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O Tarot Como Você Nunca Viu
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O Tarot Como Você Nunca Viu
E-book437 páginas7 horas

O Tarot Como Você Nunca Viu

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Sobre este e-book

Neste livro, você vai aprender o significado de cada arcano do Tarot, um pouco sobre a história, origem e finalidade do Tarot e muito mais. A autora ensina, com detalhes, algumas técnicas de tiragem e mostra os principais decks de Tarot e seus métodos de interpretação, com muitas dicas importantes para que você se torne um tarólogo altamente capacitado para exercer a função.
O livro O Tarot como você nunca viu foi lançado pela autora com a finalidade de propagar este conhecimento valioso — que por muitos anos foi retido somente para algumas pessoas — para que todos possam ter acesso. A obra é voltada para o público com pouco entendimento sobre o assunto e também para quem quer aprimorar seus conhecimentos. A autora ensina sobre o Tarot de forma simples, prática e objetiva.
Vamos mergulhar juntos nesse imenso mundo do autoconhecimento que esse oráculo milenar pode nos proporcionar?
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de set. de 2023
ISBN9786525456935
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    O Tarot Como Você Nunca Viu - Morgana Godoy

    A Origem do Tarot

    O Tarot tem uma origem desconhecida, alguns estudiosos afirmam que teria surgido na Itália do século XV, mais especificamente no centro da nobreza de Milão, Ferrara e Florença. Usadas inicialmente para diversão, as cartas eram jogadas com regras similares às do bridge, conhecido como o xadrez das cartas. O baralho se chamava Tarocchi e originalmente era composto por apenas quatro naipes de arcanos menores. Com o passar do tempo, os artistas começaram a adicionar elementos gráficos, criando lentamente os arcanos maiores. A maioria das cartas era minuciosamente pintada à mão, o que as tornava extremamente caras, sendo acessadas apenas pela aristocracia.

    A igreja católica proibiu a utilização do Tarot como método divinatório no fim do século XV. Pouco tempo depois, houve o fim da proibição, uma vez que as classes dominantes voltaram a fazer o uso do Tarot, e a igreja católica, por sua vez, resolveu fazer vista grossa.

    Em 1781, Antoine Court de Gébelin trouxe em um dos volumes de sua série O mundo primitivo, sua teoria sobre o Tarot do Egito Antigo e relacionou, pela primeira vez, os 22 arcanos maiores ao alfabeto hebraico, criando uma base teórica que influenciou profundamente os estudiosos de Tarot ao longo do século.

    No ano 1785, Jean-Baptiste Alliette, também conhecido como Etteilla, publicou em Paris o primeiro livro sobre o uso das cartas como instrumento divinatório, o livro chama-se Como se entreter com um jogo de cartas chamado tarô, nele o autor ensina sobre como utilizar o Tarot como método divinatório. Ele também criou o baralho Grand Etteilla, usado pela mais renomada cartomante Marie-Anne-Adélaïde Lenormand, que, ao chegar em Paris em 1789, criou um escritório onde realizava suas vidências e atraiu pessoas renomadas na época.

    Em 1839, Pamela Colman Smith, uma escritora e ilustradora britânica que fazia parte de uma escola secreta de magia e ocultismo chamada Golden Dawn, desenvolveu o Tarot tradicional de 78 cartas.

    A Finalidade do Tarot

    Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Tarot não é um método divinatório. Mas como não? O Tarot não serve para adivinhar o futuro? Não! O seu futuro é você quem escolhe através de suas ações, suas escolhas, exercendo seu livre-arbítrio e tomando suas decisões.

    O Tarot serve como ferramenta de aconselhamento, ou seja, ele dá previsões, te ajuda a escolher um caminho, mas não faz a escolha por você. O Tarot te auxilia a ver as coisas que estão debaixo dos seus olhos, mas você não consegue enxergar.

