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O Universo Convoluto, Livro Dois
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O Universo Convoluto, Livro Dois
E-book807 páginas11 horas

O Universo Convoluto, Livro Dois

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Sobre este e-book

Para quem gostou dos desafios do Livro Um desta série, apresentamos o Livro Dois.

Apertem os cintos e preparem-se para mais uma montanha-russa de novos conceitos que ameaçam expandir sua forma de pensar sobre o Universo à sua volta. Dolores Cannon continua a descobrir curiosidades sobre a metafísica, criando a continuação tão esperada dessa série.

Incluído neste livro:

A Linguagem Universal dos Símbolos

Fractais e Facetas da Alma

Cidades Subterrâneas Escondidas

Energia e Seres Criadores

Portais de Tempo e Viagens Interdimensionais

Vida em Outros Planetas

Características da Nova Terra

Elevação de Vibrações e Frequências na Transição Planetária

IdiomaPortuguês
EditoraOzarkMt
Data de lançamento24 de jun. de 2024
ISBN9798227565815
O Universo Convoluto, Livro Dois

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    Pré-visualização do livro

    O Universo Convoluto, Livro Dois - Ozark Mountain Publishing, Inc.

    O Universo Convoluto

    Livro Dois

    ––––––––

    Por

    Dolores Cannon

    Tradução: Tacia Duarte

    © 2011 por Dolores Cannon

    Primeira Tradução em português - 2024

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro, em parte ou no todo, pode ser reproduzida; transmitida ou utilizada por qualquer forma; ou por qualquer meio, eletrônico, fotográfico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação; ou por qualquer sistema de armazenamento e recuperação de informações, sem autorização prévia por escrito da editora Ozark Mountain Publishing, exceto no caso de breves citações incluídas em resenhas e artigos literários.

    Para permissão, serialização, condensação, adaptações ou para nosso catálogo de outras publicações, escreva para Ozark Mountain Publishing, Inc., PO box 754, Huntsville, AR 72740, ATT.: Permissions Department.

    Dados de catalogação na Fonte da Biblioteca do Congresso Cannon, Dolores, 1931- 2014

    O Universo Convoluto, Livro Dois, por Dolores Cannon 

    A continuação de O Universo Convoluto, Livro Um, fornece informações

    metafísicas obtidas mediante regressão hipnótica a vidas passadas de

    numerosos indivíduos.

    1. Hipnose 2. Reencarnação 3. Terapia de vidas passadas 4. Metafísica

    5. Civilizações Perdidas 6. A nova Terra

    I. Cannon, Dolores, 1931-2014  II. Reencarnação  III. Metafísica  IV. Título

    ISBN: 978-1-962858-30-4

    Tradução: Tacia Duarte

    Imagem da Capa: Victoria Cooper Art

    Design da capa: enki3d.com

    Livro definido em: Times New Roman

    Design do livro: Nancy Vernon

    A logo with a triangle and stars Description automatically generated

    Publicado por:

    PO Box 754

    Huntsville, AR 72740

    WWW.OZARKMT.COM

    Impresso nos Estados Unidos da América

    A coisa mais linda que podemos vivenciar é o misterioso, a verdadeira fonte de toda arte e ciência.

    Albert Einstein

    O ser humano é parte de um todo, chamado por nós  de universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si próprio, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do todo... uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por algumas pessoas mais próximas. A nossa tarefa deve ser libertar-nos desta prisão, alargando o nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza na sua beleza.

    Albert Einstein

    O autor deste livro não dispensa orientação médica nem prescreve o uso de qualquer técnica como forma de tratamento para problemas físicos ou médicos. As informações médicas incluídas neste livro foram extraídas de consultas e sessões individuais de Dolores Cannon com seus clientes. Não se destina a diagnóstico médico de qualquer tipo, nem a substituir aconselhamento ou tratamento médico por parte do seu médico. Portanto, o autor e o editor não assumem nenhuma responsabilidade pela interpretação ou uso das informações por qualquer indivíduo.

    ––––––––

    Todos os esforços foram feitos para proteger a identidade e a privacidade dos clientes envolvidos nessas sessões. O local onde as sessões foram realizadas é exato, mas apenas os primeiros nomes foram usados, e estes foram alterados.

    ÍNDICE

    Seção 1: Benefícios da Terapia de Vidas Passadas

    1...Meu início na hipnose

    2...Típica Terapia de Vidas Passadas

    Seção 2: Conhecimento Antigo e Civilizações Perdidas

    3...O Povo Gato (Uma Esfinge Diferente)

    4...A Deusa Ísis 

    5...A Cidade Escondida

    6...Fuga da Atlântida

    7...Conhecimento Antigo

    8...Levados em Segurança

    Seção 3: Seres Avançados e Carma

    9...Crianças Criam Carma

    10..Vida em Corpos Não-Humano

    11..Estranho na Terra

    12..Trabalho Durante o Estado de Sono

    13..O Primeiro dos Sete

    14..Seres Avançados

    Seção 4: Os Sábios

    15..Recordando o Sábio

    16..À Procura do Sábio

    Seção 5: Outros Planetas

    17..Vida em Outros Planetas

    18..O Planeta com o Sol Roxo

    Seção 6: Portais de Tempo

    19.. Guardião do Porta

    20.. O Aborígine

    21.. Portais do Tempo para Seres Futuros

    Seção 7: Seres de Energia e Seres Criadores

    22.. Mistérios

    23.. Outro Ser de Energia.

    24.. Se Você Pensa, Você Cria.

    25.. Um Ser de Energia Cria

    26..Um ser Criador Volta para Casa

    Seção 8: Desvendando Mistérios Profundos

    27..O Sonhador Sonha o Sonho

    28..Uma Alternativa Diferente para Walk-ins.

    29..A Alma Multifacetada.

    30..A Nova Terra.

    31..Final

    Página do Autor 

    SEÇÃO UM

    BENEFÍCIOS DE

    TERAPIA DE VIDAS PASSADAS

    CAPÍTULO UM

    MEU INÍCIO NA HIPNOSE

    Minhas aventuras no campo da hipnose resultaram em outros doze livros, além deste. Muitas vezes me sinto como os personagens de Jornada nas Estrelas, indo aonde nenhum homem jamais esteve. Viajei no tempo e no espaço para explorar a história do passado e as possibilidades do futuro. Viajei para planetas e dimensões desconhecidas e conversei com muitas das chamadas espécies alienígenas. Testemunhei as maravilhas das civilizações perdidas, recebendo informações sobre sua extinção. Tudo isso sem o uso de máquinas do tempo, tão comuns na Ficção Científica. A única coisa necessária para este trabalho aventureiro é o uso da mente humana. Tudo o que é conhecido e desconhecido está escondido nos recessos do subconsciente, onde espera ser descoberto. Este é o meu trabalho e a minha paixão. Eu me considero a repórter, a investigadora e pesquisadora do conhecimento perdido. Embora a maioria do meu trabalho seja hipnoterapia através da regressão a vidas passadas, considero que lidar com o desconhecido seja meu verdadeiro ofício, porque descobri um método ou técnica de hipnose por meio do qual os reinos do misterioso e inexplorado podem ser sondados e examinados.

    Logo depois que comecei a trabalhar neste campo, descobri que minhas sessões estavam se desviando do mundano para o conhecimento perdido, isso porque estava descobrindo informações desconhecidas, que foram esquecidas, enterradas ou retidas por razões diversas. Mas agora estamos entrando em um novo mundo, uma nova dimensão, onde estas informações serão valorizadas e aplicadas. Muitas civilizações perdidas usaram mal seus poderes e não apreciaram o que haviam realizado, então o conhecimento foi retirado. Talvez seja hora desses talentos, poderes e conhecimentos surgirem novamente para serem aplicados em nosso próprio tempo.

