Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Uma Voz No Deserto
Uma Voz No Deserto
Uma Voz No Deserto
E-book402 páginas6 horas

Uma Voz No Deserto

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Uma Voz No Deserto é a autobiografia do Reverendo Loran W. Helm (1916-2006) e também um maravilhoso manual sobre o discipulado cristão. Loran Helm acreditava e ensinava uma mensagem de abnegação, confiança e obediência a Jesus como algo fundamental para a vida cristã. Aqueles famintos por uma experiência espiritual mais profunda descobrirão que este livro é um manual de fácil leitura para caminhar junto com Deus.
IdiomaPortuguês
EditoraBookBaby
Data de lançamento9 de jan. de 2024
ISBN9798350939057
Uma Voz No Deserto

Relacionado a Uma Voz No Deserto

Ebooks relacionados

Cristianismo para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Uma Voz No Deserto

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Uma Voz No Deserto - Loran W. Helm

    A white paper with black text Description automatically generated

    Todas as citações bíblicas usadas neste livro, salvo indicação em contrário, foram retiradas da Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional® - NVI®.Copyright © 1993, 2000, 2011 por Biblica, Inc.®

    Todos of direitos reservados mundialmente.

    ISBN: 979-8-35-093905-7

    PREFÁCIO

    Da melhor forma possível, desejo expressar a minha mais profunda gratidão a cada pessoa que nos apoiou com pedidos de orações ao Trono de Deus para que esta humilde peregrinação pudesse ser compartilhada total e inteiramente para a Glória do Senhor.

    Espero não ter esquecido ninguém que, ao longo dos meses e anos, nos auxiliou neste chamado de declarar a mensagem do Reino de Deus para todas as preciosas igrejas de Jesus Cristo em todo o mundo. (É importante lembrar que onde estiverem duas pessoas reunidas, tranformadas pela a experiência do Novo Nascimento, amando a Jesus Cristo com todo os seus corações e obedecendo ao Espírito Santo, alí sim estará a verdadeira Igreja de Deus). Para cada uma dessas pessoas que formam o Corpo de Cristo ao redor do mundo, eu a saúdo no incomparável nome do nosso Senhor ressuscitado e que logo virá.

    Oxalá eu pudesse relatar como tem sido maravilhoso caminhar com Deus ao longo desses anos, mas eu sinto que é difícil um único livro nos aproximar dessa grandeza. Minha oração é para que, apesar de nossas limitações humanas, a presença do Espírito Santo seja sentida em cada parágrafo e em cada frase. E que todos os leitores deste Livro considerem estas páginas não apenas como um livro, mas como uma conversa pessoal entre nós dois.

    Embora meu sincero desejo é de não ofender a ninguém ou criar um único momento de mal-entendido, reconheço que os testemunhos dos servos de Deus quase sempre foram recebidos com dificuldade, especialmente por líderes religiosos. Minhas palavras para a igreja professante podem ferir alguns ouvidos, mas pela graça de Deus e o poder purificador do Espírito Santo que habita em nós, posso testemunhar que estas palavras fluem de um coração partido por amor a cada pessoa viva, e em direção à verdadeira Igreja de Jesus Cristo.

    Tente ser paciente comigo, por favor, quando eu digo que o Senhor '' me está dizendo algo ou que o Espírito Santo está falando comigo. Deus muito raramente se comunicou comigo em uma voz audível, mas, por mais de quarenta anos, Ele me fez saber da Sua vontade pela operação de seus dons dentro de mim. É somente por Sua graça e misericórdia que eu possuo alguns conhecimentos, e ainda mais por Sua bondade que sou capaz de discernir Sua sagrada voz. Sempre que os termos falar ou dizer" forem usados, simplesmente lembre-se de que Deus não me disse algo audivelmente, mas Ele revelou pelo seu Espírito ao meu homem interior.

    De vez em quando, incluí palavras, frases e até parágrafos inteiros em negrito. Por meio destes, eu tento alertar aos queridos leitores sobre a importância especial dessa seção específica. Geralmente, as palavras ou frases usadas são muito simples; porém, elas contêm uma semente da verdade eterna que Deus me revelou somente depois de haver caminhado muitos anos com Ele. Se pudéssemos agarrar uma ou duas dessas minúsculas jóias da realidade divina, valeria mais do que ouro para um verdadeiro seguidor do manso e humilde Jesus. 

