POEMA POLÍTICO
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Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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POEMA POLÍTICO - Roberto Antonio Deitos
O DIA A DIA DO PRIMEIRO DE MAIO
Maio primeiro de maio
Cansaço suor laço
Chuva sol vento frio
Trabalho trabalho
Pouco salário.
Hora extra produção
Produção lucros lucros
Crescimento investimentos
Desgaste cansaço
Empobrecimento doença
Desesperança exploração.
Décimo terceiro
Aposentadoria gratificação
Produtividade adicionais
Licença-maternidade
Pela mais valia
O preço da miséria
Que se come todo dia.
Fundo de garantia
Sábado domingo
Remunerado e férias
Num descanso bestial
Para aumentar o capital.
Lucros lucros
Lucros sobre lucros
Arrocho sobre arrocho
No bolso furado do trabalhador
Ficam as migalhas produzidas
Das riquezas que ficam com o capital.
BAGATELAS
Necessário é conservar
A vida bem vivida
Pois na explosão do século
Seu valor é resumido.
(Na perversidade criada,
Angústia de mãos
Sem piedade,
Que causam fatalidade).
Necessário é esse cuidado
Mesmo se não amas a vida
A pouca falta que ela faz
Seja a brasa que habita
E a única saída.
Não suporta também
Todas essas bagatelas:
Sua carne é sensível
O espírito invisível
Ambos de importância
Universal
Não resistem a baixeza
Nem a bomba nuclear.
CEGUEIRA
Sonhos enormes
Com flores
Em jardins
Deixados à história.
Tudo contado
Em linhas menores
Para poupar
Mistificação.
Escândalos lendários
Colocados na mesa
Como prato predileto
À sobremesa da fome.
Passado traçado
Em condições definidas
De servidão e miséria.
Cego processo
Produção destrutiva
De cemitérios construídos
À luz de palácios.
UM CERTO ESTADO DE COISAS
Um certo estado de coisas
Não quer greve, sindicato,
Liberdade e justiça
Eleição e participação
Igualdade para todos.
Um certo estado de coisas
Mira para a direita
Mira para todos os lados
Mira, mira e seu golpe atira
Um certo estado de coisas.
Um certo estado de coisas
Não quer salário, educação,
Saúde e moradia
Pão, democracia e igualdade.
Um certo estado de coisas
Quer que assim fique
Porque no peito
Carregam distintivos
Enquanto no peito do povo
Batem a fome e o fuzil
A censura e a opressão.
Um certo estado de coisas
Criou outro estado de coisas
Para manter a situação
Um certo estado de coisas...
BRASIL EM 13 VERSOS: O TESTAMENTO
I - O DIA DOS ELEITOS
Na mão a promessa
Que saiu pelo vão dos dedos
E a tinta da caneta falhou no poder
Na hora de fazer valer o povo
A assinatura não cabia no papel
Pois eram muitos os que queriam
Que os sonhos do povo
Fossem reais?...
Assim na falta de espaço
E de papel e de perspectiva
Ficou para outro dia
Para que tanta pressa?
Se podemos multiplicar
O amanhã que não chega!
De quatro em quatro anos
Podemos fazer nossas apostas
Na loteria eleitoral tudo passa
De quatro em quatro anos!
II - O CHORO DAS LÁGRIMAS
Brotaram das ruas os gritos de mudança
Sonhos alargados nas lutas
Dores da angústia das promessas
O povo chorou as lágrimas derramadas
Das promessas rasgadas
Por que o povo sabe chorar ainda?
Esta era a pergunta nos altos escalões
Dos poderes da República
Na sua ânsia de salvar o povo
Desesperado nas ruas e praças
Atrapalhando o trânsito
Já pouco congestionado
O que pensam essas pessoas?
O que não pensam essas pessoas?
Vamos demorar bastante para decifrar
O enigma das perguntas
Reuniremos os mais notáveis
De presidentes a chefes de tudo
Dos tribunais aos que sabem tudo.
Um dia descobriremos o que dizem
Nossa língua é muito complexa
E os dialetos nos confundem
Com a mais alta surpresa
Da descoberta do nada
Dizem com a voz das alturas:
Não tenham pressa
Porque se depender de nós
Que estamos nas alturas
Palavras ao vento...
O amanhã não chegará!
III - O CANTO SILENCIADO
Ouvia da janela esperanças prometidas
Ouvia pássaros em voos que não chegaram
Ouvia da boca a negação do povo
Ouvia tudo que chegava como retórica neoliberal
Ora pelos já assumidos, ora pelos convertidos!
O que eles fazem em noites de calidez
Que se perdem na escuridão
Das sombras
Enquanto os sonhos
E as vidas são mutiladas?
Castigos como se fossem
Poupados por aqueles
Que não merecem ser
Aquilo que são
Pois pode haver sonho
Quando não se tem futuro?
IV - OS PROGRAMAS VENDIDOS
Em dias quentes ou em dias frios
Em noites escuras