Exu O Realizador de Desejos
De Larz Trent
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Sobre este e-book
Em um mundo onde o sagrado e o profano entrelaçam-se nas encruzilhadas da vida, emerge a figura enigmática de Exu, o orixá mensageiro, guardião e, sobretudo, o realizador de desejos. "Exu O Realizador de Desejos" de Larz Trent é uma imersão profunda na cosmologia das religiões de matriz africana, revelando as múltiplas facetas de Exu, uma entidade que transcende a dualidade simplista do bem e do mal, mal interpretada pelo ocidente. Nas páginas desta obra fascinante, o leitor é convidado a percorrer os caminhos sinuosos que ligam o mundo terreno ao espiritual, descobrindo como Exu, através de sua sabedoria e poder, atua no tecido das vidas humanas. A narrativa, repleta de mitos, lendas e ensinamentos, desvenda o papel crucial de Exu como intermediário entre os deuses e os homens, um ser capaz de influenciar destinos, abrir caminhos e, mais intrigantemente, realizar desejos. Esta jornada literária não apenas esclarece as frequentes mal interpretações e demonização histórica de Exu, mas também celebra sua importância como símbolo de equilíbrio, transformação e complexidade. Através de uma exploração rica e respeitosa das tradições africanas, Larz Trent oferece uma visão que desafia as percepções ocidentais, apresentando Exu como uma divindade reverenciada e multifacetada. Um guia para quem deseja alcançar os favores deste realizador de sonhos.
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Exu O Realizador de Desejos - Larz Trent
Prólogo
Nas diversas culturas que compõem o mosaico da história humana, observa-se um fenômeno universal: a veneração de deidades. Estas entidades, concebidas como residentes de uma dimensão além da realidade cotidiana, têm sido objetos de admiração e reverência ao longo das eras.
Historicamente, o culto a deidades parece ter surgido da necessidade intrínseca humana de buscar proteção e segurança, onde as práticas variavam desde rituais para garantir colheitas abundantes até cerimônias para assegurar a continuidade e saúde e da prole e por vezes para vencer os inimigos. A presença de rituais e cultos dedicados a essas figuras divinas é uma constante quase universal, embora o contato direto entre fiéis e essas entidades seja um aspecto raro, geralmente intermediado por sacerdotes ou profetas.
Porém, diferentemente das religiões tradicionais, em certas tradições, principalmente aquelas enraizadas em matrizes religiosas africanas, ocorre um fenômeno distinto: a materialização das divindades ou seus emissários por um processo denominado incorporação.
Essa manifestação transcende a subjetividade das crenças religiosas tradicionais, permitindo interações diretas entre o plano espiritual e o material. Nessas tradições, entidades espirituais ocupam, com permissão, os corpos de fiéis, e por meio deles interagem com as pessoas. Estes corpos servem como canal para comunicação e interação direta, bem diferente de interações subjetivas transmitidas por alguém que teve (este sim), contato direto com a divindade, longe dos olhos dos fiéis.
Sem a intenção de pôr em dúvida os ensinamentos e dogmas transmitidos por sacerdotes ou agentes similares nas mais diferentes denominações religiosas, os ensinamentos das religiões de matriz africana foram e são transmitidos diretamente por entidades espirituais para quem quiser ouvir, não há um intermediário entre o mundo espiritual e material que se isola para depois transmitir aos seres comuns as mensagens enviadas. Em religiões de matriz africana, as divindades interagem com qualquer pessoa, por exemplo, respondendo diretamente qualquer indagação sem mistérios ou subjetividades.
Quando analisamos estas interações do ponto de vista de que onde surgiram, ou seja, na África, o lugar que os deuses escolheram para a criação do ser humano (segundo a ciência, o primeiro homem surgiu na África), e que os ensinamentos e dogmas não foram transmitidos por interpretação de algum sacerdote ou profeta, mas diretamente pelo espírito na forma anteriormente descrita, temos que concordar que tal narrativa merece credibilidade e atenção.
O processo de materialização de uma deidade ou habitante do mundo espiritual, na forma exposta anteriormente, embora possa ser interpretado de forma negativa em alguns contextos culturais - frequentemente associado a entidades maléficas - nas práticas de religiões de matriz africana, é visto como uma conexão entre os dois mundos. As manifestações dessas entidades proporcionam insights, orientações e, em algumas ocasiões, permitem aos fiéis negociar a realização de desejos.
Entre as entidades com as quais se pode barganhar a obtenção de favores, a que mais se destaca é Exu O Realizador de Desejos
.
VIVEMOS NUM UNIVERSO onde o divino e o humano se entrelaça. Aqui, Exu emerge, não apenas como uma figura poderosa, mas como um mistério ambulante. Ele é o mensageiro entre os orixás (deuses), que são as divindades da religião Yoruba (religião tradicional africana), e nós, meros mortais.