    Claro, o principal objetivo do meu trabalho é a terapia e poder auxiliar as pessoas a se recuperarem ou resolverem seus problemas. Mas a parte mais emocionante e gratificante e o que chamo de a cereja do bolo, é descobrir a história perdida. Trazer informações e novas teorias de volta ao nosso tempo é realmente como descobrir um tesouro enterrado. Dizem que nada é realmente novo e estamos apenas recuperando o conhecimento que todos tivemos em outras vidas e esquecemos ao longo das eras. No entanto, em meu trabalho, descobri que nunca foi realmente esquecido, mas armazenado nos bancos de computadores da mente subconsciente, apenas esperando o momento adequado para ser trazido à tona. É Isso que viso fazer através do meu trabalho com a hipnose.

    Dou palestras por todo o mundo, falando constantemente sobre os assunto abordados em meus livros. Começo sempre minhas palestras com um breve histórico de apresentação pessoal, dessa forma o público pode entender como minhas informações são obtidas. Fui acusada de inventar casos em meus livros e de ser uma escritora de ficção fantasiosa. Penso que isso seria uma façanha ainda maior, inventar o material sobre o qual escrevo, ao invés de apenas relatar os fatos que surgem durante o transe profundo das sessões. Eu realmente descobri uma maneira de abrir a proverbial Caixa de Pandora e o material continua a brotar do subconsciente de meus clientes. Tudo o que tenho a fazer é organizá-lo e colocá-lo em livros. E isso não é uma tarefa pequena.

    Minhas raízes na hipnose remontam à década de 1960, me proporcionando sólidos 40 anos de experiência nesse camp. Durante os primeiros dias do meu trabalho, o processo de indução era demorado e tedioso. Envolvia o que chamo de seguir o pêndulo, onde um pequeno objeto era pendurado na ponta de um cordão e ficava balançando na frente do sujeito enquanto o hipnotizador realizava a indução, um longo e demorado processo que envolvia o relaxamento de todas as partes do corpo. Em seguida, vários testes eram realizados para avaliar a profundidade do transe antes que o hipnotizador pudesse prosseguir. Alguns desses procedimentos ainda são usados e ensinados hoje em dia, embora sejam vistos principalmente em filmes ou na TV, para efeitos dramáticos. A maioria dos hipnotizadores progrediu para métodos muito mais rápidos. Foi assim que desenvolvi minha própria técnica, eliminando aquelas partes demoradas e desnecessárias da indução tradicional. As técnicas modernas envolvem o uso da voz, e visualização de imagens.

    Meu envolvimento com a reencarnação e a regressão a vidas passadas se deu em 1968, quando meu marido, Johnny, militar da Marinha dos Estados Unidos por mais de vinte anos, retornou do serviço no Vietnã. Estávamos alocados no Texas, onde buscávamos um recomeço após uma separação de quatro anos causada pela guerra. A princípio, Jhonny era o hipnotizador, e eu o auxiliava. Trabalhávamos com uma jovem que tinha problemas de alimentação compulsiva. Ela estava acima do peso e apresentava complicações renais, então seu médico sugeriu que talvez a hipnose pudesse ajudá-la. Até então, só havíamos realizado sessões de hipnose convencional, focando em hábitos e trabalhando com pessoas que queriam parar de fumar, perder peso, etc. Nunca, em nossos sonhos mais loucos, pensamos que algo além disso poderia ser realizado. Enquanto trabalhávamos com essa mulher, nós a regredimos ao longo de sua vida, procurando por eventos significativos.Foi quando ela, repentinamente, saltou para outra vida como dançarina melindrosa, nos loucos anos 20 de Chicago. Dizer que ficamos surpresos é o mínimo, pois  presenciamos sua transformação para uma nova personalidade com diferentes padrões vocais e maneirismos corporais. Ela literalmente se tornou outra pessoa diante de nossos olhos. Esta foi a nossa primeira exposição à reencarnação. Toda a história deste evento é contada em meu livro Cinco Vidas Lembradas. Este foi o primeiro livro que escrevi, nunca foi publicado e não sei se algum dia será, porque agora, à luz dos eventos que ocorreram em minha carreira, me parece muito banal. Mas algumas pessoas acham que pode haver interesse na história do meu início no hipnotismo.

    Ao trabalharmos com a mulher, a curiosidade nos fez querer saber mais sobre esse fenômeno da reencarnação. Queríamos descobrir aonde a hipnose nos levaria e a regredimos por cinco vidas distintas e completamente diferentes, indo até o momento de sua criação por Deus, supostamente.

    Todas as sessões foram gravadas em um dispositivo de carretel da época. Era chamado de portátil, embora fosse extremamente pesado e usasse grandes rolos de fita de oito polegadas. Naqueles dias não havia livros de instrução para guiar um hipnotizador no caso de um evento desse acontecer. O único livro impresso desse tipo era A Procurar por Bridey Murphy, escrito por Morey Bernstein. Esse livro era considerado um clássico da época, mas agora é tão comum e básico que nem seria publicado. Portanto, não tínhamos nada para nos guiar enquanto viajávamos no tempo e acompanhávamos a metamorfose desta mulher em 5 pessoas de personalidades completamente independentes. Precisamos inventar nossas próprias regras à medida que avançávamos nessa experimentação, e os resultados foram notáveis. Como não sabíamos o que podia, ou não, ser realizado, nós a levamos para o futuro, curiosos para saber sobre nossas condições e ela nos viu morando no campo, com netos, etc. Claro que não revelamos sua identidade a ninguém. No entanto, vários amigos da Marinha souberam do episódio e nos procuravam, curiosos sobre o desenrolar dessa trama.  A experiência mudou nossas vidas e nosso sistema de crenças para sempre.

    Minha vida nunca voltaria ao normal. Meu marido quase morreu em um terrível acidente automobilístico. Certa noite, a caminho da Base Naval, ele foi atingido de frente por um motorista bêbado e ficou preso nos destroços do nosso ônibus Volkswagen. Os médicos disseram que ele apenas sobreviveu por um milagre, porque seus ferimentos foram tão extensos que ele deveria ter morrido naquela noite. O que salvou sua vida foi que paramédico que acabara de voltar do Vietnã e estava viajando no carro atrás do de Johnny. Ele estava acostumado a tratar ferimentos de emergência no campo de batalha e, portanto, conseguiu tratar Johnny na estrada, antes que ele sangrasse até a morte. Quando a equipe de emergência chegou da base, o socorrista havia controlado o sangramento, mas Johnny ainda estava mutilado nos destroços do carro. Foi necessário um extenso trabalho do corpo de bombeiros para libertá-lo. Em seguida, ele foi transportado de helicóptero para o Hospital Naval de Corpus Christi.

    Quando cheguei à Unidade de Terapia Intensiva, cinco médicos diferentes vieram, um a um, e me deram várias razões pelas quais ele não poderia sobreviver à noite e ficaram perplexos por eu não estar preocupada. Eu disse que eles estavam errados, que Johnny não morreria. Claro que eu não poderia dizer aos médicos como eu sabia disso, mas como ele poderia morrer se foi visto com netos em um possível futuro? Eu sabia que era verdade. Eu acreditava no que havíamos feito e no que havíamos descoberto. Se fosse para acreditar, eu tinha que acreditar em tudo, todos os fatos e revelações daquela experiência. Essa crença ajudou a preservar minha sanidade durante esse período terrível.

    Na época eu não percebi, mas o sistema de crenças de muitas pessoas daquela base também estava sendo testado. Alguns diziam que o acidente foi um castigo de Deus, porque estávamos nos metendo com algo  considerado diabólico: explorando a reencarnação. Estávamos espiando pelas esquinas da escuridão, abrindo portas que deveriam ser mantidas fechadas. Eu não podia acreditar nisso, porque durante nosso trabalho com a mulher, vimos um Deus amoroso e bondoso que  não era vingativo. Eu não conseguia entender o raciocínio por trás do que aconteceu quando meu mundo virou de cabeça para baixo, mas, definitivamente, sabia que nossa curiosidade e busca por conhecimento não era um castigo.

