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O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento: A Relação Entre História, Educação, Política e o Desenvolvimento Humano, na Filosofia de Immanuel Kant
O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento: A Relação Entre História, Educação, Política e o Desenvolvimento Humano, na Filosofia de Immanuel Kant
O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento: A Relação Entre História, Educação, Política e o Desenvolvimento Humano, na Filosofia de Immanuel Kant
E-book109 páginas1 hora

O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento: A Relação Entre História, Educação, Política e o Desenvolvimento Humano, na Filosofia de Immanuel Kant

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Sobre este e-book

Na apresentação da visão de Immanuel Kant (1724-1804) acerca do ser humano, o autor deste livro utiliza as ideias apresentadas por Kant em Ideia de Uma História Universal de um ponto de vista Cosmopolita e em outros de seus textos, segundo as quais há um fio condutor racional na história, isto é, a razão está no centro do mundo e conduz os acontecimentos visando ao desenvolvimento do homem como espécie. A partir, principalmente, do texto À Paz Perpétua, ele apresenta o modo como o filósofo alemão entendia essa condução racional da natureza perpassando pela união dos povos em diferentes Estados, e pela consolidação de um contrato político entre os diferentes Estados que levaria a um estado de paz no qual o desenvolvimento humano poderia, então, completar-se. Trata-se da ideia de que o homem, como espécie, está em pleno processo de formação ou criação. Utilizando-se das ideias de Kant acerca da educação apresentadas em Sobre a Pedagogia, procura-se mostrar qual é, na visão desse filósofo, a responsabilidade humana para com a sua própria formação, e de que modo o homem pode colaborar com o processo de seu desenvolvimento, engendrando as ferramentas de sua autoconstrução. Trata-se de um texto que pode ser muito útil para estudantes de Sociologia, de Antropologia, de Psicologia, de Teologia, de Direito e, principalmente, para estudantes de Pedagogia (e de educação, em geral), de Filosofia, e àqueles que têm especial interesse no estudo do pensamento kantiano.

"A obra O homem – um projeto em desenvolvimento: a relação entre história, educação, política e o desenvolvimento humano, na filosofia de Immanuel Kant, que Silvério Becker oferece aos leitores da língua portuguesa, não é apenas uma excelente introdução ao estudo da filosofia da educação oferecida pelo filósofo moderno Immanuel Kant. É, primeiramente, uma importante contribuição para o debate filosófico sobre os pressupostos da concepção kantiana de pedagogia, pois possui a virtude de reinserir tal reflexão no seu contexto histórico e, a partir desse horizonte, delinear uma perspectiva para a interpretação das concepções kantianas de disciplina, formação, educação e, fundamentalmente, de homem emancipado".



Dr. Evandro Oliveira de Brito

Professor de Filosofia da Unicentro
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de set. de 2018
ISBN9788547315795
O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento: A Relação Entre História, Educação, Política e o Desenvolvimento Humano, na Filosofia de Immanuel Kant

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    O Homem - Um Projeto em Desenvolvimento - Silvério Becker

