio corpo. Eram bons em fazer guerras e orgias, atividades impossíveis para o nosso marajá. Este mandou assim chamar a sua corte e pediu que inventassem jogos que o entretivessem. Trouxeram-lhe vários jogos; entre eles, o xadrez chamou sua atenção. Ele aprendeu muito rápido a jogar e, como era inteligente, tornou-se um jogador habilidoso. Pediu então que o inventor do jogo fosse trazido até ele. Quando o teve diante de si, disse:

    — Eu quero lhe agradecer porque você mudou minha vida. Hoje sou feliz, ninguém pode me vencer no xadrez. Você pode pedir o que quiser, e lhe será concedido.

    O inventor, chamado Braman Susa Ben Dahir el Hidi, pediu ao marajá algo muito simples:

    — Sua Majestade, eu gostaria de um grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, dois na segunda, quatro na terceira, oito na quarta, dezesseis na quinta e assim por diante até que todas as 64 praças do tabuleiro estejam cheias.

    Surpreso com a modéstia do pedido, o rei perguntou:

    — Só isso? — e ordenou à corte que satisfizesse o inventor.

    Mas a surpresa maior ainda estava por vir: na altura da casa 32, não havia mais trigo em toda a Índia para cumprir a ordem do rei.

    ***

    Isso é uma progressão geométrica. A mente humana está preparada para entender uma progressão aritmética: um, dois, três…, mas não consegue projetar uma progressão geométrica — dois, quatro, oito…

    Quando completamos as 64 casas de um tabuleiro de xadrez, começando com um grão de trigo na primeira, o que há é o equivalente a 3,7 milhões de navios de 100 mil toneladas cada um, o que daria para dar dezessete voltas ao mundo se os colocássemos um após o outro.

    Seriam 18.446.744.073.709.551.615 grãos de trigo!

    Sinceramente, eu nem sei como grafar esse número por extenso.

    UMA SEGUNDA HISTÓRIA

    (CP × 2 × 18m = $)

    Gordon Moore

    No final da década de 1950, um estadunidense chamado Gordon Moore produziu a primeira placa de processamento de dados e fundou a maior empresa fabricante de placas de computador do mundo: a Intel. Hoje, a Intel é responsável por mais de 90% das placas processadoras, o coração de nossos computadores.

    Na época, Moore fez uma previsão: a capacidade de processamento e armazenamento de dados das placas de computadores dobraria a cada dezoito meses, sem elevação do custo: CP × 2 × 18m = $ [capacidade de processamento × 2 × 18 meses = mesmo preço].

    Essa previsão vem se confirmando há mais de sessenta anos e atualmente é considerada uma regra que rege a revolução digital, de modo que ficou conhecida como Lei de Moore.

    A Lei de Moore tem se cumprido não apenas para as placas processadoras, mas também para o número de bits transferidos por segundo, para o custo dos bits, ou para o número de dispositivos conectados à internet. Podemos afirmar que TUDO na revolução digital é regido pela Lei de Moore. Hoje estamos na casa 32 da Lei de Moore, isto é, segundo a analogia da história do inventor indiano Susa, estamos entrando em uma aceleração feroz. A cada casa do tabuleiro que passamos, vemos uma multiplicação por bilhões, o que torna tudo muito mais rápido. Desse modo produz-se o que podemos chamar de aceleração da curva de Moore, em que a progressão geométrica se acelera em um ritmo vertiginoso.

    Alguns exemplos para entender a evolução da capacidade de processamento de dados:

    O computador de bordo da Apollo XI, que chegou à Lua, tinha um milhão de vezes menos capacidade de processamento e armazenamento de dados do que qualquer telefone celular que hoje carregamos no bolso.

    A conclusão do sequenciamento do DNA só pôde ser feita porque a capacidade de processar dados cresceu.

    Há quem diga que em certo momento a Lei de Moore falhará, valer dizer, que ela não se sustenta a longo prazo. Durante a Campus Party do México, perguntei ao então CEO da Intel se ele estava de acordo com essa previsão. Sua resposta foi contundente:

    — Francesco, comecei a trabalhar na Intel há 27 anos, e então já se dizia que um dia falharia; porém, até hoje ela ainda é válida. Além disso, hoje fazemos as placas com silício, em duas camadas, e em poucos anos as faremos em três camadas, de forma que dissiparão o

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