    Muitas pessoas pensam que o Tarot é uma sentença, que o futuro é algo traçado, mas não é! Vou mencionar algo que sempre falo para as minhas clientes nas minhas consultas: se eu te disser que amanhã você vai passar por baixo de uma ponte e ela vai cair na sua cabeça, te ferir, te deixar com sequelas e pode até te matar, o que você faria? Certamente mudaria a sua rota para não passar por lá, certo? Assim funciona com a sua vida e com o seu destino. É claro que tem coisas que acontecem na nossa vida para que possamos aprender e evoluir, mas nem tudo é karma ou destino, às vezes é só consequência de algumas escolhas mesmo.

    Além disso, através de uma consulta de Tarot é possível saber qual é a índole ou a personalidade de uma pessoa, quais são as tendências de um relacionamento, como vai ficar a vida amorosa e financeira nos próximos meses, quais eventos ocorrerão no caso de uma tomada de decisão, é para isso que serve o Tarot, e não para adivinhar o futuro, tampouco para tomar decisões para e por você.

    Como o Tarot Funciona?

    Já falamos sobre a finalidade do Tarot, agora vamos falar sobre a sua mecânica. O Tarot independe de religião ou credo, algumas pessoas o usam como complemento para se conectarem à sua espiritualidade, mas isso não é uma regra, afinal, o Tarot apenas capta as energias do consulente e as transforma em orientação através das cartas.

    Já pensou em algum filme e viu a sua propaganda na TV ou em algum lugar? Já pensou em uma pessoa e ela te ligou ou mandou mensagem em seguida? Já esteve em uma conversa e, antes de você falar uma palavra, a pessoa que estava conversando com você disse a palavra que você estava pensando? O mesmo ocorre com o Tarot. Quando o tarólogo se conecta com o consulente, seja pessoalmente ou por foto, nome completo ou data de nascimento, ele acessa o campo vibracional do indivíduo e consegue captar as energias do consulente e das demais pessoas envolvidas na situação a ser questionada ao Tarot.

    Isso é facilmente explicado pela lei da vibração, uma das leis universais que explica que tudo é energia e que atraímos o que emitimos. Também pela lei da unidade, pois essa lei diz que tudo está ligado, somos todos um, parte de um todo e estamos interligados. Por esse motivo é possível acessar o campo vibracional do outro e relatar uma situação com clareza através das cartas de Tarot.

    O que é um Deck de Tarot?

    Um deck de Tarot é um conjunto de 78 cartas, sendo 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. O termo arcano significa misterioso, enigmático.

    Já o baralho cigano possui 36 cartas e é errado chamá-lo de Tarot cigano. Existem muitos oráculos denominados erroneamente de Tarot, são oráculos, sim, mas não são decks de Tarot.

    Se um deck tiver 79 cartas, estando fora do padrão de 78 cartas, não podemos chamá-lo de Tarot.

    Tipos de Tarot Existentes

    1 — Históricos

    Tarots confeccionados nos séculos XV e XVI.

    Exemplo: Tarocchi Visconti-Sforza, também conhecido como Tarô Cary-Yale ou Tarô Visconti-Modrone

    2 — Clássicos ou tradicionais

    Que seguem o padrão da escola francesa.

    Exemplo: Tarot de Marselha

    3 — Transculturais ou étnicos

    Usam figuras lendárias, relativas a culturas ou a mitologias.

    Exemplo: Tarot Egípcio

    Outro exemplo: Tarot Mitológico

    4 — Surrealistas ou fantasiosos

    Usam a imaginação do artista.

    Exemplo: Tarot de Toth

    Existem vários decks de Tarot, e você mesmo pode lançar um novo deck se for um artista que sabe desenhar. Os mais conhecidos são:

    Tarot das Bruxas;

    Tarot Egípcio;

    Tarot de Marselha;

    Tarot Mitológico;

    Tarot de Rider Waite;

    Tarot de Toth;

    Tarot Zen Osho.

    Todos eles possuem o mesmo significado, porém o Tarot das Bruxas, o Tarot Egípcio e o Tarot Zen Osho possuem algumas modificações dos nomes, já o Tarot das Bruxas troca a carta A Justiça de lugar com a carta A Força.

