Os Frutos Dos Falsos Profetas

De Renato Pereira De Lima

O alerta feito por Jesus Cristo em Mateus 7.15: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”, é uma revelação preventiva da existência dos falsos profetas. Esse livro tem como propósito indicar e apontar os frutos maus provenientes de líderes que estão presentes e são atuantes nos círculos cristãos de denominações proclamadas de “evangélicas”. Líderes que afirmam seguir corretamente a Bíblia Sagrada como autoridade máxima em matéria de fé e de prática, mas que na verdade se utilizam disso apenas para influenciar, manipular e enganar as pessoas, objetivando tirar proveito das mesmas para conquistar dinheiro e poder.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 2 de out. de 2023

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OS FRUTOS DOS

FALSOS

PROFETAS

pelos seus frutos os conhecereis

RENATO PEREIRA DE LIMA

Copyright©2023 – Todos os direitos reservados por Renato Pereira de Lima

1ª Edição - 2023

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil

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Lima, Renato Pereira de.

Os Frutos dos Falsos Profetas, pelos seus frutos os conhecereis – 2023.

ISBN: 978-65-00-81523-8

180p.; 16x23cm

1.Bíblia 2.Religião 3.Teologia

CDD: 220-Bíblia

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Dedico a todos que amam a Deus com uma fé não fingida.

SUMÁRIO

Dedicatória ................................................................................................... 05

Introdução .................................................................................................... 09

Capítulo 1 – A Perícope de Mateus 7.15-20 ................................... 21

Capítulo 2 – A origem e a realidade dos Falsos Profetas ......... 37

Capítulo 3 – Os Falsos Profetas liderando igrejas ....................... 49

Capítulo 4 – Os Falsos Profetas Pregadores .................................. 71

Capítulo 5 – Os Falsos Profetas na Mídia ........................................ 97

Capítulo 6 – Os Falsos Profetas Artistas Gospel ........................ 105

Capítulo 7 – Os Falsos Profetas na Política ........................... ...... 117

Capítulo 8 – Os Falsos Profetas, o Dízimo e as Ofertas ........... 133

Capítulo 9 – Hipocrisia, uma marca dos Falsos Profetas

......................................................................................................................... 147

Capítulo 10 – Permanecendo firmes diante dos Falsos Profetas

......................................................................................................................... 161

Bibliografia ................................................................................................ 175

INTRODUÇÃO

OS FRUTOS DOS FALSOS PROFETAS

No início dos meus estudos sobre a Bíblia, quando passei a ter contato com o texto bíblico e a refletir sobre ele, acreditava ser impossível alguém, ensinando com esse texto em mãos, transmitir uma mensagem com dissimulação, ou seja, pregar uma mensagem baseada no mesmo, mas que objetivasse alcançar metas secundárias, enganando dessa forma as pessoas por interesses mesquinhos.

Para mim, quando qualquer indivíduo mergulhasse no santo texto e procurasse proferir uma mensagem inspirada nele, constatando a honestidade do mesmo, não ousaria atentar contra a integridade contida em suas páginas.

Por isso, quando pensava em uma igreja considerada

evangélica ou protestante ministrando um culto sob a autoridade da Palavra de Deus, para mim seria improvável e impossível que o ensino fosse corrompido e engenhosamente elaborado para manipular os ouvintes.

Até acreditava que Deus não permitiria isso, porque se alguém ousasse proceder dessa forma, com certeza o Senhor interviria naquele exato momento para impedir, podendo até matar o falsário no púlpito, em pleno culto. Porque, sendo o culto

evangélico uma reunião santa, Deus não aceitaria uma profanação dessa espécie.

Na época, pensava que uma igreja só pelo fato de se declarar

evangélica ou protestante, seria, sem sombra de dúvidas, o canal

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INTRODUÇÃO

exclusivo ortodoxo de transmissão do Evangelho de Jesus Cristo para o mundo. Porque, como ela pregava com ênfase na Bíblia Sagrada, como a Palavra de Deus, automaticamente era a porta voz legítima do Criador.

Mas, à medida que fui amadurecendo e lendo mais atentamente os textos neotestamentários, fui percebendo que havia algo estranho pairando no ar.

A primeira vez que notei uma mensagem contaminada, feita em nome de Deus e da Bíblia, por uma denominação que se considerava alicerçada nas Escrituras, foi quando assistia a uma programação evangélica na televisão, por volta do ano de 1999.

Na programação televisiva, os pastores e bispos prometiam uma vida de riquezas e saúde para quem se convertesse a Jesus, ou melhor, mais precisamente para quem procurasse a igreja deles.

Apresentavam supostos testemunhos de pessoas que haviam adquirido grandes mansões, muitos carros na garagem, saúde física, empresas bem-sucedidas e muito dinheiro.

Para justificarem isso, os líderes religiosos utilizavam as seguintes palavras de Jesus, contidas no texto bíblico: 10O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. (João 10.10)

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Porém, percebi no mesmo instante algo estranho contido nesse ensino, observando que a mensagem estava sendo distorcida, não estando em harmonia com o Evangelho. Porque Jesus e os apóstolos quando ministraram, não viveram esse tipo vida e nem ensinaram que a vida em abundância seria o acúmulo de bens materiais (Mateus 6.19-21; 1Timóteo 6.3-10).

