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O xeque e o amor
O xeque e o amor
O xeque e o amor
E-book207 páginas3 horasBianca

O xeque e o amor

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Sobre este e-book

Aquela mulher punha à prova a sua honra e a sua masculinidade…


O príncipe Jefri de Bahania sentia-se ofuscado… por uma mulher! E não se tratava de uma mulher qualquer, mas de Billie Van Horn, a sua lindíssima e exigente instrutora de voo, que era um grande desafio para um homem como ele. Talvez fosse um ás no ar, mas, no que se referia ao amor, Billie preferia manter os pés bem assentes na terra. Então, porque sentia que flutuava por cima das nuvens cada vez que estava com aquele xeque tão sexy? Além disso, sabia que assim que a honra lho exigisse, ele ir-se-ia embora… a menos que desafiasse o destino e elegesse o amor…
IdiomaPortuguês
EditoraHarperCollins Ibérica
Data de lançamento1 de jul. de 2011
ISBN9788490005941
O xeque e o amor
Autor

Susan Mallery

<p>Die SPIEGEL-Bestsellerautorin Susan Mallery unterhält ein Millionenpublikum mit ihren herzerwärmenden Frauenromanen, die in 28 Sprachen übersetzt sind. Sie ist dafür bekannt, dass sie ihre Figuren in emotional herausfordernde lebensnahe Situationen geraten lässt und ihre Leserinnen und Leser mit überraschenden Wendungen zum Lachen bringt. Mit ihrem Ehemann, zwei Katzen und einem kleinen Pudel lebt sie in Washington.</p>

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    O xeque e o amor - Susan Mallery

    Capítulo 1

    O príncipe Jefri da Bahania não conseguia acreditar que uma mulher o vencera num combate aéreo. Simplesmente, era impossível. No entanto, ali estava, sentado na cabina do seu F15, a voar a mais de oitocentos quilómetros por hora e a olhar para o horizonte para o ponto onde vira pela última vez o avião da mulher.

    – Mais vale mexer-se, grandalhão. A voz feminina divertida que lhe chegou através dos auscultadores fê-lo cerrar os dentes.

    Onde estava? O príncipe virou a cabeça à procura do reflexo dos raios do sol contra o metal, um brilho ou alguma coisa que lhe desse uma pista sobre a sua situação, mas não viu nada.

    Jefri pilotava aviões desde a adolescência, sempre com total domínio e segurança absoluta em si próprio. Agora, pela primeira vez na sua vida, sentia um suor frio nas costas. Segundos depois, um tom de aviso agudo e estridente ecoou na cabina como uma maldição. A mulher tinha-o na sua mira. Se estivesse numa situação de combate real, estaria morto.

    – Já está – disse a mulher e riu-se. – Durou dois minutos inteiros. Não está mal para um novato. Está bem. Vamos aterrar. Siga-me.

    De repente, o avião da mulher materializou-se à sua esquerda e pôs-se com movimentos elegantes e precisos à frente dele.

    Estaria a gozar com ele? Ele era um príncipe, um xeque árabe herdeiro de uma fortuna incalculável. Era o filho mais novo do rei da Bahania e não conseguia compreender como é que a mulher tivera a capacidade e a ousadia de o vencer num combate aéreo.

    – Sei o que pensa – disse ela, pelos auscultadores.

    – Está incomodado e humilhado. Não me surpreende, todos os homens reagem assim. Se lhe servir de consolo dir-lhe-ei que nos últimos seis ou sete anos ninguém, nem homem nem mulher, me venceu num combate aéreo. Isto é guerra, não é nada pessoal. O meu trabalho é ensiná-lo a ser melhor piloto. O seu trabalho é aprender. Mais nada.

    – Conheço as minhas responsabilidades – disse ele, num tom seco, sem conseguir esconder o orgulho ferido.

    – Não vai perdoar-me, pois não? – perguntou ela e suspirou. – Também não seria o primeiro. Enfim, o problema é seu.