Para contextualizar melhor, a religião Yoruba se origina do povo Yoruba, uma das maiores etnias da África Ocidental, predominantemente localizada no que hoje é a Nigéria, Benim e Togo. Esta religião é uma expressão profunda de sua cultura e identidade, moldada ao longo de séculos. Os Yoruba desenvolveram um sistema religioso complexo com um panteão de divindades, conhecidas como orixás (deuses), que representam diversos aspectos da natureza e da existência humana. Essas entidades são veneradas por meio de rituais, músicas, danças e oferendas. Dentro deste universo, existe um plano que transcende o entendimento comum, e é nesse plano que Exu opera.
A história de Exu é tão antiga quanto as tradições africanas, remontando à própria criação. Segundo a lenda Yoruba, Olodumare, o Ser Supremo ou Deus nessa tradição, reconheceu a necessidade de um intermediário entre os orixás (deuses) e a humanidade. Percebendo a complexidade das interações e comunicações entre os planos divino e terreno, Olodumare criou um orixá de nome Exu.
Exu foi assim concebido como uma entidade única, dotada de habilidades especiais para navegar tanto no reino dos deuses quanto no dos humanos. Ele é o mensageiro que transporta pedidos dos mortais aos outros orixás (deuses) e traz de volta as respostas divinas. Além disso, Exu também atua como guardião das encruzilhadas, que simbolizam as decisões e caminhos da vida humana.
Diferente dos anjos da tradição judaico-cristã, pautados pela obediência, Exu é complexo e multifacetado. Ele não é meramente um mensageiro, é livre, com suas próprias motivações e desejos.
Ao contrário dos djins (um ser intermediário entre os anjos e os humanos pertencente a tradição islâmica), que se dividem entre o bem e o mal, Exu transcende essas categorizações, ele é a dualidade em si, um agente de mudança que pode trazer tanto bênçãos quanto maldições.
Por vezes Exu é mal interpretado e temido! É frequentemente associado ao mal nas narrativas ocidentalizadas, mas, cá entre nós, ele é um orixá de equilíbrio, essencial para a ordem e harmonia do universo.
Para os praticantes das religiões africanas, Exu é vital, ele leva suas preces e oferendas aos outros orixás. Sua presença é indispensável em rituais, sendo sempre o primeiro a ser reverenciado, pois é ele quem abre os caminhos.
Como cada orixá tem suas cores, símbolos e dias de culto, para Exu as cores vermelho e preto predominam, representando seu poder e mistério. Ele é celebrado com cantos, danças e oferendas, refletindo sua natureza imprevisível.
Na diáspora africana, as tradições em torno de Exu se adaptaram e evoluíram. No Brasil, ele se tornou uma figura central no Candomblé, preservando as raízes africanas apesar da repressão histórica.
Exu é um reflexo da experiência humana - complexo, cheio de nuances e em constante transformação, ele desafia as noções simplistas de bem e mal.
Na narrativa Yoruba, Exu é mais que uma criação de Olodumare; ele é um dos primeiros orixás, irmão de Ifá, o oráculo. Sua relação sublinha sua importância no universo, como conselheiro e executor da vontade divina.
Ele é frequentemente acompanhado de histórias e lendas, cheias de ensinamentos e metáforas, é astuto, brincalhão, provocador, sempre explorando os cantos ocultos da existência.
Em algumas narrativas, é visto como um protetor das comunidades, defendendo-as contra forças malévolas. É um guardião, mas também um provocador, lembrando-nos que o crescimento vem com desafios.
O papel de Exu como realizador de desejos é complexo, ele não atende pedidos arbitrariamente; cada pedido é uma troca, ou seja, cada realização tem um preço e Exu espera ser respeitado e adequadamente recompensado por seus serviços. Essa noção de troca é central na relação com Exu, ele não é um orixá a ser facilmente agradado ou enganado, suas bênçãos vêm com a compreensão de que cada ação tem uma reação, cada escolha tem uma consequência.
A presença de Exu é sentida no cotidiano, uma constante lembrança da necessidade de equilíbrio, respeito e compreensão em nossas vidas. Ele, com seu bastão e chapéu, é muitas vezes visto como um viajante entre mundos.
Frequentadores de festivais dedicados a Exu, afirmam que sua energia é palpável. Os ritmos, os movimentos, os cânticos criam um ambiente onde o espiritual se manifesta fisicamente. Ele não é uma divindade distante; está intimamente ligado à nossa vida diária, influenciando nossas decisões e oportunidades.
Em algumas tradições, Exu é associado à sexualidade e à reprodução, simbolizando a criação e a continuidade da vida. No mundo de Exu, o sagrado e o secular se entrelaçam, mostrando que o divino está presente em todos os aspectos da vida.
Respeitar este ser é a chave nas tradições africanas. Ele não é uma entidade a ser temida, como apregoam diversas religiões ocidentais, mas compreendida e reverenciada, um símbolo da interconexão de todas as coisas.
Exu nos ensina que a vida é um jogo de equilíbrios, de ações e reações. Ele nos guia a navegar pelas complexidades da existência com astúcia e sabedoria.
Na jornada espiritual, Exu é tanto um guia quanto um desafio e nos convida a explorar os limites do conhecido e abraçar seu mistério.
Sua presença nas religiões africanas é um testemunho da riqueza dessas tradições, ele simboliza a resiliência, a adaptação e a sobrevivência de culturas e crenças.
Portanto, Exu não é apenas uma figura mítica, mas um