    Unicentro

    SUMÁRIO

    Introdução

    PRIMEIRA PARTE

    HISTÓRIA E POLÍTICA

    I. A história, a política e o desenvolvimento da autonomia humana 

    II. Um fio condutor racional na história 

    III. A necessidade de uma sociedade civil para

    assegurar a paz 

    IV. A relação entre política e moralidade 

    V. O direito internacional e sua vinculação com o

    direito natural 

    SEGUNDA PARTE

    A EDUCAÇÃO

    I. A educação como meio de desenvolvimento das potencialidades

    humanas 

    II. A educação, uma tarefa árdua e pouco conhecida 

    III. A educação é uma arte 

    IV. O esclarecimento: a passagem da infância para

    a vida adulta 

    V. O esclarecimento da humanidade em geral ainda

    é algo por vir 

    Últimas considerações

    REFERÊNCIAS

    Introdução

    No século XVIII, desenvolveu-se, na Europa, um movimento filosófico que ficou conhecido como iluminismo. Tal movimento apareceu durante o período conhecido como modernidade e manifestou-se em vários países europeus. A modernidade foi um período de tempo marcado por acontecimentos importantes para os rumos da história, como: a Reforma Protestante, a expansão comercial e a expansão marítima, o desenvolvimento do mercantilismo, a Revolução Industrial, dentre outros. No campo político, a Idade Moderna pode ser considerada um período de transição, sobretudo, porque marcou o fim do feudalismo tradicional e a consolidação do capitalismo ocidental. A época também foi marcada por importantes teorias, que ainda hoje são aceitas, por muitos, como científicas, como as de Galileu Galilei (1596-1650) acerca do sistema solar e a teoria física de Isaac Newton (1642-1727). Também foi um período de invenções importantes, como a do telescópio, do microscópio, do barômetro etc. Pode-se dizer que a modernidade consolidou os rumos que as ciências, a política, e a educação tomaram desde então. Muito disso se deve às novas ideias que surgiram no campo da filosofia e que moldaram, em grande parte, o pensamento moderno e o pensamento contemporâneo.

    Uma das características que marcaram a modernidade foi a tentativa, por parte de alguns filósofos, de entender as faculdades humanas, revelando suas potencialidades e seus limites no que se refere a sua capacidade de conhecimento. O que alguns buscavam era colocar a inteligência como fio condutor do pensamento e da ação humana, enfatizando a autonomia e a responsabilidade do homem em sua própria conduta e desenvolvimento. Diante das evidências de que se sabia muito pouco sobre as capacidades ou faculdades humanas, o espírito crítico da época conjecturava sobre a condição humana e alguns filósofos modernos questionavam a ideia de uma natureza humana que apontava o homem como um ser acabado, isto é, perfeitamente humano. Acreditava-se que a razão poderia retirar o homem das trevas, isto é, da ignorância em que ele, por conta de superstições e dogmas sem fundamento racional, encontrava-se envolto, e que, de certo modo, limitavam o desenvolvimento de suas próprias capacidades naturais. Nesse sentido, o iluminismo pode ser assinalado como o auge da modernidade e caracterizou-se, sobretudo, como um período no qual o pensamento crítico se manifestou notoriamente.

    Parece que foi com esse espírito que alguns filósofos modernos tentaram compreender os diferentes modos de vida das diversas culturas e sociedades humanas e questionaram a ideia de um mundo criado de modo perfeito, aos moldes do qual a humanidade precisaria adequar-se, ou ao qual ela teria de retornar por ter se afastado dele. A partir dessa perspectiva, alguns deles passaram a ver o mundo humano como algo criado pelo próprio homem e defenderam que mudanças em suas estruturas dependeriam das próprias atitudes humanas nesse sentido. Vendo as questões políticas por essa ótica, acreditava-se que aquilo que o homem, como espécie, tornara-se, era fruto daquilo que fizera, e que o que ele viria a ser dependia mais de suas atitudes do que de qualquer outra coisa.

    Além de perceber o homem como um ser histórico, resultado daquilo que seus antepassados fizeram ou cultivaram, alguns filósofos defendiam que o ser humano tinha potencialidades a serem desenvolvidas, cujo desenvolvimento dependia da aplicação de suas forças nessa direção. Veio à luz, então, mais fortemente, a ideia de que, se o homem quer um determinado tipo de mundo ou de sociedade, ele precisa construí-lo, pois, cada vez mais, ficava evidente que a estrutura política-econômica-social que perdurara até a modernidade era fruto de uma construção humana baseada, principalmente, em crenças e preconceitos, alguns sem fundamento racional, o que resultou em uma sociedade cheia de desigualdades, marcada pela exploração dos homens pelos próprios homens. Esse espírito crítico que levou alguns a questionar sua própria condição como homem acabado e perfeitamente humano, também os levou a perceber que sua formação moral dependia somente de si mesmo e que era seu dever manter e desenvolver sua própria humanidade.

    O ponto de vista de que o homem é capaz de desenvolver seus potenciais e que via a história como a história do desenvolvimento humano – ou de seu subdesenvolvimento – apontava para a importância de se atentar com mais diligência ao conhecimento, suas formas e seus limites, e a busca de uma melhor compreensão das potencialidades humanas a fim de que, conhecendo a si mesmo, o homem pudesse caminhar de modo progressivo rumo a sua perfeição como ser humano. Conscientizando-se de que o mundo ou, mais especificamente, a cultura na qual estavam envolvidos era obra humana, alguns filósofos modernos foram tomados por um espírito crítico frente à religião, à moral, à política, à educação, à ciência, e até frente à própria razão com relação às bases, aos limites e às possibilidades do conhecimento

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