    A Jornada do Herói

    A jornada do herói, ou jornada do louco, é um método para que possamos memorizar e entender os 22 maiores arcanos do Tarot.

    O louco é a carta de número 0, é o personagem principal dos maiores arcanos, ele é um personagem alegre que representa novos começos, improviso, inocência e ousadia. Existe um pequeno louco em cada um de nós e a jornada do louco pelos arcanos maiores representa a nossa jornada pela vida.

    Conforme o louco faz suas viagens pelos arcanos maiores, ele encontra 21 personagens arquetípicos e com cada um deles aprende uma lição importante.

    A jornada do louco pode ser dividida em três etapas:

    O plano material: pessoas e situações que envolvem hierarquias;

    O plano mental: crenças e transmutação de pensamentos;

    O plano espiritual: desafios e recompensas que levam à plenitude.

    A jornada do louco através do plano material

    Durante as sete primeiras cartas, o louco encontra pessoas e passa por situações que lhe permitem entender o que significa ter poder e como usar esse poder para o bem e em prol do outro.

    O louco está entusiasmado para passar por novas aventuras, conhecer pessoas novas e desbravar novos horizontes com seu cachorro, que representa a sua própria consciência.

    A primeira pessoa que o louco encontra pela frente após caminhar por um longo dia é o mago, que por sua vez estava exercendo seus truques de magia. Após o mago terminar de fazer seu show de mágica, os dois conversaram e o louco aprendeu com ele a ter autoconfiança e a usar o que tem nas mãos para fazer a magia acontecer.

    Um dia depois, o louco encontrou um templo e lá estava a grande sacerdotisa. Ela o ensina a ter sabedoria interior, a escutar a sua intuição, a ser humilde para aprender com quem sabe mais e a ter sempre fé. A sacerdotisa se afeiçoou muito ao louco e o apresentou a uma grande amiga.

    Foram passear em um bosque e por lá encontraram um castelo, lá dentro havia uma mulher, a imperatriz, que é a manifestação do amor materno. O louco ficou maravilhado com sua beleza, seu poder e sua doçura, então aprendeu com ela a ser gentil consigo mesmo e a buscar a beleza e a felicidade.

    Depois de uma longa conversa, ela o apresentou então ao seu esposo. Ao chegarem à sala do trono, eles encontram o imperador, o arquétipo do pai, um líder forte e inteligente. Ele é rígido, mas gentil, e ensinou o louco sobre regras e postura, então o louco aprendeu a tomar decisões e a ter firmeza nas suas atitudes, sendo mais confiante ainda.

    O louco logo se despediu de todos do castelo e partiu novamente em busca de aventuras. Em sua viagem, ele encontra um mosteiro, lá estava o hierofante ministrando um sermão para seus fiéis, então o louco decide ficar por ali. Ao final, ele agradeceu ao hierofante por ter aprendido a importância da fé, da espiritualidade, dos valores, do tradicionalismo, da educação e saiu dali se sentindo alguém mais maduro e mais equilibrado.

    Ao andar mais um pouco ele conhece um jovem casal, os enamorados, que são um lindo casal apaixonado. Conversando com eles, o louco aprendeu o que é amar e a importância de buscar algo que nos complete.

    Em uma pequena aldeia, ele encontra um guerreiro em uma carruagem puxada por duas esfinges, a carruagem. Logo ele aborda o guerreiro e lhe pergunta o motivo que o levou a estar ali e aonde ele iria, este, por sua vez, lhe ensina que ser triunfante requer muito trabalho e dedicação, então o louco aprende a canalizar sua energia para seus propósitos.

    A jornada do louco através do plano mental

    Nesta nova jornada com as próximas sete cartas, o louco aprende sobre o processo de mudança de sentimentos, perspectivas e crenças. Quando o louco viaja por este plano, encontra questões mais filosóficas e faz autodescobertas.