    Ao meu genro, Jon Cullum, gostaria de expressar minha gratidão por seu trabalho de amor ao compilar e editar os materiais deste livro. Já que ele viveu e viajou comigo por quase quatro anos, ele entende que Deus trabalha através de mim mais extensivamente por meio da palavra falada. Por isso, ele fez uso da primeira pessoa em todo o livro. 

    Quero muito expressar meu sincero agradecimento a minha fiel esposa, meus queridos pais e minha querida família por tudo o que eles significam para mim e também ao meu ministério durante quase quatro décadas. Que incentivo foi ter minhas próprias filhas, sobrinhos, sobrinhas e meus próprios irmãos com suas esposas, viajando centenas de quilômetros para estar com um servo limitado e indigno a serviço aonde quer que o Espírito Santo me mande. 

    Muito obrigado a Virginia Yoder pela ajuda na transcrição de muitas mensagens, das quais várias de nossas experiências foram tiradas. Quero também fazer menção à contribuição de Geneva Walker na transcrição de materiais relacionados ao reverendo Wesley Bullis e a sua esposa, pelas valiosas sugestões, e assistência. Da mesma forma, gostaria de agradecer a Terry Hogue por sua dedicação em me ajudar. 

    Gostaria de expressar especialmente minha gratidão a Vera Wagner pelas muitas horas de perseverante devoção à digitação deste manuscrito, desde o início até a sua conclusão. Também tenho uma dívida incomum de agradecimento a Artley Cullum, Tom Harman e toda a equipe da Country Print Shop pela maneira em que o Senhor os usou para nos ajudar nos últimos dez anos. 

    O principal responsável pela edição deste livro é Comer Tankersley, um homem amado que Jesus salvou e transformou maravilhosamente em nossa primeira viagem a Israel em 1969. Ele foi a única pessoa que me disse: Se você precisar de dinheiro para imprimir este livro, eu te emprestarei. Com base neste amor e graciosa confiança, senti-me guiado por Jesus para que meu genro começasse a pesquisa e preparação deste volume. 

    Eu sei que sou uma pessoa carente diante do Senhor. Por causa disso, peço perdão, se em algum momento falhei com a vontade de Deus, ou se decepcionei pessoas queridas, pois desejo ser santo perante a Deus em todos os momentos. Também estou ciente de que orei muito pouco e que não ganhei suficiente almas para Jesus. Eu preciso muito mais do santo amor de Deus, que é a única evidência verdadeira do cristianismo. 

    Acredito que este livro, por meio do Espírito Santo, elevará o seu coração, desperterá uma determinação para avançar em direção à cruz e inspirará à perfeita vontade de Deus, enquanto você busca primeiro, não os planos de homens nobres e bem intencionados, mas o glorioso Reino de Deus. 

    Um fiel servo de Jesus Cristo, Loran W. Helm

    Parker, Indiana

    17 de abril de 1973

    O REVERENDO LORAN W. HELM

    PRÓLOGO

    Por Mary Webster

    Antes que eu começasse a falar, eu o vi! A verdade, é que não era possível não vê-lo! Sentado próximo ao caminho que leva um ao púlpito, ele simplesmente se destacava da audiência—um homem extraordinário, bem-vestido, distinguido com um sorriso de Deus na sua face. Tudo sobre ele parecia dizer: este homem é diferente! Pensei: Melquisedeque—sem princípio e sem fim.

    Quando abaixamos nossas cabeças para orar no início do culto, o Senhor me revelou que eu não era a que traria a mensagem daquela noite, mas eu deveria simplesmente apresentar este irmão e ele falaria. Foi extremamente estranho apresentar uma pessoa na qual nem o seu nome eu sabia; então eu simplesmente relatei o que havia sido revelado a mim, e chamei Melquisedeque para nos contar o que Deus tinha posto no seu coração. Mais tarde, descobri que o seu nome não era Melquisedeque, mas Loran Helm.

