De braços ABERTOS
Decididos a buscar novas fontes de receitas para o Estado, os portugueses estabeleceram os primeiros contornos de seu projeto de expansão marítima em 1415, quando chegaram à região de Ceuta, no norte da África. Três anos depois, seria a vez dos navegadores de dom João I desembarcarem na Ilha de Porto Santo, no Oceano Atlântico, desviados por uma tempestade em alto--mar. Meses se passaram e o encantamento com esse paraíso dourado, onde a areia fina e macia se estendia por 9 quilômetros de praia, deu lugar à rota percorrida por Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo e João Gonçalves Zarco, os desbravadores lusitanos que rumaram para outro território do mesmo arquipélago, de vegetação robusta, coberta por loureiros e vinháticos, além de inúmeras espécies da floresta laurissilva, como o til, o folhado e o pau-branco.
Conta a história, aliás, que a denominação conferida à recém-descoberta Ilha da Madeira – a maior e mais conhecida do conjunto insular – teria acontecido pela abundância dessa matéria-prima. O clima ameno presente durante o ano todo logo chamou a atenção de pequenos camponeses, que passaram a investir no cultivo do trigo, e de agricultores que tinham a cana-de-açúcar como atividade principal.
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