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Mulheres Curadas: Transformando a dor em vitória
Mulheres Curadas: Transformando a dor em vitória
Mulheres Curadas: Transformando a dor em vitória
E-book181 páginas2 horas

Mulheres Curadas: Transformando a dor em vitória

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Sobre este e-book

O livro apresenta as histórias das mulheres do Novo Testamento, que marcaram as sagradas escrituras, encontraram com Jesus e tiveram suas vidas transformadas.
Nesta obra, a autora Rogerinha Moreira nos convida a fazer uma autorreflexão sobre nossas atitudes, para que as situações que passamos sejam interpretadas com outros pontos de vista, remetendo assim o perdão, a cura e a libertação.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de fev. de 2018
ISBN9788576779742
Mulheres Curadas: Transformando a dor em vitória

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    Pré-visualização do livro

    Mulheres Curadas - Rogerinha Moreira

    Apresentação

    Quando uma pessoa faz a sua experiência pessoal com Jesus Cristo, ela se encontra consigo mesma como filha de Deus e descobre o sentido de sua vida. São Paulo afirma: Portanto, se alguém está em Cristo, é criatura nova. O que era antigo passou, agora tudo é novo (2 Cor 5,17).

    Eu gosto de dizer que não fui eu que encontrei Jesus, mas foi Ele que me encontrou, e foi em um momento crucial de minha juventude! Passados os anos, contemplo minha vida e concluo: eu nunca seria quem sou se não fosse a presença de Cristo em minha história. O mesmo percebo na Rogerinha, desde que a conheci quando veio de um grupo de jovens de Lorena (SP). E ainda posso dizer o mesmo sobre milhares de mulheres, antes e depois de nós, que tiveram a graça do seu encontro pessoal com Jesus, pois deixaram-se banhar por Sua divina misericórdia e tornaram-se testemunhas vivas da Sua ressurreição.

    Nas páginas deste livro, a leitora é provocada a fazer a mesma experiência das mulheres que tiveram seu encontro com o Senhor. Cada uma delas, na situação em que se encontravam, viveram a experiência com Jesus de Nazaré e nunca mais foram as mesmas. Ele as curou, perdoou, libertou de demônios e, consequentemente, muitas passaram a segui-Lo e servi-Lo, até mesmo com seus bens. Todas tiveram suas vidas transformadas no poder de Deus, tomaram posse da força salvadora de Jesus, foram curadas, consoladas e resgatadas na sua condição de mulher e recuperaram sua dignidade feminina, sua saúde e a vida de seus entes queridos.

    Jesus, no seu amor e misericórdia mostra o quanto Deus Pai ama a todos, mas este livro Mulheres Curadas, em especial, mostra-nos como Ele desfaz toda forma de preconceito contra a pessoa da mulher. Jesus nos recorda, com seus gestos, atos e palavras que Deus não faz acepção de pessoas e tanto homens como mulheres foram criados à Sua imagem e semelhança, como aponta o livro de Gênesis: Deus criou o homem, criou-o à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; ele os criou homem e mulher (Gn 1, 27).

    São João Paulo II, ao escrever uma carta às mulheres, em 29 de junho de 1995, durante seu pontificado, afirmou: A mulher é o complemento do homem, como o homem é complemento da mulher: mulher e homem são em entre si complementares. A feminilidade realiza o ‘humano’ tanto como a masculinidade, mas com uma modulação distinta e complementar. (...) Só mediante a duplicidade do ‘masculino’ e do ‘feminino’, é que o ser ‘humano’ se realiza plenamente. Ou seja, Deus confia aos dois a terra como tarefa, comprometendo-os a administrar os seus recursos com responsabilidade para que o seu plano original aconteça na vida de cada pessoa e em toda a humanidade, para transformar a face da terra.

    Em cada relato bíblico descrito neste livro, a autora Rogerinha faz uma oração para as mulheres de hoje e pelos desafios próprios do coração feminino que só Jesus conhece. E porque Deus ama, Ele quer entrar em cada história para curar, libertar e salvar no poder do seu Espírito.

