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Ouvir Vs Escutar
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E-book169 páginas1 hora

Ouvir Vs Escutar

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Sobre este e-book

Quantas vezes você saiu de uma conversa sentindo que não foi compreendido? Quantos pacientes desistem de terapias porque, embora ouvidos , nunca se sentiram verdadeiramente vistos? A escuta é uma revolução silenciosa — e é sobre isso que trataremos aqui. Na psicanálise, escutar é decifrar o inconsciente. Na saúde, é diagnosticar além dos sintomas. Na educação, é transformar vidas. Mas como fazer isso sem cair em jargões, sem repetir o que outros já disseram? Este livro nasceu dessa inquietação. Este não é um livro sobre técnicas. Não é um manual de regras. É um convite para repensar algo que parece óbvio, mas que raramente praticamos de verdade: a diferença entre ouvir e escutar. Boa leitura!
IdiomaPortuguês
EditoraClube de Autores
Data de lançamento23 de jul. de 2025
Ouvir Vs Escutar

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    Ouvir Vs Escutar - Cesar D. Carvalho

    OUVIR vs

    ESCUTAR

    na Psicanálise e Saúde Mental

    1ª Edição — Ribeirão Preto-SP — 2025

    Produção Independente

    Revisão e Adaptação por:

    Cesar D. Carvalho

    imagens geradas por I.A.

    1

    2

    Como entender (e perceber) o que é falado; uma esculta sem filtros ou preconceitos.

    Cesar D. Carvalho - pensador

    Desenvolvimento Humano

    Ribeirão Preto-SP 2025

    Série – Reflexões e Estudos

    3

    4

    PREFÁCIO.

    Este não é um livro sobre técnicas. Não é um manual de regras. É um convite para repensar algo que parece óbvio, mas que raramente praticamos de verdade: a diferença entre ouvir e escutar.

    5

    Quantas vezes você saiu de uma conversa sentindo que não foi compreendido? Quantos pacientes desistem de terapias porque, embora ouvidos, nunca se sentiram verdadeiramente vistos? A escuta é uma revolução silenciosa — e é sobre isso que trataremos aqui.

    Na psicanálise, escutar é decifrar o inconsciente. Na saúde, é diagnosticar além dos sintomas. Na educação, é transformar vidas. Mas como fazer isso sem cair em jargões, sem repetir o que outros já disseram? Este livro nasceu dessa inquietação.

    Optamos por uma linguagem clara, porque a escuta não é privilégio de especialistas: é um gesto humano.

    Citaremos teóricos quando necessário, mas sempre com um propósito: ilustrar, não decorar. E, principalmente, traremos exercícios práticos, reflexões e histórias fictícias baseadas em dinâmicas reais —

    tudo para que você, leitor, sinta-se parte dessa jornada.

    Seja você um terapeuta, um estudante, ou alguém que simplesmente quer se relacionar melhor, espero que estas páginas ajudem a despertar o ouvinte ativo que há em você.

    6

    "A maior solidão não é estar

    sozinho, é falar para alguém que

    só te ouve, mas não te escuta."

    (para refletir)

    7

    ÍNDICE:

    PREFÁCIO ................................................................. p. 5

    PENSAMENTO INICIAL PARA REFLETIR – Qual a maior solidão? ........... p. 7

    CAPÍTULO 1 – O Ruído do Mundo e o Silêncio que Cura

    .................. p. 10

    CAPÍTULO 2 – O Cérebro que Ouve vs. A Alma que Escuta .............. p. 14

    CAPÍTULO 3 – Freud, Rogers e Lacan

    ...................................................... p. 18

    CAPÍTULO 4 – O Paciente Invisível

    ......................................................... p. 23

    CAPÍTULO 5 – Escuta Corporal

    ................................................................. p. 28

    CAPÍTULO 6 – Exercícios para Treinar a Escuta

    .................................... p. 33

    CAPÍTULO 7 – Escuta ou Manipulação?

    .................................................. p. 38

    CAPÍTULO 8 – A Escuta como Ato Político

    ............................................ p. 43

    CAPÍTULO 9 – Escuta e Cultura Digital

    .................................................. p. 48

    CAPÍTULO 10 – A Escuta que Cura (Casos Reais)

    ................................. p. 54

    8

    CAPÍTULO 11 – Escutar-se

    ....................................................................... p. 59

    CAPÍTULO 12 – Escuta Ancestral

    ............................................................ p. 65

    CAPÍTULO 13 – O Futuro da Escuta (IA e Ética)

    ................................... p. 70

    EPÍLOGO – O Último Escutador

    ............................................................... p. 76

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ......................................................... p. 88

    GLOSSÁRIO DE TERMOS ESSENCIAIS

    ................................................. p. 109

    30 CASOS FICTÍCIOS PARA APRECIAÇÃO

    ......................................... p. 114

    CRITÉRIOS PARA CASOS PURAMENTE PSICANALÍTICOS

    ............ p. 167

    SOBRE A REGULAMENTAÇÃO: UMA QUESTÃO ABERTA

    ............... p. 172

    DESAFIOS DA PRÁTICA PSICANALÍTICA HOJE

    ............................... p. 173

    ANÁLISE DE PLÁGIO E ORIGINALIDADE

    ............................................ p. 177

    9

    CAPÍTULO 1:

    O RUÍDO DO MUNDO E O

    SILÊNCIO QUE CURA

    Vivemos em um planeta cada vez mais barulhento.