    Seria uma grande ironia para Johnny sobreviver à guerra apenas para morrer por negligência de um motorista bêbado. Mas isso não era para ser. Os médicos o chamavam de homem milagre, porque, contra todas as probabilidades e desafiando toda a lógica, ele sobreviveu. Este foi o começo de um pesadelo que duraria muitos anos.

    Após uma longa terapia intensiva e mais oito meses engessado no hospital, ele foi dispensado da Marinha como um veterano inválido. Decidimos, então, nos mudar para as colinas de Arkansas, onde poderíamos viver com uma pensão e sustentar nossos quatro filhos. Naquela época era uma necessidade, mas depois fiquei feliz por ter este santuário nas colinas como meu retiro. Johnny passou vinte e cinco anos confinado a uma cadeira de rodas. Como amputado parcial, ele conseguia sair de casa com muletas e até dirigir um carro adaptado e durante todo esse tempo, eu estava completamente focada em meu marido e filhos.

    Minhas aventuras explorando a reencarnação através da hipnose tiveram que ser colocada em segundo plano durante minha adequação à nova vida. Meu interesse só foi reavivado depois que as crianças começaram a sair de casa: se casando ou indo para a faculdade. Foi quando a síndrome do ninho vazio me atingiu e me questionei sobre o que faria com o resto da minha vida. Resolvi fazer algo bem inusitado, considerado nada normal para uma mulher nessas circunstâncias. Decidi voltar à hipnose, embora não tivesse ideia de onde encontraria clientes nas colinas de Arkansas, sabia que isso era algo que eu queria fazer. Como eu não gostava dos métodos de indução antiquados e demorados, populares na década de 1960, estudei métodos mais modernos e descobri que o estado de transe pode ser induzido por meio de visualização de imagens. Eu não queria mais me concentrar na hipnose regular, limitada apenas à quebra de hábitos como parar de fumar, perder peso, etc. Meu interesse havia sido despertado na reencarnação, e era isso que eu queria fazer. No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, havia poucos livros impressos que orientassem o hipnotizador no campo da terapia de regressão a vidas passadas.

    Então tive que inventar minha própria técnica. Logo descobri que a maioria do que é ensinado na hipnose tradicional é desnecessária, assim comecei a remover algumas dessas etapas e substituí-las por métodos mais rápidos. Desde que a pessoa não esteja sendo prejudicada, acredito que o hipnotizador pode experimentar para descobrir o que funciona e o que não funciona. Afinal, no começo, alguém, em algum lugar, precisou descobrir como criar o estado de transe mais eficaz. Eu sabia que estava abrindo novos caminhos, entrando em um novo território e depois de quase trinta anos aprimorando e aperfeiçoando minha técnica, desenvolvi meu próprio método. Gosto de trabalhar no estado de transe sonâmbulo, o estado mais profundo possível, porque acredito ser onde todas as respostas se encontram. Muitos hipnotizadores não trabalham lá, porque dizem ser onde coisas estranhas acontecem e quem já leu meus livros, sabe que coisas estranhas realmente acontecem lá. A maioria dos hipnotizadores é treinada para manter o cliente em um estado de transe mais leve. Nesse nível, a mente consciente é ainda muito ativa e frequentemente interfere ou intervém. Algumas informações podem ser obtidas nesse nível, mas não a cooperação completa da mente subconsciente que ocorre no nível sonâmbulo, onde não existe a presença da mente consciente. A pessoa normalmente não se lembra de nada e pensa que apenas adormeceu. As probabilidades normais são de que uma em cada vinte ou trinta pessoas entrará automáticamente e espontaneamente no estado de transe sonambúlico. Mas na técnica que desenvolvi, o oposto é verdadeiro: uma em cada vinte ou trinta não entram nesse estado de transe. Portanto, é um método muito eficaz de remover a mente consciente e permitir que o subconsciente encontre as respostas. Este é o método que agora ensino em minhas aulas de hipnoterapia, e meus alunos estão relatando os mesmos resultados surpreendentes.

    Quando comecei a levar minha terapia a sério, no final dos anos 1970, antes mesmo de desenvolver meu método para entrar em contato com a mente subconsciente, logo descobri um padrão que se tornou cada vez mais claro. Percebi que a maioria dos problemas que as pessoas têm: físicos, mentais, alergias, fobias ou relacionamentos, etc. podem ser rastreados até eventos que se originaram, não na vida atual, mas em outras vidas. Muitos de meus clientes passaram anos visitando diversos profissionais no campo médico e psiquiátrico, obtendo pouco ou nenhum sucesso em encontrar as respostas para seus problemas persistentes. Isso porque os médicos focavam apenas no óbvio que são sintomas e eventos físicos que ocorreram na vida atual. Às vezes, o problema pode ser atribuído a eventos que ocorreram na infância, mas na maioria dos casos em que trabalhei, a resposta está enterrada no passado.

    Acredito que existam vidas passadas em outras vibrações ou frequências. Quando regredimos a essas vidas, mudamos as frequências para vê-las e experimentá-las, exatamente como mudar os canais de um rádio ou aparelho de TV. Às vezes, essas outras frequências estão muito próximas ou se sobrepõem e causam estática ou doenças.

    Em minha técnica, obtenho os melhores resultados entrando em contato com a mente subconsciente, como costumo chamar. Em um ponto crucial da sessão, depois que o cliente localizou a vida passada que contém as respostas para os problemas da vida presente, peço para falar com o subconsciente da pessoa. Ele sempre responde e dá as informações desejadas.

    Na hipnose tradicional, o praticante é ensinado a receber respostas do subconsciente pelo uso de sinais manuais. É aqui que pedem à pessoa que levante um dedo para sim e outro para não. Para mim, isso é extremamente lento e muito limitado. Por que usar esse método quando você pode falar diretamente com o subconsciente e ele responderá verbalmente? Com meu método, você pode conversar e ter um diálogo de mão dupla, encontrando respostas para absolutamente tudo o que deseja perguntar.

    Minha definição de subconsciente é: a parte da mente que cuida e regula todos os sistemas do corpo. Você não precisa dizer ao seu coração para bater ou pensar para respirar. Identifico isso como sendo função do subconsciente, pois está constantemente monitorando e sabe tudo o que está acontecendo no corpo da pessoa. É por isso que podemos obter respostas para questões de saúde usando este método. Descobri que todo sintoma físico, doença ou enfermidade é uma mensagem do subconsciente. Ele está tentando desesperadamente chamar nossa atenção de uma forma, ou de outra. Ele está tentando nos dizer algo e persistirá até que finalmente entendamos. Se não prestarmos atenção, a doença ou problema piorará até que não tenhamos alternativa, ou até que seja tarde demais para reverter a situação. Sei que isso é verdade porque os mesmos sintomas estão relacionados aos mesmos problemas presentes na vida atual de muitas pessoas. Eu só queria que o subconsciente pudesse encontrar uma maneira menos dolorosa de entregar a mensagem. Costumo dizer: Não seria mais fácil apenas entregar um bilhete a eles? O subconsciente pensa que está transmitindo a mensagem de uma forma direta e objetiva que a pessoa deveria entender, mas muitas vezes não é o caso. Estamos muito focados em nossas vidas cotidianas para nos perguntarmos por que temos dores nas costas ou dores de cabeça persistentes, etc.

    Quando temos a sessão e descobrimos o motivo do desconforto, que muitas vezes são tão extraordinários e impossíveis de entender sua conexão de maneira consciente, significa que a mensagem foi transmitida e assim o desconforto cessa. Não há mais razão para persistir, já que a mensagem foi entregue e compreendida, e uma vez que faz as mudanças necessárias em sua vida, a pessoa pode então retornar ao estado saudável. A responsabilidade sempre volta para a pessoa. O subconsciente não pode fazer muito, e o livre arbítrio da pessoa é sempre respeitado.