    Jesus chega e diz a cada mulher: Mulher por que choras? (Jo 20, 13); Mulher, ninguém te condenou? (Jo 8,11); Alguém me tocou (Lc 8,45); Filha, tua fé te salvou! (Mc 5,34); Eis a tua mãe! (Jo 20,27).

    Ao tomar esse livro nas mãos, lanço a você o convite: mais do que ler Mulheres Curadas, deixe-se ser encontrar por Jesus Cristo que lhe diz: Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo (Ap 3,20).

    Peço a Virgem Maria que acompanhe a sua leitura, pois ela nos foi dada como mãe pelo próprio Cristo que disse: Mulher, eis aí o teu filho! (Jo 20, 27).

    O Senhor está perto daqueles que se deixam encontrar! Deixe-se encontrar!

    Luzia Santiago

    Cofundadora da Comunidade Canção Nova

    Introdução

    Percorreu caminhos, anunciou a salvação, curou doentes, consolou os aflitos. Jesus cumpriu o que as Escrituras já haviam anunciado:

    O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me consagrou pela unção; enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade; proclamar um ano de graças da parte do Senhor, e um dia de vingança de nosso Deus; consolar todos os aflitos, dar-lhes um diadema em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de vestidos de luto, cânticos de glória em lugar de desespero.

    (Isaías 61,1-3)

    Em sua passagem por esse mundo, Jesus se encontrou com diferentes histórias de vida, pessoas das mais diversas classes sociais, algumas oprimidas e outras enfermas, homens e mulheres marcados pelo sofrimento e pela dor. Ele veio trazer a libertação àqueles que eram cativos do pecado e que sofriam de algum mal. Em sua missão, veio derramar o óleo da alegria no lugar do luto no coração daqueles que já não nutriam mais esperança.

    As narrativas dos Evangelhos mostram toda missão de Jesus na vida de muitos. Vamos percorrer, de forma especial, a vida de muitas mulheres, algumas bem conhecidas nas narrativas dos Evangelhos e outras que quase passaram despercebidas no contexto bíblico. Vamos conhecê-las e rezar com a história de cada uma delas. Em uma época marcada pela exclusão social da mulher, Jesus fez questão de incluí-las em seu itinerário salvífico. Conforme apontou São João Paulo II:

    Diversas mulheres aparecem no itinerário da missão de Jesus de Nazaré, e o encontro com cada uma delas é uma confirmação da novidade de vida evangélica, de que já se falou. Às vezes, isso provocava estupor, surpresa, muitas vezes raiando o escândalo: ficaram admirados por estar ele a conversar com uma mulher (Jo 4, 27), porque este comportamento se distinguia daquele dos seus contemporâneos. o. (,sobre a dignidade e a vocação da São João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris Dignitatem mulher por ocasião do Ano Mariano - 1988)

    Jesus trouxe um novo olhar sobre a ordem patriarcal da época, uma nova visão a respeito da dignidade e valor de cada mulher. Particularmente com cada uma delas, Ele proporcionou um encontro libertador.

    Em uma sociedade extremamente conhecida pelo desprezo e a rejeição à mulher, encontramos nos Evangelhos várias mulheres que foram marcadas por perdas e feridas profundas provenientes de várias situações e relacionamentos que deixaram, em cada uma delas, traumas familiares, afetivos, sexuais ou morais.

    Nesse percurso de oração, vamos refletir e rezar com a vida de mulheres que experimentaram esse encontro com o Senhor e, por isso, suas vidas foram totalmente transformadas. Ao rezarmos e nos depararmos com suas trajetórias, vamos reconhecer em nós semelhanças e nos encontrarmos em suas histórias, sofrimentos e vitórias e, assim, em oração e acompanhadas pelos exemplos dessas mulheres, percorreremos com Jesus um itinerário de profunda cura interior.

    Se no mundo atual as mulheres ainda se veem colocadas à margem, menosprezadas e inferiorizadas diante de culturas e governos que as excluem, como então imaginar a situação vivida por elas naquela época em que a vida de uma mulher era ainda mais sofrida?

    Para nos contextualizarmos, imaginemos uma época em que a família era sempre patriarcal, ou seja, todas as decisões eram tomadas pelos homens. Na sociedade em que viviam, as mulheres não tinham muitos direitos, aliás, a mulher não era nem contada entre o número de habitantes. Na narrativa dos Evangelhos, verificamos alguns exemplos: Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças (Mt 14,21).