    Ficou evidente a razão porque Deus quis usar o Irmão Loran naquela manhã, pois as pessoas eram muitas abençoadas.

    Logo, eu lhe disse que ele parecia ser um cristão bem solitário, pois poucas pessoas haviam caminhado com Cristo tão longe quanto ele. Nem todo mundo podia compartilhar as alturas e profundezas que ele conhecia, pois eles não haviam se entregado a Jesus da mesma intensidade. Ele simplesmente sorriu.

    Durante um retiro no qual ele era o líder, eu observei este maravilhoso espírito livre quase quebrando as suas asas tentando voar dentro de um casulo de um sistema, impedimentos, e limitações duma organização. Isso me direcionou ao sugerir que seria melhor possivelmente para ele e as outras pessoas que deixassem cair este casulo que os estava prendendo, como se fosse uma camisa de força, e se elevar em direção as alturas com Jesus, livre para fazer a sua vontade.

    Ao ler este livre, você descobrirá que também está se elevando—ou pelo menos, ansioso para chegar até Jesus, e obter as asas para tentar!

    SUMÁRIO

    PREFÁCIO

    PRÓLOGO

    1 POR QUE OS HOMENS NÃO OBEDECEM A DEUS?

    2 MEU PAI

    3 LIVRAMENTOS DA MORTE

    4 MINHA MÃE

    5 A CONVERSÃO DO MEU PAI

    6 DEUS FALA PELA PRIMEIRA VEZ

    7 O DÍZIMO ABRE O CAMINHO

    8 A FÉ DE UMA CRIANÇA

    9 A ORAÇÃO DE UMA CRIANÇA

    10 DISCIPLINA PARENTAL

    11 CONVERSÃO

    12 A PRIMEIRA OBEDIÊNCIA

    13 JESUS REVELA MINHA COMPANHEIRA

    14 SANTIFICAÇÃO

    15 NOSSO PRIMEIRO PASTORADO

    16 VENHA COMIGO, FILHO...

    17 ...E A PERFEITA VONTADE DE DEUS.

    18 ORDENAÇÃO

    19 BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO

    20 O CHAMADO

    21 FARDOS ESPIRITUAIS

    22 DEIXANDO TUDO PARA TRÁS

    23 ESPERANDO EM DEUS

    24 NOSSA CASA CONSTRUÍDA PELA FÉ

    25 O AVISO DE UM VIGIA

    26 O PRINCÍPIO

    1      POR QUE OS HOMENS NÃO OBEDECEM A DEUS?

    Ao fechar a porta principal da bela casa que Jesus nos proporcionou, segui em direção ao carro onde minha mulher me esperava para me acompanhar a um restaurante. Naquele momento Deus falou comigo, dizendo: Alguém está prestes a morrer!

    A carga foi muito intensa. Querida, disse para minha mulher enquanto entrava no carro, o Espírito Santo acaba de me revelar que alguém de nossa família está prestes a morrer. Preciso orar a Deus por nossa familia. Ao nos aproximarmos da estrada eu comecei a orar, mas a revelação se tornou tão intensa que finalmente disse: Não podemos prosseguir mais. Temos que voltar para a casa e interceder perante a Deus por esta pessoa querida que está em perigo.

    A ideia de uma boa refeição foi esquecida, e voltamos para casa. Fui para o meu quarto de oração e clamei à Deus, Oh, Deus que nos livra, liberta-nos, proteja-nos! Senhor, assuma o comando deste problema! Senhor, nós precisamos tanto de Ti! Eu implorei e orei por duas ou três horas antes de começar a sentir um alívio.

    No dia seguinte meus pais foram convidados a oficiar un serviço funebre em Cromwell, Indiana, alguns quilómetros ao norte; mas minha mãe acordou naquela manhã com uma sensação estranha. Quando ela começou a se vestir para a viagem, ela mal conseguia respirar. A carga era tão forte que ela finalmente disse: Eldon, não devo comparecer a este funeral.

    Meu pai ficou surpreso: Querida, mas eles estão nos esperando. Todos esperam ver você. Meus pais foram pastores naquela comunidade anos atrás e tinham muitos amigos lá.

