Eleição, Manifestação Da Graça De Deus

De Eli Vieira Filho

Em um mundo marcado por incertezas e desafios, a busca por significado e propósito se torna ainda mais premente. Neste contexto, o conceito de eleição divina, muitas vezes mal compreendido ou distorcido, emerge como um farol de esperança e conforto para aqueles que buscam um relacionamento mais profundo com o Criador. O livro Eleição, Manifestação da Graça de Deus é um convite a explorar as profundezas do amor e da misericórdia divinos, revelados na escolha soberana de Deus de redimir um povo para si. Longe de ser um conceito excludente ou motivo de orgulho, a eleição é apresentada aqui como um ato de amor incondicional, que transcende o mérito humano e se baseia unicamente na graça de Deus. Ao longo destas páginas, somos convidados a refletir sobre o significado da eleição em nossas próprias vidas, a compreender o propósito eterno de Deus para aqueles que o buscam e a nos maravilhar com a manifestação da graça divina que nos alcança em Cristo. É com o objetivo de explorar essa aparente contradição e lançar luz sobre a maravilhosa verdade da eleição que este livro foi escrito. Ao longo destas páginas, mergulharemos nas Escrituras Sagradas para compreender como a eleição é, na verdade, a expressão máxima da graça de Deus.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 1 de jun. de 2024

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INTRODUÇÃO

No decorrer desses anos, quando visei entender esta doutrina e ensinar, muitas vezes fui confrontado, por diversas objeções levantadas por parte daqueles que não aceitam esta doutrina(eleição), pôr considerarem muito difícil de compreender.

Quando eu estudava no Instituto Bíblico do Norte nasceu o meu desejo de tentar expor esta doutrina de maneira simples, sem perder a sua profundidade, principalmente tentando resolver os problemas levantados por muitos irmãos e amigos das nossas igrejas, que sempre levantam as seguintes objeções: Se Deus escolheu o homem para que evangelizar? ou ainda Deus é injusto pôr escolher alguns e outros não? Sendo assim, Ele não é Deus de amor, por ser parcial, faz acepção de pessoas! E se os eleitos não perdem a salvação, para que uma vida de santidade? Mediante de tais indagações e objeções que muitos fazem a respeito da doutrina da eleição viso responder estas na monografia que hora apresento.

Através deste trabalho tenho em vista resolver estes problemas, para tanto a minha preposição é eleição, expressão da graça de Deus.

A partir de então,  assim como muitos servos de Deus que viveram no passado, expuseram essa doutrina, procuro de forma simples e ousada expô-la, pois em nossos dias são poucos que se levantam para ensinar tão grande verdade bíblica, no entanto, concordo com aqueles que dizem que não é tão fácil de ser compreendida, portanto, tenho em vista levar o egrégio leitor através desta a ter uma cosmovisão real do Eterno Deus soberano e sapientíssimo pôr intermédio dos seus decretos que nos revelam que Ele tem um plano, e que as Escrituras nos diz que ele não pode ser frustrado.

Como também tento demonstrar uma cosmovisão real do homem, pois muitos pensam que o homem ainda é inocente ou está clamando a Deus para ser salvo. Através do capítulo a pecaminosidade da raça humana', logo depois desta visão de Deus e do homem viso definir a doutrina da eleição e a partir daí mostrar que o homem não merece nada, pois se afastou de Deus, estar morto, distante de Deus e somente pela graça de Deus, segundo a sua longanimidade e benignidade somos livres da morte. No capítulo eleição manifestação da graça de Deus' tenho em vista manifestar que Deus não é injusto, nem tão pouco deixou de ser o Deus de amor, como também somos eleitos para santidade, etc.

Além de tudo isso, o que nos levar a estudar esta doutrina é pôr que através desta nos passamos a ter uma visão real do mundo do homem da vida. Ela leva-nos a ter segurança, coragem e ousadia para vivermos nestes dias tão difíceis, pois sabemos que tudo está sobre o governo de Deus, e que anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Pois temos certeza que o Senhor está conosco e nada pode nos separar do amor de Deus, pois pela sua graça e misericórdia nos elegeu para sermos seus filhos e nos sustenta com o seu poder.

Egrégio leitor, através desta obra tento mostrar as grandes verdades da Palavra de Deus que esta doutrina nos ensina, portanto, desejo aqueles que irão examinar este livro uma boa leitura.

ELEIÇÃO

MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS

Num mundo marcado pela busca incessante por méritos e reconhecimento, a doutrina da eleição surge como um farol a iluminar a verdade da graça soberana de Deus. Este livro não se propõe a ser um tratado exaustivo sobre o tema, mas sim um convite à reflexão e ao aprofundamento na compreensão da eleição como manifestação do amor incondicional de Deus.

Em meio às vastas discussões teológicas que permeiam a fé cristã, a doutrina da eleição se destaca como um tópico que, muitas vezes, gera controvérsias e incompreensões. Afinal, o que significa afirmar que Deus, em Sua soberania, escolheu alguns para a salvação? Seria essa escolha arbitrária ou injusta? E como ela se relaciona com o amor e a graça divinos?

Este livro busca lançar luz sobre essas questões, explorando a doutrina da eleição à luz das Escrituras Sagradas e da rica tradição teológica da Igreja. Longe de ser um tema obscuro ou irrelevante, a eleição se revela como uma manifestação gloriosa da graça de Deus, um mistério que nos convida a adorar a Sua sabedoria insondável e a celebrar o Seu amor incondicional.

