DUAS PROAS E UM DESTINO
Aoperadora Changi Airport rescindiu o contrato de concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido por Galeão, no Rio de Janeiro, e expôs uma disputa envolvendo outro destino importante da capital fluminense, o Santos Dumont. A empresa de Cingapura, que encabeçava a concessionária RioGaleão com 51% do capital do aeroporto, justificou sua decisão com base na situação econômica do Brasil, que se deteriorou ainda mais após a pandemia da covid-19. Diante da nova realidade, o governo federal promete relicitar o Galeão buscando uma forma de preservá-lo, além de garantir sua coexistência com o Santos Dumont sem o esvaziamento de um em detrimento da demanda do outro.
TRAJETÓRIAS PARALELAS
As interligações envolvendo o Galeão e o Santos Dumont remontam aos primórdios da aviação no Brasil. O primeiro surgiu como uma base aeronaval, cuja construção teve início em 1923, na Ilha do Governador (na chamada “Ponta do Galeão”), ficando pronta em 1924, com o objetivo de transferir a Escola de Aviação Naval, que funcionava desde 1916 no antigo Arsenal de Marinha, no Rio de Janeiro, localizado na Baía da Guanabara.
Já o Santos Dumont foi o primeiro aeroporto civil do Brasil, inaugurado em 1936, para atender à demanda aérea da então capital federal do país. Construído em um aterro à beira da Baía da Guanabara, passou a contar, a partir de 1937, com uma estação para operações de hidroaviões, muito utilizados pelas companhias aéreas na época.
Em 1941, com a criação da Força Aérea Brasileira e a unificação das armas aladas da Marinha e do Exército, a base aeronaval passou a ser denominada
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