    Sei que essas afirmações parecem radicais e não se encaixam nos métodos tradicionais de tratamento, mas só posso relatar o que descobri e observei ao ajudar milhares de pessoas.

    Também acredito que o subconsciente é o guardião dos registros, o equivalente a um gigantesco computador. Ele registra tudo o que já aconteceu na vida da pessoa. É por isso que esta informação pode ser disponibilizada através da hipnose. Se a pessoa fosse induzida e voltasse a sua festa de aniversário de 12 anos, ela seria capaz de se lembrar de todos os eventos daquele dia, incluindo o bolo, quem compareceu, os presentes, etc. O subconsciente registra cada pequeno detalhe. Acho que muito disso seria supérfluo, e me pergunto o que o subconsciente faz com todos os mínimos detalhes. Por exemplo, a todo momento você está sendo bombardeado por milhares de bits de informação: visão, som, cheiros, sensorial e muito mais. Se você estivesse consciente de tudo isso, ficaria sobrecarregado e incapaz de funcionar. Você deve se concentrar apenas nas informações necessárias para viver sua vida. No entanto, o subconsciente está sempre atento, registrando e armazenando constantemente essas informações. Para quê? Exploraremos isso mais adiante neste livro. Isso também poderia explicar de onde vêm as revelações e intuições psíquicas repentinas. Fazem parte desse conjunto de informações que recebemos a todo momento, vindas de outros níveis e que não precisamos necessariamente. Mas como está lá, presente, ocasionalmente vaza para o nosso mundo consciente. Quando isso ocorre, é considerado um fenômeno milagroso, embora esse vasto estoque de informações esteja sempre disponível e,  com o treinamento adequado, pronto para ser aproveitado.

    O subconsciente não apenas registra tudo o que já aconteceu na vida de uma pessoa, mas também tudo o que já aconteceu em todas as suas vidas passadas e existências no estado espiritual. Muito disso não tem aplicação na vida presente. Pode ser explorado por curiosidade, pois contém informações interessantes para a vida da pessoa. Mas a que propósito serviria para sanar problemas de saúde em sua vida atual?

    Este é um dos erros que muitos hipnotizadores cometem. Eles não veem valor em levar a pessoa a uma vida passada, a menos que seja apenas por curiosidade, fantasia ou diversão, e olha que muitas dessas vidas não são nada alegres. Um das razões pela qual desenvolvi minha técnica é poder levara pessoa para uma vida relevante ou apropriada, com informações que auxiliem nos problemas de sua vida atual. Eu nunca lidero esse caminho, apenas permito que o subconsciente leve a pessoa para a vida que considera mais importante visualizar no momento da sessão. Sempre me surpreendo, mesmo com aquelas vidas chatas ou mundanas que representam 90% dos casos. Já outras vidas revelam civilizações antigas ou modernas, interações alienígenas e vidas em outros planetas  e dimensões. O subconsciente se encarrega de explicar as situações, fazendo as conexões necessárias entre os problemas e suas causas. Experiências que muitas vezes nem eu, nem o cliente saberíamos como correlacionar, fazem todo o sentido quando vistas a partir da perspectiva correta.

    Quando entro em contato com o subconsciente, fica óbvio que não estou falando com a personalidade do cliente, mas com uma entidade distinta, separada ou parte dele mesmo. Sempre posso dizer quando o subconsciente é alcançado e quem está de fato respondendo às perguntas. Sempre se refere à pessoa na terceira pessoa. É Insensível e parece distante ou desapegado dos problemas, quase como um observador objetivo que irá repreender a pessoa, caso não esteja  ouvindo. Às vezes, a primeira observação do subconsciente será: Bem, finalmente terei uma chance de falar. Tentei falar com (Jane ou Bob) por anos, mas eles não me ouviram. O subconsciente pode ser tão objetivo que às vezes soa cruel. Ele não faz rodeios, mas conta a verdade sobre a situação, como a vê. Quando termina de intimidar a pessoa para transmitir o ponto, sempre diz o quanto ela é amada e o quanto está orgulhoso por qualquer avanço que tenha feito. Essa parte também me reconhece e muitas vezes me agradece por colocar a pessoa nesse estado de transe e permitir que esse processo ocorra. Muitas vezes fala de si próprio no plural (nós) como se não fosse uma entidade única, mas várias. Isso é explorado mais adiante neste livro.

    Os céticos não vão entender ou acreditar nisso, e teriam boas razões, se esse contato em questão, estivesse acontecendo por meio de apenas uma pessoa. Mas como argumentar que isso é fantasia, fraude, farsa, manipulação deliberada, ou seja lá o que for, se está acontecendo mediante todos os pacientes com quem trabalho, não importa em que lugar do mundo eles estejam localizados? Com essa técnica, tenho aproximadamente 90% de sucesso em levar a pessoa a uma vida passada apropriada, e destes, 90% me permitem conexão com o subconsciente. O subconsciente sempre fala e responde às perguntas da mesma maneira. Isso não aconteceria se fosse uma circunstância aleatória.

    As pessoas que tive mais dificuldade em colocar em transe eram geralmente homens de negócios poderosos, sempre muito críticos e analíticos. Em vez de relaxar e seguir as sugestões, eles querem tentar manter o controle sobre a sessão. Há outros que dizem estar prontos para encontrar as respostas, mas secretamente têm medo do que pode acontecer, então sua mente consciente acaba sabotando a sessão. Mas, como eu disse, esses são apenas 10%, ou menos, dos clientes que atendo. O restante sempre encontra uma vida passada. Portanto, acredito que esta é uma evidência muito persuasiva a favor da reencarnação.

    Isso me fez pensar, se essa parte da mente da pessoa parece ser a mesma em todos os casos, com o que estou entrando em contato? Se pertencesse apenas à pessoa com quem estou trabalhando e tivesse acesso apenas às suas informações (sendo a maneira lógica de ver isso), então por que e como pode acessar informações em uma escala maior? Nesse livro, o próprio subconsciente  irá fornecer a resposta a essa pergunta, porque à medida que meu trabalho se expande, estou ciente de que mais está acontecendo e estou pronta (ou acho que estou) para explicações mais complexas.

    Agora sei que meu trabalho ajuda a empacotar e simplificar esse conhecimento. Na verdade, é como se comunicar com um terminal de computador conectado a um banco de dados gigante. O banco de dados transcende o tempo, o espaço e todas as limitações da consciência individual. Por isso meu trabalho é tão incrível, pois tenho uma linha direta com essa entidade ou o que quer que seja. Uma parte que agora descobri  ser onisciente e que, não apenas tem as respostas que o cliente está procurando, mas também tem acesso a todas as informações, obtendo respostas sobre qualquer coisa que eu queira perguntar. Algumas pessoas podem escolher chamá-lo de Eu Total, Eu Superior, Super Alma, Inconsciente Coletivo de Jung ou Deus. Tudo isso pode estar relacionado à mesma coisa sob nomes diferentes. Só sei que descobri no meu trabalho que responde ao nome de subconsciente.

    Adoro pesquisar em bibliotecas, e isso é como ter acesso à maior biblioteca de todas. Portanto, viaje comigo, enquanto exploro mais dos complicados conceitos metafísicos. Sei que não tenho todas as respostas, mas consegui arranhar a superfície com um pouco mais de profundidade. Talvez suas mentes sejam estimuladas pelo que descobri. Continue pesquisando e fazendo perguntas. Essa é a única maneira de encontrar as respostas. Lembre-se do ditado: Um paraquedas é como a mente. Só funciona se estiver aberto.

    CAPÍTULO 2

    TÍPICA TERAPIA DE VIDAS PASSADAS

    As pessoas não entendem o poder de cura de suas próprias mentes. Minha técnica permite acesso àquela parte da mente que pode encontrar a causa de seus problemas. O subconsciente pode ser muito literal, usando sintomas físicos para transmitir suas mensagens, se mais pessoas tomassem consciência disso, ouviriam com mais atenção o que o seu corpo está tentando dizer.