A eleição, muitas vezes mal compreendida e até mesmo rejeitada, é na verdade uma doutrina consoladora e libertadora. Ela nos revela que a nossa salvação não depende de nossos esforços ou méritos, mas sim da escolha graciosa de Deus antes da fundação do mundo.

Ao longo destas páginas, convidamos você, leitor, a embarcar em uma jornada de descoberta e reflexão, aprofundando sua compreensão sobre a eleição e seus desdobramentos na vida cristã. Que este estudo possa fortalecer sua fé, renovar sua esperança e conduzi-lo a uma adoração mais profunda e sincera ao Deus que, em Cristo, nos escolheu antes da fundação do mundo.

A doutrina da eleição, em sua essência, afirma que Deus, em Sua soberania e graça, escolheu, antes da criação do mundo, aqueles que seriam salvos em Cristo. Essa escolha não se baseia em méritos humanos, mas sim no beneplácito divino, em Seu amor eterno e incondicional.

Embora seja um tema central na teologia cristã, a doutrina da eleição muitas vezes é mal compreendida ou rejeitada, sendo acusada de ser injusta, arbitrária ou incompatível com o amor de Deus. No entanto, uma análise cuidadosa das Escrituras e da tradição teológica da Igreja revela que a eleição, longe de contradizer o amor divino, é, na verdade, a sua expressão mais sublime.

Ao longo deste livro, buscaremos explorar a doutrina da eleição de forma abrangente e equilibrada, abordando seus fundamentos bíblicos, seus desdobramentos teológicos e suas implicações práticas para a vida cristã. Analisaremos os diferentes textos bíblicos que tratam da eleição, examinaremos as diversas interpretações teológicas que surgiram ao longo da história da Igreja e refletiremos sobre como a eleição pode impactar nossa fé, nossa esperança e nossa adoração.

Nosso objetivo não é apresentar uma resposta definitiva para todas as perguntas que envolvem a eleição, mas sim estimular a reflexão, o diálogo e a busca por uma compreensão mais profunda, deste mistério da fé. Acreditamos que, ao explorarmos a doutrina da eleição com humildade e reverência, seremos conduzidos a uma adoração mais profunda e sincera ao Deus que, em Cristo, nos escolheu para sermos Seus filhos amados.

Capítulo I

OS DECRETOS DE DEUS

O Plano Eterno e Soberano de Deus

Neste momento eu convido-lhe para olharmos para Deus o criador do universo, autor e consumador da nossa fé, de forma especial para o seu decreto, pois através do plano eterno de Deus podemos compreender o seu ser e ver a eternidade imutável, soberania e poder. O nosso Deus incomparável, ele não se limita a visão do homem ele é eterno, e sendo eterno, não está limitado ao tempo e a espaço. Ele conhece o passado, o presente e o futuro.

O seu decreto é singular e eterno. O escritor A. W. Pink na sua obra Os Atributos de Deus ao falar sobre os decretos de Deus disse:

"O decreto de Deus é Seu propósito ou determinação com respeito às coisas futuras. Usamos o singular, como o fazem as Escrituras (Romanos 8:28; Efésios 3:11), porque houve somente um ato de Sua mente infinita acerca das coisas futuras. Entretanto, nós falamos como se houvesse muitos, porque as nossas mentes só conseguem pensar em ciclos sucessivos, conforme surgem os pensamentos e as ocasiões, ou com referência

a vários objetos do Seu decreto, os quais, sendo muitos, parecem-nos requerer um propósito diferente para cada um deles. O entendimento infinito de Deus não avança passo a passo, ou de etapa a etapa. Conhecidas por Deus são todas as Suas obras desde a eternidade (Atos 15:18 versão autorizada KJ, 1611)". (Pink, p.19. 1990).

No livro Eleição, Expressão da Graça de Deus, o capítulo sobre os decretos de Deus explora a doutrina bíblica de que Deus, na sua sabedoria infinita e poder absoluto, ordenou todas as coisas que acontecem desde a eternidade. Este conceito, muitas vezes chamado predestinação ou soberania divina, é fundamental para a compreensão da fé cristã, embora seja frequentemente mal compreendido ou rejeitado.

O que são os decretos de Deus? Os decretos de Deus são Seus propósitos eternos e imutáveis, pelos quais Ele determinou tudo o que aconteceria no universo. A Bíblia ensina que Deus não apenas conhece o futuro, mas o planejou e o controla ativamente. Os seus decretos abrangem todos os eventos da história, desde a criação do mundo até o destino final de cada indivíduo.

Características dos decretos

de Deus

Agora vamos considerar algumas propriedades ou características dos decretos. Em primeiro lugar, os decretos são eternos. Os decretos de Deus não foram feitos no tempo, mas existem desde toda a eternidade, porque o nosso Deus é eterno e não está limitado ao tempo nem ao espaço.

Em segundo lugar, os decretos são imutáveis. Uma vez que Deus é perfeito, os seus planos não podem ser alterados ou frustrados. Deus é imutável, como a sua Palavra nos ensina no livro do profeta Malaquias dizendo: "Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. (Ml 3:6)

Em terceiro lugar, os decretos de Deus são Soberanos. A soberania de Deus é uma das principais doutrinas bíblicas. Deus não está sujeito a nenhuma influência externa nos seus decretos; Ele age conforme a sua própria soberana vontade e faz tudo como lhe apraz. Assim diz a Palavra de Deus: "Portanto, grandíssimo és, ó SENHOR