    Eu não posso, ela insistiu. Me falta até o ar só em falar sobre isso. Meu pai então foi sozinho.

    De volta para casa, ao virar a curva do Big Lake, em um Ford 1959 de duas portas, um homem num Hudson maior que pesava uns 500 quilos a mais que o carro do meu pai, desviou o carro para a pista esquerda e bateu nele de frente. O impacto moveu um pouco o motor para dentro da cabine do motorista, machucando meu pai.

    Se a minha mãe estivesse no carro, ela certamente teria morrido; mas meu pai sempre foi um homem extraordinariamente forte. Ele tinha mais força nos braços aos setenta anos que muitos homens aos cinquenta. Esta força o salvou de ferimentos graves ou até da morte, porque ele simplesmente abraçou o impacto com seus braços e forçou o volante para baixo. O volante deixou sua marca no peito do meu pai por algum tempo. Algumas costelas foram machucadas e várias contusões no corpo apareceram imediatamente. Um dos nossos queridos amigos que viu o carro do meu pai depois do acidente se perguntou: Como foi que ele sobreviveu?

    Eu respondi: A misericórdia de Deus o salvou.

    O médico indicou ao meu pai um remédio forte para dor, que durou domingo, segunda-feira e terça-feira. Pela quarta-feira as pílulas perderam o efeito e nada diminuía o sofrimento. Ele me disse: Essas pílulas não estão mais funcionando, filho. Não sei se posso aguentar tanta dor.

    Quando ele me disse isso, eu me ajoelhei ao lado de sua cadeira, coloquei minha mão no braço dele, e comecei a orar: Oh, meu Deus, meu pai está sofrendo muito, e parece que nada está acabando com esta dor. Querido pai, em nome de Jesus, tire agora este sofrimento para a sua glória e honra? Imediatamente, o poder de Deus caiu sobre o corpo dele e eu o senti. Sentiu isso? lhe perguntei.

    Ohhh, sim! ele respondeu. Estou me sentindo muito melhor! Ele levantou, pegou sua bengala, e começou a andar. Para a glória de Deus, ele nunca mais teve dor daquela lesão.

    Foi o Senhor Jesus quem ouviu e respondeu a oração. Ele tinha revelado o fardo deste acidente um dia antes de acontencer. Sua mensagem para mim no momento que deixei nossa casa foi: Alguém de sua familia está prestes a sair de casa agora. Eu louvo a Deus por Sua fidelidade.

    Eu louvo a Deus por ter nascido de pais que temiam a Deus, que amavam a Deus e me ensinaram sobre Jesus. Uma das minhas primeiras memórias é da minha mãe falando e cantando a mim sobre Jesus. Ela me segurava nos seus braços e cantava: Oh, sim, há poder no sangue de Jesus para me purificar.

    Meus antepassados amavam a Deus. Da família de meu pai, meu tataravô ajudou a construir o pequeno Templo Metodista em Windsor, aproximadamente 115 à 120 anos atrás. Ele era um homem muito fiel e humilde.

    Seu filho, meu bisavô, caminhava para os cultos de domingo de manhã e de noite, para reuniões de oração e evangelismo. E não era uma distância curta. O reverendo Eddie Greenwald me disse anos atrás: Eu acredito que o seu bisavô não faltou a nenhum culto em trinta a trinta e cinco anos. Minha mãe lembra que certa vez, ao subir os degraus do templo quando ela era uma menina de sete ou oito anos, sua mãe disse: Teremos um bom culto esta noite: o tio Jerry está aqui. Ele era um fazendeiro humilde, mas amava Jesus.

    A casa dos meus avós maternos, Loran e Elizabeth Dickson, sempre foi o alojamento de ministros visitantes. Apesar de pertencerem a diferentes denominações, eles sempre foram bem-vindos à mesa do meu avô, e à mesa do pai dele. Reverendo Gilmore, o primeiro homem que conheci como um homem de Deus, guardava um profundo apreço por meus avós. Anos depois, quando ele estava doente e eu o levei a uma clinica, ele me disse o seguinte: Loran, sua avó, Elizabeth Dickson, dedicou sua vida aos outros. O epitáfio em sua lápide deveria dizer: ‘Ela viveu sua vida para os outros.’