    Notificações de celulares, telas piscando, pessoas falando ao mesmo tempo em mesas de bar, corredores de hospitais e salas de aula. Nesse turbilhão de estímulos, o silêncio virou um luxo — e a escuta, um ato quase revolucionário.

    10

    A Ditadura do Ouvir Superficial Nos últimos 20 anos, a humanidade desenvolveu uma habilidade problemática: ouvir sem realmente escutar. Respondemos mensagens enquanto

    conversamos pessoalmente, damos conselhos genéricos a amigos em sofrimento e repetimos frases como entendo como você se sente sem profundidade. Na saúde mental, isso se manifesta de formas preocupantes:

    • Terapeutas que, por vezes, se preocupam mais com suas próximas intervenções do que com o que o paciente está expressando no momento.

    • Médicos que interrompem pacientes nos primeiros segundos de consulta — diversos estudos sobre comunicação médica indicam que essa interrupção precoce é comum.

    • Familiares que dizem isso vai passar

    quando alguém expõe uma dor profunda, minimizando o sofrimento.

    Esse fenômeno cria uma ilusão de conexão, mas aprofunda a sensação de solidão.

    O Poder Terapêutico do Silêncio Ativo Aqui está o paradoxo: quem escuta de verdade sabe calar. Na psicanálise, os momentos de silêncio podem ser tão reveladores quanto as falas. Um exemplo comum em consultórios clínicos: 11

    Marcos, 32 anos, chega a uma sessão reclamando de insônia. O terapeuta percebe que ele fala rapidamente, como se tivesse medo das pausas. Em vez de preencher o silêncio com perguntas, o terapeuta permanece em silêncio após a fala dele.

    Após cerca de 20 segundos, Marcos se emociona e revela: Na verdade, tenho medo de dormir... sonho com meu pai falecido.

    Esse silêncio proposital — conhecido na clínica como resistência ao vazio — permite que conteúdos profundos emerjam. Como destacam teorias psicanalíticas, às vezes é necessário esvaziar a mente das técnicas para que o essencial apareça.

    Exercício Prático: Do Ruído à Escuta Experimente por um dia:

    • Registre quantas vezes você interrompe alguém (mesmo que para concordar).

    • Em vez de responder imediatamente, espere 5 segundos após o outro terminar de falar.

    • Observe o que muda quando você substitui

    ouvir para responder por escutar para compreender.

    Dados que Impressionam

    Estudos indicam que grande parte das pessoas tende a fingir prestar atenção em conversas cotidianas, enquanto pesquisas clínicas mostram 12

    que pacientes cujos terapeutas praticam escuta ativa apresentam resultados mais rápidos e efetivos.

    Conclusão

    O ruído nos afasta dos outros; o silêncio escutado nos traz de volta a nós mesmos.

    13

    CAPÍTULO 2:

    O CÉREBRO QUE OUVE VS. A

    ALMA QUE ESCUTA

    O cérebro humano é uma máquina impressionante de processamento auditivo. Em apenas 0,05 segundos, somos capazes de identificar e classificar um som. Mas aqui está o mistério: por que conseguimos ouvir sem realmente escutar? A neurociência e a psicanálise juntas revelam pistas fascinantes sobre esse paradoxo.

    14

    A Neurobiologia do Ouvir Automático Quando alguém fala conosco, nosso córtex auditivo primário transforma ondas sonoras em informações compreensíveis. Estudos de ressonância magnética funcional indicam que:

    • Ouvir superficialmente ativa principalmente áreas temporais, responsáveis pelo

    processamento básico do som.

    • Escutar profundamente envolve também o córtex pré-frontal (atenção), o sistema límbico (emoção) e áreas motoras

    relacionadas à preparação para respostas empáticas.

    Ou seja: ouvir é um processo fisiológico; escutar é um processo mais complexo e existencial. O

    neurologista Oliver Sacks observou que pacientes com lesões no lobo temporal ainda ouviam sons, mas perdiam a capacidade de atribuir significado emocional — ele chamou isso de surdez da alma.

    A Armadilha do Piloto Automático

    Nosso cérebro tende a economizar energia e, por isso, desenvolveu a chamada escuta seletiva:

    • Filtramos uma parte significativa do que ouvimos (algumas pesquisas indicam cerca de 60%).

    15

    • Em diálogos cotidianos, a mente frequentemente vaga, comprometendo a

    atenção.

    Na prática clínica, isso se manifesta quando:

    • Um terapeuta ouve problemas no trabalho

    e já pensa em diagnósticos pré-concebidos.

    • Um médico interrompe o paciente ao ouvir a palavra dor, associando

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