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Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor
Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor
Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor
E-book132 páginas1 hora

Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor

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Sobre este e-book

Dos Deuses Sanguinários ao Deus de Amor é uma obra que nos oferece uma compilação acerca das divindades presentes no nosso quotidiano, tendo fé ou não. Muitos dos dogmas e crendices, do ontem e hoje, são fundamentados através dos sentidos humanos, sentidos estes que o próprio filósofo Sócrates disse que não eram fiáveis para se chegar à Verdade. Existiram e existem deuses violentos, sanguinários, que somente se satisfaziam com sangue humano e animal derramado sobre suas representações. Com este livro pretendemos destruir dogmas e superstições, e tentar erguer a fé em solo firme.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de fev. de 2014
Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor

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    Dos Deuses Sanguinários Ao Deus De Amor - Marco A. Stanojev Pereira, Antonio Pacheco Pereira

    Dos deuses sanguinários ao Deus de amor

    Marco A. Stanojev Pereira

    Antonio Pacheco Pereira

    Sagitarius Editora

    © 2022, Marco Antonio Stanojev Pereira e Antonio Pacheco Pereira

    2ª Edição, Abril de 2022

    ISBN: 978-65-00-43141-4

    BN:

    São Paulo

    Aos meus pais,

    aos meus irmãos. 

    Quem são meus pais, quem são meus irmãos?

    Introdução

    O tema religião é um assunto delicado, rico nos detalhes e na possibilidade de entendimento de algumas manias e superstições que a maioria da população tem nos dias de hoje.

    Se analisarmos nossos medos, nossas aflições, nossos desejos e esperanças, veremos que sempre haverá, direta ou indiretamente, a presença de algo que sobrepõe o natural, que é o que chamamos de sobrenatural.

    Da mais inocente superstição até o subir de joelhos a escadaria da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, para pagar uma promessa, vemos a presença da formação religiosa e o entendimento da questão da fé, do acreditar.

    Um galho de arruda, uma medalha milagrosa, uma frase poderosa, tudo isto já existia há mais de 10000 anos atrás.

    A relação homem/sobrenatural hoje em dia é bem fácil mas, houve épocas em que a devoção aos deuses antigos somente era efetiva com o sangue de fiéis, imolados em altares sagrados.

    A presença divina nas festividades, cultos, assembléias ou consultas à oráculos somente era verificado se um jovem (homem ou mulher) ou animais, fossem sacrificados aos deuses.

    A garantia de boa colheita somente era conseguida se os deuses ficassem satisfeitos com o sangue fresco de crentes, derramado sobre suas imagens.

    Selvageria? Assassinato? Irracionalidade?

    Pode ser!

    Todavia, antes de tudo, devemos analisar o modo de vida da época, suas crenças, suas lendas, mitos e superstições.

    Ser sacrificado aos deuses era uma honra, ainda mais se a colheita do ano fosse boa. Não era qualquer um o escolhido e, geralmente, era de família nobre, heróis de guerra, sem doenças ou estigmas, a mais bonita ou formosa donzela da aldeia.

    A mesma coisa de animais, estes eram especialmente criados para tal acontecimento. No Egito utilizavam animais na evocação do espírito comunicador. Na Grécia, o sacrifício (humano e animal) era feito para agradecer favores e graças alcançadas assim, se uma guerra era ganha, sacrificavam no fogo sagrado alguns prisioneiros para a poderosa deusa Atena, ao deus Ares ou Apolo.

    Em guerras fratricidas na Grécia, os deuses eram os mesmos, mas cada cidade-estado tinha seu deus principal, assim na cidade de Atenas, a deusa de devoção era a deusa Atena, em Tróia, os deuses adorados eram Apolo e Ares, etc. Uma cidade saia vencedora se a ajuda dos deuses era maior ou menor e esta ajuda era efetiva, ou seja, os deuses pegavam em armas para matar pessoas.

    Na própria América do Sul, nas grandiosas Nações Inca, Asteca e Maia, o sacrifício de seres humanos servia tanto para aplacar a ira de um deus qualquer, como para agradecer a boa colheita de milho.

    Esta narrativa tem por objetivo mostrar a evolução das religiões, desde a sua criação pela necessidade humana, até a forma que a vemos hoje, seja na mídia escrita, falada ou virtual.

    Segundo a enciclopédia, religião significa crença e culto praticados por um grupo social em que uma força sobrenatural é objeto de devoção e temor. Ao estudar o principio e objetivo de todas as religiões, verificamos que estão providas de preceitos éticos e morais e todas as sociedades possuíram e possuem religiões e é graças a religião que as civilizações deixam suas marcas nas páginas da história.

    Algumas formas de religião parecem preencher uma necessidade humana fundamental que é procurar algo, alguma coisa ou alguém que transcende a sua própria natureza e, certas características são comuns a todas as religiões, ou seja, o reconhecimento de uma força sobrenatural, a mediação sacerdotal, o uso de um ritual para estabelecer uma relação com o sagrado, e um senso comunitário.

    Algumas religiões não são teístas, ou seja, não necessitam da crença em deuses. O Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, por exemplo, são religiões teístas, enquanto o Budismo é uma religião cujo objetivo de veneração não é um deus, embora possuam suas deidades.

