DESCUBRA MELGAÇO

A montanha e a majestática área verde do Parque Nacional da Peneda-Gerês dão o mote. A pureza da água e a rudeza do granito fazem o resto. Na região mais setentrional de Portugal, em Melgaço fazemos uma viagem encantadora pelo melhor que a natureza nos dá: gastronomia única, paisagens sublimes, uma tessitura de sabores genuínos.

Do cabrito assado no forno de cozer o pão, à lampreia com arroz à bordalesa, frita com ovos, fumada ou assada, passando pelo sável, as trutas do rio Minho, o sarrabulho, o queijo de cabra com mel, o caldo no pote, a bola da frigideira ou o bucho doce – e até o bacalhau, tão ao gosto dos vizinhos espanhóis -, muito há por onde escolher. O fumeiro, esse, é um símbolo da distinção que mostra como a tradição rural ainda é autêntica nesta terra.

A tudo isto acrescentamos a riqueza e delicadeza do Alvarinho, tão indissociável da configuração do território, protegido pela montanha das influências atlânticas, mas sem perder a frescura que o granito e a altitude lhe conferem. A sua plasticidade pode traduzir-se nas diferentes configurações: fechado e misterioso, delicado e sutil, de acidez marcante, com os aromas de marmelo e líchia ou de amêndoa, noz e avelã, macio, fresco e persistente. Mas Melgaço tem muito, muito mais: tem atividades radicais emolduradas por uma natureza de cortar a respiração; tem saberes e sabores que passam de geração em geração; tem cultura e cinema; tem história e patrimônio.

Começamos esta viagem de descoberta no ponto mais a norte de Portugal: o marco nº1, localizado na aldeia de Cevide, onde o rio Trancoso encontra o Minho e a última língua de terra portuguesa irrompe Galiza adentro. Acompanhados pelo autarca de Melgaço, Manoel Batista, damos o pontapé de saída para uma viagem de descoberta única. Neste marco nº1, que assinala