    Nas milhares de sessões que realizei, geralmente consigo identificar um padrão ou sequência de sintomas que indicam a possibilidade dos problemas físicos da pessoa serem decorrentes de eventos que aconteceram na vida atual. Por exemplo, se alguém me disser que tem dores persistentes nas costas ou nos ombros, perguntarei se essa pessoa está carregando um fardo pesado em sua vida. Invariavelmente, eles respondem que realmente se sentem sob muita pressão devido à vida doméstica, do ambiente de trabalho, etc. Essas condições se manifestam como desconforto nas costas ou na região dos ombros. Dores nos pulsos e nas mãos podem significar que eles estão se agarrando a algo que precisam abandonar. Descobri que dores nos quadris, pernas ou pés significam que eles estão em uma situação em suas vidas que poderiam seguir uma direção diferente. Geralmente envolve alguma decisão importante que mudaria radicalmente sua experiência de vida e a dor se manifesta como desconforto naquela parte do corpo.  Um lembrete do subconsciente que se apresenta como um empecilho físico,  porque eles têm medo de avançar, de dar o próximo passo. Os problemas de estômago podem ser causados pelo fato da pessoa não ser capaz de absorver algo que está acontecendo em sua vida. O câncer, especialmente no intestino, significa reter coisas dentro de si, sem poder liberá-las, até que lhes causem estresse e comecem a corroer os órgãos. A epilepsia pode ser a incapacidade de processar ou lidar com um alto nível de energia presente no corpo.

    Em muitas vezes, o subconsciente pode ser muito dramático e controlador. Já tive pessoas que engasgaram quando comeram certos alimentos ou quando tomaram certos medicamentos. Nesses casos o subconsciente dizia não ser necessário tomar os comprimidos, pois estavam causando mais problemas do que benefícios ao corpo. O reflexo causava engasgo e desconforto como forma de rejeição, para evitar que a pessoa ingerisse o alimento ou medicamento ofensivo.

    Embora algumas das respostas possam ser encontradas nas atuais circunstâncias da vida, a maioria do meu trabalho concentra-se nas regressões de vidas passadas. Nesse capitulo, apresentarei alguns exemplos normais e mostrarei sua utilização na resolução de problemas enfrentados pelo sujeito em sua vida presente. O restante do livro se concentrará nos tipos de regressão anormais ou diferentes e em como o paciente também se beneficia quando exploramos essas experiências.

    Deve ser lembrado que estas explicações não podem ser aplicadas a todos os caso como sendo a única causa da doença ou desconforto. Não existe nenhuma afirmação geral de que: o excesso de peso é sempre causado por isto, ou as enxaquecas são sempre causadas por aquilo. As explicações são tão variadas quanto os tipos de pessoa, e o subconsciente pode ser muito criativo. O terapeuta hipnotizador deve ser flexível e usar seus próprios instintos para fazer as perguntas adequadas, pois a resposta e a solução que se aplicam a uma pessoa podem não ser a resposta para outra.

    Um exemplo de vidas passadas influenciando o presente e criando problemas físicos: muitos casos de artrite resultam de torturas realizadas por engenhocas ou algo semelhante em masmorras nos tempos medievais. A humanidade carrega em seu histórico o ato de fazer coisas terríveis uns aos outros, e isso fica gravado na memória corporal.

    Recebi uma explicação interessante para os tumores fibroides no útero de uma mulher com vários abortos. Ela tinha boas razões para isso, já tinha vários filhos e estava com muita dificuldade para conseguir trabalhar e sustentá-los. Dadas as circunstâncias, não poderia aumentar o fardo tendo mais um. Ela disse que os abortos não a incomodavam e que já havia aceitado  essa realidade, mas seu subconsciente e seu corpo comunicavam o contrário e ela começou a desenvolver esses tumores fibroides. Durante a sessão, seu subconsciente disse que ela estava sentindo mais culpa do que percebia, e os tumores fibroides representavam bebês em gestação. Assim que ela aceitou isso, os tumores regrediram, desaparecendo sem necessidade de cirurgia.

    Doenças sexuais como herpes, histerectomia, cistos nos ovários, problemas de próstata, etc., foram atribuídos a mau comportamento sexual ou maus-tratos do sexo oposto em outras vidas, nesta vida podem ser um método de manter o sexo oposto afastado ou uma autopunição. Uma mulher tinha endometriose que afetavam suas costas. Ela nunca teve filhos, embora estivesse casada há 19 anos. Seu médico queria operar e remover seus ovários e trompas para eliminar o problema. Suas vidas passadas revelaram que um padrão de várias existências como padres e freiras celibatários causou a repressão de sentimentos e atividades sexuais, manifestados nessa vida como doenças nesses órgãos.

    Os votos realizados em outras vidas são muito poderosos, especialmente os votos de pobreza que muitas vezes são transferidos e causam problemas financeiros na vida presente. Devemos reconhecê-los como necessários na vida anterior, mas agora podem ser renunciados, por serem inadequados.

    Às vezes, uma pessoa passou por seguidas experiências em corpos do mesmo gênero e de repente se encontra no corpo do gênero oposto. Eles podem desenvolver doenças e problemas para rejeitar essa nova condição física, principalmente em órgãos envolvidos com a produção de hormônios. Descobri que esta também pode ser uma explicação para a homossexualidade, quando a pessoa que teve muitas vidas como um determinado gênero e tem dificuldade de se adaptar à vida como gênero oposto.

    Tive muitos pacientes que sofriam de enxaquecas, que por muitas vezes podem ser atribuídas a vidas passadas que sofreram traumas na cabeça. Golpes na cabeça causados tanto por humanos, armas ou animais são geralmente transferidos para lembrar a pessoa de não repetir um erro nesta vida que possa ter causado sua morte em outra experiência. Um exemplo foi de uma mulher que reviveu a vida de um jovem baleado na cabeça durante a Guerra Civil Americana. Houve um caso na Inglaterra que uma mulher sofreu com dores de cabeça terríveis durante toda a vida e que se originavam na ponte do nariz, se estendendo pela testa e topo da cabeça. Nenhum medicamento conseguia lhe trazer alívio. Descobrimos que a causa era de ter sido atingida por uma espada naquele exato lugar da cabeça, durante uma das inúmeras guerras travadas na Europa ao longo da história. A compreensão da causa é suficiente para eliminar o problema físico.

    Outro caso de enxaqueca seguiu uma direção diferente. A cliente era agente de viagens e, como tal, podia viajar por todo o mundo. Suas dores de cabeça surgiram depois que ela deixou a Indonésia e estava voltando para casa. Foram férias maravilhosas e relaxantes, onde se sentiu muito à vontade naquele lugar, por isso não conseguia associar o início das dores de cabeça com tal experiência, já que ali nada de traumático ou desagradável ocorreu. Durante a regressão aprendemos que ela teve uma vida muito idílica naquela parte do mundo, com uma família maravilhosa e um homem que a amava muito. Seu subconsciente explicou que quando ela voltou para aquela parte do mundo, isso desencadeou as lembranças da vida maravilhosa, e ela ficou chateada por ter que partir novamente, criando as dores de cabeça. Ela ansiava por voltar ao lugar onde fora tão feliz. Meu trabalho era convencer a outra personalidade de que mesmo que ela voltasse e morasse lá, não seria o mesmo, pois as pessoas que ela amava não estavam mais lá e as circunstâncias eram diferentes. Ela seria incapaz de recuperar aquela vida, então teria que encontrar a felicidade no presente, talvez com as mesmas pessoas, já que tendemos a reencarnar com nossos entes queridos. Uma vez compreendido isto, as dores de cabeça desapareceram imediatamente e não voltaram.