    Com isto, o avião da mulher virou com a elegância de uma bailarina e afastou-se no céu. Jefri olhou para

    o lugar onde estivera há uma décima de segundo. Como

    o fizera?

    Abanou a cabeça e, depois de pedir permissão à torre de controlo para regressar à base, pôs o avião nas coordenadas necessárias e dirigiu-se para o sul.

    Vinte minutos depois, aterrou e levou o avião para os hangares enormes que tinham acabado de construir recentemente para proteger a nova força aérea do país. Parou o avião e, assim que se levantou da cabina, ouviu alguém gritar o seu nome.

    – Dois minutos! – gritou Doyle Van Horn da pista.

    – Até agora é um recorde. Muito bem. Muito bem? Jefri cerrou os dentes e saiu.

    – Foi um desastre.

    – Não deve levá-lo a peito, Sua Alteza – disse Doyle, dando-lhe umas palmadinhas no ombro. – Há muito tempo que ninguém ganha a Billie, nem sequer eu.

    – Isso foi o que ela disse – disse Jefri, olhando para o homem loiro e sorridente que acabara de o receber.

    – Há quanto tempo trabalha na tua empresa? Doyle sorriu.

    – Tecnicamente, durante toda a vida. É a minha irmã. O meu pai já a deixava conduzir com doze anos. E pilotou um avião pela primeira vez no dia em que fez os dezasseis. Disse que queria o melhor instrutor e foi o que lhe demos, Sua Alteza.

    – Chama-me Jefri e trata-me por tu, por favor. Será mais fácil assim. Doyle assentiu.

    – Queria verificar que não te ofendeste depois da derrota. Há homens que o levam muito a peito.

    Jefri não tinha a menor dúvida. O segundo avião aproximou-se da pista e preparou-se para aterrar. Com uma suavidade difícil de imaginar, o aparelho mal levantou pó quando as rodas tocaram no chão.

    – Eu gostaria de a conhecer – disse o príncipe.

    – Já imaginava – disse Doyle, sem perder o sorriso e o brilho divertido nos seus olhos azuis-claros. – Todos os pilotos querem conhecê-la.

    Jefri arqueou as sobrancelhas.

    – A sério?

    – Sim, ninguém consegue acreditar. Mas quando a vêem, ainda se sentem pior.

    – Em que sentido?

    Doyle desatou a rir-se e levantou as mãos com as palmas abertas.

    – Descobre-o por ti próprio – disse-lhe. – Só mais uma coisa. Tu podes ser o príncipe e o homem que nos contratou, mas Billie é proibida. Para todos. Até mesmo para ti.

    Jefri não estava habituado a receber ordens, mas não disse nada. Billie Van Horn só o interessava como instrutora de voo e, se era a melhor, queria aprender com ela. E quando voltassem a enfrentar-se no ar, ele ganharia.

    Billie saiu da cabina e puxou o fecho do fato de voo. Quem quer que desenhava aquelas roupas esquecia sempre que as mulheres tinham algumas partes do corpo diferentes das dos homens. Saltou o último meio metro até ao chão e tirou o casco. Ao fazê-lo, viu um homem alto com uniforme de voo que se dirigia para ela. Oh, sim, devia ser o príncipe. Que, certamente, não estava habituado a perder. Bom, mais valia habituar-se, porque ia perder muitas vezes. Billie não tencionava tratá-lo de maneira diferente dos outros clientes, o que significava que ia continuar a ouvir o som estridente da derrota no fim de todas as aulas com ela.

    Todos os homens detestavam perder com uma mulher, incapazes de aceitar que uma mulher os superava num combate aéreo.

    Na sua experiência, os homens que treinava dividiam-se em duas categorias. Os primeiros reagiam com agressividade e com frequência tentavam desabafar a sua frustração no ar, tentando intimidá-la em terra firme. Os segundos ignoravam-na. Fora da sala de aula ou do avião, ela simplesmente não existia. Muito poucos homens, pouquíssimos, pensavam nela como uma pessoa e eram agradáveis com ela.

