O melhor dos últimos 20 anos
Até os antigos egípcios sabiam o quão importante era diferenciar um vinho de um ano do de outro. Em uma civilização em que toda a agricultura era estudada e controlada devido às variações climáticas, eles já apontavam o local onde seus melhores vinhos eram produzidos (ou seja, já tinham certa noção de terroir), assim como também o ano em que eles foram feitos. Sim, graças aos efeitos do clima, vinhos de safras diferentes tendem a ser diferentes.
Brinca-se que os franceses costumam classificar suas safras de excelentes a históricas (raramente você ouvirá um produtor da França falar que uma safra foi simplesmente “razoável”, é mais provável que ele diga que foi “difícil, mas extraordinária”). Contudo, eles sabem, sim, que, em alguns anos, as condições climáticas favorecem ou não seus vinhedos. E é por isso que, ano após ano, consórcios das principais regiões francesas convidam críticos para provarem seus vinhos em primeira mão, antes mesmo de eles serem lançados no mercado. Esse tipo de prática hoje em dia se alastrou por inúmeras regiões do mundo e até no Brasil, por exemplo, há um evento de avaliação da safra corrente.
Como se sabe, o clima pode variar não somente de ano a ano, mas de terroir para terroir. Portanto, se partirmos da França, por exemplo, em um determinado ano, denominações como Borgonha e Bordeaux podem ter tido experiências climáticas completamente distintas, sendo mais favorável a uma e menos à outra. No entanto, podemos focar ainda mais. Dentro de Bordeaux, em um mesmo ano, as sub-regiões da margem esquerda
Você está lendo uma prévia, inscreva-se para ler mais.
Comece seus 30 dias grátis