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Homilética - 100 Esboços De Pregação
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Homilética - 100 Esboços De Pregação
E-book154 páginas3 horas

Homilética - 100 Esboços De Pregação

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Sobre este e-book

Introdução à homilética. Dicas de preparação e apresentação de sermões. 100 esboços de pregação prontos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de nov. de 2021
Homilética - 100 Esboços De Pregação

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    Homilética - 100 Esboços De Pregação - Anísio Renato De Andrade

    HOMILÉTICA

    100 ESBOÇOS DE PREGAÇÃO

    Pr. Anísio Renato de Andrade

    INTRODUÇÃO

    O termo homilética vem do grego omiletke. Omile é pregação; Tke é

    arte, de onde vem o vocábulo técnica. O dicionário de português Aurélio nos informa que homilética é a arte de pregar sermões. Trata-se de uma ciência diretamente ligada à ordem de Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado (Mc.16.15-16).

    Jesus começou o seu ministério pregando. A pregação é o principal meio de se conhecer o evangelho e alcançar a salvação.

    "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar?

    e como ouvirão, se não há quem pregue?" (Rm.10.13-14). Haveremos de pregar o evangelho, mas não podemos fazê-lo de qualquer maneira, pois isto poderia dificultar a fé e a salvação dos ouvintes.

    Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem (ITm.4.16). O mau vendedor não terá êxito em seu trabalho. O semeador que nada sabe sobre o que faz acabará destruindo as sementes e nenhum fruto colherá. A semente que o Senhor nos deu é perfeita.

    Se a nossa pregação não produz resultados, o problema pode estar em nós ou naqueles que recebem a palavra, pois nem toda terra é fértil (Mt.13). O semeador precisa conhecer a semente, o tempo, o solo e o modo de semear.

    A pregação do evangelho, para ser bem feita, precisa ser bem preparada. O pregador também deve se preparar. Mensageiro e mensagem precisam estar integrados e harmônicos para que os ouvintes sejam alcançados de modo satisfatório.

    O que se diz a respeito da pregação pode também ser aplicado, quase em sua totalidade, aos estudos bíblicos, sendo estes mais longos, com utilização de mais textos bíblicos e menos efeitos de oratória.

    A homilética tem por objetivo nos conscientizar de todo o preparo relacionado ao ministério da Palavra, bem como nos oferecer técnicas de aperfeiçoamento da prédica.

    A PREPARAÇÃO

    Quando alguém vai receber convidados em sua casa para uma refeição, procura resolver com antecedência uma série de questões, além de preparar o alimento. Será importante saber quem virá, qual será o prato, os ingredientes, o horário, etc.

    A palavra de Deus é alimento para o nosso espírito e não pode ser servida de qualquer maneira.

    Precisamos preparar. Pré significa antes. É bom que a preparação para a pregação seja feita com uma antecedência razoável, de alguns dias ou semanas. Preparar-se em cima da hora não é um bom hábito, pois corre-se o risco de um imprevisto no último instante tornar-se um impedimento decisivo.

    Jesus disse que os discípulos não deviam se preocupar com o que iriam dizer quando fossem presos, pois o Espírito Santo falaria por meio deles (Mt.10.18-20). Eles não seriam avisados sobre a prisão. Logo, não poderiam se preparar. Nós, porém, sabemos com antecedência quando vamos ministrar e devemos estar preparados. Isto não impedirá que o Espírito Santo nos use e nos leve a falar algo que não havíamos pensado nem planejado.

    Contudo, não podemos justificar nossa negligência por meio de uma suposta dependência do Espírito Santo.

    Existe algum nível de preparação que deve ser permanente em nós. Se alguém, a qualquer momento, nos perguntar sobre a razão de sermos cristãos, não podemos alegar que fomos apanhados de surpresa e não sabemos explicar. Pedro disse que devemos estar sempre prontos para responder àqueles que nos pedirem a razão da esperança que há em nós (IPd.3.15). Outra coisa é uma pregação ou estudo bíblico. Não é bom que seja assumido de repente, sem um preparo, caso seja a primeira vez que se vai falar sobre aquele assunto.

    Quanto mais experiente for o pregador, mais habilitado estará para aceitar desafios inesperados, mas não é o caso do iniciante.

    A preparação da mensagem começa com a escolha do tema. Se possível, é bom que se saiba também alguma coisa sobre as pessoas que estarão assistindo: seu nível cultural, social, etc. Estes detalhes não são primordiais, mas algum conhecimento deles será útil.

    De posse do tema, será necessário um trabalho de pesquisa para que se consiga o maior domínio possível sobre o mesmo. Nem tudo o que for pesquisado será ministrado, mas esse trabalho produzirá o conjunto de tópicos a serem pregados.