    Mas nunca nenhum se incomodara em vê-la como mulher.

    O príncipe Jefri continuou a aproximar-se dela. Em que categoria estaria? Seria pedir muito que fosse um dos agradáveis?

    O homem tirou o capacete e os óculos. Nesse preciso momento, o cérebro de Billie paralisou.

    Era muito bonito.

    Não, muito bonito não era suficiente. Precisava de um elogio mais acertado para explicar como era bonito. Seria por causa dos olhos castanhos-escuros com pestanas espessas e sensuais? Ou a forma perfeita da boca, as maçãs do rosto altas e o cabelo preto? Ou seria a combinação de traços e a determinação da sua expressão?

    Também não importava.

    Quanto mais se aproximava, melhor lhe parecia. Billie vira a sua fotografia em revistas e jornais, mas as imagens não lhe faziam justiça. Esforçou-se para recuperar a respiração e agir com normalidade, apesar de o seu coração continuar a bater à velocidade da luz.

    – Parabéns – disse o homem, estendendo-lhe a mão. – Pilotas o avião como uma profissional – disse, sem parecer ofendido.

    – Sou uma profissional – respondeu ela, sorrindo.

    Billie apertou a mão e quase desmaiou ao sentir as faíscas produzidas pelo contacto.

    – Como desapareceste tão depressa? – perguntou ele. – Estava a ver-te e, de repente, já não estava.

    – Todos os aviões têm pontos mortos. O truque é saber onde são e como usá-los, claro.

    – Mas eu podia ter virado e o ponto morto ter-se-ia movido. Ela abanou a cabeça enquanto tirava uma luva.

    – Estavas tenso. Sabia que manterias o rumo e que me darias tempo para me perder no horizonte. Agora, se me desculpares...

    Billie virou-lhe as costas e dirigiu-se para os barracões provisórios instalados num dos cantos do aeroporto.

    Mas se a sua intenção era afastar-se dele, não conseguiu. O homem seguiu-a e continuou a fazer perguntas, a que ela foi respondendo automaticamente, enquanto fazia um esforço sobre-humano para não se aperceber de que era «alto, bonito, moreno e maravilhoso», para além de príncipe. Embora parecesse muito mais interessado nos aviões do que nela.

    – Eu fico aqui – disse Billie sorridente, ao chegar à porta de uma das tendas, interrompendo a pergunta do homem. – Temos muito tempo para falar disto nas aulas teóricas e nos exercícios de simulação.

    – Quando voltaremos a enfrentar-nos no ar? – perguntou ele. Billie acabou de abrir o fecho do fato até às ancas e tirou as mangas. Embora fosse o mês de Outubro, no deserto estava muito calor.

    – Temos tempo suficiente – disse ela, – e não te preocupes, voltarei a destruir-te, todas as vezes.

    – Não acredito. A última manobra...

    O homem nem sequer reparou no seu peito, pensou Billie, com uma certa pena. Muitas vezes pensara que, embora se despisse e passeasse pela pista como a sua mãe a trouxera ao mundo, o resto dos pilotos nem sequer se aperceberia. Só os seus irmãos, claro, e certamente matá-la-iam.

    – Estou livre até amanhã de manhã – disse ela, cortesmente. – Sei que estás ansioso por ter a nova força aérea em funcionamento, mas não trabalho vinte e quatro horas por dia.

    E, assim, desapareceu no interior da tenda. Jefri franziu o sobrolho. A instrutora virara-lhe as costas e fora-se embora, deixando-o a falar sozinho? Isso também nunca lhe acontecera. Seguiu-a para o interior.

    – Não entendes. Preciso dessa informação – insistiu ele. Billie olhou para ele e sorriu.

