TRANSPARÊNCIA a toda prova
UM SÁBADO CHUVOSO DE SETEMBRO na capital paulista certamente não é um dos cenários mais atraentes, mas o mau tempo corriqueiro de São Paulo passou despercebido nesse dia. No aconchegante Chef Rouge, na badalada Rua Bela Sintra, nos Jardins, não se via o acinzentado céu da cidade, mas o brilho luminoso de oito safras de um dos mais icônicos Champagne do mundo: Cristal.
Naquela tarde de garoa, alguns poucos convidados, todos amantes de Champagne – sendo que alguns dispuseram de suas próprias garrafas para “completar” a degustação vertical – apreciaram as diferentes nuances douradas de cada uma das oito safras provadas (1995, 2002, 2005, 2006, 2008, 2009, 2012 e 2013), um sutil degradê de cores realçadas por seus inconfundíveis recipientes transparentes. Mas, muito mais do que estético, o deleite sentiu-se mesmo nas papilas, quando cada uma das safras revelou a sua história, o seu âmago, cada uma surpreendendo e encantando ao seu modo.
Essa degustação só foi possível graças aos esforços de Luli Dias, da importadora Épice, que, além de ceder alguns dos vinhos, contatou amigos – fãs de Cristal – que ajudaram a engrandecer a vertical, cedendo garrafas históricas de suas próprias adegas. O local foi a aprazível sala da Louis Roederer no Chef Rouge, com sua indefectível gastronomia francesa que, naquele dia, ainda primou pela extrema delicadeza nos pratos, deixando que os vinhos brilhassem. Reuniram-se apreciadores de Champagne de norte a sul do Brasil, com Augusto Acioli, Rui Silva, Gilmar Tenório, Rodrigo Fiuza, Carlos Moura, Carlos Giacometti, Jadir Engers, além da equipe de ADEGA.
Czar
Cristal nasceu em 1876. Foi uma encomenda pessoal do czar russo Alexandre II para Louis Roederer. Ele teria pedido que seu principal fornecedor de Champagne na época criasse uma cuvée exclusiva – algo que fosse diferente do que ele provava na
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