    As religiões do passado, e algumas do presente, continham um elemento fundamental de equilíbrio, ainda mais importante quando o assunto era a unidade do povo. O temor, o medo do sobrenatural era importante para que as massas se mantivessem juntas e controladas. Deuses que castigavam heresias enviando cataclismas, pestes, mortes de todas as formas, mantinham a fé, principalmente a fé do povo nos sacerdotes e nos governantes, seus representantes na Terra.

    Vemos o deus cruel na Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, até mesmo em nossas escrituras, e mesmo em nossos dias quando escutamos os nossos contemporâneos dizerem:

    Filho, não faz isso que Deus castiga.

    As religiões tiveram seus fundamentos na observação do homem primitivo no mundo que o cercava, na natureza. Um trovão que retumbava, um raio que rasgava o céu iluminando-o, os animais com força sobre humana, a chuva que irriga a terra infértil, favorecendo o desabrochar sas flores e frutos, fundamentais para sua sobrevivência.

    Desta observação, nasceu primeiramente o animismo, passando para a mitologia e desembocando na teologia moderna.

    A criação da religião do Poderoso Deus do Fogo que a todos Ilumina e Aquece pode ser ilustrada na seguinte descrição mitológica:

    Sete dias de tempestade de raios e trovões castigava a terra. Dentro da caverna estavam tremendo de frio e temor toda a tribo.

    Cada relâmpago, seguido de trovões que faziam tremer as paredes da caverna, mostrava que os deuses estavam insatisfeitos.

    De repente, um raio fulmina uma árvore gigantesca, transformando-a em cinzas, bem defronte da caverna. Todos se entreolham e se apertam mais, uns contra os outros contra a parede fria.

    Os mais velhos e sábios da tribo dizem que é o fim dos tempos, todos estão desesperados.

    Um jovem se levanta, dirigindo-se para fora. Todos gritam dizendo que o deus trovão irá fulmina-lo.

    Ele não dá atenção, segue em direção a árvore que se consome, pega um galho em chama e se dirige para dentro da caverna.

    Quando se aproxima dos demais, se curva e atiça o fogo em um monte de madeiras secas que havia dentro da caverna.

    Todos apreciam sua luz e sentem seu calor.

    Basta para transformar este homem no chefe temporal e espiritual da aldeia.

    Mais tarde, quando ele morre e seu filho assume a sagrada missão de representar seu povo diante do Poderoso deus do Fogo que a Todos Ilumina e Aquece, registra a epopéia de seu antepassado da seguinte forma:

    O deus do trovão e do relâmpago lançava sobre a terra suas flechas de fogo como castigo.

    Foi quando saiu de dentro da caverna o fulano, olhando para o horizonte, se pôs diante da abertura da caverna, levantou os dois braços para o céu, suplicando a misericórdia dos deuses para seu povo.

    O Poderoso deus do Fogo que a Todos Ilumina e Aquece, sensibilizado pela sua coragem e fé, permite que somente ele e sua descendência primogênita controle a chama sagrada, guiando os destinos de seu povo para sempre.

    Nesta pequena narração vemos alguns pontos presentes em várias religiões, como a justificativa da figura sagrada do chefe da aldeia; o tópico ‘temor’, já que se o povo não obedecer a descendência, serão castigados; e a relação sacerdotal, fundamental para a ligação mortal/imortal.

    Todos os mitos, da antigüidade e de hoje, servem para explicar acontecimentos que não entendemos, ou que não queremos entender, sim, pois a procura do entendimento fundamentado vai dar trabalho, desta forma, é mais prático se apoiar em estorinhas e deixar para que outros pensem por nós do que questionar, filosofar, argumentar, postular, discutir.

    Você, caro leitor, não encontrará neste estudo as palavras eu acho e para mim, pois segundo Hipócrates:

    No saber reside a ciência, no achar que sabe, a ignorância

    Assim, todas as informações descritas aqui se basearam em trabalhos coletadas em várias fontes de pesquisa, impressa e digital.

    Este tratado seguirá uma linha narrativa histórica, sem entrar em questões religiosas de profundidade. Não é de nosso interesse questionar ou polemizar o tema religião, dizendo que a religião A esta certa e a B está errada. Meu interesse é mostrar que o entendimento da humanidade pelo sobrenatural evolui com as civilizações.

    O importante é perguntar se nós estamos melhores. Se nossa religião, independente de qual seja, está nos ajudando à ser uma pessoa melhor.

    Boa Leitura!

    EGITO

    De todas as civilizações da antigüidade, o Egito é a que mais desperta curiosidade, face às descobertas que nos dias de hoje ainda assombram nós espectadores. Dotados de uma visão de mundo sem igual, transformaram uma região desértica numa das mais poderosas nações do mundo antigo e a frase do historiador grego Heródoto: O Egito é uma dádiva do Nilo, atravessou os séculos para ilustrar a importância deste deus na vida deste povo surpreendente. A sociedade egípcia era, a título de ilustração, como uma pirâmide onde, no topo, estava a figura sagrada do Faraó, abaixo os sacerdotes, seguido

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