    – Não te rendes, pois não? – perguntou, enquanto abria uma gaveta e tirava várias roupas. Depois desapareceu atrás de um biombo. – Está bem, dou-te quinze minutos, mas depois tens de me deixar descansar. Estive no avião toda a noite para vir até aqui e o meu barracão ainda não está pronto. Até então, tenho de me contentar com isto, e aqui está um calor terrível. Quero o meu ar condicionado. Oh, senta-te.

    Jefri dirigiu-se para a cadeira que lhe indicou. Sobre ela, havia uma pequena bola peluda. Quando tentou afastá-la, mexeu-se, resmungou e ladrou.

    Atrás do biombo, Billie desatou a rir-se.

    – Vejo que encontraste Muffin – disse. – Sê amávelcom ele, querido. É o nosso chefe.

    Jefri olhou para o animal minúsculo que o observava com desconfiança.

    – Para o chão! – ordenou.

    Muffin emitiu um gemido de desprezo, virou-lhe as costas e aninhou-se novamente no mesmo sítio. Sem se mexer da cadeira.

    – Daria a minha alma por um banho – disse Billie, com um suspiro, do outro lado do biombo. – Mas o meu irmão recusa-se a viajar com uma banheira. Diz que é um aborrecimento. Oh, claro, podemos deslocar milhões de quilos de aviões e equipamento informático sem problema, mas uma banheira, impossível. O que se passa com os homens? Não percebem que é bom estar um bom bocado na banheira?

    Enquanto falava, Billie saiu de trás do biombo. Jefri tentou responder, mas emudeceu ao vê-la.

    A mulher era uma fantasia tornada realidade: um cabelo comprido e loiro que caía em cascata sobre as suas costas, grandes olhos azuis e um peito maravilhoso. O vestido de Verão envolvia as formas curvilíneas com delicadeza antes de cair até metade da coxa. O conjunto completava-se com sandálias de salto alto.

    Billie sorriu e aproximou-se para pegar na cadela ao colo.

    – Como está a minha fofinha? – perguntou, num tom de criança. – Cumprimentaste o príncipe?

    Depois, aproximou-se da entrada da tenda e empurrou-a.

    – Não pensei que estivesse tanto calor – disse, saindo para o exterior. – Embora, claro, estejamos no deserto. Bom, está a acabar o tempo. Queres perguntar mais alguma coisa?

    Perguntar? Jefri seguiu-a para o exterior, onde viu as fileiras de aviões na pista. Sim, claro. Tinha centenas de perguntas para lhe fazer, mas não saiu nenhuma da sua boca. Como conseguiria fazê-lo se o vestido desenhava as curvas perfeitas das coxas e o balanço das ancas fazia o seu sangue ferver?

    Não estava habituado a uma reacção física tão forte. Para ele, as mulheres sempre tinham sido fáceis. Se queria o que via, era-lhe oferecido sem demora. Mas Billie parecia alheia à sua própria atracção física e, além disso, via-o como um aluno com vontade de aprender.

    Billie virou-se e parou à frente dele.

    – O que foi? – perguntou, com um olhar divertido.

    – Sei que não te intimido, portanto vá lá. O que mais queres saber?

    Uma infinidade de coisas. Como seria sentir a suavidade da sua pele sob os dedos dele. O sabor da sua boca ao beijá-la. O som dos seus gemidos ao levá-la ao topo do prazer. As fantasias com ela envolviam fazê-la render-se de desejo por ele.

    – Porque o fazes? – perguntou ele. – Porque pilotas aviões?

    – Porque adoro. Sempre adorei – disse ela, sorrindo. – E porque sou muito boa.

    – És, sim.

    Dois mecânicos passaram a poucos metros deles. Os dois homens olharam para Billie. Abanaram a cabeça e trocaram algumas palavras que Jefri não foi capaz de ouvir. Mas conseguiu imaginar.

    Olhou para as tendas, para o acampamento e depois novamente para Billie.

    – Não podes ficar aqui – disse. O sorriso feminino desapareceu.

    – Desculpa? Estás a expulsar-me do

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