    Existem também muitas explicações para o excesso de peso e algumas são fáceis de prever: a pessoa morreu de fome em outra vida ou fez com que outras pessoas morressem de fome. Às vezes o peso é como uma proteção, a pessoa coloca o acolchoamento para se proteger de algo na vida atual (real ou percebido), ou como um esforço para se tornar pouco atraente e não sofrer com relacionamentos. Meu trabalho é tentar descobrir do que eles estão se protegendo, etc. Muitas vezes o cliente é a última a perceber que esta é a causa, mas quando isso é explicado sob hipnose faz todo o sentido, permitindo sua recuperação. 

    Também tive outras explicações inesperadas para o excesso de peso. Uma mulher voltou a uma vida em que era líder de um clã na Escócia. O trabalho era muito exigente e o individuo sentia muita responsabilidade. Quando morreu, continuou com o mesmo sentimento, e revelou uma pista muito importante ao dizer, após sua morte: Nunca me livrarei do peso desta responsabilidade. Palavras muito importantes que o subconsciente levou a sério e manifestou na vida presente.

    Um caso incomum foi descrito em Legado das Estrelas. Uma mulher se via como uma alienígena, cuidada por nativos, que caiu na Terra devido a um acidente. Ele tinha muitas habilidades anormais que atraíam a atenção. Uma delas  era que a gravidade diferente na Terra fazia com que ele flutuasse inesperadamente. Isso desencadeou o desejo de evitar flutuar e atrair a atenção na vida atual, adicionando peso extra, mesmo que isso logicamente não fizesse sentido.

    Outra explicação incomum para o excesso de peso surgiu quando um cliente, Rick, queria ajuda com seu problema. Nada parecia funcionar, especialmente dietas seletivas. Durante a regressão, ele passou imediatamente a viver em algum tipo de cultura antiga. Os edifícios e estruturas não se pareciam com nada que encontrei ou li na história. Algumas das descrições me lembraram dos astecas, especialmente o que os arqueólogos descobriram. Havia um pátio retangular cercado por estranhas estruturas que serviam como mirantes, semelhantes a arquibancadas. Atletas de cada uma das comunidades disputavam um jogo. Rick era um atleta treinado para fazer isso. Este jogo era muito importante e decida o governante das comunidades em acordo por uma temporada inteira. A governança seria alternada a cada temporada, e isso era  decidido por qual atleta venceria o jogo. Rick usava um uniforme estranho e seu rosto estava pintado com manchas de tinta. O jogo era semelhante ao que conhecemos hoje como basquete. Eles correriam pela quadra com uma bola e tinham que jogá-la através de um aro de pedra montado na lateral do pátio. Foi por isso que pensei nos astecas, porque os arqueólogos dizem que descobriram um campo de futebol no México onde os astecas jogavam um jogo semelhante, mas afirmam ser jogado com uma cabeça humana. Se este for o mesmo local, será que o jogo se deteriorou e passou a usar cabeças humanas ou os arqueólogos estão incorretos?

    Rick era um atleta ótimo e vencia consistentemente. Isso significava que sua equipe escolhia o líder por muitas e muitas temporadas. Ele não gostava de trabalhar tanto e muitas vezes desejava que os líderes jogassem. Ele não tinha permissão para se casar e estava restrito a uma dieta rigorosa, destinada a mantê-lo magro e em excelente forma física. Muitas vezes, ele invejava as outras pessoas porque elas podiam socializar e comer o que quisessem. Sua dieta consistia em carne de tartaruga, algum tipo de raiz branca, bastante água e um líquido branco de sabor amargo extraído de uma planta carnuda. Ele tinha que beber o líquido todas as manhãs e noites. Muitas vezes, isso o deixava um pouco sonolento, mas era essencial porque deveria manter seus músculos em forma. Ele nunca se acostumou e odiava aquele sabor.

    Eventualmente, ele se cansou de jogar e tentou encontrar uma maneira de sair dessa experiência. As pessoas o adoravam, mas depois de um tempo ficaram entediadas devido suas vitórias consistentes. As outras comunidades não gostavam, porque não tinham oportunidade de governar. Ele decidiu que perderia, mas não poderia ser muito óbvio. Quando começou a perder, sua substituição foi ordenada e ele foi autorizado a viver uma vida normal, inclusive comendo o que quisesse. Ele decidiu morar com a comunidade adversária que estava muito feliz por, finalmente, ter a chance de governar. Lá ele descobriu que os atletas não faziam dietas restritivas, mas sim alimentação normal. Ele estava feliz, mas não viveu muito. Quando estava morrendo, sentiu como se suas entranhas estivessem pegando fogo. O curandeiro disse ser devido ao líquido branco, qual foi forçado a ingerir durante tantos anos, danificando seu corpo.

    Quando falamos com o subconsciente, a ligação entre aquela vida e o seu problema de peso se tornou óbvia. O subconsciente dizia que a bebida era uma droga, um narcótico que fazia seu coração bater mais rápido e a digestão ou metabolismo do corpo ser acelerado para produzir bons músculos e velocidade potente. Acabou criando buracos ou úlceras em seus intestinos, e foi isso que o matou. Quando perguntei sobre como ajudá-lo com seu problema de peso, o subconsciente disse que não era tão simples assim. Havia muitos fatores envolvidos e interligados. Porque o governante, uma figura de autoridade, o forçava a  fazer algo que não era do seu interesse, ele aprendeu a suspeitar e a não confiar em qualquer tipo de autoridade (governo, igreja, médicos, etc.). Além disso, comer passou a ser associado ao prazer e à atividade social. Seria difícil separar todos esses componentes, e ele estava com saúde tão boa que o subconsciente não achou que valesse a pena. Ficou óbvio por que Rick não se saía bem com dietas restritivas, nas quais só podia comer determinados alimentos, pois trazia de volta a memória da outra vida. Ele agora adorava cozinhar e comer uma grande variedade de alimentos. Esse era um motivo incomum para o excesso de peso e seria difícil reverter esse quadro.

    Quando Rick acordou, não se lembrava de nada, mas queria beber água devido a um gosto amargo, muito desagradável, em sua boca. Ele disse que isso o lembrava de uma época quando era criança e explorava a floresta com seu amigo. Certa vez encontraram algumas plantas carnudas e as mastigaram. (Foi uma maravilha que ele não tenha se intoxicado, porque muitas plantas na floresta são venenosas.) Tinha um gosto amargo. Contei a ele sobre o líquido branco que ele bebeu durante muitos anos naquela outra vida e talvez essa experiência tenha trazido a memória desse gosto. Ele estava bem após beber um pouco de água engarrafada.

    Rastreei muitos casos de asma originados em vidas passadas, onde a pessoa morreu geralmente por asfixia, ou por algo relacionado aos pulmões e respiração, como poluição ou ambientes tóxicos (poeira, areia, etc.). Um caso significativo ocorreu no início do meu trabalho. Fui procurada por um médico que ha muitos anos sofria de crises de asma. Ele estava usando um inalador, mas sabia que isso causava dependência e queria parar. Ele sabia o suficiente sobre o paranormal e a metafísica para pensar que a resposta poderia estar em vidas passadas. Na regressão,  voltou a viver como um nativo das selvas africanas, quando os franceses extraíam amianto no subsolo e capturavam nativos para trabalhar como escravos nas minas. A exposição constante às fibras de amianto durante a mineração criava sintomas físicos nos nativos, como sangramento dos pulmões e mucosas que desenvolvia em problemas respiratórios e eventual morte. Quando isso acontecia, os mineradores franceses simplesmente levavam o corpo para a selva e capturavam outro nativo para ocupar o seu lugar. O homem nativo começou a apresentar os sintomas familiares e sabia que morreria devido à irritação nos pulmões. Em sua cultura, não era errado cometer suicídio se você estivesse em uma situação insuportável, então ele cravou uma estaca na região do ombro direito e morreu.