    A mulher era considerada propriedade do marido e, por isso, não tinha autonomia para nenhuma decisão. Sua vida era totalmente dependente da figura masculina. Se acontecesse, por exemplo, de ser estéril, poderia até ser substituída pela escrava como narram alguns episódios da Bíblia. Recordamos aqui Sara, que trazia na época a maldição por ser estéril: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai(Gn16, 2). A mulher que não gerava filhos naquele tempo não era vista com bons olhos, mas tratada com desprezo e o marido tinha todo direito de substituí-la.

    Nos escritos do povo judeu, verifica-se o costume da recitação de uma oração que diz: Obrigada porque não me fizeste mulher. Dizem que isso não tem nada a ver com a discriminação ou diminuição da pessoa da mulher, porém, infelizmente, no decorrer dos anos, essa oração recebeu uma conotação negativa, interpretada de forma a depreciar a figura feminina.

    Naquele tempo, a mulher não participava, em nenhum sentido, da atividade pública: era malvisto conversar em público com uma mulher. No que se referem aos direitos, como também na legislação sobre heranças e compras e vendas, ela era equiparada a uma criança. No templo e na sinagoga, tinha reservado um lugar secundário. Religiosa e juridicamente discriminada, a mulher era um ser marginalizado no pleno sentido da palavra. (LARRAÑAGA,1989, p.170)¹

    Nos tempos de Jesus, essa realidade não era ainda muito diferente. Ele caminhou por nossas terras e se deparou com essa situação. Entretanto, em todo o ensinamento de Jesus, como também no seu comportamento, não se encontra nada que denote a discriminação, própria do seu tempo, da mulher. Ao contrário, as suas palavras e as suas obras exprimem sempre o respeito e a honra devidos à mulher (São João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris Dignitatem).Jesus, em sua vida pública, fez questão de mostrar que pensava de forma diferente e deixou nítido que veio trazer um novo valor à mulher. Em seu contato com a vida de muitas delas, fez questão de deixar registrado o grande amor que trazia por cada uma. Em vários episódios de sua vida pública, Cristo deixou a certeza de que sua entrega na Cruz seria também por elas:

    Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena de quem saíram sete demônios, Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes, Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens. (Lc 8,1-3)

    Jesus curou muitas mulheres. Algumas citadas e relembradas nos Evangelhos e outras que a própria tradição da Igreja atesta. Verdadeiramente o Senhor passou por suas vidas sofridas e as transformou em grandes mulheres evangelizadoras.

    Folheando as páginas do Evangelho, passa diante de nossos olhos um grande número de mulheres, de idade e condições diversas. Encontramos mulheres atingidas pela doença ou por sofrimentos físicos, como a mulher que tinha um espírito que a mantinha enferma, andava recurvada e não podia de forma alguma endireitar-se (cf. Lc 13,11); ou como a sogra de Simão que estava de cama com febre (Mc 1,30); ou como a mulher que sofria de um fluxo de sangue (cf. Mc 5,25-34), que não podia tocar ninguém, porque se pensava que o seu toque tornasse o homem impuro. Cada uma delas foi curada e a última, a hemorroíssa, que tocou o manto de Jesus no meio da multidão (Mc 5,27), foi por ele louvada pela sua grande fé: a tua fé te salvou (Mc 5,34). Há, depois, a filha de Jairo, que Jesus faz voltar à vida, dirigindo-se a ela com ternura: Menina, eu te mando, levanta-te! (Mc 5,41). E há ainda a viúva de Naim, para quem Jesus faz voltar à vida o filho único, fazendo acompanhar o seu gesto de uma expressão de terna piedade: compadeceu-se dela e disse-lhe: Não chores (Lc 7,13). E há, enfim, a cananeia, uma mulher que merece da parte de Cristo palavras de especial estima pela sua fé, sua humildade e pela grandeza de espírito, de que só um coração de mãe é capaz: ó Mulher, é grande a tua fé! Faça-se como desejas" (Mt 15,28). A mulher cananeia pedia a cura

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