    Eu nasci em Muncie, Indiana, em 3 de fevereiro de 1916. Fui o primeiro filho de Alvin Eldon Helm e Mary Rosetta Helm. Moramos lá somente por um curto tempo antes de nos mudarmos para Windsor, que ficava a alguns quilómetros ao sudeste, onde vivemos, no que meus pais chamavam de a casinha vermelha.

    Foi na vila Windsor que eu realmente lembro de haver escutado pela primeira vez sobre oração, igreja e sermão. O Senhor de alguma maneira, me permitiu lembrar de experiências concretas de minha infância. Eu me lembro bem dos prédios comerciais do outro lado da rua de frente para nossa casa quando eu tinha três anos. Você pode se perguntar como uma criança de apenas três anos pode se lembrar de tais memórias, mas eu as vejo como se fossem fotos. Em pé na frente para o seu negócio, em um daqueles edifícios antigos, posso ver um homem que era conhecido como Dudley-sem-braço. Um pouco mais ao leste, posso ver Mary West sentada na sua varanda. Todos aqueles edifícios foram demolidos para construir a nova Igreja Cristã, inaugurada em 1920.

    Lembro-me vividamente de estar no templo, sentado na frente, ouvindo a pregação do reverendo Gilmore. Eu também me lembro claramente de uma manhã após uma reunião de domingo, quando meu pai chegou em casa, e perguntou à minha mãe: Mary, por que os homens e as mulheres não obedeceram a Deus hoje na igreja? E ela respondeu: Eu não sei. Em outra ocasião, também em um domingo, ouvi meu pai dizendo novamente, Mary, por que os homens não obedeceram a Deus esta manhã na igreja? E minha mãe respondeu: Eldon, realmente não sei o que dizer.

    Cada vez que meu pai perguntava: Por que os homens não obedeciam a Deus?, estas palavras iam me penetrando até que comecei a me perguntar também: por que os homens não são obedientes a Deus? Por que não são humildes? Esta pergunta perfurava meu coração. De alguma maneira Deus permitiu que meu pequeno coração de quatro ou cinco anos captasse essa pergunta profundamente em meu interior e a retesse em meu coração.

    Nos últimos anos, Deus me revelou que a seriedade e urgência de obedecer ao Espírito Santo não foi aprofundada nos corações de muitas pessoas, até mesmo daqueles que faziam parte da igreja por cinquenta anos. Deus me mostrou que muito poucos ministros e leigos perceberam o mistério ou a necessidade absoluta de obedecer verdadeiramente a Deus. Poucos receberam a mensagem de que devemos fazer o que Deus nos revela em vez do que desejamos, organizamos ou planejamos. Certamente foi um milagre que a seriedade de obedecer a Deus se enraizou no meu coração com tão pouca idade.

    Acredito que o fato de eu ter ouvido a voz de Deus de seguir em obediência quando criança, se debe ao fato de eu ter recebido o Espírito Santo quando nasci. Devido às consequências, hesito falar sobre isso, mas minha mãe me disse que o Espírito Santo desceu sobre nós enquanto eu vinha a este mundo. Ela nunca me disse nada sobre isso até maio de 1956, quando eu tinha quarenta anos de idade.

    Eu tinha levado minha mãe a igreja do reverendo L. M. em Kokomo, onde Deus me guiou para ter cultos de avivamento; e depois de retornar a nossa casa na segunda noite de cultos, desfrutamos da doce comunhão com o Senhor. Podíamos sentir a presença de Jesus ao nosso redor, e minha mãe me disse: Filho, eu tenho descansado nas últimas duas noites mais do que em dois meses.

    Mãe, respondi: Isto é devido a preciosa presença do Espírito Santo."

    Ela simplesmente acenou com a cabeça que concordava, pois o Espírito de Deus naquele momento descia docemente sobre nós. Então ela disse: Foi assim que me senti, filho, quando você nasceu.

    Fiquei pasmado e exclamei: Mãe!