    Quando me comuniquei com o subconsciente, me  foi explicado que a memória daquela vida havia sido levada adiante e, em momentos de estresse, o problema respiratório retornava na forma de ataques de asma. Agora que o médico entendeu a origem do problema, ele poderia ser eliminado. Quando acordou, disse: Sempre me perguntei por que às vezes sinto dores nessa região do peito. Ele estava esfregando o local exato onde havia cravado a estaca. Posteriormente, esse médico tornou-se um bom amigo e, cerca de quatro ou cinco anos depois da sessão, perguntei-lhe sobre sua asma. Ele sorriu e disse: Ah, isso mesmo! Eu sofria de asma, não é?

    Muitos medos e fobias podem ser facilmente atribuídos à maneira como uma pessoa morreu em uma vida passada. Medo de altura, medo do escuro, claustrofobia, agorafobia são fáceis de entender quando vistos desta perspectiva. Um desses casos, dentre centenas com qual já trabalhei, foi de uma mulher claustrofóbica que tinha pavor de ter as mãos ou os pés amarrados e durante a noite não conseguia dormir, acordando de hora em hora. Ela teve um incidente de déjà vu quando visitou o Sítio Nacional  Histórico em Fort Smith, Arkansas, onde há um antigo museu e tribunal. Foi aqui que o juiz Parker, o infame juiz enforcado, realizou seus julgamentos de 1875 a 1897. A prisão foi preservada e a forca reconstruída. Ela podia sentir que já estivera naquele lugar e que havia sido uma experiência horrível. Toda a viagem foi uma experiência estranha para ela.

    Durante a sessão, voltamos a uma vida em que era um soldado confederado que havia sido capturado com vários outros. Eles estavam amontoados em uma sala, um espaço escuro com janelas muito pequenas. O medo de ter as mãos ou os pés amarrados vinha de estar algemada à parede com correntes. A incapacidade de dormir a noite toda foi causada por não dormir muito nessa situação e também pelo medo do que iria acontecer. Durante os dias seguintes, todos foram enforcados.

    Este caso é apenas um exemplo de como as experiências de déjà vu podem ser uma lembrança inconsciente de uma vida passada. Bem como o fascínio por determinadas épocas, culturas e países. Essas atrações nem sempre são negativas, mas carregam uma emoção forte e indelével que perdura por várias vidas.

    Outra cliente era uma enfermeira profissional, com mestrado em psicologia. Ela já frequentava um terapeuta há algum tempo, tentando encontrar respostas para seu problema, mas sem muito sucesso. A única conclusão a que conseguiram chegar foi que algo aconteceu em sua infância, mas que ela não se lembrava e isso não fornecia resposta às suas perguntas. Ela estava tendo problemas com seu filho mais velho. Quando engravidou dele, ainda não era casada e queria fazer um aborto. O pai da criança acabou pedindo-a em casamento e a convenceu de ter o filho, mas desde que o bebê nasceu, sente-se ameaçada e intimidada por ele. Chegou a pensar  que talvez ele pudesse ter percebido que ela tentou abortá-lo. Embora ele já fosse adulto hoje em dia, ainda havia problemas.

    Durante a sessão ela foi imediatamente para uma cena onde era um homem extremamente nervoso. Ela estava com as mãos em volta da garganta de alguém e parecia sufocá-lo. Ao poucos pôde reconhecer quem era o homem, seu filho nesta vida. Na memória que reviveu durante o transe, ela encontrou esse sujeito com sua esposa e ia matá-lo. A esposa, ela subitamente percebeu ser sua mãe na vida presente, com quem ela tem um relacionamento muito ruim. Ela matou o homem que agora era seu filho. Capturada pelas autoridades, foi colocada em uma cela de prisão horrível, sem janelas e cheia de ratos e baratas. Muito sujo, muito sombrio. Eventualmente, acabou morrendo naquele lugar. O filho voltou nesta vida para resolverem o carma negativo, mas voltou com muito ressentimento em relação a ela. Não era de admirar que ela se sentisse ameaçada e intimidada por esse garoto.

    Na sua vida atual, ela nunca conseguiu compreender a sua absoluta aversão pelos alcoólatras. O cheiro de álcool, a maneira como falavam e agiam, causavam muita repulsa. Quando perguntamos sobre isso ao subconsciente, ela, definitivamente, associou o álcool àquela cena em que estava sufocando a outra pessoa. Talvez os dois estivessem embebedados, aumentando a extrema raiva do momento. Seja o que for, resultou em consequências terríveis que ocasionou sua volta nesta vida com todas as pessoas envolvidas para  uma possível resolução. Ao aprender sobre a situação e perceber que esse sentimento pertencia realmente a uma vida passada, ela teria a opção de perdoar a si mesma e a todos os envolvidos. Assim, teria a oportunidade de deixar tudo isso no passado, resolvendo sua condição emocional nesta vida.

    Em meu trabalho descobri que existem tantas maneiras de equilibrar o carma quanto estrelas no céu. Mas a maneira menos desejável de compensar um assassinato, seria a de voltar para ser morto pela vítima. Isso não resolveria em nada, apenas manteria a roda do carma girando e gerando ainda mais carma. Disseram-me que a melhor forma de um assassino retribuir o seu crime é de maneira suave, através do amor. Por exemplo, a pessoa que assassinou outra, seria colocada numa posição de cuidador da sua vítima, dedicando toda a sua vida para cuidar daquela pessoa: um pai dependente, um filho com deficiência, etc. Eles não seriam autorizados a ter uma vida própria. Esta é uma maneira de compensação muito mais sábia do que o famoso: olho por olho.

    Seu psicólogo não se opunha a que ela fizesse terapia de vidas passadas, mas deixava claro que não acreditava nisso. No entanto, ela nunca, nem em um milhão de anos, teria conseguido encontrar a causa desses problemas através da terapia ortodoxa tradicional. Eu gostaria de ter sido uma mosca na parede para ver o que ele disse quando ela lhe contou que não precisava mais de tratamento. Ela encontrou as respostas nesta forma de terapia.

    Outro caso, em Nova Orleans, foi o de uma jovem com extremo excesso de peso que queria desesperadamente ter um filho. Ela estava tomando medicamentos para fertilidade, mas sem sucesso e já havia passado por momentos terríveis com a menstruação, sangrando por meses a fio. A única solução foi prescrever pílulas anticoncepcionais para tentar regular a menstruação, o que anulava  o propósito de tentar engravidar. Contudo, ela também estava tentando perder peso. Durante a regressão, perguntei sobre a impossibilidade de ter um filho e o subconsciente disse que em sua última vida ela foi mãe adotiva, chegando a cuidar de onze crianças. Assim que um saía de casa, outro entrava. Ela era ótima com essa sucessão de filhos e gostava muito deles, mas nesta vida estava recebendo um descanso. Disseram para não se preocupar, ela teria um filho. Seu corpo estava sendo regulado agora e começando a voltar ao normal. O excesso de peso foi uma provação pela qual ela teve que passar, especialmente quando jovem e até a idade adulta, para conseguir aguentar as provocações e os comentários maldosos de outros adultos. Ela já havia passado no teste e estava sendo autorizada a perder peso. Quando chegar ao ponto de poder ter um filho, seu corpo estará em boas condições. E, claro, a criança chegará na hora certa.

    Ela também foi excessivamente sensível durante toda a vida, passando por períodos de depressão, sentindo-se sozinha e abandonada, tendo, por fim, um colapso em que não conseguia parar de chorar. Em suas anotações, ela disse: Me sinto muito vazia por dentro. Muitas vezes sinto que a vida que levo é monótona e sem graça. Às vezes sinto que estou descansando, outras vezes, temo estar esperando que um desastre aconteça. A tristeza sempre está presente. Como posso identificá-la e o que faço para alterá-la? A tristeza faz parte de mim desde que eu era criança, aos oito ou nove anos. Nesse momento, o subconsciente fez um comentário muito interessante. Disse que ela deveria ter nascido com uma irmã gêmea. A outra entidade fez um acordo de virem juntas para esta vida, mas no último minuto mudou de ideia e quis vir, então o outro corpo" não se desenvolveu, ela foi a única que nasceu. Durante toda a sua vida, sentiu inconscientemente que a outra parte, a gêmea que não estava ali, a havia abandonado, deixando a sozinha. Junto à depressão havia o sentimento de tristeza, de que algo está faltando. Esse era o motivo: ela estava sentindo falta dessa outra entidade que deveria acompanhá-la nesta vida. Eu nunca disse isso, mas fiquei me perguntando se seria possível que o bebê que ela teria no futuro fosse essa outra entidade, finalmente decidindo encarnar.