    O louco retoma seu caminho, mais focado e determinado, ele então se deparou com uma mulher que estava abrindo a boca de um leão com um semblante muito sereno, como quem não usa força física para tal, ela se apresentou para ele como a força. O louco perguntou como ela conseguia fazer aquilo, ela então o ensinou que o poder nem sempre é físico, nem tudo é força, às vezes é o jeito com o qual você faz, mas para isso é preciso muito autocontrole.

    Anoiteceu e o louco viu uma montanha e lá em cima havia um senhor, o eremita, ele estava ali sozinho meditando, então o louco pediu para ficar ali com ele até o amanhecer, ele assim o permitiu. Ali o louco aprendeu que pode encontrar sabedoria interior e respostas por meio da meditação e da autorreflexão, então continuou sua jornada com a mente mais clarificada.

    Na manhã seguinte, após se despedir do ancião, o louco se deparou com a roda da fortuna. Ele a girou e ela ficou invertida, então ele a girou novamente e a roda parou em pé, nesse momento ele havia acabado de descobrir que nada é para sempre, existem altos e baixos.

    O louco se põe novamente a caminhar e logo nota um tribunal, ele então entra e se depara com um homem elegante que se apresenta como o juiz, em seguida o louco descobre o conceito de karma. A justiça ensina a ele que todas as ações terão reações, portanto é sempre bom fazer as escolhas corretas e ser senhor de suas verdades, para não se tornar escravo das consequências. Então o louco retoma a sua jornada sentindo-se um cidadão com direitos e deveres.

    Dando continuidade à sua caminhada, o louco se depara com uma árvore, lá havia um homem pendurado de cabeça para baixo pelos pés. O homem está ali por sua própria vontade e o convida a se pendurar ao seu lado para ver o mundo por aquele ângulo. Ele se apresenta como o pendurado e explica ao louco que sempre fica pendurado para se sentir preso e simplesmente mudar de perspectiva ao receber um fluxo maior de sangue em sua cabeça. O louco então aprendeu uma nova tática de reflexão, em seguida partiu novamente para a sua jornada, dessa vez mais reflexivo e ansioso por mudanças.

    O louco caminha por uma estrada e à beira dela se depara com um esqueleto com uma armadura negra sobre um cavalo branco, ao seu redor havia muitas pessoas suplicando por suas vidas, o esqueleto então se apresentou como a morte. Ela o explicou que na verdade ali estava acontecendo uma peça de teatro, não se tratava de uma morte física de verdade, mas simbólica. A morte tem muitas formas, sempre faz a passagem de um fim para um novo começo. O louco então aprendeu que a mudança é constante e às vezes chocante, mas eventualmente é necessária e para melhor.

    Perto dali, mais à frente, ele se depara com um lago e vê uma moça com dois copos de água nas mãos, passando a água de um copo para o outro, ela se aproxima e se apresenta como a temperança. Ela o ensina sobre equilíbrio, harmonia e paz com tudo o que o cerca. O louco sai dali com mais paciência e emoções mais equilibradas.

    A jornada do louco através do plano espiritual

    Nas próximas sete cartas, o louco aprenderá sobre a espiritualidade e as lições kármicas da vida.

    No topo de um pilar, o louco avista uma figura semelhante a uma fera observando dois humanos acorrentados pelo pescoço obedecendo às suas ordens, o diabo então lhe saudou. O louco lhe perguntou o que aquelas pessoas haviam feito para merecer tal punição, e o diabo lhe ensina o que acontece quando não há equilíbrio, o vício e a luxúria levam à ruína. Ele também explica que os humanos são livres para irem embora, mas não o fazem porque são viciados. O louco sai dali confrontando seu lado mais sombrio, tentando encontrar o equilíbrio interno.

    Logo o louco avista uma construção em ruínas, era a torre desabando. Pessoas ao redor imediatamente começaram a reconstruir as colunas da torre, com isso ele aprende que a destruição é sempre uma oportunidade de reconstrução e de renovação. Então o louco saiu dali ansioso por mudanças.

