Primeiro, a história
Na Idade Média, quando o ducado de Aquitânia ainda pertencia à coroa inglesa, a propriedade Yquem integrava a área administrativa de Prévôte Royale de Barsac. Relatam os documentos da época que a existência de vinhas era apenas parte de um patrimônio agrícola mais vasto.
Em 1593, Jacques Sauvage, descendente de uma família burguesa de Bordeaux com tradições de investimento em Sauternes, propôs adquirir a propriedade, que se cingia a um mero edifício de aspecto fortificado no topo de uma colina. O plano passava por construir mais edifícios, permitindo que Yquem assumisse o verdadeiro aspeto de um castelo, rodeado por uma área mais generosa de vinhas, usufruindo assim da incrível paisagem que ainda hoje conseguimos perceber. Sauvage ambicionava ascensão social, tornar-se num verdadeiro nobre, razão pela qual propusera também comprar a posição francesa em Guyenne (Aquitânia).
No século seguinte, em 1625, Françoise de Saint-Cricq, viúva de um dos filhos de Sauvage, apostou ainda mais decisivamente na plantação de vinhas ao longo de três cumes em redor do château, todas de uva branca. Avançou também com a construção de uma adega. As opções mostraram-se visionárias, tanto mais que nesses anos existia uma pressão