    Sim, Loran, ela continuou: O Espírito Santo desceu sobre mim quando você nasceu, justamente no momento em que saiu do meu corpo. Eu pensei que todas as mães experimentatvan isso com cada fillho, até que eu dei à luz a outros cinco filhos e nunca mais senti tal Presença.

    Mãe! com dificuldade eu disse novamente. Isso é muito sagrado! É extremamente sério! Este conhecimento de que o Espírito de Deus desceu sobre mim ao nascer, fez com que eu inclinasse minha face no chão e começasse a implorar a Deus para que eu pudesse ser fiel a Jesus Cristo. Eu pedi a Deus com todo o meu coração para que eu não o decepcionasse como os homens do passado por causa de mulheres, dinheiro, falta de oração, fé, e confiança; por desobediência, ressentimentos, disputas ou dúvidas. Se você ler a Bíblia cuidadosamente, você vai descobrir que quase todos os homens falharam com Deus; e nunca cumpriram a Sua vontade. Eu orei: Oh, Senhor, me livre para que eu nunca entristeça o Seu Espírito Santo!

    Através de meus pais, Deus me ensinou a importância da obediência, e me fez ciente de que os homens raramente obedecem a Deus de uma forma consistente. Em minhas primeiras experiências, Deus estava me preparando para ver que os homens devem obedecer ao Senhor e se esforçar a fazer a Sua vontade, pois Jesus disse em Lucas 13: Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.      Portanto, não é por acaso que tenho me esforçado a obedecer a Deus. Não é por acaso que ouvi muito cedo tal mandamento: Obedeça a Deus; obedeça ao Espírito Santo; faça o que Deus quer você faça. É por causa da minha herança ancestral, que Ele trabalhou comigo. É por causa do presente que Deus nos deu em Jesus Cristo, que Ele colocou no fundo do meu coração —colocando-o profundamente na minha vida interior (e o Espírito Santo opera em mim enquanto eu digo isso)—para obedecer ao que o Espírito Santo queira que eu faça. Louve a Deus!

    Esses trinta anos ou mais de caminhada com Deus parecem nada mais do que alguns dias, porque a alegria de viver é andar com Deus, de confiar e esperar Nele (e quando digo isso, sinto o poder de Deus percorrer meu corpo e entrar em meus braços). É claro que minha caminhada não sempre foi fácil, mas ela tem sido maravilhosa e gloriosa. Não me focalizei nas dificuldades, mas sim em Jesus. Não tentei proceder de acordo com o padrão deste mundo, mas sim em seguir a Palavra de Deus e a revelação do Seu Espírito. Foi Deus quem nos providenciou a vitória. É Deus quem diariamente nos fortalece. Ele é aquele que nos dá todas as coisas que experimentamos nesta caminhada sagrada com Jesus Cristo. E glorificado seja Seu nome para sempre.

    2      MEU PAI

    Acredito que Deus cuidou de meus pais desde que eles nasceram. Embora eu só possa mencionar uma pequena parte de como Deus trabalhou com meus pais e os libertou, através de Sua bondade, tenho algum conhecimento dos eventos que eles relataram a mim. Se não fosse pela fidelidade de Deus, eu não estaria aqui para compartilhar esta caminhada com Jesus Cristo com você. Na verdade, é somente pela graça de Deus que conseguimos isso.

    Papai nunca se cansava de me contar como Deus o salvou milagrosamente da morte quando ele era criança:

    "Um dia papai e tio Pete foram buscar entulho, e possivelmente você se lembrará dos carrinhos usados para carregar entulho. Eles eram longos, pesados, com rodas enormes, e os assentos eram muito altos.

    "Bem, eu estava sentado entre papai e o tio Pete; E como eu tinha apenas dois anos e meio a três, papai disse ao seu irmão: 'Pete, cuide de Eldon.' Então ele me segurou enquanto continuávamos a nosso destino.

    "De repente, enquanto os dois animais que puxavam com força a carroça, com sua pesada carga de entulho, a roda do lado direito saiu do eixo. A carroça caiu bruscamente e bateu no chão com um solavanco tão forte que jogou meu tio Pete no chão contra uma cerca. Parece que fui lançado à frente exatamente sob os cavalos, pois a primeira coisa que Pete se lembra de ter visto quando parou de rolar foi a pata da égua recém-ferrado prestes a pisar na minha cabeça. Claro, o animal estava agitado e nervoso por causa do acidente. Aquela pisada, como um martelo, teria esmagado minha cabeça.''