    O primeiro material de estudo do pregador é a bíblia. Por exemplo, se alguém for convidado para ministrar sobre família, então poderá começar pela leitura de passagens bíblicas a respeito desse assunto. Diante de um tema tão amplo, será necessário escolher algum aspecto a ser ministrado. Não dá para se falar tudo sobre família em uma pregação ou em um estudo bíblico. Poderíamos escolher, por exemplo, algo como o valor da família na igreja, ou a importância da família na sociedade, ou os males que afligem a família, ou os fundamentos de uma família bem sucedida, etc. Outra alternativa seria escolher uma família específica e fazer uma análise dos fatos a ela relacionados. Por exemplo, poderíamos estudar a respeito da família de Jacó. Observe que, ao se escolher a essência da mensagem, surge automaticamente o título da mesma. Isto será útil por uma questão de organização e clareza. Não se pode ir para o púlpito sem ideia da mensagem a ser pregada.

    Não é bom começar em um assunto e passar para outro e outro e outro, de modo que não exista um fio da meada e não se perceba aonde o orador quer chegar. Nesses casos, nem ele mesmo sabe.

    Escolher um assunto bem específico é como escolher o destino em uma viagem. Se eu resolver ir aos Estados Unidos, precisarei optar por uma cidade. Não é possível conhecer todo o país instantaneamente. Se eu não souber para onde vou, posso me perder no meio do caminho e, de fato, isto não fará nenhuma diferença para alguém que não sabe onde quer chegar.

    Para se descobrir um assunto na bíblia, será útil uma concordância ou chave bíblica.

    Ali se encontrará a palavra desejada e as referências onde se pode localizá-la nas Escrituras.

    Para se obter esclarecimento sobre o texto lido, pode-se consultar um dicionário bíblico, enciclopédia bíblica, comentário bíblico. Os livros evangélicos que tratam do assunto em estudo podem ser muito úteis, mas podem também conter erros. Se formos utilizar algum argumento extraído de um livro, precisamos estar bem seguros de seu fundamento bíblico. A leitura de várias obras sobre determinado assunto coloca em confronto as ideias de vários autores, de modo que o leitor se familiariza com o tema e obtém confirmação para o que está certo e mais condições de discernir o que está errado. É

    desejável que se tenha domínio do tema a ser pregado. Domínio pleno é algo inatingível, mas devemos procurar o melhor conhecimento possível, de modo que possamos oferecer mais informações do que incertezas. Quanto maior o conhecimento, menor será a dependência do preletor em relação às suas anotações.

    Em alguns casos, é mais sensato recusar convites para falar sobre alguns temas, devido à sua complexidade ou à nossa inadequação para abordá-los. Na fase preparatória,

    não podemos nos esquecer de orar. Este é um dos principais fatores que determinarão o sucesso ou fracasso do pregador.

    CONTEÚDO DA MENSAGEM.

    Algumas pessoas leem um versículo bíblico e depois falam muitas coisas que não estão relacionadas ao texto lido. É como se tivessem lido apenas por costume ou para justificarem biblicamente suas próprias ideias. Por exemplo, o candidato que lê um versículo na igreja para, em seguida, fazer um discurso político. Nesse caso, não se trata de uma pregação bíblica, por mais correta que seja sua mensagem.

    A pregação deve ser essencialmente bíblica, em seu conteúdo e propósitos. Caso contrário, não estaremos anunciando a palavra de Deus, por mais certos que estejamos daquilo que queremos ensinar. Filosofia, psicologia e sociologia podem estar ocupando o lugar do ensinamento bíblico em algumas situações. É verdade que podemos usar com cuidado tais disciplinas, mas elas não podem ser a essência da nossa mensagem.

    Não sejamos apenas repetidores das mensagens alheias. Ainda que isso possa ser proveitoso, o pregador pode se perder no meio do assunto, principalmente se for questionado sobre algum tópico. O melhor é que a nossa pregação não seja simplesmente a repetição do que lemos nos livros, mas sim fruto das nossas próprias conclusões, devidamente fundamentadas na bíblia.

    O ESBOÇO DA PREGAÇÃO

    O estudo preparatório deve produzir algum material escrito. Enquanto se lê a bíblia e outros livros, devem ser feitas anotações das referências e pontos principais do assunto.

    Trata-se de uma coleta de dados. No final, será necessária uma seleção e organização das ideias. Desorganização no preparo conduz ao nervosismo e erro no momento da pregação.

    Normalmente se obtém um grande volume de informações sobre o tema, de modo que torna-se inviável a utilização de tudo na mensagem, mesmo porque, na medida em que se estuda, percebe-se o destaque de alguns dados em detrimento de outros. Precisamos, portanto, escolher as informações que têm maior relevância e relação mais direta com o que queremos transmitir.

    Os pontos selecionados darão origem ao esboço da mensagem, que deve ser o mais curto e objetivo possível.

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