    O louco saiu do lugar um pouco tonto e acabou se perdendo, desesperado na escuridão da floresta, ele olhou para cima e viu a estrela, então ele a seguiu para fora da escuridão. Saiu dali com esperança, fé e otimismo e sempre irá se lembrar que mesmo que tudo pareça perdido, ainda há uma luz em meio à escuridão.

    Ele chegou a um campo aberto iluminado, era a lua a iluminar, então seguiu a sua intuição e começou a questionar, visto que começou a ver e a ouvir coisas irreais na noite e começou a ficar com medo. Nesse momento, o louco se sente inseguro e aprende que nem tudo é o que parece, pois ali existem coisas ocultas e misteriosas.

    Ao amanhecer, o louco se depara com o sol, ele então retoma a sua confiança e se sente bem, olha os pastos verdejantes à sua volta e vê que o sol é quem dispõe dos nutrientes, da abundância e faz com que as flores prosperem. Em seguida sai dali satisfeito e realizado.

    Após tomar um reconfortante banho de sol, o louco se sente com mais clareza e vai à procura de o julgamento. Após uma longa jornada, ele reavalia algumas ideias e começa a entender que é necessário perdoar aos outros e também a si mesmo. Então ele continua a caminhar com um olhar mais sereno e calmo, com sua consciência tranquila.

    Depois o louco começa a ver o mundo através de uma nova perspectiva, pois ele completou seu ciclo e conseguiu aprender muitas lições valiosas.

    A Numerologia Cabalística e o Tarot

    Existem vários métodos na numerologia, os mais populares são: Numerologia Pitagórica, Numerologia Cabalística, Numerologia Quântica e Sistema Caldeu.

    A cabala e o Tarot falam de caminho evolutivo, portanto são coligados.

    Os conceitos de cabala são retirados do Judaísmo, alguns acreditam que também faz parte da cultura judaica, embora seus principais fundamentos sejam muito mais antigos. A palavra Cabala, ou Qabalah, veio do hebraico e significa recepção, originou-se do sânscrito, grupo de línguas indo-áricas, antigas e modernas, que formam a maioria das línguas indo-europeias da Índia, Paquistão, Bangladesh e outros países vizinhos.

    A Numerologia Cabalística e os Arcanos Maiores

    A Cabala nos mostra 22 sindeiros (caminhos), esses caminhos são a representação na relação entre as dez esferas da Cabala representadas pelos 22 arcanos maiores do Tarot e também relacionadas às 22 letras do alfabeto hebraico de acordo com a gematria (método de interpretação de análise das palavras bíblicas somente em hebraico), atribuindo um valor numérico definido a cada letra.

    Kether: a coroa, a unidade absoluta, o número 1.

    Os quatro ás dos quatro naipes;

    Chockmah: a sabedoria, a energia masculina.

    Os quatro 2 dos quatro naipes;

    Binah: a compreensão, a energia feminina.

    Os quatro 3 dos quatro naipes;

    Chesed: o perdão, o amor fraterno, a compaixão.

    Os quatro 4 dos quatro naipes;

    Geburah: a severidade, o julgamento, a força.

    Os quatro 5 dos quatro naipes;

    Tiphareth: a beleza, o equilíbrio, a harmonia.

    Os quatro 6 dos quatro naipes;

    Netzach: a vitória, o domínio.

    Os quatro 7 dos quatro naipes;

    Hod: a glória, o esplendor, a submissão.

    Os quatro 8 dos quatro naipes;

    Yesod: o fundamento, o ego, a sexualidade.

    Os quatro 9 dos quatro naipes;

    Malkuth: o reino, a ação, a materialidade.

    Os quatro 10 dos quatro naipes.