    Mas mais rápido do que um raio, tio Pete me disse: da forma mais rápida que jamais me movi antes na vida, estendi a mão, peguei o pé do Eldon, e tirei-o de lá no momento em que a pata da égua estava descendo. Ele me disse várias vezes que algo do além o ajudou a tirar meu pai de lá. Meu avô sempre repreendeu tio Pete por ser tão lento, mas depois daquele dia ele nunca mais o incomodou. Papai foi salvo apenas pela misericórdia do Senhor.

    Um ou dois anos depois, meu pai experimentou outra maneira milagrosa com que Deus o resgatou da morte, desta vez por meio da oração. Quando o cavalo de carga em que ele estava montado tropeçou, papai sofreu uma queda severa que afetou seu pescoço e costas. A princípio parecia que não havia danos permanentes, mas no dia seguinte ele teve dificuldade para andar. À tarde, enquanto ajudava seu pai a alimentar os porcos, suas pernas travaram; e como ele não conseguia se levantar, seu pai o carregou para dentro de casa.

    Entendo que o Dr. Chineworth o examinou por um tempo considerável, concluindo que papai teve paralisia progressiva como resultado da queda. O médico informou aos meus avós, William e Esther Helm, que seu sexto filho poderia melhorar ou piorar; mas a condição de papai apenas piorou. Ambas as partes de seu corpo começaram a paralisar. Depois de um curto tempo, ele não conseguia falar e depois não conseguia engolir. No entanto, embora o mantivessem vivo por meio de soros e medicamentos, seu corpo permaneceu imóvel. Até as suas pálpebras estavam sem vida, e apenas sua respiração continuava, embora lenta e baixa. Três médicos disseram que ele não sobreviveria.

    Mas papai tinha uma tia, irmã de sua mãe, que morava a quinze quilômetros de Muncie. Tia Zelpe vivia perto de Deus e conversava com Ele. Um dia ela veio ao portão da fazenda e disse a William e Esther: O Espírito Santo me revelou que se eu venho e oro pela cura de Eldon, ele viverá. William, Você tem alguma objeção se eu orar por seu filho?

    Meu avô respondeu: Nenhuma—o Dr. Chineworth e os outros médicos já perderam todas as esperanças. Ele agora está à beira da morte.

    Eles me disseram que a tia Zelpe foi à casa dos Helms e passou a maior parte dos dias dela acordada ao lado da cama de meu pai. Esta rotina se tornou sua vigília de oração de intercessão por muitos dias, uma missão que ela nunca havia tentado antes e para qual ela nunca foi chamada a repetir com mais ninguém em toda a sua vida. Dizem que ela massageava o corpo fraco de meu pai e orava até cair no chão de cansaço. Mas, apesar de todo o cuidado, o estado de meu pai piorava. Ele perdeu tanto peso que seus ossos ficaram salientes.

    Tio Pete compartilhou comigo cinquenta anos depois que em três ocasiões seus pais chamaram seus parentes para ficarem ao lado da cama de meu pai. Se vocês quiserem ver o Eldon vivo, disseram, "vocês terão que vir logo, porque ele não viverá muito tempo. Mas ainda assim ele continuou vivendo, mesmo quando chegou ao ponto em que não podia receber mais soros e medicamentos por causa da dor.

    Certa manhã, Deus revelou à tia Zelpe que a criança seria curada se sua mãe entregasse seu coração ao Senhor. Ela ficou comovida com essa revelação e tentou falar com sua irmã sobre sua alma. Mas parece que Esther percebeu algo do propósito de Zelpe e decidiu evitá-la por algum tempo. Cada vez que via sua irmã se aproximando, ela escapava pela outra parte da casa. Finalmente, tia Zelpe conseguiu confrontá-la na porta do corredor. Bem, Esther, disse ela, você quer que seu filho sobreviva, certo?

