O curioso caso de Benjamin Button
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Sobre este e-book
F. Scott Fitzgerald
F. Scott Fitzgerald (1896-1940) was an American novelist, essayist, and short-story writer. Born in St. Paul, Minnesota to Edward and Mary Fitzgerald, he was raised in Buffalo in a middle-class Catholic family. Fitzgerald excelled in school from a young age and was known as an active and curious student, primarily of literature. In 1908 the family returned to St. Paul, where Fitzgerald published his first work of fiction, a detective story, at the age of 13. He completed his high school education at the Newman School in New Jersey before enrolling at Princeton University. In 1917, reeling from an ill-fated relationship and waning in his academic pursuits, Fitzgerald dropped out of Princeton to join the Army. While stationed in Alabama, he began a relationship with Zelda Sayre, a Montgomery socialite. In 1919, he moved to New York City, where he struggled to launch his career as a writer. His first novel, This Side of Paradise (1920), was a resounding success, earning Fitzgerald a sustainable income and allowing him to marry Zelda. Following the birth of his daughter Scottie in 1921, Fitzgerald published his second novel, The Beautiful and the Damned (1922), and Tales of the Jazz Age (1922), a collection of short stories. His rising reputation in New York’s social and literary scenes coincided with a growing struggle with alcoholism and the deterioration of Zelda’s mental health. Despite this, Fitzgerald managed to complete his masterpiece The Great Gatsby (1925), a withering portrait of corruption and decay at the heart of American society. After living for several years in France in Italy, the end of the decade marked the decline of Fitzgerald’s reputation as a writer, forcing him to move to Hollywood in pursuit of work as a screenwriter. His alcoholism accelerated in these last years, leading to severe heart problems and eventually his death at the age of 44. By this time, he was virtually forgotten by the public, but critical reappraisal and his influence on such writers as Ernest Hemingway, J.D. Salinger, and Richard Yates would ensure his status as one of the greatest figures in twentieth-century American fiction.
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O curioso caso de Benjamin Button - F. Scott Fitzgerald
O curioso caso de Benjamin Button | Francis Scott Fitzgerald
1.
Por volta de 1860 era uma coisa apropriada nascer em casa. Atualmente, como me contaram, os altos deuses da medicina decretaram que os primeiros gritos dos jovens sejam proferidos sobre o ar anestésico de um hospital, preferencialmente um bem moderno. Então os jovens sr. e sra. Roger Button estavam cinquenta anos à frente do estilo quando decidiram, em um dia no verão de 1860, que seu primeiro filho deveria nascer em um hospital. Se este anacronismo teve alguma influência sobre a surpreendente história que estou prestes a escrever nunca será sabido.
Devo dizer-lhe o que ocorreu, e vou deixar você julgar por si mesmo.
Os Roger Button tinham uma posição invejável, tanto social quanto financeira, no período pré-guerra, em Baltimore. Eles eram relacionados àquela família e àquela outra família, que, como todo sulista sabia, davam-lhes direito de fazer parte da sociedade nessa enorme nobreza que em grande parte habitava a Confederação. Esta era sua primeira experiência com o velho e encantador costume de ter bebês — o sr. Button estava naturalmente nervoso. Ele esperava que fosse um menino, de forma que pudesse mandá-lo para a Universidade de Yale, em Connecticut, instituição na qual o próprio sr. Button tinha sido conhecido por quatro anos pelo apelido de certa forma óbvio Punho
.
Na manhã de setembro consagrada pelo enorme evento, ele surgiu nervosamente às seis horas, se vestiu, ajustou uma gravata impecável, e foi em frente pelas ruas de Baltimore até o hospital, para determinar se a escuridão da noite havia transmitido uma nova vida no seu seio.
Quando ele estava a aproximadamente a uma centena de metros do Hospital Particular de Maryland para Damas e Cavalheiros ele viu o doutor Keene, o médico da família, descendo os degraus da frente, esfregando as mãos com um movimento de lavagem — como todos os médicos devem fazer pela ética não escrita da profissão.
O sr. Roger Button, presidente da Roger Button & Co., Atacadista de Equipamentos e Ferragens, começou a correr em direção ao dr. Keene com muito menos dignidade do que seria de se esperar de um cavalheiro sulista daquele período pitoresco.
— Doutor Keene! — ele chamou. — Oh, doutor Keene!
O médico o ouviu, virou-se e ficou de pé, com uma expressão curiosa no rosto rude e medicinal, enquanto o sr. Button aproximava-se.
— O que aconteceu? — quis saber o sr. Button, enquanto ele chegava em uma carreira ofegante. — O que é? Como ela está? Um menino? O que é? O quê…
— Fale direito! — disse o dr. Keene muito firme. Ele parecia um pouco irritado.
— A criança nasceu? — implorou o sr. Button.
O dr. Keene franziu o cenho.
— Bem, sim, acho que sim… de certa