    A Numerologia Cabalística e os Arcanos Menores

    As dez esferas de energia, ou os dez Sephirot ou Sephirah, que correspondem aos arcanos menores, são representados pelas dez cartas numéricas dos naipes que, por sua vez, representam os quatro elementos da natureza:

    Copas (elemento água): emoções, criatividade, intuição, relacionamentos;

    Ouros (elemento terra): riqueza material, dinheiro, carreira, manifestação;

    Espadas (elemento ar): comunicação, verdade, intelecto, pensamentos;

    Paus (elemento fogo): inspiração, energia, entusiasmo.

    Os arcanos menores são compostos por 56 cartas, sendo 40 cartas numéricas e 16 cartas de corte (pajem, princesa, valete, cavaleiro, rei e rainha). Essas 40 são separadas em quatro naipes: copas, ouros, espadas e paus, com cada um contendo cartas de 1 a 10.

    As cartas de corte (pajem, princesa, valete, cavaleiro, rei e rainha) são exclusas das dez esferas cabalísticas, mas não menos importantes na leitura do Tarot, vamos ver sobre eles mais adiante.

    Uma das técnicas de memorização dos menores arcanos do Tarot é saber correlacionar a numerologia com os elementos dos naipes:

    1 (Ás) — Novos começos, novas oportunidades, novos caminhos;

    2 — Equilíbrio, parcerias, dualidade;

    3 — Criatividade, atividades em grupo, crescimento;

    4 — Estruturação, estabilidade, poder de manifestação;

    5 — Mudanças, instabilidade, conflitos;

    6 — Comunicação, cooperação, harmonia;

    7 — Pausa para reflexões, reavaliação, aprendizado;

    8 — Domínio, ação, realizações;

    9 — Aquisição, posse, realizações;

    10 — Conclusão, fim de um ciclo, renovação.

    Quanto às cartas de corte, cada uma delas representa uma pessoa, uma personalidade, veremos a seguir com um maior detalhamento de cada arcano do Tarot.

    Maiores Arcanos do Tarot

    00/22 — O Louco

    Astrologia: Urano.

    Vertical: Muito positivo.

    Invertida: Muito negativo.

    Conselho

    Vertical: Haverá algo aventureiro e inesquecível!

    Invertida: Você se arrependerá terrivelmente.

    Resumo

    Vertical: Novos começos, novas aventuras, novas oportunidades, possibilidades infinitas, alegria, paixão, espontaneidade, aventura, inocência, possibilidade, fé, ortodoxo, tradicional, corajoso, original, livre de limitações.

    Invertida: Má decisão, falta de determinação, letargia, hesitação, má escolha, loucura, estupidez, confusão, falta de direção, mau julgamento, confiar em quem não devia, incapacidade de pensar no futuro, preguiça, imprudência, ignorância.

    Geral

    Vertical: O louco é o número 0 ou 22 na primeira e na última carta do Tarot. Tudo se atualiza e este é o início e o fim do baralho. Temperamento, vontade de viver, paixão momentânea, honestidade e otimismo fazem parte da definição dessa carta, mas, como o coringa, ele aparece para quebrar todo o ciclo.

    Este arcano representa a vontade de descobrir um novo horizonte de vida e desvendá-lo no final de um ciclo de sucesso. Então o louco começa a jornada sem pensar, caminha pela estrada diante dos desafios, não planeja e só tem desejo e sede de experimentar novos ares. Seu comportamento é natural e espontâneo.

    Embora haja borboletas em seu estômago sobre o que é desconhecido, ele pensa que tudo pode acontecer quando ele for embora e que, no final, seria um grande aprendizado. Esta carta pode ou não ser benéfica, dependerá de toda uma tirada para determinar as circunstâncias em que você está inserido.

    Mas se interpretarmos literalmente, podemos olhar para isso positivamente, assumir riscos e desejar novas oportunidades. No entanto esse desejo forte fará com que você perca tudo, porque o louco não pondera seus comportamentos e não avalia as circunstâncias em que a pessoa se encontra apenas para atingir um objetivo.

    Invertida: O louco tem como obstáculo a imprudência, a impaciência e a pressa. A longevidade é boa, mas aprender cada etapa é importante. O pior neste estágio é que se a carta for apresentada de forma negativa, você

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