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MOTORES A PISTÃO

Base da aviação desde seus primórdios até meados dos anos 1960, os motores aeronáuticos de funcionamento recíproco – também conhecidos como “motores a pistão” – atendem hoje a um mercado bem definido, voltado a fabricantes e proprietários de aeronaves leves. São propulsores projetados e construídos com parâmetros desenvolvidos e aperfeiçoados há décadas. Em 1931, bem antes do início da Segunda Guerra Mundial, a Continental Motors lançou o icônico modelo A-40 de 37 cavalos de potência (hp) com uma arquitetura que se tornaria clássica na aviação geral: quatro cilindros horizontais contrapostos dois a dois, arrefecidos a ar – conceito básico que permanece praticamente inalterado até hoje, ainda que tenha sido eventualmente aplicado a versões maiores, de seis, oito e até doze cilindros.

A receita inclui uma preferência por motores “superquadrados” (pistões de elevado diâmetro, maior do que o curso), com grande deslocamento volumétrico e potência específica (hp por litro) não muito alta, porém disponível em rotações muito baixas (se comparadas às dos motores automotivos). Essa característica permite o acionamento direto das hélices, dispensando o uso de caixas de redução. O objetivo é criar um conjunto simples e rústico, mas extremamente confiável e com grande vida útil, usando o mínimo de componentes passíveis de falhas.

Apesar dessa similaridade conceitual, muita coisa mudou de lá para cá e um infinidade de novos modelos chegaram ao mercado, sobretudo nas últimas décadas.

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