Passados alguns anos depois disso, quando estava em um culto em uma igreja evangélica, testemunhei um evento no qual fui envolvido e que me abriu os olhos definitivamente, de que em plena reunião de uma igreja que se declarava seguidora da Bíblia, era possível sim ocorrer eventos onde a honestidade da mensagem da Palavra de Deus seria vilipendiada.

Nesse dia, havia um pregador de outra cidade que tinha sido convidado para pregar. Nessa igreja, o pastor era alucinado em fazer eventos e convidar pregadores de outras cidades, não se importando em investigar antes a integridade moral e ética dos mesmos.

No final da mensagem do mencionado pregador, ele resolveu fazer uma revelação. Afirmou que ali, dentro da igreja, havia alguém que naquela mesma semana tinha ido ao médico e teria sido diagnosticado com uma doença sem cura que afetava os ossos.

Então, aquele pregador deu ordem para que aquela pessoa viesse à frente, para receber uma oração. Como ninguém se

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apresentou, ele, fazendo pressão, declarou que daria cinco minutos para que o indivíduo enfermo se dirigisse à frente do púlpito. Não se apresentando ainda o suposto doente, ele aumentou a pressão psicológica, afirmando que caso ele não fosse, ele mesmo, o próprio pregador, iria buscá-lo no banco da igreja.

Mesmo assim, o tal doente não se manifestou. Por fim, o próprio pregador resolveu descer do púlpito e se deslocar ao encalço do suposto enfermo. Eu estava nesse dia sentado no último banco. Observei-o vindo e olhando de um lado para outro em direção aos últimos bancos da igreja. Pensei comigo, será que virá em minha direção?

Para meu espanto e surpresa, ele veio até mim e estendeu a sua mão para me levar à frente! Quando olhei no seu rosto, percebi no seu olhar que praticamente estava suplicando e implorando para que eu fosse à frente, como que precisando de alguém para concluir o seu propósito, já que se não tivesse alguém, passaria uma tremenda vergonha e vexame.

Chegando à frente da igreja, ele começou a afirmar que a revelação era a meu respeito. Mas eu não tinha nenhuma doença, muito menos doença nos ossos e nem ainda tinha ido ao médico por aqueles dias. Então começou a orar afirmando que eu estava recebendo a cura naquele exato instante. Ele me interrogou e pediu para que eu confirmasse essas coisas. Porém, como não confirmei nada, ele ordenou que um obreiro descesse de cima do púlpito e se

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posicionasse atrás de mim, pois eu estaria endemoniado e ele iria orar e, então, eu cairia no chão possesso. Assim, o obreiro me seguraria, para não bater com a cabeça no chão.

Ao fazer a oração, nada aconteceu. Eu, numa atitude de precaução, cheguei a movimentar uma das minhas pernas um pouco para trás, para apoiar melhor, porque como percebi na hora que ele era um impostor, o mesmo poderia tentar empurrar a minha cabeça para trás, numa tentativa brusca para me causar tonturas, forçando uma queda.

Mas, ao final de tudo, vendo que nada ocorreu, ele me despediu de volta para o banco, dizendo à igreja que eu já havia recebido a bênção. No momento que me deslocava de volta ao banco, olhei para as pessoas da igreja e demonstrei a elas a minha completa reprovação, que ficou bem nítido a todos os que viram a minha face.

Nesse dia, comprovei, "in loco" , ou seja, por mim mesmo no local, que era possível que pessoas que se afirmavam serem pregadores de Deus conforme a Bíblia, mentirem e usarem de técnicas de engano, o emocionalismo e a persuasão para enganar os cristãos.

Mas também lendo mais atentamente as passagens bíblicas que falam sobre o assunto, entendi que essa possibilidade e realidade já haviam sido pronunciadas pelas Escrituras, onde o próprio Senhor Jesus fez o alerta:

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15Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

(Mateus 7.15)

Também no período primitivo da Igreja, quando Paulo fez o discurso de despedida aos líderes da igreja em Éfeso, o apóstolo pelo Espírito Santo revelou que posteriormente surgiriam no meio deles líderes perversos:

29Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. 30E

que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. (Atos 20.29,30)

Tempos depois, o mesmo apóstolo, já na parte final do seu ministério, escrevendo a Timóteo, faz o alerta sobre o surgimento dos falsos líderes, que se multiplicariam: 1Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; 2porque haverá homens amantes de si mesmos,

avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor

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para com os bons, 4traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

(2 Timóteo 3.1-5)

Essas pessoas a que Paulo se referiu no trecho anterior, não são indivíduos de fora da Igreja, pois no mundo sempre existiu pessoas que praticaram essas iniquidades. Mas são indivíduos já inseridos dentro do aprisco cristão, conhecedores do Evangelho, mas que se apostatariam para causar danos ao rebanho.

Por sua vez, têm-se as revelações do apóstolo Pedro, registradas na sua Segunda Epístola, escrita pouco antes do seu martírio:

1E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos

doutores,

que

introduzirão

encobertamente heresias de perdição e

negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre