Adega

Paradigmas revistos

SÃO POUCOS OS VINHOS brancos secos no mundo de que se espera um bom tempo de guarda. Dentre eles, pouco se cogita os Vinhos Verdes. Tampouco se espera que os exemplares mais longevos sejam os produzidos com uvas de anos quentes, assim como também os que não passam por barrica. Esses paradigmas certamente estão na cabeça de muitos consumidores, assim como também estavam na do enólogo José Luís Moreira da Silva, quando o grupo Esporão – para o qual trabalha – assumiu a Quinta do Ameal em 2019. E também no de ADEGA quando participou de uma vertical exclusiva dos seus rótulos Loureiros e Reservas, no restaurante Purgatório, em São Paulo.

Essa histórica quinta da sub-região do Vale de Lima, passou a se dedicar aos vinhos quando foi comprada pela família Araújo no anos 1990. No começo, a aposta foi na produção de leite, mas o visionário Pedro Araújo deu um passo ousado. “Ele criou um portfólio completamente inovador, pensou em algo premium numa região que até então existiam vinhos de um segmento mais baixo. Foi um trabalho notável, não só pelo reconhecimento que ele conseguiu para a região dos Vinhos Verdes, mas também, e acima de tudo, para a casta Loureiro”, conta José Luís.

“Pegamos uma quinta que tem um legado fortíssimo. Queremos preservar a abordagem do Pedro, com a qual nós nos identificamos, e tentar perceber em cada um dos vinhos onde é que podemos melhorar, onde podemos dar o nosso input, onde podemos realmente crescer um pouco, e isso tem sido o nosso desafio”.

Ele enumera os diferenciais da quinta, que fizeram com que os Roquette se interessassem pela propriedade,

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