O consumo de vinhos estrangeiros em mercados que são, simultaneamente, países produtores de grande tradição é, por norma, residual. Portugal não é exceção e, ressalvando determinados segmentos (desde logo champanhes, que encontram no nosso país um mercado bem interessante e de altíssimo valor…), a procura por vinhos de outros países corresponde a um nicho reservado ao público amante do vinho, à restauração e garrafeiras de segmentos elevados.
Aliás, segundo dados do IVV, a importação de vinhos em 2019 (ou seja, em época pré-pandemia) correspondeu a um total de 2,9 milhões de hl. (sendo que o vinho a granel, sobretudo de origem espanhola, representa a fatia de leão, ou seja, 2,5 milhões de hl.). Nesse ano, aos vinhos com DO corresponderam importações totais de 35 mil hl. (e de 53 mil hl. em 2020, que poderá fazer levar a pensar que os primeiros confinamentos aumentaram a apetência pela experimentação vínica…) e, no caso dos vinhos IGP, de 75 mil hl.. Por sua vez, os espumantes estrangeiros responderam por