Senhor, não tenho ninguém - Vol IV

De Rafael Solano

Atualmente, frente à complexidade da vida e à relativização de valores, o cristão tem cada vez mais se deixado influenciar por convicções que corrompem tanto a integridade do seu ser como a fé por ele professada.
O desejo livre por uma fé integral acaba por ficar em segundo plano, resultando na grave crise de sua consciência moral. Consequentemente, o cristão tende a afastar-se do seio misericordioso de Deus e da Igreja manifestado através do sacramento da reconciliação.
O objetivo desta obra centra-se na compreensão dos fatores que incitam a crise da consciência moral do fiel católico e a repercussão desta na busca pela reconciliação penitencial.
Considerado pelo magistério da Igreja como uma tarefa necessária a todo ser humano, a formação da consciência moral visa resgatar dimensões das relações interpessoais do indivíduo que lhe garantam a segurança e o bem-estar emocional e espiritual no seio de Deus e da Igreja.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Canção Nova
• Data de lançamento: 1 de mar. de 2023
• ISBN: 9788594630971

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ISBN: 978-85-9463-093-3

© EDITORA CANÇÃO NOVA

Cachoeira Paulista, SP, Brasil, 2023

Padre Rafael Solano

Senhor, não tenho ninguém - Volume IV

Não peques mais, para que não te suceda algo ainda pior.

A crise do sacramento da reconciliação

Sumário

Introdução

1 A formação da consciência moral

1.1 A opção pelo bem

1.2 A liberdade da consciência

2 O mistério do pecado

2.1 A vida segundo o conhecimento exterior

2.2 A perda do sentido do pecado

2.3 As tensões da consciência cristã

3 O mistério da reconciliação penitencial

3.1 O amor maior que o pecado

3.2 A fé como ponto de partida da reconciliação

4 Considerações Finais

Referências

Introdução

Prezados leitores e leitoras do nosso quarto volume da coleção Senhor, não tenho ninguém, nossa caminhada aos poucos está adquirindo forma de uma constante produção em função de elementos essenciais da nossa formação e, sobretudo, do nosso comprometimento c om Cristo.

Em primeira instância, abordamos o isolamento afetivo, logo depois, o significado da corporeidade, posteriormente, o sentido esponsal da relação Cristo-Discípulo(a). Neste novo volume, abordaremos um dos dramas mais fortes do texto do capítulo quinto do Evangelho de São João: Eis que estás curado; não peques mais, para que não te suceda algo ainda pior (Jo 5, 14b).

O tema do pecado é de grande exigência para todos nós, pois todos somos pecadores. Só que Jesus adverte ao homem curado: Não peques mais, para que não te suceda algo pior (Jo 5,14b).

Esse pior ressoa profundamente na minha consciência; não porque pense numa maldição ou numa realidade de castigo ou de uma sucessão de fatos errados; trata-se de algo mais doloroso ao meu ver. Perder a consciência do mal que fazemos e optar por viver ao longo da nossa vida atitudes que nos afastem do Senhor. Sabemos que Betesda é sinônimo de misericórdia; mas sabemos também que a misericórdia é justiça e bondade da parte do Senhor.

Durante a minha vida de professor de Teologia Moral, tenho encontrado estudantes que aos poucos contribuem de modo especial na pesquisa. Desta vez, quero agradecer ao estudante bacharel em Teologia Matheus Canônico Urganani, que desenvolveu diversas pesquisas sobre o tema. Obrigado, Matheus, pela sua impecável colaboração.

O homem curado em Betesda não reconheceu Jesus. Seu relacionamento com Ele simplesmente se limitou a receber um benefício e, a partir dali, Jesus continuou seu caminho sem lhe convidar a seguir. É fato que o sacramento da reconciliação na vida eclesial está vivendo uma crise arrasadora. Muitos católicos não frequentam o sacramento e, por vezes, quem o frequenta tem sérios problemas no desenvolvimento da sua consciência. Nós, ministros do sacramento, precisamos também aprimorar nossa formação constante para poder ajudar os penitentes; da mesma forma que nós mesmos participemos na nossa vida dos benefícios que esse sacramento traz a todos nós, os batizados.

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