    Quando contamos à  sua mãe, que esperava do lado de fora, foi um verdadeiro choque. Os médicos nunca lhe disseram que havia um possível gêmeo e não houve nenhuma indicação durante sua gravidez.  Minha cliente nasceu em 1972, não sei se naquela época já se falava no fenômeno chamado de gêmeo fantasma ou  gêmeo desaparecido. Mais tarde, quando jantamos todos juntos, sua mãe lembrou que no dia em que deu à luz, havia um médico substituto desconhecido. Talvez seu médico regular tivesse lhe contado, se houvesse alguma indicação de um bebê extra. Suponho que nunca saberemos.

    Encontrei outros casos de infertilidade causados por morte durante o parto em outra vida. Uma tentativa do subconsciente de impedir que isso aconteça novamente. Às vezes, o subconsciente usa uma lógica estranha.

    Esta regressão ocorreu em San Jose, Califórnia, em maio de 2000. Uma mulher sentia uma profunda tristeza e depressão, sentimentos que a acompanharam por toda sua vida, além de um inexplicável medo. Ela foi abandonada quando criança e criada em um orfanato, sofria sempre com a sensação de fracasso e de não ter nenhum valor. Seu histórico envolvia problemas em relacionamentos com homens, problemas com o emprego e, atualmente, uma crise no casamento. Também sofria de enxaquecas, o que imagino ser uma forma de se punir. Era uma pessoa muito triste e lamentável.

    Passamos por uma vida importante que explicou sua situação. Ela se viu correndo pelas ruas de uma cidade carregando um bebê de aproximadamente um ano. Todas as pessoas corriam freneticamente, gritando, pois eram perseguidas por muitos soldados a cavalo. Obviamente algum tipo de invasão estava acontecendo. Temendo por sua vida, ela buscava um lugar para se esconder. Seu bebê chorava muito e com medo que isso chamasse atenção, ela o colocou perto de uma parede e correu para se esconder num prédio. Pensou, certamente, que ninguém faria mal a um bebê. Mas enquanto observava,  viu os soldados desceram a rua e matarem seu filho. Tomada completamente pela dor, nem se importou quando foi encontrada,  estuprada, e morta. Ela se culpou pela morte da criança, pensando que deveria tê-la guardado consigo. De qualquer forma, os dois teriam morrido, mas ela não estava pensando nisso, apenas se culpou por abandonar a criança.

    Ela estava tão perturbada, até mesmo no lado espiritual que trouxe a dor e o tormento para esta vida, repetindo o padrão de punição. Perguntei se ela poderia perdoar os soldados por matarem seu bebê. Ela disse que sim, poderia, porque estavam apenas fazendo sua coisa de homem. Mas ela nunca poderia se perdoar por abandonar o bebê. Depois de muita negociação com o subconsciente, finalmente consegui que ela se perdoasse. Foi muito difícil, mas um alívio quando conseguimos esse feito. Ao  acordar, discutimos o assunto. Disse que ela vinha se culpando há muitas vidas e era hora de deixar isso para trás. Além disso, se a tivéssemos regredido para vidas anteriores, aposto que descobriríamos que ela estava retribuindo o carma por fazer o mesmo que um soldado. O que vai, volta. Ela sentiu um tremendo alívio após a sessão. O sentimento de indignidade desapareceu, sendo substituído por uma esperança e expectativa. Senti que ela havia feito uma virada em sua vida. Era hora de parar de se punir e começar a viver.

    A próxima regressão envolveu uma jovem muito bonita da Checoslováquia que vive em Londres. Ela estudava metafísica há vários anos na Faculdade de Estudos Psíquicos, mas ainda não tinha nenhum diploma. Conhecia a informação, mas sempre desistia de fazer os exames finais ou projetos de conclusão, etc. Sua principal preocupação eram eczemas por todo o corpo que apresentava desde os três meses de idade. Nada do que os médicos tentaram teve muito efeito. Quando criança, ela ficou hospitalizada por vários meses, tentando encontrar um tratamento que funcionasse. Estava tomando esteroides, mas que causavam efeitos colaterais. Ela tentou fitoterapia chinesa, obtendo algum alívio, mas que também causaram infecções estomacais. Atualmente, estava usando um creme que suavizava os eczemas que surgiam em seu rosto. Nas piores fases, todo o seu corpo coçava e queimava. Embora convivesse com isso durante maior parte de sua vida, queria ajuda para aliviar sua situação. Mas sentia que se fosse removido, uma parte dela também seria tirada e teria que ser substituída por alguma coisa.

    Assim que entrou em transe profundo, viu uma luz brilhante e percebeu que olhava para o fogo. O fogo estava a seus pés e se espalhava por seu corpo. Ela estava ficando incomodada, então eu a levei para um lugar onde pudesse observar objetivamente. Ela se viu como um homem que, junto a outros, estavam amarrados a estacas em um campo perto de uma floresta. Todos estavam sendo queimados em uma fogueira. Ao voltarmos ao início da história, viu que ela e vários outros homens viviam numa grande mansão ou propriedade e eram gnósticos. Viviam tranquilamente estudando e escrevendo em grandes livros, sem incomodar ninguém. No entanto, as autoridades locais pensaram que eles eram perigosos e trabalhavam com o Diabo. As autoridades foram influenciadas pela comunidade religiosa, que também os via como ameaça. Uma noite, todos foram acordados por cães e homens que invadiram a casa. Ele e alguns outros correram pela floresta, mas foram capturados. Levados para um lugar da cidade, foram terrivelmente torturados para que revelassem onde haviam escondido os livros. Durante a tortura, o homem sofreu muitos danos em seu rosto, principalmente na mandíbula e nos olhos, causando problemas à jovem nesta vida. Finalmente, quando não conseguiram obter mais informações, os gnósticos foram levados para uma grande sala onde um julgamento foi forjado. Já sentindo muitas dores e completamente desorientado, não pôde participar, nem responder a nenhuma das acusações. Ficou apenas ali sentado, em estado de estupor, ouvindo tudo o que acontecia ao seu redor, como se em um sonho. De qualquer forma, isso não teria importância, porque o julgamento foi apenas uma farsa, uma formalidade. Eles foram então levados para um campo perto da floresta e queimados na fogueira. Ninguém havia cometido nenhum crime, eles possuíam apenas conhecimentos secretos que tentavam preservar. Ela disse que alguns dos livros estavam escondidos onde as pessoas daquela época nunca os encontrariam.

    Isso aconteceu inúmeras vezes ao longo da história. Sempre existiram grupos de gnósticos tentando preservar o conhecimento, e sempre existiram outros grupos tentando roubar esse conhecimento para usar em seus próprios propósitos. Esta foi a verdadeira razão dos chamados julgamentos das bruxas durante a Inquisição. A Igreja estava tentando se livrar daqueles que possuíam conhecimentos secretos que eles próprios não obtinham. Agora sabemos que nada se perdeu. O conhecimento estava escondido no lugar mais seguro de todos: o subconsciente humano.

    O subconsciente reconheceu que ver o fogo subindo pelo corpo era a causa do eczema. A queimação e a coceira simbolizavam essa morte. Foi fácil ver por que ela não conseguiu terminar os cursos metafísicos na vida atual. Estava inconscientemente com medo que o mesmo acontecesse nessa vida, caso obtivesse tal conhecimento, o que não a impediu de buscá-lo e estudá-lo. Tive que convencer o subconsciente de que seria muito improvável que ela fosse queimada na fogueira

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