A lgumas marcas se tornam sinônimos de seus segmentos, sendo confundidas com o próprio produto, como Band-aid, Gillete e Ray-Ban, outras se tornam referência para o próprio segmento, sendo em geral seguidas por seus rivais, como Google, Amazon e Meta. Ainda existe um terceiro grupo, que reúne as raríssimas empresas ou produtos cujo nome se torna referência de status, poder, tecnologia ou estilo de vida, como Rolls-Royce, Ferrari e Apple.
Chegar ao aeroporto com um jato de negócios é uma distinção para poucos, em geral grandes empresários, industriais ou investidores. Agora, chegar a bordo de um Gulfstream é por si só uma distinção adicional entre seus pares. A marca se consolidou como um produto sofisticado e exclusivo, ainda que seus principais rivais tenham aviões tão avançados quanto. Em uma analogia simples é como ter um Ford GT Mk IV, um superesportivo famoso por seu alto desempenho, ou uma Ferrari SF90 Stradale. O modelo italiano pode até ser muito mais barato do que o Ford, mas continua sendo uma Ferrari.
GRUMMAN AIRCRAFT
A história do que viria a ser o Gulfstream I tem um início bastante curioso e distante do mundo da aviação de negócios. A Grumman Aicraft havia se notabilizado por seus aviões navais, estudava nos anos 1950 uma aeronave executiva, tendo como opções aperfeiçoar o anfíbio Widheon, mas que mostrava quase nulo potencial de vendas ou partir para uma ideia mais audaciosa. Na ocasião, a aviação comercial avançava em um ritmo frenético, assim como os negócios nos Estados Unidos, que viam sua economia crescer rapidamente, em especial após assumir a hegemonia econômica do pós--guerra. Ainda assim os voos comerciais não atendiam às necessidades de muitos empresários e industriais que necessitavam voar