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Balada do Cárcere de Reading
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Balada do Cárcere de Reading
E-book26 páginas20 minutos

Balada do Cárcere de Reading

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Sobre este e-book

A «Balada do Cárcere de Reading» é uma longa carta escrita por Oscar Wilde durante os dois anos em que esteve preso sob a acusação de homossexualidade. Nesta obra, Wilde divaga sobre a importância do belo e sobre o ser e a maneira de ser, acabando por concluir que o mundo é um palco e que os papéis foram mal distribuídos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de out. de 2015
ISBN9788893159623
Balada do Cárcere de Reading
Autor

Oscar Wilde

Oscar Wilde (1854–1900) was a Dublin-born poet and playwright who studied at the Portora Royal School, before attending Trinity College and Magdalen College, Oxford. The son of two writers, Wilde grew up in an intellectual environment. As a young man, his poetry appeared in various periodicals including Dublin University Magazine. In 1881, he published his first book Poems, an expansive collection of his earlier works. His only novel, The Picture of Dorian Gray, was released in 1890 followed by the acclaimed plays Lady Windermere’s Fan (1893) and The Importance of Being Earnest (1895).

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    Pré-visualização do livro

    Balada do Cárcere de Reading - Oscar Wilde

    centaur.editions@gmail.com

    Dedicatória

    IN MEMORIAM

    C. T. W.

    ALGUM TEMPO SOLDADO DO ROYAL HORSE GUARDE

    Faleceu no Cárcere de Reading, Berkshire, em 7 de julho de 1896

    1

    Não usava a jaqueta vermelha, pois vermelhos são o sangue e o vinho,

    e de sangue e vinho estavam tintas suas mãos,

    quando o encontraram com a morta, a pobrezita que ele amava e assassinou no leito.

    Com um coçado fato cinzento e um boné de cricket na cabeça, passeava com outros presos;

    leve e ledo era o seu passo, mas nunca vi um homem tão apreensivamente para o dia olhar.

    Nunca vi um homem tão apreensivamente fitar esse toldozinho azul a que os presos chamam céu

    e cada nuvem que, com argênteas velas, ao sabor do vento, ia vogando.

    Com outras almas amarguradas eu passeava noutro pátio e de mim para mim ia perguntando se grande ou pequena seria a culpa daquele homem,

    quando, por trás de mim, cochichou uma voz: Aquele vai dançar na corda.

    Cristo querido! Até as paredes da cadeia pareceram, de súbito, vacilar, e, por cima da minha cabeça, o céu tornou-se um capacete de aço escaldante;

    e embora em minha alma a dor tivesse, minha dor não sentia.

    Somente sabia

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