    Minha avó ficou sem jeito com a pergunta e respondeu: Claro que sim, Zelpe, você sabe que é isso que quero!

    Muito bem! disse sua irmã gentilmente, mas com firmeza: Você tem que entregar sua vida ao Senhor Jesus Cristo para que eu possa orar e ter fé para que seu filho se cure. Imediatamente minha avó Esther caiu de joelhos e pediu ao Senhor que a perdoasse e entrasse em seu coração. Ela orou até ser vitóriosa, foi convertida, e ficou tão feliz que começou a gritar por todas as partes da casa. Esther era uma mulher pequena, uma holandesa baixinha, mas não conseguia conter a alegria que sentiu naquele dia. Dizem que sempre que havia uma reunião de oração na casa de alguém, ouviam minha avó louvando de alegria que ela tinha no Senhor Jesus Cristo.

    Como a minha avó havia cumprido sua parte quanto à revelação que Deus deu a sua irmã, Zelpe novamente intercedeu por meu pai com novas forças. Todos os dias ela orava para que uma parte específica do corpo de meu pai recebesse a cura. Primeiro, ela disse à família como iria orar, e Deus respondeu de acordo com sua oração. No terceiro dia, ela anunciou: Eldon vai pedir algo para comer nas próximas vinte e quatro horas. Vou orar para que ele recupere o apetite e a voz. Ela orou o dia inteiro, e naquela tarde, aconteceu um milagre maravilhoso. Meu pai, que há muitos dias não conseguia falar e nem comer, sussurrou: Eu gostaria de ter chá e biscoitos.

    Os meus avós ficaram fora de si de tanta alegria! Como não havia chá na casa e nem um único biscoito, William disse ao tio Pete para montar no velho Clyde (o mesmo cavalo que papai estava montado quando ele caiu) e ir o mais rápido possível, por três quilômetros, até Windsor para comprar chá e biscoitos.

    Mais tarde naquela noite, meu avô segurou meu pai nos braços, dando-lhe os biscoitos e o chá, com muita gratidão no coração.

    As pessoas ao redor vieram ver o menino que era um milagre vivo. Quando era muito jovem, parada entre as rodas da carruagem, minha mãe lembra-se de ter ouvido seus avós Dickson dizendo: Acabamos de voltar de ver um menino que foi resgatado da beira da morte pelo o resto da vida. Que confiou e teve fé em Jesus Cristo. Mais tarde ela lembrou: Nunca imaginei que aquele garotinho, cresceria, e se tornaria meu marido, pai de nossos seis filhos.

    Deus nos deu uma profecia por meio de tia Zelpe durante aquela cura milagrosa. Ela declarou o seguinte: Este menino vai ser um homem de Deus, e sua fé, ou a de seu descendente, envolverá o mundo inteiro. Estamos confiando em Deus para ver o cumprimento disto um dia, através de Sua graça, e apenas para Sua glória.

    3      LIVRAMENTOS DA MORTE

    Parecia que Satanás estava determinado que meu pai não cumprisse o papel que Deus lhe designou. Papai uma vez me disse o seguinte:

    "Eu tinha mais ou menos seis anos, ou talvez sete, quando novamente escapei da morte. Aconteceu ali perto de nossa escolinha que ficava na floresta, cercada por árvores altas e finas. Nós, meninos, costumávamos subir ao topo delas, agarrávamos o galho e pulávamos. Elas só balançavam e nos levavam com facilidade ao chão. Uma boa e divertida brincadeira.

    "Bem, acontece que um dia papai deixou o tio Pete trabalhando no riacho, e meu irmão, outro menino e eu fomos enviados para ajudá-lo. Enquanto estávamos lá, eu decidi mostrar para este menino como pulávamos das árvores. Naquele lugar havia árvores muito altas e novas; então comecei a subir numa delas. Obviamente, eu não reconhecia uma árvore da outra. Não percebi que eu estava subindo num sicômoro branco que não se dobraria.

    "Ainda me lembro de como agarrei o topo da árvore com minhas mãos, meus pés mais abaixo no galho, e simplesmenteme joguei no ar. Eu estava antecipando um deslizamento emocionante e uma descida suave

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1