O FIM DE UMA ERA
No início dos anos 1970, o mundo se encontrava em ebulição, literalmente. Os efeitos da então chamada Guerra Fria levaram à eclosão de conflitos armados em quase todo o planeta, com combates acontecendo no Sudeste Asiático, no Oriente Médio e na África e tensões entre Índia, China e União Soviética levando, invariavelmente, à algumas escaramuças. Também houve de forma acentuada as guerrilhas na América Latina e o estabelecimento de um novo tipo de guerra no qual não se conhecia fronteiras ou um alvo específico, que se fez sentir especialmente na aviação, com atentados terroristas, que atingiram fortemente o sistema de aviação civil. Sequestros quase sistemáticos de aeronaves e ataques a sítios aeroportuários demandaram um posicionamento firme por parte das autoridades da aviação civil internacional, vez que, mesmo com todo esse cenário, as pessoas se conectavam cada vez, e o fazendo, praticamente, a jato.
Dentro desse contexto, o Brasil, que recém havia empreendido um bem-sucedido programa de construção de sua malha viária, via sua aviação entrar em crise, pois a facilitação das viagens terrestres de curtas e médias distâncias, fez com que o modal aéreo perdesse demanda e rentabilidade, apesar da necessidade em se estabelecer ligações com os rincões mais distantes e ainda isolados do país. As autoridades aeronáuticas precisavam agir e, obviamente, enxergaram como ponto nodal a criação de um novo sistema aeroportuário moderno e, de certa forma, mais independente.
O DAC
Subordinado ao Ministério da Aeronáutica, o Departamento de Aviação Civil (DAC) era um órgão militar, criado em 1941, que, entre outras funções, além
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